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CCJ0053-WL-A-RA-07-Teoria Geral do Processo-Equivalentes Jurisdicionais

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria Geral do Processo
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	Plano de Aula: Equivalentes jurisdicionais. Distinções entre Jurisdição e competência.
TEORIA GERAL DO PROCESSO
Título
Equivalentes jurisdicionais. Distinções entre Jurisdição e competência.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
7.
Tema
Jurisdição: continuação. Equivalentes jurisdicionais para litígios de natureza cível: autotutela, autocomposição, mediação e arbitragem. Medidas despenalizadoras no direito processual penal. Solução de conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposição e comissão de conciliação prévia. Distinções entre jurisdição e competência.
Objetivos
●- Conhecer os equivalentes jurisdicionais em cada esfera da Justiça;
●- Diferenciar as soluções apresentadas para evitar a provocação do Estado-Juiz;
●- Reconhecer as vantagens da utilização destas vias em detrimento da jurisdição tradicional.
Estrutura do Conteúdo
Equivalentes jurisdicionais para litígios de natureza cível: autotutela, autocomposição, mediação e arbitragem;
Medidas despenalizadoras no direito processual penal;
Solução de conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposição e comissão de conciliação prévia
Distinções entre jurisdição e competência.
Aplicação Prática Teórica
1ª Questão
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC).
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
RESPOSTA: SIM. O caso em questão trata-se de um conflito que foi resolvido pelo instituto da arbitragem, a qual segundo o Comitê Brasileiro de Arbitragem (CBAr-2012): É um meio extrajudicial de solução de controvérsias, onde as partes contratantes escolhem um terceiro (árbitro) para resolver o litígio. Com a promulgação da Lei 9.307 de 23 de setembro de 1996, a arbitragem encontrou o respaldo legal necessário para se desenvolver no Brasil. A partir de 1996, a arbitragem tem evoluído de maneira crescente e se firmado como uma opção para resolver questões litigiosas envolvendo direito patrimonial disponível.
Sobre a mesma escrevem Cintra, Grinover e Dinamarco (2007, p.35).
A arbitragem, tradicionalmente regida pela lei material e pelo Código de Processo Civil (CC-16, arts. 1.037 e 1.048; CPC, arts. 1.072-1.102 CC-02, arts. 851-853), era um instituto em desuso no direito brasileiro. Depois, com a Lei das Pequenas Causas (atualmente, Lei dos Juizados Especiais – lei n. 9.099, de 26.9.95) e com a Lei da Arbitragem (lei n. 9.307, de 23.9.96), ela ganhou nova força e vigor e, em alguma medida, vai passando a ser utilizado efetivamente como meio alternativo para a pacificação de pessoas em conflito. Como se verá mais adiante, ela só se admite em matéria civil (não-penal), na medida da disponibilidade dos interesses substanciais em conflito. Ou seja, regulamentada pela lei n. 9.307/96 a arbitragem surge como uma alternativa à Jurisdição, segundo o art. 1º da referida lei “as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis”.
Ocorre que no conflito acima citado, após as partes terem chegado a um compromisso arbitral sobre o litígio existente, o mesmo foi levado por alguma das partes à jurisdição estatal para um novo julgamento, contudo, ao analisar os autos, o magistrado verifica que as partes já haviam chegado a um acordo por meio da arbitragem e extingue o processo sem resolução do mérito com base no art. 267, VII do CPC.
Sobre este tema escreve Barroso (2011, p.138).
Por força da Lei n. 9.307/96, a expressão “convenção de arbitragem” passou a abranger tanto o compromisso arbitral como a cláusula compromissória (pacto pelo qual os contratantes acordam submeter à arbitragem eventual litígio que possa surgir). Portanto, ambos servem para afastar a competência do juiz togado, gerando a extinção do processo de qualquer das partes contratantes que busque a jurisdição estatal, antes de submeter sua pretensão à arbitragem.
Dessa forma, entende-se que o magistrado procedeu de forma correta, obedecendo ao que esta estabelecido no art.267, VII do CPC, segundo o qual o processo será extinto sem resolução de mérito pela convenção de arbitragem e também o que versa o art. 27, caput da Lei n. 9.099/95, de acordo com este proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento quando não é instituído juízo arbitral entre as partes, o que não é a situação do caso abordado, já que o juiz constatou que houve compromisso arbitral ajustado entre as partes.
Confira-se, a propósito, a tranqüila jurisprudência respeito do tema: ou / A corroborar este entendimento insta citar a decisão do TJDFT:
PROCESSO CIVIL. JUÍZO ARBITRAL. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ART. 267, VII, DO CPC. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. DIREITOS DISPONÍVEIS. EXTINÇÃO DA AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA POR INOBSERVÂNCIA DO PRAZO LEGAL PARA A PROPOSIÇÃO DA AÇÃO PRINCIPAL.
1. Cláusula compromissória é o ato por meio do qual as partes contratantes formalizam seu desejo de submeter à arbitragem eventuais divergências ou litígios passíveis de ocorrer ao longo da execução da avença. Efetuado o ajuste, que só pode ocorrer em hipóteses envolvendo direitos disponíveis, ficam os contratantes vinculados à solução extrajudicial da pendência.
2. A eleição da cláusula compromissória é causa de extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso VII, do Código de Processo Civil.
2ª Questão
Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e, ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura:
Autotutela;
Autocomposição;
Mediação;
Arbitragem.
RESPOSTA: A. Autotutela. A hipótese em comento configura uma “autotutela”, que é um dos três métodos de solução de conflitos bem primitivo, que consiste na prevalência da vontade do mais forte sobre o mais frágil. Com evolução da sociedade e a organização do Estado ela foi sendo expurgada da ordem jurídica por representar sempre um perigo para a paz social. Contudo, a mesma até é possível em caráter excepcional, como ocorre no desforço possessório. As características da autotutela são em síntese: Ausência de um julgador distinto das partes; e a imposição da decisão de uma parte (geralmente o mais forte) em detrimentoda outra.
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES)
1ª Questão
Carlos Alberto promove demanda em face do Estado do Rio de Janeiro, perante um juízo fazendário da Comarca da Capital, objetivando o fornecimento de medicamentos para tratamento de uma determinada doença. Requereu, na inicial, a antecipação dos efeitos da tutela. O juiz, ao analisar a petição inicial, indefere motivadamente este requerimento. Foi interposto recurso de agravo, na modalidade de instrumento, perante o TJ-RJ, que, por meio de um dos seus Desembargadores, concedeu efeito ativo (art. 527, inciso III, CPC), determinando o imediato fornecimento do medicamento. O Estado, além de interpor recurso de agravo inominado (art. 557, par. 1º, CPC), poderia adotar ainda alguma outra providência?
RESPOSTA: SIM. Além do agravo inominado, o Estado também poderia se valer de um incidente, previsto no art. 4º da Lei nº 8.437/92, que cuida da possibilidade de a Fazenda Pública requerer, ao Presidente do Tribunal, a suspensão de decisões liminares que lhes são desfavoráveis. Trata-se de incidente bastante criticado, eis que somente pode ser manejado pela Fazenda Pública e, eventualmente, por particulares que tenham recebido delegação de algum serviço público (concessionárias de serviço público, como é o caso da COELBA), conforme entendimento do STF. Além disso, é de se destacar que, se a decisão do Tribunal violar o que foi decidido na ADC nº 4, que reputou a Lei nº 9.494/97 como constitucional, caberá também uma reclamação ao STF.
2ª Questão
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, assinale a alternativa correta:
A lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na atividade jurisdicional;
A lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda Pública viola o princípio da isonomia;
Para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória;
A lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.
RESPOSTA: C. Para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória.
==XXX==
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	7ª AULA – Duplo Grau de Jurisdição
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-03 - Continuação
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa.
-Orgãos do Judiciário => Art. 92, CF (Pessoa Física / Pessoa Jurídica).
Composição
-Monocrático (1° Grau).
-Colegiado (2° Grau e Tribunais Superiores).
Exceção do 1° Grau
-1° Grau da Justiça Militar (Conselhos).
-1° Grau da Justiça Eleitoral (Juntas).
-Alguns Orgãos do 1° Grau da Justiça Federal e Estadual.
-Tribunal do Júri => 7 Jurados.
STF (11 Ministros)
Tribunal Superior
STJ
(33 Ministros)
TST
(27 Ministros)
TSE
(7 Ministros)
STM (15)
10-Militares
05-Civis
2° Grau
TJ
42 Desemb.
TRF
TRT
TRE
* SP e RS
1° Grau
Jus. Estadual
Jus. Federal
Jus. Trabalho
Jus. Eleitoral
Jus. Militar
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	7ª AULA – A Antecipação dos Efeitos da Tutela
	
	Teoria Geral do Processo
Professor Rodolfo Kronemberg Hartmann
Aula 07
Aula 7 – A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
Conteúdo Programático desta aula
* Antecipação dos efeitos da tutela de mérito. Conceito.
* Requisitos.
* Compatibilidade com o processo civil, penal e trabalhista.
* Restrição de concessão de antecipação de tutela em desfavor da Fazenda Pública.
Antecipação dos efeitos da tutela
Na própria petição inicial, normalmente também vem formulado o requerimento para que o juiz conceda a antecipação dos efeitos da tutela.
Aliás, a teor do que dispõe o art. 273 do CPC, o juiz somente pode concedê-la se houver requerimento do interessado, o que sugere que a mesma não pode ser concedida ex officio.
O tema talvez seja revisto em razão do recente art. 3º, da Lei nº 12.153/09, que autoriza a concessão ex officio.
 Também são importantes as lições de Luiz Guilherme Marinoni, para quem:
“é correto dizer que a técnica antecipatória visa apenas a distribuir o ônus o tempo do processo... o tempo do processo sempre prejudicou o autor que tem razão... o juiz que se omite é tão nocivo quanto o juiz que julga mal”
(MARINONI, Luiz Guilherme. A antecipação da tutela. 6ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p. 229).
Requisitos para a antecipação dos efeitos da tutela satisfativa:
( Prova inequívoca da verossimilhança da alegação (art. 273, caput, CPC);
( Possibilidade de reversibilidade dos efeitos do provimento jurisdicional (art. 273, parágrafo 2º CPC);
( A existência do periculum in mora (art. 273, inciso I, CPC) ou, alternativamente, a caracterização do abuso do direito de defesa do réu decorrente de conduta manifestamente protelatória (art. 273, inciso II, CPC).
 ( 
Compatibilidade ou não no processo civil, penal e trabalhista:
Este instituto é perfeitamente possível no processo civil ou trabalhista. No processo penal, já se revela de certa maneira incompatível pois não se pode satisfazer provisoriamente a pretensão punitiva que é exercida pelo Ministério Público ou pelo querelante. É que existe o princípio constitucional do favor rei, pela qual ninguém é presumido culpado até a sentença condenatória transitar em julgado. Porém, admite-se a prisão cautelar, o que não faz presumir culpabilidade do agente no evento.
Concessão de tutela antecipada em face da Fazenda Pública:
No que tange ao instituto da tutela antecipada genérica (art. 273 do CPC) e a específica (art. 461 do CPC), a Lei nº 9.494/97 veda que o magistrado conceda tutela antecipada desfavorável a Fazenda em algumas situações. Alguns magistrados, no entanto, não estavam aplicando a lei, por considerá-la inconstitucional por ofensa ao art. 2º da CRFB (separação dos poderes), já que não poderia o Poder Legislativo criar obstáculo para a atividade do Judiciário. Esta controvérsia possibilitou o ajuizamento de uma ação declaratória de constitucionalidade (ADC nº 4), que foi julgada pelo STF, concluindo que o texto normativo em questão é CONSTITUCIONAL.
CPC – Código de Processo Civil - LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973.
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994):
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994);
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 1o - Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 2o - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 3o - A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. (Redação dadapela Lei nº 10.444, de 2002).
§ 4o - A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 5o - Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 6 o - A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
§ 7 o - Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
CPC – Código de Processo Civil - LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 1o - A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 2o - A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 3o - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 4o - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994).
§ 5o - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 2002).
§ 6o - O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
§ 1o - Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
§ 2o - Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
§ 3o - Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.(Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002).
CRFB/88
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
3.2 A Medida Cautelar na Ação Declaratória nº 4 (STF)
Na Ação Declaratória nº 4 (Relator: Ministro Sydney Sanches), o Supremo Tribunal acabou por adotar, nas suas linhas básicas, a argumentação acima expendida, entendendo cabível a medida cautelar em sede de ação declaratória. Entendeu-se admissível que o Supremo Tribunal Federal exerça, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, o poder cautelar que lhe é inerente, "enfatizando, então, no contexto daquele julgamento, que a prática da jurisdição cautelar acha-se essencialmente vocacionada a conferir tutela efetiva e garantia plena ao resultado que deverá emanar da decisão final a ser proferida naquele processo objetivo de controle abstrato".
É que, como bem observado pelo Ministro Celso de Mello, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao deferir o pedido de medida cautelar na ADC nº 4, expressamente atribuiu, à sua decisão, eficácia vinculante e subordinante, com todas as conseqüências jurídicas daí decorrentes.
O Supremo Tribunal Federal, ao conceder o provimento cautelar requerido na ADC nº 4, proferiu, por maioria de nove votos a dois, a seguinte decisão:
"O Tribunal, por votação majoritária, deferiu, em parte, o pedido de medida cautelar, para suspender, com eficácia ex nunc e com efeito vinculante, até final julgamento da ação, a prolação de qualquer decisão sobre pedido de tutela antecipada, contra a Fazenda Pública, que tenha por pressuposto a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº 9.494, de 10/9/97, sustando, ainda, com a mesma eficácia, os efeitos futuros dessas decisões antecipatórias de tutela já proferidas contra a Fazenda Pública, vencidos, em parte, o Ministro Néri da Silveira, que deferia a medida cautelar em menor extensão, e, integralmente, os Ministros Ilmar Galvão e Marco Aurélio, que a indeferiam."
O conteúdo dessa decisão foi explicitado pelo Ministro Celso de Mello em despacho proferido em pedido de suspensão de tutela antecipada, esclarecendo que a decisão cautelar:
(a) incide, unicamente, sobre pedidos de tutela antecipada, formulados contra a Fazenda Pública, que tenham por pressuposto a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº 9.494/97;
(b) inibe a prolação, por qualquer juiz ou Tribunal, de ato decisório sobre o pedido de antecipação de tutela, que, deduzido contra a Fazenda Pública, tenha por pressuposto a questão específica da constitucionalidade, ou não, da norma inscrita no art. 1º da Lei nº 9.494/97;
(c) não se aplica retroativamente aos efeitos já consumados (como os pagamentos já efetuados) decorrentes de decisões antecipatórias de tutela anteriormente proferidas;
(d) estende-se às antecipações de tutela, ainda não executadas, qualquer que tenha sido o momento da prolação do respectivo ato decisório;
(e) suspende a execução dos efeitos futuros, relativos a prestações pecuniárias de trato sucessivo, emergentes de decisões antecipatórias que precederam ao julgamento, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, do pedido de medida cautelar formulado na ADC nº 4-DF.
Portanto, ainda que dotada de efeito exclusivamente ex nunc, entendeu o Supremo Tribunal Federal que a decisão concessiva da cautelar afetava não apenas os pedidos de tutela antecipada ainda não decididos, mas todo e qualquer efeito futuro da decisão proferida nesse tipo de procedimento.
Segundo essa orientação, o efeito vinculante da decisão concessiva da medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade não apenas suspende o julgamento de qualquer processo que envolva a aplicação da lei questionada (suspensão dos processos), mas também retira toda ultra-atividade (suspensão de execução dos efeitos futuros) das decisões judiciais proferidas em desacordo com o entendimento preliminar esposado pelo Supremo Tribunal.
Vale dizer que esta decisão tem efeito vinculante e que o descumprimento da mesma acarreta não só a possibilidade do manejo de recurso como, também, da ação autônoma denominada “RECLAMAÇÃO”.
Também é possível que o interessado se valha do requerimento de suspensão dos efeitos da tutela antecipada ou da segurança (STA ou SS – Lei nº 8.437/92 e Lei nº 12.016/09).
Mas há exceção, como aquela indicada na súmula 729 do STF.
 ( 
E chegamos ao fim da aula...
Síntese do texto extraído de:
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg.Teoria Geral do Processo. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2012.
S.A.C: www.rodolfohartmann.com.br.
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-007/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-007/WLAJ/DP

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