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Gerenciamento de trasnporte: transporte em áreas urbanas, roteirização

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GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE
Unidade IV
7 TRANSPORTE EM ÁREAS URBANAS, ROTEIRIZAÇÃO E RASTREAMENTO DE 
VEÍCULOS, OS SISTEMAS EXISTENTES, TMS
7.1 O transporte de mercadorias em áreas urbanas
Antes de iniciarmos o tema propriamente dito, é deixada a você, aluno (a), uma reflexão quanto ao 
assunto que discorreremos.
Você tem notado o volume de caminhões que circulam nas áreas urbanas em nosso país? Quais são 
os resultados disso para as empresas e para os consumidores em geral?
Podemos perceber que, ao longo dos anos, os consumidores estão cada vez mais próximos do 
considerado mercado ideal, ou seja, as áreas urbanas se desenvolvem e a indústria de bens e serviços 
enxerga isso como mais uma fonte de renda. Não vamos aqui discutir o que é certo ou errado, mas sim 
mostrar essa nova realidade de nosso mercado.
A urbanização das grandes cidades passa por um processo de agrupamento social que, no decorrer do 
tempo, esteve distante das fontes produtoras de alimentos, matérias primas e insumos. Com o aumento dessa 
demanda, a indústria e empresas ligadas ao setor fizeram um trabalho de aproximação e modernização dos 
seus sistemas de distribuição e transporte para suprir essa necessidade de mercado cada vez mais crescente.
As áreas urbanas possuem uma característica quase universal. As empresas olham para esse cenário 
e percebem que esse setor não pode existir sem um confiável e sustentável fluxo direcionado a ela 
dentro da própria área. É necessária uma política urbana, um bom planejamento de transporte de massa 
e uma configuração especial. Porém, o que se percebe, é a falta de planejamento, um descaso dos 
poderes públicos e um trânsito cada vez maior e insustentável.
As empresas, em especial as de transporte de cargas, vivem uma situação de restrições de caminhões 
em determinados locais. A falta de política para o transporte e de infraestrutura dentro das cidades, fazem 
com que, muitas vezes, esses caminhões sejam tratados como algo que atrapalha o desenvolvimento e o 
andamento do fluxo de veículos nessas regiões.
Outro aspecto que nos remete a uma reflexão está no fato dos caminhões serem considerados 
os grandes vilões dos congestionamentos nas cidades. Parece haver uma eterna competição entre os 
motoristas de caminhões, carros, motos e outros meios de transporte. É a famosa briga pelo espaço, 
cada vez mais reduzido. Associe a essa problemática a questão dos passageiros, dos comerciantes que 
criam restrições nas suas calçadas e da área de recebimento de alguns pontos comerciais que muitas 
vezes não facilita a vida do entregador de mercadorias.
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Na verdade, o que é sinalizado, não será chamado de “problema”, mas sim de uma maneira quase 
particular na qual cada um busca fazer sua parte e não se importa com a do outro, parecendo uma 
questão de individualismo.
O quesito transporte em áreas urbanas deve ser cuidado pelo gestor da áreacomo uma situação de 
cunho estratégico, que merece um tratamento diferenciado e especial, dada sua complexidade. A seguir, 
discorremos sobre um assunto peculiar referente a essa situação dentro das atividades de transporte.
 Lembrete
Os caminhões representam apenas 5% do que as autoridades reconhecem 
como trânsito nas cidades e em especial nas áreas urbanas.
 Observação
Em grandes cidades como São Paulo, por exemplo, existem restrições 
à circulação de caminhões em locais como o centro e grandes avenidas, 
alguns bairros e marginais.
7.2 Como melhorar o desempenho do transporte de cargas
Analisando todos os problemas enfrentados para se realizar a distribuição de cargas em áreas 
urbanas, uma solução ideal parece estar longe. Cabe a quem vivencia a logística na sua essência buscar 
possíveis formas de melhorias e o poder público tem sim sua parcela de responsabilidade. Estão listadas 
a seguir algumas medidas que poderiam ser implantadas para otimizar a distribuição de cargas nas 
áreas urbanas:
• adequar a infraestrutura viária para circulação de caminhões;
• mudar a regulamentação com relação aos horários de carga e descarga, especialmente nos centros 
das grandes cidades;
• criar facilidades de transferência intermodal de cargas em portos e aeroportos;
• apropriar terminais de cargas que operem com controle adequado para atuarem 24 horas por dia;
• fazer uma ligação entre os pontos produtivos por via expressa exclusiva para facilitar o escoamento 
de mercadorias;
• criar um centro de armazenagem para caminhões de grande porte;
• criar pontos de descanso e guarda de caminhões nas grandes rodovias do país.
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Olhando para todos esses fatores, talvez eles nos pareçam intangíveis. Porém, fica claro que isso é 
uma questão de sobrevivência para as empresas produtoras e de transporte, cada vez mais necessárias 
no país. Perceba que as medidas sugeridas bem como aquilo que será alterado no futuro têm um aspecto 
importante no que tange a minimização dos impactos oriundos das entregas de cargas nas cidades, que 
pode acontecer de acordo com os seguintes aspectos:
• redução dos congestionamentos por meio de medidas que controlem os horários para circulação 
de caminhões;
• diminuição da emissão de poluentes com controle veicular;
• redução do barulho dos caminhões com controle de deslocamento em determinados locais;
• limitação do acesso de caminhões aos bairros residenciais;
• aumento do controle sobre os caminhões objetivando a redução de acidentes.
Não é possível dizer se medidas como essas poderão dar certo ou não. O que sabemos é que serão 
necessárias mudanças para que os impactos possam ser minimizados em todos os aspectos das atividades 
das empresas e dos clientes.
 Observação
A logística, bem como as atividades inseridas nesse contexto, estão 
evoluindo ao longo dos anos. Vale lembrar que países da Europa, o Canadá e 
os Estados Unidos já desenvolvem esse tipo de medidas desde os anos 70.
Em países considerados de primeiro mundo, a movimentação das cargas é de responsabilidade do 
setor privado. O setor público tem um papel importante por prover a manutenção das rodovias e da 
rede viária urbana, além de realizar o planejamento de transportes e o controle de tráfego, isso é claro, 
associado à necessidade que o governo tem do crescimento econômico dos respectivos países. Perceba 
que existe um movimento em todas as partes do processo: governo, empresas, clientes e consumidores. 
Algo diferente do que tem sido sinalizado ao longo do texto sobre nossas necessidades?
Seria interessante poder contar com dados estatísticos reais para que fosse possível analisar o que 
acontece em termos de movimentação em nossas áreas urbanas. Infelizmente, no Brasil, não existem 
esses dados para confrontar essa realidade.
7.2.1 Como circulam as cargas em áreas urbanas
Ao ler o título acima, o aluno deve logo imaginar que isso se dá pelos processos convencionais 
existentes. Na verdade, existem três tópicos considerados essenciais para que a distribuição de 
mercadorias ocorra:
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• haver um processo de distribuição física nas áreas urbanas que compreenda as várias formas 
como esse processo será realizado do ponto de origem ao ponto de destino;
• envolver os participantes do processo: quem irá embarcar, quem irá expedir, as empresas 
transportadoras e o pessoal envolvido na atividade;
• o papel e a natureza das cargas como, por exemplo suas características e influência delas em 
termos de negócios e atendimento à demanda.
Em se tratando de negócios, há muito mais o que ser feito por uma empresa do que simplesmente 
enviar seus produtos de acordo com as necessidades de seus clientes. Ao longo dos anos, as corporações 
têm abandonado o conceito de “empurrar estoques” para “puxar estoques”, o que, em termos técnicos, 
seria dizer que será comprado apenas o necessário.
O processo produtivo muda suas estratégias ao perceber que a demanda e as informações são 
necessárias para um bom desempenho. Em termos de importância, a área urbana possui um grande 
significado econômico. Houve uma grande revolução nas características das frotas, as viagens passaram 
a ser programadas e o abastecimento se dá a partir da necessidade do mercado.
Perceba que, ao tentarem ser competitivas, as empresas direcionam seus esforços em aproximar 
cada vez mais consumidores e clientes nas áreas urbanas e associá-los à necessidade de consumo.
7.3 O bem maior
A discussão dos assuntos ligados à distribuição de mercadorias está longe de terminar, até porque 
há muito a ser feito. As empresas direcionam boa parte de seus esforços na melhoria de seus serviços e 
principalmente de seus produtos, o seu bem maior. Para que essa mercadoria possa chegar ao consumidor, 
nela deverão estar inclusas as seguintes descrições:
• classificação bem como as descrições em termos de codificação;
• estado que esse produto permanece (sólido, líquido etc.);
• peso do carregamento da carga;
• volume a ser transportado;
• número de peças bem como os itens individuais (caso existam);
• grau de fragilidade e os devidos cuidados no manuseio;
• necessidade de abastecer os clientes face à demanda;
• frequência para atendimento dos clientes.
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Essas informações são de extrema importância para que a empresa possa compreender as reais 
necessidades do mercado. Muitas dessas ações podem determinar valor do produto, bem como os 
ganhos dentro da cadeia logística.
Além dos aspectos relacionados aos produtos, vamos nos remeter a outro fator também importante, 
que é por onde nossos caminhões circulam, ou seja, por meio da rede viária. Algumas especificações das 
redes viárias incluem fatores como:
• distância entre a área produtora e a consumidora;
• tempo gasto na viagem;
• forma como a rede viária está classificada;
• tipos de controle do tráfego;
• restrições ou proibições específicas (altura máxima permitida, peso, etc.);
• natureza do solo, quando houver essas informações.
Ao longo dos anos, é crescente o número de terminais de operações de recebimento de cargas 
que fazem parte do contexto logístico e da infraestrutura do país. Aliados às questões de demanda 
e oferta por serviços e produtos, os terminais têm um papel essencial e estratégico nas atividades 
empresariais. Eles, além de apresentarem informações relacionadas aos produtos, seria necessário que 
também expusessem dados como:
• tipo do terminal e as cargas a serem manuseadas;
• atividades de movimentação a serem realizadas;
• equipamentos necessários para a movimentação da carga;
• operações de apoio operacional, manutenção e escritório;
• capacidade interna do terminal de cargas;
• horários nos quais serão realizadas as operações;
• mediação da capacidade do terminal em termos de sustentabilidade, por exemplo, a utilização de 
a luz solar.
Ainda em relação à movimentação das cargas e produtos, é necessário que haja um meio pelo qual 
essa mercadoria chegue aos pontos de vendas. Na sua maioria, os veículos que transportam produtos 
são os caminhões de cargas. Nas áreas urbanas, outros tipos de veículos são normalmente encontrados 
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como os de passageiros e recreação, que na sua essência, não influenciam na questão do transporte de 
mercadorias.
Outro problema bem característico da área urbana são os veículos que transportam e executam 
serviços neste segmento. Eles realizam atividades como reparos, serviços pessoais como eletricista e 
pintor, comerciais e industriais como técnicos de computação e ainda domésticos, além de entregas de 
alimentos.
As características dos veículos que circulam pelas áreas urbanas podem ser assim definidas de acordo 
com:
• sua configuração (se o caminhão é unitário, articulado duplo ou triplo);
• o corpo do veículo (se é tanque, plataforma, basculante etc.);
• o peso que o caminhão transporta;
• as dimensões características de cada caminhão;
• o número de eixos e rodas do veículo;
• a capacidade de carga que será transportada;
• a definição de propriedade (particular, terceiros e outros);
• o controle para tráfego, caso seja de uma transportadora ou particular;
• a permissão para transporte em determinadas vias.
Vários são os problemas que influenciam nesta modalidade de transporte nas áreas urbanas. Assim 
como as empresas, o governo deverá incluir normas e procedimentos além de incentivar e melhorar o 
fluxo desses veículos em um mercado crescente, o que impacta direta e indiretamente nas atividades 
logísticas, produtivas e de negócios das corporações.
O profissional de logística precisa criar meios para que os caminhões possam realizar suas atividades 
de carga e descarga dessas mercadorias em um curto espaço de tempo e com segurança.
O mercado urbano é uma realidade e, como tal, deve ser tratado como um novo canal de distribuição 
de nossas mercadorias incentivado pelo crescimento do consumo.
7.4 Algumas estratégias de roteirização
Como já pôde ser percebido, o transporte em áreas urbanas é um desafio constante, pois existe uma 
série de variáveis que tornam o processo muitas vezes ineficiente em termos de resultados concretos. 
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Iniciaremos o próximo assunto tratando exatamente de como criar uma forma de escoar mercadorias 
sem riscos para a empresa em termos de deslocamento de veículos e manutenção da segurança das 
pessoas envolvidas no processo.
Vejamos o termo roteirização que significa a forma como um produto será escoado a partir de um 
ponto específico. Esse é um processo que deverá seguir uma rota determinada, passando por outros 
locais e obedecendo uma sequência de paradas que deverá ser cumprida pelo veículo da frota. O objetivo 
é visitar um conjunto de pontos geograficamente dispersos em locais predeterminados que necessitem 
de atendimento e recebimento de mercadorias.
Um dos grandes problemas da roteirização de veículos consiste em definir roteiros que minimizem o 
custo total de atendimento, cada um com inícioe término no depósito ou base dos veículos, assegurando 
que cada ponto seja visitado exatamente uma vez e a demanda em qualquer rota não exceda a capacidade 
do veículo que a atende. Outro fator que cria um complicador para a entrega de mercadorias são as 
chamadas janelas de tempo ou horário de recebimento das cargas.
O gerenciamento eficiente e eficaz da distribuição física recebe cada vez mais relevância dentro 
dos setores público e privado. Uma grande parcela dos custos associados aos sistemas de transporte e 
distribuição está relacionada com o problema de roteirização e programação de veículos e, como tal, 
deverá receber atenção especial em todos os setores ligados à logística de transporte e distribuição de 
cargas. Um problema de roteirização pode ser definido por três fatores:
• as decisões envolvem a determinação de quais clientes (em função da demanda) serão atendidos 
por cada veículo e quais as rotas e programações a serem cumpridas no serviço de distribuição da 
carga;
• o objetivo é a redução dos custos de operação e de investimento, sem que seja comprometido o 
nível de serviço acordado e exigido pelo cliente na contratação;
• as restrições estão associadas às rotas e dizem respeito ao tempo máximo de viagem permitido, 
à capacidade de carga do veículo, às regulamentações, aos recursos disponíveis, ao máximo de 
paradas etc.
Para um bom planejamento de um sistema de distribuição, procura-se levantar as características dos 
problemas de roteirização inerentes a cada região, sem comprometer o nível de serviço desejado. Vários 
são os problemas que norteiam a distribuição física de mercadorias:
• tipo de operação – as operações variam de acordo com as necessidades de cada cliente como, por 
exemplo, o serviço de entrega de empresas denominadas ponto com, que precisam entregar no 
local definido pelo cliente;
• local da demanda – a demanda pode ocorrer em pontos específicos das redes de transporte. 
Neste caso, a empresa deverá ser responsável por fazer essa mercadoria chegar ao cliente, como 
exemplo, as empresas de venda porta a porta;
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• número de facilidades – uma mesma empresa pode deter várias plantas e depósitos, facilitando a 
entrega de mercadorias;
• frequência de viagens – cabe ao fornecedor realizar o número de viagens necessário para 
o abastecimento de mercadorias em locais onde não pode haver falta de produtos, como em 
hospitais e postos de combustíveis;
• janelas de tempo – um problema típico que engloba algumas regiões é o horário de funcionamento, 
como por exemplo, a inviabilidade de um serviço bancário ser realizado a noite;
• tempo de viagem – nas áreas urbanas, é muito comum nos defrontarmos com problemas 
característicos de cada área como feiras livres, manutenção de túneis, restrições de deslocamento 
de caminhões etc.;
• capacidade multidimensional – em algumas regiões, pode haver problemas característicos em 
função do volume e da capacidade da carga que está sendo transportada;
• tipos de veículos – a empresa deverá optar pelo veículo em função do tipo de mercadoria que está 
sendo transportada;
• tamanho da frota – o tamanho da frota pode ser determinado antes da roteirização ou ser o 
resultado de um planejamento, objetivando atender àquilo que foi solicitado pelo cliente;
• terceirização da frota – as empresas, diversas vezes, encaram esse tipo de problema: a 
escolha entre a frota própria, terceirizada ou mista. Essa opção depende novamente da 
estratégia da corporação e afeta diretamente a roteirização de veículos e as necessidades 
do contratante;
• cargas separadas – a definição de como deverá ser transportada a carga precisa ser tomada em 
função da capacidade do veículo e o peso da mercadoria;
• valor da mercadoria – por conta do aumento de furtos de cargas as empresas passaram a dividir 
cargas de valor elevado em mais de um veículo, de acordo com as determinações das empresas 
seguradoras. O objetivo é reduzir a possibilidade de sinistro;
• característica física da rede viária – afeta direta e indiretamente a forma como o trajeto será 
definido pelas empresas de transporte. Restrições como pedágio e as formas de tráfego nas áreas 
urbanas atingem a distribuição de cargas;
• tempo real – com o avanço da tecnologia e a roteirização dos veículos, é possível saber, em tempo 
real, o que ocorre com o caminhão que está transportando mercadorias;
• custos – o custo pode variar de acordo com a distância, o tempo de carga e descarga e a área 
urbana na qual será entregue o produto;
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• função objetivo – o objetivo das empresas é minimizar seus custos e aumentar sua lucratividade, 
fatores esses que podem ser alcançados quando ambos estão dispostos a trabalhar em conjunto.
Um bom planejamento do sistema de roteirização deverá ser elaborado entre as empresas envolvidas 
no processo de transporte de carga: a empresa que produz e quem acondiciona essa mercadoria. Esse é 
um trabalho que deverá ser realizado para atender às necessidades e expectativas dos clientes.
Um bom sistema de roteirização e rastreamento de cargas é aquele que apoia o transportador no 
momento de sua saída e dá suporte para que ele retorne à sua base com segurança, com a mercadoria 
entregue nas mãos do cliente.
7.4.1 Roteirização e programação de veículos
Em um cenário altamente competitivo, as empresas de transporte vêm tentando dar maior 
confiabilidade e mais velocidade e flexibilidade às suas operações de entrega. A busca por uma 
maior eficiência e pontualidade nas tarefas de entrega e/ou coleta de mercadorias tem sido o grande 
desafio dessas empresas. Isso é benéfico para quem produz, para quem compra e também para quem 
entrega.
Um dos grandes objetivos é o aproveitamento da frota e dos motoristas, a redução dos tempos de 
ciclo e de obtenção e o melhor planejamento das rotas. Tais atividades visam:
• reduzir os custos das operações;
• melhorar a imagem da empresa no mercado;
• aumentar a fidelização dos clientes;
• conquistar a maior fatia do mercado.
Perceba que todas essas metas estão ligadas diretamente à evolução da empresa no mercado. Quando 
ela possui frota própria, sempre irá encontrar problemas para despachar um veículo a partir de sua 
base central para uma série de clientes em pontos diferentes, com o objetivo de que o mesmo veículo 
retorne à base, de preferência, é claro, com as entregas realizadas. Os maiores problemas enfrentados 
na roteirização de veículos são:
• determinação do número de veículos envolvidos na operação;
• capacidade de cada veículo;
• pontos de parada para coleta ou entrega de mercadoria em cada roteiro de um determinado 
veículo;
• a sequência das paradas para coleta ou entrega de mercadorias.
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O número de processos de roteirização que envolve muitas paradas e veículos, além do total de 
roteiros possíveis é astronômico. Por isso, princípios operacionais que resultem em boas soluções podem 
ser muito úteis desde que o processo de entrega seja eficiente. A questão é: como fazê-lo? Uma boa 
roteirização é aquela capaz de atender a todos os clientesno prazo estipulado e que o caminhão volte à 
base da empresa, de preferência vazio. Normalmente, a pessoa envolvida no processo de roteirização é 
um funcionário que conhece bem o setor e que pode desenvolver a rota a partir desse conhecimento.
Sugerir uma roteirização ideal está longe de nossos objetivos, até porque as empresas e a forma 
como esse processo será definido é característico de cada companhia.
 Observação
Algumas empresas adotam medidas como assinalar observações nas 
notas fiscais (como uma facilidade ao pessoal que executa a roteirização) 
e verificar informações (como restrições em locais que são normalmente 
visitados pelos vendedores e que conhecem bem a região).
7.4.2 Sistemas de roteirização
Uma prática muito comum nas empresas é a utilização dos sistemas de roteirização e programação 
de veículos ou, simplesmente, roteirizadores. São sistemas de computadores que, por meio de uma 
apropriada base de dados, são capazes de obter soluções para problemas de roteirização e programação 
de veículos com resultados relativamente satisfatórios para as empresas de distribuição e transportadoras. 
Algumas restrições ou condicionantes que um sistema pode considerar na sua utilização:
• possibilidade de análise de um ou mais depósitos com o objetivo de distribuir melhor a 
mercadoria;
• janelas de tempo a serem consideradas no processo de entrega da mercadoria;
• tipos de veículos que estão envolvidos nas operações;
• análise dos tempos de parada;
• velocidades variáveis ao longo do percurso;
• análise de limitações de capacidade dos veículos;
• múltiplos compartimentos característicos de cada veículo;
• possíveis barreiras físicas;
• possíveis restrições de circulação de veículos e jornadas de trabalho do pessoal envolvido no processo.
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Perceba que um sistema torna possível a obtenção de modelos muito próximos da realidade atual, 
sendo de grande importância para o processo de tomada de decisão em âmbito empresarial. Cabe ao 
alto escalão das companhias apoiar e decidir por um sistema que dê resultados satisfatórios dentro 
dessa atividade.
Ao longo dos anos, a computação passou por intensa evolução. Os sistemas de roteirização hoje 
estão cada vez mais próximos da internet, uma ferramenta essencial e capaz de ajudar nas tomadas 
de decisões. Com relação aos sistemas, analisaremos e verificaremos sua aplicabilidade no processos 
de roteirização, lembrando que isso pode variar muito de acordo com a necessidade particular de cada 
empresa. As Informações sobre o número, tempo e local de parada dos veículos e sua velocidade são 
definidas de acordo com o percurso e:
• as operações que envolvem a coleta e entrega;
• o planejamento da forma de distribuição;
• o cálculo das distâncias objetivando diminuir a quilometragem rodada;
• o desenvolvimento da coleta de lixo sólido e reciclável;
• os roteiros definidos a partir da capacidade de peso ou volume de cada veículo;
• definição das rotas com horário determinado.
7.5 Os softwares de roteirização existentes no mercado
Existe no mercado um número cada vez maior de softwares destinados à roteirização que ajudam as 
empresas a planejarem e programarem seus serviços de distribuição de mercadorias. Um dos objetivos é 
minimizar o tempo gasto com o processo de entrega de produtos, diminuindo um dos grandes problemas 
que é, exatamente, saber em tempo real onde está a carga e quando ela será entregue. Entretanto, alguns 
problemas na utilização desses softwares devem ser considerados, ou seja, a aquisição, bem como a 
manutenção da base de dados, gera custos elevados, vistos pelas empresas como um fator negativo.
Um sistema mal implantado e mal gerenciado origina vários custos e desgastes no seu processo 
de administração. Algumas questões devem ser analisadas antes da aquisição de um sistema de 
roteirização:
• quais os reais problemas a serem solucionados?
• a aquisição de um sistema poderá trazer que tipos de problemas?
• quais os objetivos da aquisição do sistema?
• quais e quantos recursos serão disponibilizados para essa aquisição?
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• em que fases do processo será feita a implantação?
• quais as tarefas e atividades a serem desenvolvidas?
• quais os profissionais devem ser envolvidos no processo?
• o ideal é comprar um sistema pronto ou desenvolvê-lo?
• é possível comparar os roteirizadores disponíveis no mercado?
• é possível analisar as principais características de cada produto?
• quais os critérios que devem ser adotados na seleção do sistema a ser implantado?
• qual o prazo para surgirem os primeiros resultados?
O grande problema da maioria das empresas ao adquirir um sistema de roteirização é a falta de 
planejamento e a empolgação com relação aos resultados, que na maioria das vezes demanda certo 
tempo para a efetiva concretização. Ao adquirir um sistema, as questões sinalizadas anteriormente 
deverão ser respondidas para que se evite uma frustração quanto ao resultado futuro. Um sistema não 
vai solucionar todos os problemas. Ele vai apenas proporcionar uma possibilidade na busca de melhores 
resultados. Existe uma gama enorme de sistemas de roteirização e cabe às empresas a busca de acordo 
com as suas necessidades. Segue a relação de alguns desses sistemas disponíveis:
• Trucks;
• Truck-Stops;
• Roadshow;
• TransCAD;
• ROTAcerta;
• ArcLogistics Route.
 Lembrete
Cada um desses sistemas possui sua característica e particularidade em 
relação aos resultados.
A roteirização e a programação de veículos são, atualmente, grandes questões a serem analisadas 
e solucionadas dentro dos grupos empresariais. Optar por um software, por bons profissionais ou por 
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atividades funcionais parece ser uma solução a longo prazo, prazo esse que, na maioria das vezes, está 
fora de cogitação dos clientes.
A pessoa que está envolvida em qualquer atividade na área logística deve, antes de qualquer ação, 
prever fatores extras e agir com sabedoria e, acima de tudo, com responsabilidade para atingir e suprir 
as expectativas dos clientes.
7.6 Rastreamento de veículos de cargas
Antes de iniciarmos um novo assunto, pensemos primeiro na seguinte questão:
O que é rastreabilidade?
No cenário atual, no qual as empresas necessitam saber exatamente onde está o produto dentro 
da cadeia logística, será preciso implantar um sistema e uma forma de rastrear essa mercadoria. 
Será que é apenas por esse motivo? Certamente não. O que acontece com a mercadoria dentro 
do centro de distribuição? Existe uma série de necessidades associadas ao rastreamento desta 
carga.
O sistema de rastreamento é um instrumento fundamental quando a mundialização dos mercados 
comerciais torna muito difícil a identificação da origem das matérias-primas e das circunstâncias em 
que se realiza a produção dos alimentos em face do aumento da cadeia produtiva. Esta indicação 
permite ainda, no caso de surgir um problema de saúde pública, identificar todo o lote contaminado e, 
se necessário, retirá-lo do mercado antes de contaminar as pessoas,bem como definir a responsabilidade 
de cada um dos intervenientes na produção. Permite, assim, uma intervenção rápida por parte das 
autoridades competentes em prol da saúde coletiva.
7.7 Sistemas de rastreamento
Passamos a tratar exatamente dos sistemas de rastreamento. Eles permitem aplicações de 
segurança em empresas de transporte, com controle e atendimento de alarmes e emergências. 
Além de executar funções na cadeia logística, podemos fazer a definição de rotas e tempos, 
possíveis correções de percursos e determinação de áreas com permissão para entrega de 
mercadorias, entre outras funções. Os sistemas de rastreamento são uma ferramenta indispensável 
para o gerenciamento da operação com informações precisas e invioláveis, garantindo maior 
segurança das atividades com relação aos produtos e as formas como serão transportadas as 
mercadorias.
O monitoramento da carga é feito a partir de um sistema muito conhecido hoje no mercado. O GPS é 
uma ferramenta que auxilia no acompanhamento da carga e do veículo. O sistema consiste basicamente 
em uma central de controle, um link de comunicação entre esta central e as unidades móveis e os 
veículos propriamente ditos, equipados com um hardware específico para este fim. Essa atividade, em 
conjunto com o software para operação e gerenciamento de frotas, oferece inúmeros recursos para 
várias aplicações nas atividades de logística, bem como em outros serviços. Atualmente, o GPS é muito 
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utilizado por empresas de segurança e seguradoras de veículos. Algumas das aplicações estão inseridas 
no seguinte contexto:
• o rastreamento e segurança de veículos tanto de transporte como de passeio;
• o uso nas atividades de logística aplicada, no gerenciamento de frotas urbanas.
Uma vez devidamente instalado, o módulo de rastreamento passa a ser o responsável pela leitura 
e processamento das informações internas do veículo e de serviços das funções logísticas, além de 
promover a interface de comunicação com a central de monitoramento responsável por cada uma das 
atividades. Veremos a seguir, o funcionamento de um sistema de rastreamento.
O equipamento possui um receptor GPS que faz uma leitura, a cada fração de segundo, de todas 
as informações de localização, movimentação, direção e velocidade do veículo a ser monitorado. Existe 
um módulo que faz ainda a análise da situação do motor em estado ligado e/ou desligado, a leitura 
dos sensores de entrada, comanda as ações realizadas via atuadores nas saídas analógicas ou digitais, 
avalia o resultado dos contadores internos, informa o valor absoluto do hodômetro, mede a temperatura 
interna e a voltagem de alimentação, entre outras informações referentes ao veículo e ao sistema em 
uso. Sua arquitetura de comunicação on-line é baseada na tecnologia GSM/GPRS, utilizada em rádios 
de comunicação e celulares.
A tecnologia GSM que significa Global System for Mobile Communications, ou simplesmente Sistema 
Global para Comunicações Móveis, é móvel e, atualmente, é o padrão mais popular usado em telefones 
celulares do mundo.
A tecnologia GPRS que significa Serviço de Rádio de Pacote Geral é uma tecnologia que aumenta 
as taxas de transferência de dados nas redes GSM existentes. Ela permite o transporte de dados por 
pacotes. Sendo assim, o GPRS oferece uma taxa de transferência de dados muito mais elevada que a das 
tecnologias anteriores.
O sistema deverá estar numa área coberta pelo sinal da operadora telefônica, independente de 
utilizar as tecnologias GSM/GPRS, para que as informações do sistema sejam corretamente enviadas 
à central de rastreamento. Isto significa que é um sistema parcialmente controlado por satélites e 
recebe informações dos mesmos, porém as envia por outro meio de comunicação que não se utiliza de 
plataforma de satélite. Eis um dos motivos pelos quais o sinal perde-se ocasionalmente.
7.8 Ferramenta GPS
Muito utilizado e conhecido no mundo, o Sistema de Posicionamento Global, popularmente 
conhecido por GPS (que vem do acrônimo do inglês Global Positioning System), inclui um conjunto 
de satélites e é um sistema de informação eletrônico que fornece, via rádio, a um aparelho receptor 
móvel, a posição do mesmo com referência às coordenadas terrestres. Existem atualmente dois sistemas 
efetivos de posicionamento por satélite: o GPS americano e o Glonass russo. Existem também mais dois 
sistemas em implantação: o Galileo europeu e o Compass chinês. Isso se faz necessário universalmente, 
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pois o sistema americano é controlado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, 
o chamado DoD, exclusivamente para uso militar e, embora, atualmente, encontre-se aberto para uso 
civil e gratuito, poucas garantias temos que, em tempo de guerra, ele continue emitindo sinais, o que 
resultará num sério risco de espionagem industrial.
Os receptores GPS existem numa variedade de formatos, desde dispositivos integrados dentro de 
carros, telefones, e relógios, até aparelhos dedicados somente ao GPS como os fabricados pelas marcas 
Trimble, Garmin e Leica, as mais comercializadas hoje no mundo.
A ferramenta GPS é muito útil em um país como o Brasil onde cada vez mais aumenta o número de 
furtos de cargas. Esse assunto será abordado posteriormente.
7.8.1 Exemplo de rastreabilidade de produtos 
O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas mundiais. A mercadoria como um todo é vulnerável 
e, portanto, fácil de ser desviada. Algumas medidas vêm sendo adotadas pelos produtores bem como 
pela indústria de um modo geral. Veja a seguir o exemplo dos produtores de bananas.
Os produtores de bananas, com um olhar cada vez mais fixo no diferencial para melhor atender 
o mercado, iniciam um processo de investimento em sistemas de rastreamento como uma forma de 
garantir sua produção. O maior objetivo, sem dúvida, é garantir um lucro superior e um produto mais 
saudável ao consumidor.
Com o avanço do conceito de rastreabilidade bem como o aumento de sua importância significativa 
nos mercados nacionais e internacionais de produtos agrícolas, nos últimos anos, o Brasil vem 
se destacando. Fatores como esses fazem com que as empresas, os produtores e o próprio governo 
direcionem seus olhares para essa atividade e para a necessidade da rastreabilidade.
A rastreabilidade é um mecanismo que permite a localização de um determinado produto além de 
monitorá-lo e identificá-lo desde sua origem até que ele esteja nas mãos do consumidor final. É um 
conjunto de medidas que possibilita controlar todas as movimentações nas unidades, de entrada e saída, 
objetivando a produção de qualidade, com origem garantida e venda concreta. Isso dá ao produtor e ao 
consumidor a certeza de que o consumo de um produto com qualidade está assegurado. Medidas em 
outros setores da economia começam a tomar corpo à face do mercado cada vez mais competitivo e a 
forma como as empresas visualizam hoje a segurança de seus produtos.
7.9 O gerenciamento de riscos no transporte rodoviário de cargas
No Brasil, especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, assiste-se a um crescente e 
sistemático aumento nos índices de criminalidade relativos aos roubos, furtos e desvios de cargas em 
geral, além do aspecto psicológico que afeta as pessoas vítimas desses crimes cada vez mais intensos1.
1 Os tópicos 7.9 e 7.10, assim como os subtópicos 7.9.1,7.10.1 e 7.10.2 foram adaptados de conteúdo disponível 
em: <http://www.ntcelogistica.org.br/gris/gerenciamento.asp>. Acesso em: 11 jul. 2011.
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Os sinistros acontecem normalmente em áreas urbanas, rodovias, depósitos de cargas, postos de 
combustível, enfim, em qualquer lugar e em qualquer etapa do ciclo da atividade de transporte de 
mercadorias. Nesse contexto, as respostas dos órgãos responsáveis pela segurança pública têm se 
mostrado insuficientes para o enfrentamento do problema que a cada dia nos assusta, preocupando as 
empresas e o consumidor final.
7.9.1 O que é Gris?
O termo gerenciamento de riscos é a adoção de um conjunto de técnicas e medidas preventivas que 
visam identificar, avaliar e evitar ou minimizar os efeitos de perdas ou danos que possam ocorrer no 
transporte de mercadorias nas atividades empresariais e de transporte.
Essas ações serão implantadas com o objetivo de preservar a carga desde a origem até o destino 
final, garantindo que o produto esteja no local desejado, dentro do prazo previsto e de acordo com sua 
conformidade e ao menor preço possível, ou seja, aquilo que o mercado e o cliente desejam.
A responsabilidade por preservar e manter a carga é do transportador, independente do acordo 
que tenha sido firmado. O Gris é uma prática que, ao longo dos anos, vem passando por reformulações 
e aprimoramentos cujo objetivo maior é a manutenção da carga e da integridade física das pessoas 
envolvidas. O Gris possui os seguintes aspectos:
• caráter de prevenção;
• tratamento de riscos que possam causar perdas ou danos pessoais, materiais, financeiros, ao meio 
ambiente e à imagem da empresa;
• opção estratégica que busca envolver o planejamento, investimento, tecnologia e execução 
competente na busca pela solução, mesmo que paliativa;
• soluções integradas e medidas preventivas e corretivas envolvendo mudanças tecnológicas, 
operacionais e comerciais dentro das empresas e em atividades ligadas ao produto;
• agregação de valor à logística da empresa, aprimorando os processos e propiciando melhores controles e 
coordenação pela equipe responsável, passando tais responsabilidades a outros envolvidos na cadeia;
• necessidade básica de qualquer empresa ou ramo de atuação, um diferencial mercadológico que 
é bem visto aos olhos do consumidor.
7.10 Os objetivos do gerenciamento de riscos no transporte rodoviário de 
cargas
Como qualquer atividade no mundo empresarial, comercial ou de serviços, existem os objetivos a 
serem cumpridos e definidos. Passaremos a verificar as principais metas do Gris, exatamente onde ele 
deverá atuar no TRC. Vamos a elas:
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• desenvolver formas de redução dos riscos e da sinistralidade envolvidos na atividade empresarial, 
com consequente diminuição dos prêmios de seguros da carga e de seus custos ao consumidor 
final;
• preservar vidas humanas e bens materiais da empresa;
• viabilizar seguros adequados às atividades operacionais da empresa, permitindo a redução de 
custos e possibilitando a competitividade no mercado nacional e internacional;
• cumprir os compromissos com clientes, garantindo que os produtos estejam no lugar certo e na 
hora certa, ou conforme o acordo determinado, ao menor custo possível;
• utilizar uma ferramenta de diferencial competitivo no mercado;
• aumentar a produtividade e a lucratividade da empresa, como um dos diferenciais competitivos;
• manter a imagem da empresa no mercado;
• criar formas de motivação dos seus funcionários e colaboradores.
7.10.1 Abrangência do Gris no TRC
Assim como qualquer atividade, o Gris tem uma abrangência que deve considerar a estrutura 
organizacional e operacional da empresa de transporte rodoviário de cargas. No conceito do Gris, algumas 
definições são consideradas prioritárias e definidas por quatro áreas setoriais de uma organização:
1. área de recursos humanos;
2. instalações e áreas físicas;
3. sistemas de informação como os documentos, as informações digitais e as comunicações;
4. operações móveis de transporte de cargas.
Uma vez definidas as áreas que serão desenvolvidas dentro do conceito do Gris, abordaremos cada 
uma delas.
A área de recursos humanos
Toda e qualquer empresa tem a necessidade de possuir um departamento que atue diretamente 
com as pessoas que fazem parte do contexto empresarial, caracterizado como recursos humanos. O 
RH tem um papel essencial no que tange à questão do Gris por atuar e administrar o conjunto de 
pessoas que colabora para a empresa, sejam eles funcionários, prestadores de serviços ou até mesmo 
autônomos.
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 Observação
Quanto mais sensíveis forem os cargos a ocupar, maior será a necessidade 
de segurança na seleção de pessoal.
O departamento de RH, bem como as pessoas envolvidas nas atividades de Gris, deverá adotar 
algumas medidas e realizar etapas no processo. Vamos a elas:
• primeira etapa – seleção de pessoal;
Nessa etapa, o que se busca, em termos de segurança, é eliminar aqueles candidatos que possam 
configurar riscos à empresa de uma maneira geral. Durante o processo de seleção, deverá ser priorizada 
a pesquisa de antecedentes criminais e socioeconômicos do futuro colaborador, além da entrevista 
realizada com o candidato ao cargo. Na contratação de funções como “carreteiros”, além do próprio 
condutor, a análise do veículo que estará envolvido na atividade profissional também deve receber 
atenção especial. Todo o cuidado e prevenção deverão ser tomados nesta etapa.
• segunda etapa – adoção e manutenção de comportamentos das pessoas envolvidas em todas as 
atividades da empresa;
Aqui, o que se visa é a conscientização do corpo de funcionários quanto aos riscos potenciais 
como um todo e à conduta adequada a cada situação, criando uma mentalidade coorporativa de 
segurança, por meio de uma mudança de comportamento calcada em acreditar que a situação 
de risco poderá acontecer a qualquer momento e a qualquer pessoa envolvida no processo. Os 
treinamentos deverão ser realizados constantemente com o objetivo de prepará-la para necessidades 
futuras.
• terceira etapa – controle de segurança no desempenho funcional de cada funcionário. Esta etapa 
parece uma das mais complicadas. O RH deverá ter sensibilidade para criar mecanismos de controle 
efetivo sobre as pessoas envolvidas, evitando que elas possam ir a outro caminho.
 Observação
Por melhor que seja a tecnologia empregada, os procedimentos de 
segurança precisam estar bem incorporados pelo corpo funcional da 
organização. O treinamento de RH é fundamental.
7.10.2 Os sistemas de informação no Gris
Dentro das empresas, o tratamento dado às informações segue critérios e um nível de segurança 
maior. Os sistemas de informação são suportes que estão disponíveis para armazenar fisicamente 
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GERENCIAMENTO DE TRANSPORTEuma informação determinada e possuem os meios para enviá-la a um destinatário, normalmente 
da companhia, ou a uma empresa pertencente ao grupo corporativo. Neste processo, pode-se 
englobar:
• os documentos mais comuns;
• os sistemas digitais;
• as comunicações e os meios de transmissão da informação.
Algumas empresas não dão a devida atenção a questões como segurança das informações, 
principalmente com relação às transportadoras. Infelizmente, a realidade nessas empresas é bem 
diferente do que normalmente estamos acostumados. Em muitas delas, existem verdadeiros olheiros que, 
mesmo trabalhando para a companhia, passam informações para outras pessoas de fora da empresa. 
Portanto, numa visão abrangente, um dos objetivos que se buscam na prevenção é como salvaguardar 
conhecimentos e/ou dados de interesse contra:
• futuras ações como fenômenos naturais e possíveis acidentes;
• vazamentos de informações sigilosas;
• ações criminosas como espionagem, sabotagem, invasões etc.
Além do mais, será necessário garantir:
• o sigilo nas comunicações e transmissões de dados da empresa interna e externamente;
• a integridade dos meios de comunicações e informática como os softwares e hardwares existentes 
na empresa e a forma de sua utilização.
Passamos a analisar outros aspectos considerados essenciais na proteção de informações de empresas. 
Os alvos a serem protegidos são:
• documentos – os documentos são vulneráveis a riscos de espionagem e de sabotagem. São 
de fácil leitura e memorização. Os papéis tem um ciclo de vida curto por serem suscetíveis à 
destruição. Serão necessárias ações como termos de responsabilidade, proibição de cópias e 
outras;
• informações digitais – esses tipos de informações são de fácil acesso, principalmente para crimes 
cibernéticos, adulteração de sistemas e fraudes. As informações digitais deverão ser administradas 
por especialistas no assunto;
• meios de comunicação – os meios de transmissão de informação são vulneráveis a diferentes 
formas de interceptação, neste caso, violação dos dados.
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As medidas de proteção a serem adotadas pelas empresas devem focalizar alguns aspectos como a 
segurança dos meios de transmissão por meio da:
• verificação da localização correta dos equipamentos de comunicações que existem na empresa;
• forma de controle dos acessos às suas instalações;
• forma de inspeções de segurança visuais, varreduras e de telefone.
A ação de segurança de conteúdo das mensagens enviadas pode ser realizada da seguinte maneira:
• com o uso de meios criptológicos;
• com a escolha do meio de comunicação mais adequado ao tipo de mensagem de informações internas.
As medidas de segurança necessárias à proteção dos sistemas de informação estão sustentadas em 
três pilares que serão tratados individualmente por cada empresa, dependendo da maneira com a qual 
se pretende proteger-se. São eles:
• normas internas de segurança com procedimentos claramente definidos a todos os colaboradores, 
direta e indiretamente;
• criação de ferramentas que auxiliem na execução dos processos de proteção das informações da 
empresa;
• mudança nas atitudes e comportamentos das pessoas envolvidas no processo empresarial.
As operações móveis de transporte
As operações móveis de transporte nada mais são do que o processo operacional em que as 
mercadorias são transportadas pelo veículo. Neste momento, as cargas, bem como o veículo, estão 
vulneráveis no processo. Um dos motivos disso é o fato do transportador ser o responsável pela carga. 
Outro fato é que o veículo, estando na rua, passa a ser alvo de bandidos que muitas vezes são inibidos 
ao perceberem que o ele é rastreado. Uma vez que essas pessoas possuam algum tipo de informação, o 
risco passa a ser maior.
Para a proteção às operações móveis de transporte alinhadas ao sistema de Gris, serão necessárias 
algumas ações como:
• selecionar rigorosamente o pessoal, envolvendo motoristas, agregados, terceiros e ajudantes, além 
dos funcionários dos setores de expedição e tráfego, ou seja, o transporte da empresa;
• estabelecer e normas de segurança específicas às funções e educação de segurança para motoristas 
e ajudantes, pessoal de expedição e operadores de rastreamento;
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• possuir veículos adequados e em boas condições de uso;
• desenvolver e empregar tecnologias de rastreamento/monitoramento e bloqueio de veículos em 
todas as atividades de transporte;
• fracionar e separar as cargas de maior valor agregado;
• realizar um planejamento de viagem e operações urbanas para a entrega de mercadorias;
• desenvolver um Centro de Controle Operacional conhecido como CCO que funcione 24 horas por 
dia, ou o necessário;
• criar um cadastramento de rotas dos setores disponíveis no sistema;
• fazer um mapeamento dos locais considerados de maior risco de furtos de cargas;
• analisar e estudar rotas e pontos de parada durante o trajeto do veículo;
• desenvolver um plano de viagem contanto com imprevistos;
• definir a origem, itinerários e destinos do veículo em função da mercadoria a ser entregue;
• determinar os pontos de parada, caso existam;
• estabelecer a programação dos horários de parada, que podem variar em função do cliente;
• alternar as rotas e horários de partida (caso seja necessário) em função das características de 
recebimento do cliente;
• desenvolver e criar uma formação de comboios (quando necessário) para que isso possa garantir 
uma segurança maior da carga;
• escoltas em áreas consideradas críticas e de riscos para a carga;
• criar uma forma de comunicação em permanente disponibilidade durante toda a operação de 
carga e descarga ao longo das atividades internas e externas.
Não é simples desenvolver as medidas de gerenciamento de riscos em uma organização. Por isso, 
para serem viáveis, essas medidas devem:
• contar com o apoio da direção da empresa no sentido da preservação de seus valores;
• ser decorrentes de um planejamento eficaz em função dos resultados futuros;
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• ter um custo compatível;
• ser culturalmente aceitas, o que é o mais importante.
As instalações e áreas físicas da empresa
Os bens patrimoniais fixos da empresa também devem merecer prioridade no contexto do 
gerenciamento de riscos. E, como dedução lógica, quanto mais importante ou sensível for determinada 
área, bem como a instalação para a organização, maior deve ser a atenção em relação a ela. Preservar 
o bem da empresa é uma situação que engloba todas as pessoas envolvidas. Em uma transportadora e 
suas instalações e áreas, podemos visualizar, como regra geral, os seguintes alvos a serem protegidos:
• o perímetro ou área externa da empresa;
• as instalações e as edificações;
• a sede da empresa, caso exista como sendo própria;
• os depósitos de carga;
• outros tipos de depósitos como de combustíveis, garagens, depósitos de materiais, casas de força, 
caixas d’água etc.
Ainda com relação à questão da proteção, existem as áreas consideradas sensíveis e restritas. 
Sinalizamos a seguir, as áreas aserem protegidas:
• o setor financeiro da empresa deve ser bastante cuidadoso ao tratar da segurança;
• a central de informática é outro departamento que também precisa possuir segurança e vigilância 
constante;
• a central de comunicações, considerada um setor sensível, deverá possuir uma segurança sempre ativa.
Perceba que, por questões culturais de cada empresa, os setores a serem protegidos e a maneira 
como essa proteção será feita devem ser decididos pela diretoria e seus respectivos colaboradores.
A prevenção tem seus objetivos definidos em função de manter as áreas sensíveis e físicas da empresa. 
Dentro desta questão, podemos sinalizar os seguintes objetivos:
• impedir o acesso de intrusos às instalações da empresa;
• criar uma forma de controlar a circulação de pessoas e veículos estranhos e ameaçadores;
• evitar danos materiais à empresa e às pessoas que estão inseridas no contexto empresarial principalmente.
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GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE
O maior objetivo na prevenção e segurança, principalmente quando nos referimos a uma 
transportadora, é definir exatamente quais os alvos a serem protegidos. Uma vez definidas as metas, 
é necessário analisar os fatores que irão influenciar no planejamento e conduzir à solução. Para tal, 
considera-se:
• a localização do imóvel e sua topografia bem com as vias de acesso e o tipo de vizinhança 
além de como estão dispostos o policiamento na área próxima à empresa ou ao centro de 
distribuição;
• as prioridades quanto à segurança;
• a ordem de prioridades, em função dos riscos, no contexto do que efetivamente a empresa 
pretende proteger;
• os produtos considerados de risco, normalmente em estoque, as quantidades, os valores e o tempo 
de permanência;
• os tipos de barreiras de segurança, ou seja, os meios de segurança possíveis de serem aplicados;
• barreiras estruturais como muros, cercas, trancas, cadeados, portaria e guarita, enfim, o melhor 
meio para a proteção e dificuldades de acesso;
• barreiras eletrônicas com sistemas de imagens, de alarmes e outros;
• barreiras humanas como vigias, guardas, rondas e outros que se façam necessários;
• barreiras animais como cães de guarda;
• ronda com helicóptero.
Lembre-se que toda e qualquer medida de segurança a ser adotada por uma empresa deverá 
levar em consideração o custo/benefício bem como o fator de investimento e o alvo a ser 
protegido. Muitas vezes, a questão de segurança em massa cria um quesito de preocupação para 
as pessoas que visitam e trabalham na empresa. É necessário que ela se faça de uma forma bem 
discreta.
 Observação
Não existe segurança perfeita. O que na verdade deve ser adotada 
como prática é a prevenção acima de tudo. Não se avalia a existência de 
pessoas dignas de confiança ou não, mas se existem (ou não) controles 
eficientes.
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7.10.3 Os processos logísticos e o produto
O fator que mais contribuiu com o crescimento das empresas foi a abertura do mercado internacional 
por conta da globalização. Com isso, percebemos que o consumidor, bem como os produtores, 
encontram-se cada vez mais dispersos no nosso território. Abundantes em algumas regiões do país, as 
matérias-primas não necessariamente estão próximas aos locais em que se estabelecem as empresas 
que as utilizam como insumos em seus processos produtivos, e, posteriormente, estes bens vêm a ser 
consumidos em terceiros territórios, distantes de sua área de origem.
A logística tem um papel importante porque é capaz de auxiliar empresas e organizações na 
agregação e criação de valor ao cliente, seja ele final ou não. Ela pode ser a chave para uma estratégia 
de sucesso, provendo uma multiplicidade de maneiras e formas para que a empresa se diferencie da 
concorrência por meio de um serviço superior ou ainda de interessantes reduções de custo operacional 
dentro das suas atividades.
Além do mais, a logística tem presença marcante no mundo empresarial, pois, ao se estabelecer 
uma relação comercial de compra e venda de mercadorias, as atividades logísticas são acionadas para 
possibilitarem o fluxo de produtos, sejam matérias-primas, artigos semiacabados ou destinados ao 
consumidor final. Em conformidade e tempestivamente com o que foi demandado, não importa o local 
e sim a forma como essa mercadoria deverá estar à disposição desse cliente.
A tarefa da distribuição de mercadorias em território nacional cabe, também, aos inúmeros 
operadores logísticos bem como aos CDs e aos prestadores de serviços logísticos atuantes 
principalmente no Brasil. Em franca expansão, este negócio promove a integração de todos os 
setores da economia do país, sendo ainda favorecido pelo alto grau de desenvolvimento tecnológico 
observado nos últimos anos.
O transporte de carga na modalidade rodoviária no Brasil efetua desde o escoamento de volumosas 
safras agrícolas até o envio de pequenas encomendas, não importando o local mas a maneira como essa 
carga será entregue. Todavia, o índice de roubo no modal rodoviário vem crescendo demasiadamente. 
Devido a este expressivo prejuízo, as seguradoras estão evitando a aceitação de seguro para cargas 
muito visadas, tanto na indústria de bens duráveis (como eletroeletrônicos, por exemplo), quanto 
na de produtos de consumo, representados pelos medicamentos, cigarros, alimentos e outros itens 
considerados de risco.
A solução encontrada para tentar minimizar o alto índice de furtos de cargas é aliar a logística de 
distribuição e transportes aos recursos de tecnologias disponíveis em nosso mercado. Uma possibilidade 
é a utilização do transporte como estratégia na distribuição de mercadorias. 
A área de transportes de uma empresa possui uma forte relação com a logística, inclusive 
sendo parte dela, devido à evidência de seu papel estratégico na seleção da modalidade, no 
dimensionamento da frota, na definição de níveis de serviço e no detalhamento dos custos, 
contabilizados os seguros de veículos e de cargas. Percebe-se a forte influência dessa atividade 
como estratégia.
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O transporte é um elemento chave e de enorme peso no custo de distribuição ou logístico de uma 
empresa. Esses gastos são importantes para a maioria dos produtos e para os resultados obtidos no 
serviço junto ao cliente. Seu desempenho pode influenciar a ilação de uma operação logística, alterando 
a percepção da qualidade do serviço sentida pelo comprador.
Os gastos com as atividades de transporte chegam a representar em torno de 50% dos custos de 
uma empresa.
Após termos abordado o produto e algumas atividades da logística, vamos tratar de um assunto 
importante: os sistemas de transporte inteligentes.
7.11 Sistemas de Transporte Inteligentes – STI
O STI é uma iniciativa mundial de aliar tecnologia da informação e comunicação à infraestrutura 
de transportes e veículos. Um dos grandes objetivos é gerenciar fatores que comprometem o volume 
transportado e rotas de carga e descarga, agilizando a entrega e diminuindo o desgaste de veículos, o 
tempo de deslocamento, o consumo de combustíveis entre outros. Problemas como congestionamentos 
são algoque vem preocupando muito as autoridades e a segurança pública por afetar a sociedade como 
um todo.
O conceito de STI foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 20 com o objetivo de facilitar o 
controle da migração e da urbanização da época. Foi uma maneira encontrada para minimizar os efeitos 
do crescimento das grandes cidades por meio de um acompanhamento maior da população e do avanço 
da motorização, o que, na verdade, era um meio de facilitar a vida do cidadão.
Nas grandes cidades, existe o monitoramento em tempo real de vias expressas e grandes avenidas 
com o objetivo de facilitar o ir e vir do cidadão. Veremos a seguir algumas aplicações desta tecnologia 
de sistema inteligente.
Pedágio eletrônico – uma das aplicações dos STI é o pedágio eletrônico cujo objetivo é facilitar 
a passagem de veículos normais de passeio e de cargas, reduzindo engarrafamentos em guichês de 
pedágio e automatizando a coleta da tarifa. Inovações mais recentes têm usado o pedágio eletrônico 
para criar zonas de restrição nos centros da cidade e faixas exclusivas para fluxo de veículos.
Zonas de restrição – são usadas inicialmente em centros urbanos onde o transporte público é uma 
alternativa à direção de carros particulares, reduzindo o fluxo desses veículos por meio da cobrança de 
um pedágio.
A seguir, passaremos a mostrar alguns sistemas disponíveis no mercado para esse fim:
• Sistema Control Loc – é indicado para monitoramento on-line e rastreamento em tempo real, 
permitindo total controle da frota, da gestão e da logística do veículo, com acompanhamento das 
operações de distribuição e elaboração de relatórios de serviços executados pelas empresas de 
transporte;
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• GPSMobile Load – dispositivo de localização desenvolvido no Brasil cujo tamanho é menor que 
um maço de cigarros. É indicado para ser inserido entre as cargas, dentro de caixas ou junto 
com algum produto de valor que está sendo transportado, sendo muito utilizado também pela 
indústria farmacêutica. Tem sua base constituída por um dispositivo móvel de GPS associado a 
uma ferramenta de configuração de registro entre o motorista e o veículo, via internet. Permite 
elaborar relatórios a partir de uma base de dados exportados para uma planilha eletrônica, 
podendo ser rastreado por meio de um telefone celular;
• Sistema Logis – esse sistema é formado por um centro de controle, instalado no escritório do 
cliente ou em uma agência de gerenciamento de risco. Sua utilização pode ser configurada tanto 
para uso em carros de passeio quanto em frotas de caminhões de cargas comerciais. Utiliza a 
internet e a tecnologia GPS e GPRS.
7.11.1 Exemplos de aplicação do STI
É muito comum o questionamento em relação às aplicações de determinados sistemas. Veremos a 
seguir um exemplo. Caberá ao aluno buscar o aprimoramento dessas atividades.
Sistemas Inteligentes de Transporte são algumas alternativas para a Copa do 
Mundo e Jogos Olímpicos2
Segundo o Ministério das Cidades, 80% dos R$ 100 bilhões direcionados às obras para 
os dois eventos serão investidos em projetos de mobilidade urbana no Brasil.
Agência T1 – O Centro de Convenções Bolsa de Valores do Rio de Janeiro sediou, nos 
24 e 25 de maio, o seminário Sistemas Inteligentes de Transporte – ou simplesmente SIT, 
papel estratégico para a mobilidade urbana. Além de debater o posicionamento do Rio 
de Janeiro para implantar instrumentos inovadores e confiáveis de gestão do transporte 
e de seu desenvolvimento, o evento reuniu empresários, executivos, técnicos e dirigentes 
do setor de transporte, governo e profissionais de engenharia para analisar as possíveis 
soluções e projetos integradores capazes de aperfeiçoar e modernizar o transporte 
urbano.
A idealização do seminário surgiu após análises da situação precária do trânsito do Rio 
de Janeiro e da importância dos eventos internacionais que acontecerão no Brasil: a Copa do 
Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Para o professor da Universidade do Estado do 
Rio de Janeiro – UERJ e membro do comitê técnico do Seminário, Alexandre Rojas, o objetivo 
do evento foi expor e discutir as principais tecnologias relacionadas aos Sistemas Inteligentes 
de Transporte – SIT que podem contribuir para a mobilidade urbana, principalmente diante 
dos cenários dos próximos eventos no Rio de Janeiro. “O evento possibilitou uma rica troca 
de experiência entre academia, governo e entidades privadas sobre os caminhos do SIT no 
2 Texto disponível em: <http://www.agenciat1.com.br/467-sistemas-inteligentes-de-transporte-sao-alternativas 
-para-a-copa-do-mundo-e-jogos-olimpicos/>. Acesso em: 11 jul. 2011.
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Brasil. Foi possível observar as principais tecnologias que vêm sendo adotadas e estimular as 
prefeituras a implantarem sistemas SIT na gestão do transporte”.
Na cidade do Rio de Janeiro, estão sendo desenvolvidos projetos de infraestrutura na área 
de transportes como a construção do Arco Metropolitano, que desviará o tráfego pesado 
de caminhões da Avenida Brasil da Ponte Rio-Niterói, a construção da Transcarioca, a linha 
4 do Metrô, além do outras obras definidas no Programa de Aceleração do Crescimento do 
governo federal – PAC.
O Seminário foi uma realização da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, por 
meio de seu Programa de Engenharia de Transportes e da Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro – UERJ, em parceria com a empresa Planeja & Informa Comunicação e Marketing. 
Durante o evento, foram discutidos temas como o modelo de Sistemas Inteligentes de 
Transporte brasileiro, o Programa de Engenharia de Transporte e a implementação e gestão 
do sistema de monitoramento do tráfego em Vitória, cidade do Espírito Santo.
Segundo Alexandre Rojas, o Brasil ainda depende essencialmente do transporte urbano de 
ônibus movido a óleo diesel. “Algumas iniciativas, como a do Instituto Alberto Luiz Coimbra 
de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ, em criar um ônibus a hidrogênio, 
ainda estão em sua fase preliminar e dependerão de financiamento governamental e apoio 
da iniciativa privada”, explica.
Segundo informações do Ministério das Cidades, 80% dos R$ 100 bilhões direcionados 
às obras para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão investidos em 
projetos de mobilidade urbana no Brasil inteiro. Os Sistemas Inteligentes de Transporte, 
através da união da telemática e de ferramentas de controle, representam novos meios de 
pensar a locomoção urbana. A utilização eficiente dessas tecnologias promove a redução 
de congestionamentos e dos tempos de viagem, melhoria na qualidade do ar pela redução 
da emissão de poluentes, possibilidade da indicação de rotas alternativas, aprimoramento 
dos níveis de serviço além de aumentar a produtividade, a confiabilidade e a segurança dos 
sistemas de transporte.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT estabeleceu, no final do ano passado, 
a tecnologia a ser adotada pelas rodovias concedidas para aquisição de dados dos Sistemas 
Inteligentes de Transporte. Empresas de ônibus e secretarias municipais de transporte estão 
implantando esses sistemas para controle da frota e gestão do tráfego. O Sistema Nacional 
de Identificação Automática de Veículos – SINIAV, a ser implantado em todos os veículos 
em circulação no território nacional, poderá promover elementos para a implantação de umsistema nacional daqui a alguns anos.
Para Alexandre Rojas, os Sistemas Inteligentes de Transporte podem gerar 
desenvolvimentos socioeconômicos e ambientais sustentáveis na medida em que uma 
melhor gestão do transporte, envolvendo passageiros e carga, possibilitará viagens mais 
rápidas, mais conforto ao passageiro e uma ação maior por parte do governo nos desvios 
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dos contratos de concessão. “Isso irá reduzir níveis de emissão de poluentes pela redução 
do número de viagens e uma melhor possibilidade de deslocamento com conforto e 
rapidez. Os Sistemas Inteligentes de Transporte encontram-se bastante desenvolvidos em 
alguns países como Estados Unidos e Japão. A União Europeia, igualmente, vem investindo 
significativamente na área”, defende. Para Rojas, os SIT começam agora a ser discutidos 
de forma mais sistemática e passam a ser incluídos nas próximas licitações de concessões, 
sejam elas de rodovias ou de transporte urbano. “Esperamos que nos próximos anos já 
possamos colher os frutos destes investimentos”.
A Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro – Fetranscarga fez 
uma apresentação no seminário Sistemas Inteligente de Transporte, no dia 24 de maio, 
sobre a mobilidade urbana do abastecimento da cidade, envolvendo todos os segmentos do 
comércio, indústrias centrais e o próprio cidadão.
Para o presidente da Federação, Eduardo Rebuzzi, normalmente, as autoridades públicas 
não dão a devida atenção ao transporte de carga, que é uma atividade estratégica, essencial 
para o desenvolvimento econômico e social. “Lamentavelmente, a sociedade também não 
tem a exata percepção dessa importância. Sem abastecimento, a economia e o cidadão não 
sobrevivem. Os eventos internacionais são importantes para a visibilidade da cidade e o 
aumento do interesse pelo que podemos oferecer aqui aos turistas estrangeiros. Mas temos 
que aproveitar essa oportunidade para deixar um legado positivo, principalmente para os 
cariocas”, defendeu.
A Fetranscarga adota programas importantes como o Despoluir, desenvolvido e 
controlado pela Confederação Nacional do Transporte – CNT Aderiu também ao Selo 
Verde/Fumaça Preta, um convênio com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o Instituto 
Estadual do Ambiente – INEA e a Conpet/Petrobrás. Os programas visam à redução da 
emissão de partículas de gás carbônico (CO2) no meio ambiente e à diminuição do consumo 
do óleo diesel. Além disso, a Federação realiza o Circuito Verde em cidades do estado do Rio 
de Janeiro, levando conhecimento e proporcionando debates sobre temas que preservem o 
ambiente e priorizem o desenvolvimento sustentável.
Para Rebuzzi, o seminário reuniu profissionais e pessoas conhecedoras ou interessadas 
no assunto para a busca de soluções para o transporte no Brasil, seja ele de pessoas ou 
bens. “O seminário realizado nesses dois dias foi muito interessante e trouxe bons temas ao 
debate. Resta, a partir do que se tratou, haver a aplicação prática para que possamos ver os 
resultados. Não podemos nos contentar com a teoria”.
 Saiba mais
Maiores informações sobre esses e outros eventos ligados ao STI, acesse: 
<http://www.agenciat1.com.br>.
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GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE
7.12 Análise e estudos de produtos transportados e rastreados no Brasil
Pe
rc
en
tu
al
32%
19%
3%
14%
5%
27%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Alimentos 
e bebidas
Material de 
construção
Móveis e 
produtos 
eletrônicos
Combustíveis 
e produtos 
químicos
Higiene e 
limpeza
Diversos
Relação de produtos
Produtos movimentados que são rastreados
Gráfico 2
O gráfico3 mostra quais produtos comercializados no país são rastreados. Percebe-se que mercadorias 
de valor considerado baixo são monitoradas com maior frequência. Nota-se também que móveis e 
eletrônicos têm um nível baixo de acompanhamento, bem como o segmento de higiene e limpeza. Vale 
lembrar que o monitoramento é uma questão a ser decidida por cada empresa.
Es
ca
la
26%
5% 7% 4%
13%
45%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Segurança Exigência 
seguradora
Melhor 
prestação 
serviço
Redução $ 
seguro
Indicação 
de corretor
Controle 
cargas
Motivos
Aquisição de sistema de rastreamento
35%
40%
45%
Gráfico 3
3 Os dados desse e do próximo gráfico estão disponíveis em: <http://www.setcesp.org.br/index.asp>. Acesso em: 11 jul. 2011.
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O gráfico mostra a real necessidade das empresas na aquisição dos sistemas de rastreamento. O 
item segurança aparece como um dos maiores valores sinalizados no estudo, seguido da exigência 
das seguradoras. Essa tem sido a grande preocupação das empresas na busca pela preservação de seus 
produtos.
7.13 O sistema TMS 
Uma das ferramentas muito utilizadas pelas empresas em suas atividades logísticas visando melhorias 
nas atividades de transporte é o TMS – Sistema de Gerenciamento de Transporte. Um dos seus objetivos 
é assegurar a rastreabilidade do pedido e a produtividade em todo o processo de distribuição. Por uma 
necessidade cada vez maior de redução de custos e manutenção da competitividade, várias empresas 
optam pelo uso desta ferramenta. A distribuição representa hoje, uma das parcelas mais significativas 
em termos de custos logísticos.
A tecnologia da informação tem sido, ao longo dos anos, uma das principais aliadas na busca pela eficácia 
e redução de custos nas atividades logísticas das empresas. Uma das possíveis alternativas das companhias é 
controlar as mercadorias em todo o processo, garantindo que elas estejam nas mãos dos clientes.
Muitas empresas integram suas atividades a partir dos ERPs, seus sistemas corporativos, com o 
objetivo de coordenar as informações em nível estratégico. O TMS é uma ferramenta de gerenciamento 
que gradualmente vem incrementando a ligação entre as atividades de distribuição e transporte, 
melhorando assim a qualidade dos serviços associados à produtividade. A sigla significa Transportation 
Management System, ou simplesmente Sistema de Gerenciamento de Transporte.
As características de funcionamento de um TMS são muito particulares e variam de acordo com o 
ramo de atuação e atividades empresariais. Assim, as soluções TMS possuem módulos diferenciados. Em 
relação a eles, podemos citar algumas funções:
• gestão de frotas;
• gestão de fretes;
• roteirização;
• programação de cargas;
• controle de rastreamento e tráfego;
• atendimento aos clientes.
Sinalizamos apenas algumas características, o que significa dizer que, ao optar por um sistema 
específico, é necessário saber exatamente o que a empresa precisa e o que será controlado. Cada módulo 
pode ser adquirido de forma independente, e é possível buscar apenas aquilo que se enquadra nas 
atividades desenvolvidas.
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