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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Resenha Descritiva 
						
			
Gabriel dos Santos Saint Pierre
2º Período Psicologia 
Turma A (noturno)
								
Curitiba
2016
Os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Assim sendo, podemos concluir que esse processo requer tempo.
Para que estas interações aconteçam, há a ocorrência de processos de organização interna e adaptação e essa ocorre na interação de processos denominados assimilação e acomodação.
Os esquemas de assimilação se modificam de acordo com os estágios de desenvolvimento do indivíduo e consistem na tentativa destes em solucionar situações a partir de suas estruturas cognitivas e conhecimentos anteriores. 
Ao entrar em contato com a novidade, retiram dele informações consideradas relevantes e, a partir daí, há uma modificação na estrutura mental antiga para dominar o novo objeto de conhecimento, gerando o que Piaget denomina acomodação.
Piaget, ainda, argumenta que o desenvolvimento da moral abrange três fases, denominadas:
- anomia (crianças até 5 anos): geralmente a moral não se coloca, com as normas de conduta sendo determinadas pelas necessidades básicas. Porém, quando as regras são obedecidas, são seguidas pelo hábito e não por uma consciência do que se é certo ou errado. Um bebê que chora até que seja alimentado é um exemplo dessa fase.
- heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade): O certo é o cumprimento da regra e qualquer interpretação diferente desta não corresponde a uma atitude correta. Um homem pobre que roubou um remédio da farmácia para salvar a vida de sua esposa está tão errado quanto um outro que assassinou a esposa, seguindo o raciocínio heteronômico.
- autonomia: legitimação das regras. O respeito a regras é gerado por meio de acordos mútuos. É a última fase do desenvolvimento da moral.
Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição anomia - heteronomia, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral e intelectual.
O conceito de virtude pode ser definido de, pelo menos, duas formas: 
A primeira restringe-se à função de determinado objeto: por exemplo, a virtude da faca é cortar, a do olho é enxergar etc. 
A segunda refere-se a qualidades que uma pessoa pode possuir e que lhe conferem valor, despertando a admiração alheia: por exemplo, cantar bem, ser bonito, ser habilidoso com algum instrumento etc. 
Dentro dessas qualidades, algumas ocupam lugar especial, pois remetem ao caráter da pessoa, é o caso, por exemplo, da coragem, da humildade, da generosidade, da justiça. A diferença básica entre uma virtude como a habilidade física e outra como a generosidade reside no fato de a primeira dizer respeito à qualidade de uma ação e a segunda referir-se a uma qualidade da personalidade.
Piaget (1932) É quando a criança habitua-se a agir do ponto de vista dos próximos, e preocupa-se mais em agradá-los do que a eles obedecer, que ela chega a julgar em razão das intenções (1992, p.105, tradução nossa). 
Esta frase traz um ponto clássico da perspectiva piagetiana: a passagem de uma moral da obediência (nome que também designa a heteronomia) para outra, superior, que leva em conta as intenções dos agentes, a moral autônoma, na qual o realismo moral é superado. 
Mas a citação traz mais do que isso. Ela refere-se a uma explicação causal para dar conta da evolução moral e, é o que nos interessa nesse caso, nela está afirmado que o que explica a passagem da heteronomia para a autonomia não é tanto uma tomada de consciência do outro como sujeito de direitos, mas antes a tendência a considerá-lo na sua singularidade: é o que sugere o emprego do verbo agradar.
Piaget baseia a moral heterônoma sobre o respeito pela autoridade, para ele, um dos pontos essenciais a ser pensado na relação filhos/pais não é o fato de os segundos terem autoridade sobre os primeiros, mas sim a confiança que eles despertam. 
O senso moral, condição necessária ao pensar e agir morais do filósofo, teria suas raízes na confiança que as crianças desenvolvem em relação a seus progenitores e outras pessoas significativas. 
Nomeando o processo mediante as virtudes, teríamos o lugar importante da fidelidade: é porque os pais mostram-se fiéis a seus filhos e às palavras que empenham em relação a eles que as crianças penetrariam no mundo da moral, não permanecendo no puro medo das punições. 
Referências Bibliográficas:
LATAILLE, Yves de. DESENVOLVIMENTO MORAL: A POLIDEZ SEGUNDO AS CRIANÇAS. Scielo, São Paulo, p.90-102, nov. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf//cp/n114/a04n114.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2001. 
PIAGET, J. Le Jugement moral chez l’enfant. Paris: PUF, 1992. PUIG J. M. R. A Construção da personalidade moral. São Paulo: Ática, 1998.