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CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 1 
 
OS: 0131/11/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
Profa. Larissa Alcântara 
Módulo Completo 
 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 São 2 questões 
 CDC  é uma lei ordinária 
 Lei 8.078/1990 (11/09/1990) 
 
1. RELAÇÃO DE CONSUMO: 
 É representada: 
 pela troca de dinheiro por produto ou serviço; 
 entre o fornecedor e o consumidor; 
 marcada pela vulnerabilidade do consumidor; 
 Não compreende relação de emprego. 
 
 O CDC representa: 
 normas que regulam as relações de consumo; 
 Com o objetivo de proteger o consumidor, a parte mais fraca da relação de consumo. 
 
 Elementos da Relação de consumo: 
 
*Elementos subjetivos: 
 Consumidor 
 Fornecedor 
* Elementos objetivos: 
 Produto 
 Serviço 
 
 Quem é o consumidor? Artigo 2º caput, CDC. 
 Consumidor estrito senso ou consumidor padrão. 
 É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza um produto ou serviço; 
 Para satisfazer suas necessidades pessoais ou familiares; 
 É o destinatário final. 
PF Produto 
 
PJ Serviço 
 Destinatário final.  Teoria Finalista ou Teoria 
Subjetiva. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 2 
 
OS: 0131/11/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
OBS1: Fica excluído do CDC, o consumidor intermediário, entendido como aquele cujo o produto retorna para as cadeias de 
produção, distribuição, compondo o custo e portanto o preço final de um novo bem ou serviço. 
OBS2: Só pode ser consumidor para fins de tutela do CDC, aquele que exaure a função econômica do bem ou serviço, 
excluindo-o de forma definitiva do mercado de consumo. 
 Destinatário final: 
a) Econômico – é aquele que coloca fim a cadeia de consumo. 
b) Fático – é aquele que retira o produto ou serviço do mercado. 
 
 Quem é o consumidor equiparado ou por equiparação? Artigo 2º, parágrafo único, CDC e arts. 17 e 29, CDC. 
 É aquele que não faz parte diretamente da relação de consumo, mas que são vítimas de acidentes causados por 
produtos ou serviços defeituosos, mesmo que não os tenha adquirido. 
 São aquelas pessoas expostas às práticas comerciais ou contratuais abusivas previstas no Código do Consumidor, 
como, por exemplo, publicidade enganosa ou abusiva (art. 29, CDC). 
 
 FORNECEDOR – Art. 3º, CDC: 
 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 Há habitualidade. É a profissão do fornecedor. 
 
OBS: IMPORTANTE! Quem são os entes despersonalizados?  São pessoas que atuam no mercado de consumo com 
habitualidade, sem ter um registro, sem ter uma empresa, sem ter um estabelecimento comercial aberto. 
OBS: Para que haja relação de consumo tem que haver habitualidade! 
 
CONSUMIDOR  HABITUALIDADE  FORNECEDOR 
 Elementos objetivos da relação de consumo: 
 Produto - art. 3º, §1°, CDC: é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
 Produto durável - não desaparece com o seu uso. Por exemplo: um carro, uma geladeira... 
 Produto não durável - aquele que acaba logo após o uso. Por exemplo: os alimentos, um sabonete... 
 
 Serviço - art. 3º, §1°, CDC: é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
 Serviço durável - aquele que custa a desaparecer com o uso. Por exemplo: a pintura de uma casa,... 
 Serviço não durável - é aquele que acaba rapidamente. 
 
OBS: REMUNERAÇÃO: para que haja serviço tem que haver remuneração, seja essa remuneração direta, seja essa 
remuneração indireta. 
 Para o STJ – NÃO é relação de consumo: 
1) A relação entre condomínio e condômino; 
2) Locador e locatário – (Lei de Locação) 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 3 
 
OS: 0131/11/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 Cuidado: relação entre o locador e a imobiliária é uma relação de consumo. 
OBS: Em certos casos entre o locatário e a imobiliária poderá existir uma relação de consumo. 
3) Crédito educativo; 
4) Súmula 563, STJ  não incide o CDC nos contratos previdenciários com entidades fechadas. 
5) Relação entre franqueado e franqueador. 
 
2. CARACTERÍSTICAS DO CDC 
a) Norma de ordem pública – art. 1º, CDC 
 é uma norma cogente; 
 é uma norma de aplicação obrigatória; 
 não se trata de uma norma meramente programática - aplicada obrigatoriamente. 
 
b) Lei de função social - art. 1º, CDC 
 é uma norma de interesse social; 
 é uma lei que se preocupa tanto com os interesses dos particulares, mas também se preocupa com os interesses 
da coletividade. 
 artigo 2º, parágrafo único, do CDC diz que equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas. 
 
c) É um microssistema jurídico – o CDC surge para tutelar o elo mais fraco na relação de consumo, que em regra é o 
consumidor. 
ATENÇÃO – a vulnerabilidade é a principal característica do consumidor. 
 A vulnerabilidade não pode ser confundida com hipossuficiência, pois esta é matéria de direito processual, 
enquanto a vulnerabilidade é matéria de direito material. 
 O consumidor pode, ao mesmo tempo, ser vulnerável e hipossuficiente. 
 
 O STJ apresenta 4 modalidades de vulnerabilidade: 
1) Técnica – é a falta de conhecimento técnico e específico do produto ou serviço contratado. 
2) Jurídica – falta de conhecimento jurídico. Falta de conhecimento contábil. 
3) Real ou fática 
4) Informal - é a falta de informação adequada e precisa seja do produto que fora comprado, seja do serviço que 
fora contratado. 
d) Norma multidisciplinar – tem diversas disciplinas, de direito civil, de direito administrativo, penal, processual civil. 
e) Norma principiológica – contém vários princípios. E é através de seus princípios que veicula valores e estabelece fins 
a serem alcançados. 
 
3. DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR - Art. 6º, CDC 
 Rol exemplificativo 
a) Proteção da vida e da saúde - Art. 6º, I, CDC 
 Ao adquirir um produto ou utilizar um serviço você deve ser avisado, pelo fornecedor, dos possíveis riscos 
que estes podem oferecer à sua saúde ou segurança. 
 
 
 
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OS: 0131/11/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
b) Educação para o consumo - Art. 6º, II, CDC 
 Direito de receber orientação sobre o consumo adequado e correto dos produtos e serviços. 
 
c) Liberdade de escolha de produtos e serviços - Art. 6º,II, CDC 
 Direito de escolher o produto ou serviço que achar melhor. 
 
d) Informação - Art. 6º, III, CDC 
 Todo produto ou serviço deve trazer informações claras sobre sua quantidade, peso, composição, preço, 
riscos que apresenta e sobre o modo de utilizá-lo. 
 
e) Proteção contra publicidade enganosa e abusiva - Art. 6º, IV, CDC 
 O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for anunciado seja cumprido, caso contrário, tem 
direito de cancelar o contrato e recebera devolução da quantia que havia pago. 
 A publicidade enganosa e a abusiva é consideradas crime (art. 67, CDC). 
 Art. 67 do CDC. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: 
 Pena Detençãode três meses a um ano e multa. 
 Parágrafo único. (Vetado). 
 
f) Proteção contratual - Modificação ou Revisão - Art. 6º, V, CDC 
 Duas ou mais pessoas que realizam um acordo escrito ou verbal, concluem um contrato, assumindo 
obrigações. 
 O CDC protege o consumidor quando as cláusulas do contrato não forem cumpridas ou quando forem 
prejudiciais ao consumidor, quando podem ser modificadas ou revisadas. 
 Quando houver uma prestação desproporcional haverá a modificação. (Teoria da Lesão Consumerista.) 
 Prestação desproporcional é sinônimo de lesão, ou seja, o contrato de consumo já nasce desequilibrado. 
Poderá o consumido requerer a modificação de clausulas. 
 Opção alternativa será a revisão! 
 A revisão de cláusulas será cabível quando houver um fato superveniente que acarrete onerosidade 
excessiva. 
 A onerosidade excessiva será uma causa posterior ao contrato, gerado por um fato superveniente. 
 Fato superveniente - é aquele fato previsto mas não esperado. 
 Lesão # onerosidade excessiva 
OBS: o CDC não adota a teoria da imprevisão!!! 
g) Prevenção / Reparação dos danos - Art. 6º, VI, CDC 
 Danos materiais (patrimoniais): 
a) Dano Emergente: É a perda no patrimônio já existente. 
b) Lucros cessantes: É aquilo que se deixa de ganhar. É a perda de um ganho esperável. 
 Dano Moral: é aquele dano gerado pela violação de um dos direitos da personalidade. 
 Súmula 37, STJ - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
 Súmula 227, STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
 
 
 
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OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 Súmula 370, STJ - Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
 Súmula 385, STJ - Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano 
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento. 
 Súmula 387, STJ - É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
 Súmula 388, STJ - A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. 
 Perda de uma chance: é a perda de uma chance seria e real. Pode ser demandado tanto por um dano moral como 
também por um dano material. 
 Perda do tempo livre. 
 
h) Acesso à Justiça - Art. 6º, VII, CDC 
 O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça, para que o juiz determine ao 
fornecedor que eles sejam respeitados. 
 
i) Facilitação da defesa dos seus direitos - Art. 6º, VIII, CDC 
 Permite-se a inversão do ônus de prova; 
 Quando o juiz verificar que: "Pode" 
a) Inversão ope judicis 
b) A alegação é “verossímil”; 
c) Ou quando o consumidor for hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência. 
 Quando o juiz "deve" inverter o ônus da prova: Art. 12, §3°, II, CDC; Art. 14, §3°, I, CDC e Art. 38, CDC 
a) Inversão ope legis ou ope lege 
b) Art. 38, CDC - o ônus da veracidade da prova caberá a quem patrocina. 
 
j) Qualidade dos serviços públicos - Art. 6º, X, CDC 
 Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que asseguram a prestação de serviços públicos de 
qualidade. 
 
4. Proteção à Saúde e Segurança - arts. 8° a 10, CDC 
 Produtos e serviços disponibilizados no mercado de consumo não devem oferecer Riscos ao 
Consumidor; 
 O Fornecedor deve informar o consumidor acerca dos Riscos Normais e Previsíveis - No caso de 
produtos Industriais, esta obrigação é do fabricante; 
 Esta informação deve ser ostensiva e adequada; 
 É vedado se colocar no mercado produtos com alto grau de periculosidade e nocividade. 
 Depois de se colocar o produto no mercado, descobre-se que ele faz mal à saúde: 
 deve-se anunciar imediatamente o fato aos consumidores, alertando-os sobre o perigo –RECALL; 
 Esse anúncio deve ser feito pelos jornais, rádio e televisão; 
 O fornecedor tem a obrigação de retirar o produto do comércio, trocar os que já foram vendidos ou 
devolver o valor pago pelo consumidor. 
 
 
 
 
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OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
5. A responsabilidade civil no CDC 
 Quais são as causa: 
1. Vício – arts. 18, 19, 20, 23 e 26, CDC. 
 Vício é uma impropriedade ou uma inadequação que recai sobre o próprio produto ou sobre próprio 
serviço. 
 Natureza intrínseca. 
 
2. Fato – art. 12, 13, 14 e 27, CDC 
 É o acidente de consumo. 
 É o dano que recai sobre o consumidor. 
 Tem natureza extrínseca. 
OBS: para que haja o fato deve ter ocorrido o vício. 
 
 Vício do produto em relação a qualidade – art. 18, CDC: 
1. “Os fornecedores”  regra da solidariedade. 
 
OBS: art. 18, §5º, CDC – produto “in natura” - é aquele que não sofre processo de industrialização. Rompimento da 
solidariedade, ou seja, a responsabilidade será, apenas, do alienante imediato. 
2. Sempre a responsabilidade civil será objetiva. Em razão do risco da atividade. 
3. Art. 18, §1º, CDC - vício do produto que recai sobre a qualidade. 
 O consumidor tem uma expectativa da qualidade do produto. 
 Consumidor oportuniza o fornecedor a chance do produto viciado ter o seu concerto. 
 Regra: Ofertar o prazo máximo de 30 dias para o fornecedor. 
 O consumidor poderá, alternativamente, pedir a substituição OU restituição OU abatimento. 
 Exceções – artigo 18, §3º, CDC: o consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do art. 18, §1º, CDC, 
quando: 
a) O vício for de grande extensão ou se tratar de produto essencial. 
b) art. 18, §2º, CDC: poderá haver acordo entre as partes e diminuir o prazo para 7 dias (mínimo) ou 180 dias 
(máximo). 
 
OBS: Contrato de adesão - art. 54, CDC: a escolha caberá ao elo mais fraco na relação de consumo, que em regra é o 
consumidor. 
 
 Vício do produto em relação a quantidade - Art. 19, CDC 
 “os fornecedores”  regra da solidariedade. 
 
Obs: Exceção – art. 19, §2º, CDC - Rompimento da solidariedade  O fornecedor imediato será responsável quando fizer a 
pesagem ou a medição e o instrumento utilizado NÃO estiver aferido segundo os padrões oficiais. 
 Responsabilidade objetiva  Em razão do risco da atividade. A responsabilidade civil independe de culpa. 
 
 
 
 
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OS: 0131/11/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
OBS: Quando o vício se referir a quantidade o consumidor não terá que esperar o prazo máximo de 30 dias. Poderá, o 
consumidor, de imediato fazer o uso das alternativas que a lei traz: substituição OU restituição OU complementação 
 Vício do serviço - Art. 20, CDC 
 Fornecedor  no singular! 
 Responsabilidade objetiva  Em razão do risco da atividade a responsabilidade civil independe de culpa. 
 
OBS: Quando o vício for no serviço, o consumidor não terá que esperar o prazo máximo de 30 dias. 
 Ação - Arts. 26 e 101, I, CDC 
 Vício do produto ou serviço: 
a) De fácil constatação  é aquele que se dá com o mero manusear. 
b) Aparente  é aquele que se dá com o mero olhar. 
c) Oculto  é aquele que não é aparente, nem de fácil constatação e que só pode ser observado em momento 
posterior. 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadenciala partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos 
serviços. 
 § 2° Obstam a decadência: 
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a 
resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; 
 II - (Vetado). 
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. 
 
 Fato do produto - Arts. 12, 13 e 27, CDC 
 Responsáveis  Fabricante, produtor, construtor e importador. 
OBS1: Comerciante  majoritariamente responde de forma subsidiária. Minoritariamente responde de forma solidária. 
OBS2: A única hipótese segundo a doutrina no CDC é que o comerciante responde de forma subsidiária no fato do produto. 
 Responsabilidade civil objetiva  independente de culpa - art. 12, caput, CDC. 
 Causas que excluem a responsabilidade  Art. 12, §3º, CDC - rol Exemplificativo. 
 Prazo para propositura da ação – art. 27, caput e 101, I, CDC  5 anos prescricionais a partir do 
conhecimento do dano e de sua autoria. 
OBS: O vicio decai e o fato prescreve. 
 Fato do Serviço – art. 14 e 27, CDC 
 Fornecedor - responsabilidade solidária. 
OBS: O Comerciante  responde, também, de forma solidária. 
 Responsabilidade civil objetiva  independente de culpa 
 Exceção – artigo 14, §º4, CDC  responsabilidade subjetiva, ou seja, depende da verificação de culpa. 
 
 
 
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OS: 0131/11/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 Causas que excluem a responsabilidade  Art. 14, §3º, CDC - rol Exemplificativo. 
 Prazo para propositura da ação - art. 27 e 101, I, CDC  5 anos prescricionais a partir do conhecimento do 
dano e de sua autoria. 
 
6. Banco de dados – art. 43, CDC. 
 Súmulas do STJ: 323, 359, 385, 404, 548. 
 
7. Desconsideração da personalidade jurídica - art. 50, CC 
 Teoria maior - art. 50, CC 
 Teoria menor - art. 28 CDC 
 Arts. 133 e seguintes do CDC 
 O CDC adota a Teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica. Já o CC adota a teoria maior. 
 
8. Publicidade e Propaganda asts. 36 ao 38, CDC 
 Oferta - art. 30 c/c 35,CDC  a oferta irá vincular se ela for suficientemente precisa. Não é exagero publicitário. 
 Publicidade é a propaganda de um produto ou serviço, e: 
 Deve, necessariamente, ser fácil de se entender; 
 obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar; 
 integra o contrato que vier a ser celebrado; 
 Art. 35 do CDC. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, 
o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: 
 I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; 
 II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; 
 III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente 
atualizada, e a perdas e danos. 
 Art. 36,CDC – Princípio da identificação obrigatória da publicidade. (Não se permite publicidade 
subliminar, clandestina). 
 
 Publicidade Enganosa - art. 37, § 1º, CDC – qualquer modalidade de informação que: 
 contém informações falsas; 
 Ou que omite informação importante (esconde ou deixa faltar) sobre um produto ou serviço, capaz de 
induzir em erro o consumidor. 
 Estas informações podem ser a respeito de: 
 Natureza ou características; 
 Quantidade ou qualidade; 
 Origem ou propriedades; 
 Preço ou outros dados de produtos/serviços. 
 
 
 
 
 
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 Publicidade Abusiva - art. 37, § 2º, CDC – qualquer modalidade de informação que: 
 contém material discriminatório de qualquer natureza; 
 Que incite à violência; 
 Que explore o medo ou a superstição; 
 Se aproveite da deficiência de julgamento e e experiência da criança; 
 desrespeita valores ambientais; 
 Seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde 
ou segurança; 
 
9. Práticas Abusivas - art. 39, CDC 
 O fornecedor de produtos ou serviços não pode: 
 Venda Condicionada - “venda casada”; 
 Impor limites quantitativos, sem justa causa; 
 Recusar Venda na medida do estoque disponível; 
 Enviar ou entregar bens não solicitados, pois caracteriza a Amostra Grátis; 
 Prevalecer-se da Ignorância do Consumidor; 
 Executar serviços sem orçamento e autorização, salvo quando se trata de prática comum; 
 Colocar no mercado de consumo produto ou serviço que não atendam normas próprias; 
 Recusar a venda direta ao consumidor; 
 Aumento injustificado do preço de produtos e serviços – aplicação de índice diferente do previsto; 
 Estipular prazos arbitrários para cumprimento de obrigação; 
 
10. Clausulas abusivas – art. 51, CDC 
 Rol exemplificativo 
 São nulas de pleno direito. 
OBS: A clausula abusiva não invalida todo o contrato - art. 51, §2º, CDC 
 Súmulas do STJ – 130, 302, 381. 
 
 Questões 
1) Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por força 
de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60 anos, o valor da mensalidade sofreu aumento 
significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que 
o aumento decorreu da mudança de faixa etária do aposentado. A respeito do tema, assinale a afirmativa correta. 
A) O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo em se tratando de plano de 
saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso. 
B) O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços cobertos e o equilíbrio contratual 
exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de 
contrato de plano de saúde coletivo envolvendo pessoas idosas. 
C) O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e periodicamente aplicada 
aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza que o critério faixa etária sirva como parâmetro 
para os reajustes econômicos. 
 
 
 
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D) O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na hipótese, sob pena de 
incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas 
que envolvam pessoa idosa. 
 
2) Antônio desenvolve há mais de 40 anos atividade de comércio no ramo de hortifrúti. Seus clientes chegam cedo para 
adquirir verduras frescas entregues pelos produtores rurais da região. Antônio também vende no varejo, com 
pesagem na hora, grãos e cereais adquiridos em sacas de 30 quilos, de uma marca muito conhecida e respeitada no 
mercado. Determinado dia, a cliente Maria desconfiou da pesagem e fez a conferência na sua balança caseira, que 
apontou suposta divergência de peso. Procedeu com a imediata denúncia junto ao Órgão Oficial de Fiscalização, que 
confirmou que o instrumento de medição do comerciante estava com problemas de calibragem e que não estava 
aferido segundo padrões oficiais, gerando prejuízo aos consumidores. A cliente denunciantebuscou ser ressarcida 
pelo vício de quantidade dos produtos. Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. 
A) Trata-se de responsabilidade civil solidária, podendo Maria acionar tanto o comerciante quanto os produtores. 
B) Trata-se de responsabilidade civil subsidiária, pois o comerciante só responde se os demais fornecedores não forem 
identificados. 
C) Trata-se de responsabilidade civil exclusiva do comerciante, na qualidade de fornecedor imediato. 
D) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, motivo pelo qual inexistem excludentes de responsabilidade. 
 
3) Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar no ramo das festas de casamento, 
produzindo os chamados “bem-casados", deliciosos doces recheados oferecidos aos convidados ao final da festa. 
Saulo e Bianca não possuem registro da atividade empresarial desenvolvida, sendo essa a fonte única de renda da 
família. No mês passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao casal uma centena de “bem-casados" no sabor 
doce de leite. A encomenda foi entregue conforme contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados 
que ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o produto estava estragado. A impropriedade do 
produto para o consumo foi comprovada por perícia técnica. Com base no caso narrado, assinale a alternativa 
correta. 
A) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, pois fornecem produtos com 
habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade de consumidores indiretos, poderão pleitear 
indenização 
B) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta Comercial, pode ser considerada 
fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os convidados do casamento, na qualidade de consumidores por 
equiparação, poderão pedir indenização diretamente àqueles. 
C) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair quanto seus convidados 
intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir indenização, porém a inversão do ônus da prova só se 
aplica em favor de Carla e Jair, contratantes diretos. 
D) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bi-anca não está oficialmente registrada na Junta Comercial e, portanto, por 
ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito legal de fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao caso 
as regras atinentes aos vícios redibitórios do Código Civil. 
 
4) Hugo colidiu com seu veículo e necessitou de reparos na lataria e na pintura. Para tanto, procurou, por indicação de 
um amigo, os serviços da Oficina Mecânica M, oportunidade na qual lhe foi ofertado orçamento escrito, válido por 15 
(quinze) dias, com o valor da mão de obra e dos materiais a serem utilizados na realização do conserto do automóvel. 
Hugo, na certeza da boa indicação, contratou pela primeira vez com a Oficina. Considerando as regras do Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
A) Segundo a lei do consumidor, o orçamento tem prazo de validade obrigatório de 10 (dez) dias, contados do seu 
recebimento pelo consumidor Hugo. Logo, no caso, somente durante esse período a Oficina Mecânica M estará 
vinculada ao valor orçado. 
B) Uma vez aprovado o orçamento pelo consumidor, os contraentes estarão vinculados, sendo correto afirmar que Hugo 
não responderá por quaisquer ônus ou acréscimos no valor dos materiais orçados; contudo, ele poderá vir a responder 
pela necessidade de contratação de terceiros não previstos no orçamento prévio. 
C) Se o serviço de pintura contratado por Hugo apresentar vícios de qualidade, é correto afirmar que ele terá tríplice 
opção, à sua escolha, de exigir da oficina mecânica: a reexecução do serviço sem custo adicional; a devolução de 
eventual quantia já paga, corrigida monetariamente, ou o abatimento do preço de forma proporcional. 
D) A lei consumerista considera prática abusiva a execução de serviços sem a prévia elaboração de orçamento, o que pode 
ser feito por qualquer meio, oral ou escrito, exigindo-se, para sua validade, o consentimento expresso ou tácito do 
consumidor 
 
 
 
 
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5) Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo “X” 
um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro saúde e 
acidentes pessoais, este último prestado pela seguradora “Y”. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de 
uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, 
sendo informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve 
Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo às suas expensas. 
Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, 
em razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso. 
B) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo responderia por falhas na 
organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa. 
C) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da 
hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação. 
D) O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de contratar o seguro saúde 
viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na 
hipótese. 
 
6) Heitor agraciou cinco funcionários de uma de suas sociedades empresárias, situada no Rio Grande do Sul, com uma 
viagem para curso de treinamento profissional realizado em determinado sábado, de 9h às 15h, numa cidade do 
Uruguai, há cerca de 50 minutos de voo. Heitor custeou as passagens aéreas, translado e alimentação dos cinco 
funcionários com sua própria renda, integralmente desvinculada da atividade empresária. Ocorre que houve atraso 
no voo sem qualquer justificativa prestada pela companhia aérea. Às 14h, sem previsão de saída do voo, todos 
desistiram do embarque e perderam o curso de treinamento. Nesse contexto é correto afirmar que: 
A) por se tratar de transporte aéreo internacional, para o pedido de danos extrapatrimoniais não há incidência do Código 
de Defesa do Consumidor e nem do Código Civil, que regula apenas Contrato de Transporte em território nacional, 
prevalecendo unicamente as Normas Internacionais. 
B) ao caso, aplica-se a norma consumerista, sendo que apenas Heitor é consumidor por ter custeado a viagem com seus 
recursos, mas, como ele tem boas condições financeiras, por esse motivo, é consumidor não enquadrado em condição 
de vulnerabilidade, como tutela o Código de Defesa do Consumidor. 
C) embora se trate de transporte aéreo internacional, há incidência plena do Código de Defesa do Consumidor para o 
pedido de danos extrapatrimoniais, em detrimento das normas internacionais e, apesar de Heitor ter boas condições 
financeiras, enquadra-se na condição de vulnerabilidade, assim como os seus funcionários, para o pleito de reparação. 
D) por se tratar de relação de Contrato de Transporte previsto expressamente no Código Civil, afasta-se a incidência do 
Código de Defesa do Consumidor e, por ter ocorrido o dano em território brasileiro, afastam-se as normas 
internacionais, sendo, portanto, hipótese de responsabilidade civil pautada na comprovação de culpa da companhiaaérea pelo evento danoso. 
 
7) Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar no ramo das festas de 
casamento, produzindo os chamados “bem-casados”, deliciosos doces recheados oferecidos aos convidados ao 
final da festa. Saulo e Bianca não possuem registro da atividade empresarial desenvolvida, sendo essa a fonte 
única de renda da família. No mês passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao casal uma centena de 
“bem-casados” no sabor doce de leite. A encomenda foi entregue conforme contratado, no dia do casamento. 
Contudo, diversos convidados que ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o produto 
estava estragado. A impropriedade do produto para o consumo foi comprovada por perícia técnica. 
Com base no caso narrado, assinale a alternativa correta. 
A) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, pois 
fornecem produtos com habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade de 
consumidores indiretos, poderão pleitear indenização. 
B) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta Comercial, pode ser 
considerada fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os convidados do casamento, na qualidade de 
consumidores por equiparação, poderão pedir indenização diretamente àqueles. 
C) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair quanto seus convidados 
intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir indenização, porém a inversão do ônus da prova 
só se aplica em favor de Carla e Jair, contratantes diretos. 
D) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está oficialmente registrada na Junta Comercial e, portanto, por 
ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito legal de fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao 
caso as regras atinentes aos vícios redibitórios do Código Civil. 
 
 
 
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8) Dulce, cinquenta e oito anos de idade, fumante há três décadas, foi diagnosticada como portadora de enfisema 
pulmonar. Trata-se de uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação excessiva dos alvéolos 
pulmonares, que causa a perda da capacidade respiratória e uma consequente oxigenação insuficiente. Em razão do 
avançado estágio da doença, foi prescrito como essencial o tratamento de suplementação de oxigênio. Para tanto, 
Joana, filha de Dulce, adquiriu para sua mãe um aparelho respiratório na loja Saúde e Bem-Estar. Porém, com uma 
semana de uso, o produto parou de funcionar. Joana procurou imediatamente a loja para substituição do aparelho, 
oportunidade na qual foi informada pela gerente que deveria aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto do 
produto pelo fabricante. Com base no caso narrado, em relação ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta. 
A) Está correta a orientação da vendedora. Joana deverá aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto e, caso não 
seja sanado o vício, exigir a substituição do produto, a devolução do dinheiro corrigido monetariamente ou o 
abatimento proporcional do preço. 
B) Joana não é consumidora destinatária final do produto, logo tem apenas direito ao conserto do produto durável no 
prazo de noventa dias, mas não à devolução da quantia paga. 
C) Joana não precisa aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto, pois tem direito de exigir a substituição imediata 
do produto, em razão de sua essencialidade. 
D) Na impossibilidade de substituição do produto por outro da mesma espécie, Joana poderá optar por um modelo 
diverso, sem direito à restituição de eventual diferença de preço, e, se este for de valor maior, não será devida por 
Joana qualquer complementação. 
 
9) Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, residem há seis 
meses no Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde moram é prestado por 
um única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o casal vem sofrendo com as 
contínuas e injustificadas interrupções na prestação do serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do 
aparelho de televisão e da geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser 
indenizado. 
Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código do Consumidor é sempre 
presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o 
Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova. 
B) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico indeterminado, plurissignificativo, 
sendo correto afirmar que, no caso em questão, está configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da 
concessionária, havendo direito básico à indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
C) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é sinônimo exato de 
hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e Manoel demonstrá-la para receber a integral 
proteção das normas consumeristas e o consequente direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla 
indenização pelos danos sofridos. 
D) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou científica e a técnica. 
Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes à contabilidade e à economia, e esta, à 
ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para 
inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente direito à indenização. 
 
10) A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, estabelecida pelo Código do 
Consumidor, reconheceu a relação jurídica qualificada pela presença de uma parte vulnerável, devendo ser 
observados os princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da pessoa humana e equidade. 
A respeito da temática, assinale a afirmativa correta. 
A) A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor a comprovação da existência de nexo de 
causalidade que o vincule ao fornecedor, mediante comprovação da culpa, invertendo -se o ônus da prova no 
que tange ao resultado danoso suportado. 
B) A responsabilidade civil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o comerciante é identificado e 
encontrado para responder pelo vício ou fato do produto, cabendo ao segundo a responsabilidade civil objetiva. 
C) A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser imputada se houver demostração dos 
elementos mínimos que comprovem o nexo de causalidade que justifique a ação proposta, ônus esse do 
consumidor 
 
 
 
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D) A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de ordem pública e de imputação 
imediata, cabendo ao fabricantea carga probatória frente ao consumidor, em razão da responsabilidade civil 
objetiva. 
 
11) Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança denominado airbag do motorista, apenas 
para o caso de colisões frontais. Cerca de dois meses após a aquisição do bem, o veículo de Carmen sofreu 
colisão traseira, e a motorista teve seu rosto arremessado contra o volante, causando-lhe escoriações leves. 
A consumidora ingressou com medida judicial em face do fabricante, buscando a reparação pelos danos 
materiais e morais que sofrera, alegando ser o produto defeituoso, já que o airbag não foi acionado quando da 
ocorrência da colisão. A perícia constatou colisão traseira e em velocidade inferior à necessária para o 
acionamento do dispositivo de segurança. Carmen invocou a inversão do ônus da prova contra o fabricante, o que 
foi indeferido pelo juiz. 
Analise o caso à luz da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta. 
A) Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa determinação legal, não podendo, em 
qualquer hipótese, o julgador negar tal pleito. 
B) Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que o responsável civil pela 
reparação é o comerciante, no caso, a concessionária de veículos. 
C) A responsabilidade civil do fabricante é objetiva e independe de culpa; por isso, será cabível indenização à 
vítima consumidora, mesmo que esta não tenha conseguido comprovar a colisão dianteira. 
D) O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante de indenizar a 
consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão traseira. 
 
12) Um homem foi submetido a cirurgia para remoção de cálculos renais em hospital privado. A intervenção foi realizada 
por equipe médica não integrante dos quadros de funcionários do referido hospital, apesar de ter sido indicada por 
esse mesmo hospital. Durante o procedimento, houve perfuração do fígado do paciente, verificada somente três dias 
após a cirurgia, motivo pelo qual o homem teve que se submeter a novo procedimento cirúrgico, que lhe deixou uma 
grande cicatriz na região abdominal. O paciente ingressou com ação judicial em face do hospital, visando a 
indenização por danos morais e estéticos. 
Partindo dessa narrativa, assinale a opção correta. 
A) O hospital responde objetivamente pelos danos morais e estéticos decorrentes do erro médico, tendo em vista que ele 
indicou a equipe médica. 
B) O hospital responderá pelos danos, mas de forma alternativa, não se acumulando os danos morais e estéticos, sob pena 
de enriquecimento ilícito do autor. 
C) O hospital não responderá pelos danos, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva da equipe médica, sendo o 
hospital parte ilegítima na ação porque apenas prestou serviço de instalações e hospedagem do paciente. 
D) O hospital não responderá pelos danos, tendo em vista que não se aplica a norma consumerista à relação entre médico 
e paciente, mas, sim, o Código Civil, embora a responsabilidade civil dos profissionais liberais seja objetiva. 
 
13) O Mercado A comercializa o produto desinfetante W, fabricado por “W.Industrial”. O proprietário do Mercado B, que 
adquiriu tal produto para uso na higienização das partes comuns das suas instalações, verifica que o volume contido 
no frasco está em desacordo com as informações do rótulo do produto. Em razão disso, o Mercado B propõe ação 
judicial em face do Mercado A, invocando a Lei n. 8.078/90 (CDC), arguindo vícios decorrentes de tal disparidade. O 
Mercado A, em defesa, apontou que se tratava de responsabilidade do fabricante e requereu a extinção do processo. 
A respeito do caso sugerido, assinale a alternativa correta. 
A) O processo merece ser extinto por ilegitimidade passiva. 
B) O caso versa sobre fato do produto, logo a responsabilidade do réu é subsidiária. 
C) O processo deve ser extinto, pois o autor não se enquadra na condição de consumidor. 
D) Trata-se de vício do produto, logo o réu e o fabricante são solidariamente responsáveis. 
 
14) Carla ajuizou ação de indenização por danos materiais, morais e estéticos em face do dentista Pedro, lastreada em 
prova pericial que constatou falha, durante um tratamento de canal, na prestação do serviço odontológico. O 
referido laudo comprovou a inadequação da terapia dentária adotada, o que resultou na necessidade de extração de 
três dentes da paciente, sendo que na execução da extração ocorreu fratura da mandíbula de Carla, o que gerou 
redução óssea e sequelas permanentes, que incluíram assimetria facial. 
Com base no caso concreto, à luz do Código de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
A) O dentista Pedro responderá objetivamente pelos danos causados à paciente Carla, em razão do comprovado fato do 
serviço, no prazo prescricional de cinco anos. 
 
 
 
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B) Haverá responsabilidade de Pedro, independentemente de dolo ou culpa, diante da constatação do vício do serviço, no 
prazo decadencial de noventa dias. 
C) A obrigação de indenizar por parte de Pedro é subjetiva e fica condicionada à comprovação de dolo ou culpa. 
D) Inexiste relação de consumo no caso em questão, pois é uma relação privada, que encerra obrigação de meio pelo 
profissional liberal, aplicando-se o Código Civil 
 
15) Roberto, atraído pela propaganda de veículos zero quilômetro, compareceu até uma concessionária a fim de 
conhecer as condições de financiamento. Verificando que o valor das prestações cabia no seu orçamento mensal e 
que as taxas e os custos lhe pareciam justos, Roberto iniciou junto ao vendedor os procedimentos para a compra do 
veículo. Para sua surpresa, entretanto, a financeira negou argumento de que havia negativação do nome de Roberto 
nos cadastros de proteção ao crédito. Indignado e buscando esclarecimentos, Roberto procurou o Banco de Dados e 
Cadastro que havia informado à concessionária acerca da suposta existência de negativação, sendo informado por 
um dos empregados que as informações que Roberto buscava somente poderiam ser dadas mediante ordem judicial. 
Sobre o procedimento do empregado do Banco, assinale a afirmativa correta. 
A) O empregado do Banco de Dados e Cadastros agiu no legítimo exercício de direito ao negar a prestação das 
informações, já que o solicitado pelo consumidor somente deve ser dado pelo fornecedor que cabendo a Roberto 
buscar uma ordem judicial mandamental, autorizando a divulgação dos dados para ele diretamente. 
B) O procedimento do empregado, ao negar as informações que constam no Banco de Dados e Cadastros sobre o 
consumidor, configura infração penal punível com pena de detenção ou multa, nos termos tipificados no Código de 
Defesa do Consumidor. 
C) A negativa no fornecimento das informações foi indevida, mas configura mera infração administrativa punível com 
advertência e, em caso de reincidência, pena de multa a ser aplicada ao órgão, não ao empregado que negou a 
prestação de Informações. 
d) Cuida-se de infração administrativa e, somente se cometido em operações que envolvessem alimentos, medicamentos 
ou serviços essenciais, configuraria infração penal, para fins de incidência da norma consumerista em seu aspecto 
penal. 
 
16) Eliane trabalha em determinada empresa para a qual uma seguradora apresentou proposta de seguro de vida e 
acidentes pessoais aos empregados. Eliane preencheu o formulário entregue pela seguradora e, dias depois, recebeu 
comunicado escrito informando, sem motivo justificado, a recusa da seguradora para a contratação por Eliane.Partindo da situação fática narrada, à luz da legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
A) Eliane pode exigir o cumprimento forçado da obrigação nos termos do serviço apresentado, já que a oferta obriga a 
seguradora e a negativa constituiu prática abusiva pela recusa infundada de prestação de serviço. 
B) Trata-se de hipótese de aplicação da legislação consumerista, mas, a despeito das garantias conferidas ao consumidor, 
em hipóteses como a narrada no caso, é facultado à seguradora recusar a contratação antes da assinatura do contrato. 
C) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada por Eliane nos termos do 
Código Civil, norma aplicável ao caso, que assegura que a proposta não obriga o proponente. 
D) A seguradora não está obrigada a se vincular a Eliane, já que a proposta de seguro e acidentes pessoais dos empregados 
não configura oferta, nos termos do Código do Consumidor 
 
17) Mauro adquiriu um veículo zero quilômetro da fabricante brasileira Surreal, na concessionária Possante Ltda., 
revendedora de automóveis que comercializa habitualmente diversas marcas nacionais e estrangeiras. Na época em 
que Mauro efetuou a compra, o modelo adquirido ainda não era produzido com o opcional de freio ABS, o que só 
veio a ocorrer seis meses após a aquisição feita por Mauro. Tal sistema de frenagem (travagem) evita que a roda do 
veículo bloqueie quando o pedal do freio é pisado fortemente, impedindo com isso o descontrole e a derrapagem do 
veículo. Mauro, inconformado, aciona a concessionária postulando a substituição do seu veículo, pelo novo modelo 
com freio ABS. Diante do caso narrado e das regras atinentes ao Direito do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
A) Mauro tem direito à substituição, pois o fato de o novo modelo ter sido oferecido com o opcional do freio ABS, de 
melhor qualidade, configura defeito do modelo anterior por ele adquirido. 
B) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar futuro defeito no freio dentro do prazo de garantia, a concessionária 
Possante Ltda. é obrigada a assegurar a oferta de peças de reposição originais enquanto não cessar a fabricação do 
veículo. 
C) Somente quando cessada a produção no país do veículo adquirido por Mauro, a fabricante Surreal ficará exonerada do 
dever legal de assegurar o oferecimento de componentes e peças de reposição para o automóvel. 
D) Havendo necessidade de reposição de peças ou componentes no veículo de Mauro, a fabricante Surreal deverá, ainda 
que cessada a fabricação no país, efetuar o reparo com peças originais por um período razoável de tempo, fixado por 
 
 
 
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lei. A reposição com peças usadas só é admitida pelo Código do Consumidor quando houver autorização do 
consumidor. 
 
18) O Banco XYZ, com objetivo de aumentar sua clientela, enviou proposta de abertura de conta corrente com cartão de 
crédito para diversos estudantes universitários. Ocorre que, por desatenção de um dos encarregados pela instituição 
financeira da entrega das propostas, o conteúdo da proposta encaminhada para a estudante Bruna, de dezoito anos, 
foi furtado. O cartão de crédito foi utilizado indevidamente por terceiro, sendo Bruna surpreendida com boletos e 
ligações de cobrança por compras que não realizou. O episódio culminou com posterior inclusão do seu nome em um 
cadastro negativo de restrições ao crédito. Bruna nunca solicitou o envio do cartão ou da proposta de abertura de 
conta, e sequer celebrou contrato com o Banco XYZ, mas tem dúvidas acerca de eventual direito à indenização. 
Na qualidade de Advogado, diante do caso concreto, assinale a afirmativa correta. 
A) A conduta adotada pelo Banco XYZ é prática abusiva à luz do Código do Consumidor, mas como Bruna não é 
consumidora, haja vista a ausência de vínculo contratual, deverá se utilizar das regras do Código Civil para fins de 
eventual indenização. 
B) A pessoa exposta a uma prática abusiva, como na hipótese do envio de produto não solicitado, é equiparada a 
consumidor, logo Bruna pode postular indenização com base no Código do Consumidor. 
C) A prática bancária em questão é abusiva segundo o Código do Consumidor, mas o furto sofrido pelo preposto do Banco 
XYZ configura culpa exclusiva de terceiro, excludente da obrigação da instituição financeira de indenizar Bruna. 
D) O envio de produto sem solicitação do consumidor não é expressamente vedado pela lei consumerista, que apenas 
considera o produto como mera amostra grátis, afastando eventual obrigação do Banco XYZ de indenizar Bruna 
 
19) O fornecimento de serviços e de produtos é atividade desenvolvida nas mais diversas modalidades, como ocorre nos 
serviços de crédito e financiamento, regidos pela norma especial consumerista, que atribuiu disciplina específica para 
a temática. 
A respeito do crédito ao consumidor, nos estritos termos do Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção 
correta. 
A) A informação prévia ao consumidor, a respeito de taxa efetiva de juros, é obrigatória, facultando-se a discriminação 
dos acréscimos legais, como os tributos e taxas de expediente. 
B) A liquidação antecipada do débito financiado comporta a devolução ou a redução proporcional de encargos, mas só 
terá cabimento se assim optar o consumidor no momento da contratação do serviço. 
C) As informações sobre o preço e a apresentação do serviço de crédito devem ser, obrigatoriamente, apresentadas em 
moeda corrente nacional. 
D) A pena moratória decorrente do inadimplemento da obrigação deve respeitar teto do valor da prestação inadimplida, 
não se podendo exigir do consumidor que suporte cumulativamente a incidência dos juros de mora. 
 
20) Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de serviços de valor preestabelecido que 
incluía ligações locais de até 100 minutos e isenção total dos valores pelo período de três meses, exceto os minutos 
que ultrapassassem os contratados, ligações interurbanas e para telefone móvel. Para sua surpresa, logo no primeiro 
mês recebeu cobrança pelo pacote de serviços no importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse 
utilizado apenas 32 minutos em ligações locais. A consumidora fez diversos contatos com a fornecedora do serviço 
para reclamar o ocorrido, mas não obteve solução. De posse dos números dos protocolos de reclamações, ingressou 
com medida judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de cobrança e de negativação do nome. 
Considerando o caso acima descrito, assinale a afirmativa correta. 
A) A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação de multa. 
B) A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido expressamente. 
C) A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer hipótese. 
D) A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, que requer medida cautelar 
própria e justificação prévia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21) As negociações mercantis adotaram uma nova ordem quando o Código de Defesa do Consumidor foi 
implementado no sistema jurídico nacional. A norma visa a proteger a parte mais frágil econômica e 
tecnicamente de práticas abusivas, conferindo-lhe a tutela do Art. 4º, I, do CDC, que consagra a presunção de 
vulnerabilidade absoluta geral inerente a todos os consumidores. Essa nova ordem ainda conferiu especial 
atenção à Convenção Coletiva adotada em outros ramos do Direito, passandotambém a constituir 
forma de equacionamento de conflitos nas relações de consumo antes mesmo da judicialização das 
questões, ou mesmo se antecipando à instalação dos litígios. 
A respeito da Convenção Coletiva de Consumo, prevista no microssistema do Código de Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta 
A) A Convenção regularmente constituída torna-se obrigatória a partir da assinatura dos legitimados, dispensando-
se o registro do instrumento em cartório de títulos e documentos 
B) A Convenção não poderá regulamentar as relações de consumo no que diz respeito ao preço e às garantias de 
produtos e serviços, atribuições do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor. 
C) A Convenção regularmente constituída vincula os signatários, mas, caso o fornecedor se desligue da 
entidade celebrante à qual estava vinculado, eximir -se-á do cumprimento do estabelecido. 
D) A Convenção firmada por entidades civis de consumidores e associações de fornecedores somente obrigará os filiados 
às entidades signatárias. 
 
 
 Gabarito 
1. A 
2. C 
3. B 
4. C 
5. A 
6. C 
7. B 
8. C 
9. B 
10. C 
11. D 
12. A 
13. D 
14. C 
15. B 
16. A 
17. D 
18. B 
19. C 
20. A 
21. D 
 
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