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CCJ0052-WL-B-APT-07-TP Redação Jurídica-Respostas Plano de Aula

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
APT: 
007 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 3 
Data: 
03/09/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-07 
 
QUESTÃO 
 
Leia o caso concreto. 
 
Marcelo e Camila são casados há 10 anos. Em 01 de novembro de 2008, quando Camila digitava um 
trabalho da faculdade no computador utilizado pelo casal, ficou estarrecida: encontrou uma série de e-mails 
comprometedores, armazenados pelo marido, na máquina da família. 
Descobriu que, no período de 12 de fevereiro de 2008 a 30 de outubro de 2008, seu marido, usando o 
apelido “homem carente de meia idade”, trocava quase diariamente mensagens de natureza erótica com uma 
mulher que assinava “cheia de amor pra dar”. 
Ao ler as mensagens, constatou que o marido se declarara diversas vezes para a internauta, com quem 
construía fantasias sexuais e praticava sexo virtual. A situação ficou ainda mais grave, porque, nessas ocasiões, 
Marcelo fazia comentários jocosos sobre o desempenho sexual de Camila e afirmava que ela seria uma pessoa 
"fria" na cama. 
Por conta de todos esses fatos, Camila se separou de Marcelo. Cerca de quatro meses após a separação, 
ajuizou ação de reparação por danos morais em face do ex-marido, na qual pediu indenização no valor de 20 mil 
reais. Em síntese, alegou na Petição Inicial que: a) o ex-marido manteve relacionamento com outra mulher na 
constância do casamento; b) a traição foi comprovada por meio de e-mails trocados entre o acusado e sua 
amante; c) a traição foi demonstrada pela troca de fantasias eróticas (sexo virtual) entre os dois; d) precisou 
passar por tratamento psicológico para superar a dor que sofria; e) foram violados sua honra subjetiva e seu 
direito à privacidade no casamento. 
Em sua defesa, o ex-marido alegou a improcedência do pedido sustentando o seguinte: a) sexo virtual não 
caracteriza traição; b) houve invasão de privacidade e violação do sigilo das correspondências; c) os e-mails 
devem ser desconsiderados como prova da infidelidade; d) não difamou a ex-esposa, ao contrário, ela mesma 
denegria sua imagem ao mostrar as correspondências às outras pessoas. 
Em entrevista à imprensa, a autora afirmou que não houve violação de sigilo das correspondências. Para 
ela, não está caracterizada a invasão de privacidade porque os e-mails estavam gravados no computador de uso 
da família e os cônjuges compartilhavam a mesma senha de acesso. "Simples arquivos não estão resguardados 
pelo sigilo conferido às correspondências", concluiu. 
Agora que você já conhece o conflito, produza, com base nessa leitura, esquema idêntico ao que segue. A 
primeira linha da tabela já foi preenchida para que sirva de exemplo para você colher as demais informações no 
caso concreto. Identifique quantos elementos entender adequado. 
 
1. Elemento da narrativa jurídica 
Característica moral do marido. 
2. Informação retirada do texto (contextualização do real) 
Marcelo compartilhava com uma desconhecida detalhes de sua vida sexual com a esposa. 
3. Parágrafo argumentativo que tome por base a informação selecionada 
Se a traição, por si só, já causa abalo psicológico ao cônjuge traído, a honra subjetiva da autora foi muito 
mais agredida, ao saber que seu marido, além de traí-la - inobservância do dever conjugal de fidelidade - 
violou a confiança da esposa quando teceu comentários difamatórios com sua amante quanto à sua vida 
íntima. 
 
RESPOSTA: 
 
Elementos da 
narrativa jurídica 
Informação retirada do texto 
(contextualização do real) 
Parágrafo argumentativo que tome por base a 
informação selecionada 
Característica 
moral do marido 
Marcelo compartilhava com 
uma desconhecida detalhes 
de sua vida sexual com a 
Se a traição, por si só, já causa abalo psicológico 
ao cônjuge traído, a honra subjetiva da autora foi 
muito mais agredida, ao saber que seu marido, 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
APT: 
007 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 3 
Data: 
03/09/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-007/WLAJ/DP 
esposa. além de traí-la - inobservância do dever conjugal 
de fidelidade - violou a confiança da esposa 
quando teceu comentários difamatórios com sua 
amante quanto à sua vida íntima. 
Tempo do 
casamento 
Dez anos De acordo com o artigo 1.511 do Código Civil de 
2002: "O casamento estabelece comunhão plena 
de vida, com base na igualdade de direitos e 
deveres dos cônjuges." E, no mesmo dispositivo, o 
art. 1.566 preceitua claramente que dentre os 
deveres dos cônjuges estão a fidelidade recíproca 
e o respeito e consideração mútuos. Nesse sentido, 
diante dos e-mails trocados entre o acusado e sua 
amante é indiscutível que Marcelo manteve um 
relacionamento com outra mulher durante a 
vigência do seu casamento. 
Espaço físico Marcelo no ambiente familiar, 
por meio do computador da 
família e de uso comum do 
casal, armazenou e-mails 
comprometedores. 
É inegável a reprovação de conduta do cônjuge 
que, inescrupulosamente, no ambiente familiar deu 
margem e nutriu um relacionamento 
extramatrimonial, caracterizando o sentimento de 
desrespeito, quebra das promessas firmadas no 
casamento e afronta a dignidade humana do outro 
consorte. 
Tempo da traição 
12 de fevereiro de 2008 a 30 
de outubro de 2008 
O lapso temporal de 8 (oito) meses demonstra que 
não se tratou de um relacionamento casual, mas 
duradouro e estável, vez que trocavam intimidade 
quase que diariamente. 
Espaço 
social/virtual 
Marcelo defende-se afirmando 
que sexo virtual não 
caracteriza traição. 
Mesmo que o relacionamento fique restrito ao 
ambiente virtual da internet, não deixa de ser uma 
modalidade de traição. A confiança, base de 
qualquer relacionamento, seja ele comercial ou 
afetivo, foi rompida. Ademais, ao tipificar no artigo 
1.566, o legislador não deixou dúvidas sobre quais 
são os deveres dos cônjuges, não pondo como 
deveres o amor, em um sentido romântico e 
idealista, mas colocando em sentido prático, a 
fidelidade recíproca. 
Característica 
social e 
psicológica da 
esposa 
Estarrecida, Camila precisou 
passar por tratamento 
psicológico para superar a dor 
que sofria. 
O cônjuge vítima da traição tem toda sua vida 
emocional abalada por um fato dessa natureza, 
pois o sofrimento é inquestionável e acaba com a 
segurança afetiva em seu casamento, tanto é que 
causou a separação. 
Centralidade Marcelo trocou quase que 
diariamente mensagens de 
natureza erótica, declarou-se 
diversas vezes, construiu 
fantasias sexuais e praticou 
sexo virtual com uma mulher 
que assinava “cheia de amor 
pra dar”. 
A infidelidade do acusado lesionou os direitos da 
autora porque houve a quebra da obrigação aos 
deveres conjugais, e também ocasionou intensa 
humilhação e constrangimento à ofendida. Além 
disso, feriu os bons costumes. Cabe afirmar, diante 
do exposto, que tal comportamento configura ato 
ilícito e, portanto, causador de dano moral, uma 
vez que afetou a dignidade e a honra da vítima, 
sendo passível assim, de reparação. 
 
 
 
____________________________________ 
 
Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
APT: 
007 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 3 
Data: 
03/09/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/AplicaçãoPrática Teórica-007/WLAJ/DP 
 
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