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CCJ0033-WL-B-AMMA-04-Dos Crimes Contra o Patrimônio - Dos Delitos de Extorsão

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DIREITO PENAL III 
 Aula 4- Crimes contra o Patrimônio. 
Os delitos de Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro. 
DIREITO PENAL III 
OBJETIVOS 
Ao final da aula o aluno será capaz de: 
● Identificar as condutas perpetradas de modo a tipificá-las 
corretamente e diferenciá-las dos demais crimes contra o 
patrimônio; 
●Identificar a alteração legislativa produzida pela Lei 
11.923/2009; 
●Analisar a incidência da Lei 8.072/90, sobretudo no caso do 
denominado "seqüestro relâmpago". 
● Diferenciar os delitos de extorsão, extorsão mediante 
sequestro e extorsão indireta entre si e dos demais crimes 
contra o patrimônio. 
DELITO DE EXTORSÃO – AULA 4 
DIREITO PENAL III 
Estrutura de Conteúdo. 
1. Extorsão. Art.158, CP. 
Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Classificação 
doutrinária. Sujeitos do delito. Consumação e tentativa. 
Figuras típicas. Incidência da Lei 8.072/90. Distinção do delito 
de roubo. A Lei 11.923/09 e a figura do "sequestro relâmpago". 
2. Extorsão mediante seqüestro. Art.159, CP. 
Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Classificação 
doutrinária. Sujeitos do delito. Consumação e tentativa. 
Figuras típicas. Incidência da Lei 8.072/90. Delação premiada. 
Distinção com as demais figuras típicas contra o patrimônio. 
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Extorsão. 
1.1. Bem jurídico tutelado: delito pluriofensivo - patrimônio e 
integridade física e psíquica (PRADO, Luiz Regis. Curso de 
Direito Penal Brasileiro. Vol.2. 8 ed. pp 330). 
1.2 Elementos do tipo. 
► Elemento descritivo: o núcleo do tipo contempla as figuras 
de constranger alguém mediante o emprego de violência (física) 
ou grave ameaça (psíquica), a fazer, tolerar que se faça ou 
deixar de fazer alguma coisa. 
► Elemento subjetivo: dolo genérico na conduta de 
constranger e especial fim de agir de obter indevida vantagem 
econômica. 
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Obs. Caso o especial fim de agir seja afeto à indevida 
vantagem moral, a conduta será tipificada como incursa no 
delito de constrangimento ilegal (art.146, CP). 
► Elemento normativo: Inicialmente cabe esclarecer que o 
conceito de vantagem previsto no art.158, CP é mais 
abrangente que o previsto nos art. 155 e 157, CP, pois abarca, 
não só a coisa móvel corpórea, como também todo o interesse 
ou direito patrimonial alheio (PRADO, op. cit. pp 331). 
1.3 Classificação doutrinária: delito comum; subjetivamente 
complexo; formal; instantâneo. 
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1.4. Sujeitos do delito: delito comum no que concerne ao 
sujeito ativo, podendo admitir a coexistência de mais de um 
sujeito passivo no caso da vítima do constrangimento ou 
ameaça não ser o titular do patrimônio lesionado. 
 1.5.Consumação e tentativa: 
 Consuma-se com o emprego da violência ou grave 
ameaça, prevalecendo, portanto, o entendimento de que o delito 
configura-se como delito formal, caracterizando-se a obtenção 
da vantagem econômica indevida como mero exaurimento do 
delito. No mesmo sentido, Damásio de Jesus assevera que no 
delito de extorsão o núcleo do tipo é o verbo “constranger” e 
não “obter”. A definição legal não exige que o sujeito obtenha a 
indevida vantagem econômica.” (JESUS, Damásio de. Direito 
Penal, v. 2, 12.ed, pp 321). 
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 Segundo Cezar Roberto Bitencourt, para a 
consumação do delito de extorsão é desnecessária a 
efetiva obtenção da vantagem patrimonial, pois a 
extorsão se consuma no exato momento em que a 
vítima, com comportamento positivo ou negativo, faz, 
deixa de fazer ou tolera que se faça algo contra sua 
vontade.(BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de 
Direito Penal, v.3. 7 ed. pp 148). Significa dizer que a 
consumação independe da obtenção da vantagem 
indevida, restando configurada com o emprego da 
violência ou grave ameaça. 
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Acerca do tema, vide verbete de Súmula n.96, do Superior 
Tribunal de Justiça, in verbis: 
 O crime de extorsão consuma-se independentemente da 
 obtenção da vantagem indevida. 
1.6.Figuras típicas: 
A) Simples. Art.158, caput, CP. 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida 
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer 
alguma coisa: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
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 B) Majoradas. 
 § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com 
emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. 
 C)Qualificadas. 
 § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o 
disposto no § 3º do artigo anterior. 
 § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade 
da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da 
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou 
morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, 
respectivamente. 
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1.7.Incidência da Lei 8.072/90. 
Em decorrência de expressa previsão legal, o delito de extorsão 
qualificado pelo resultado morte é tipificado como delito 
hediondo. 
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos 
tipificados no Decreto-Lei no 2.848 , de 7 de dezembro de 1940 
- Código Penal , consumados ou tentados: 
(...) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso 
incluído pela Lei nº 8.930 , de 6.9.1994) 
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1.8 A Lei 11.923/09 e a figura do "sequestro relâmpago". 
Questões controvertidas: 
► (Im)possibilidade de incidência da Lei 8.072/90 quando 
ocorre o resultado morte: tal entendimento prevalece face ao 
princípio da legalidade, haja vista o rol do art.1º, da Lei 
n.8072/1990 ser taxativo. 
 Entretanto, há entendimento minoritário no sentido de que 
a extorsão com resultado morte prevista no §2º também seria 
aplicável ao §3º (seqüestro relâmpago), pois este não 
configura tipo autônomo, mas mera qualificadora e, portanto, 
aplicar-se-ia o mesmo raciocínio aplicável ao §2º do respectivo 
dispositivo legal (neste sentido CUNHA, Rogério Sanches. 
Comentários à Reforma Criminal de 2009 e à Convenção 
de Viena sobre o Direito dos Tratados. RT, 2009, pp 23) 
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►Possibilidade da ocorrência de concurso 
de crimes com os demais delitos contra o 
patrimônio. Neste sentido, vide decisão 
proferida pela Oitava Câmara Criminal do 
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande 
do Sul, in verbis: Ementa: APELAÇÃO 
CRIME.ROUBOTRIPLAMENTE 
MAJORADO E EXTORSÃO – SEQUESTRO 
RELÂMPAGO. 1. Autoria. Confissão parcial 
dos réus, sendo um deles preso em 
flagrante, confirmando as vítimas e 
testemunhas a autoria dos fatos, torna 
inquestionável a condenação. 2. Restrição 
da liberdade das vítimas. afastamento. 
impossibilidade. 
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Sendo levadas desnecessariamente as vítimas pelos 
assaltantes no automóvel e ficando em poder deles por certo 
tempo mediante ameaça de morte por armas de fogo, resta 
evidente a privação da liberdade. 3. CRIME ÚNICO. 
INVIABILIDADE. Se depois de subtraídos os bens as vítimas 
foram levadas até um caixa eletrônico, sendo uma delas 
obrigada a descer e sacar todo o dinheiro possível, 
permanecendo as outras no automóvel acompanhadas por um 
dos assaltantes, armado, e mediante ameaças de morte, 
caracterizado também o delito de extorsão qualificada. 4. 
CONCURSO MATERIAL. Em se tratando de delitos de 
espécies diferentes, inviável o reconhecimento de concurso 
formal. 5. PENA DE MULTA. ISENÇÃO. INVIABILIDADE.DELITO DE EXTORSÃO – AULA 4 
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A pena de multa, cumulativamente cominada ao delito, não 
pode deixar de ser aplicada pelo juiz da sentença, em face do 
princípio da legalidade, ainda que o réu seja pobre, mesmo 
porque pobreza não é causa de imunidade penal. 6. CUSTAS 
PROCESSUAIS. Cabível a suspensão da exigibilidade 
também ao outro réu, nos termos do art. 12 da Lei nº 1060/50, 
diante da afirmação de pobreza e ausência de elementos em 
sentido contrário. RECURSO DE UM DOS RÉUS 
PARCIALMENTE PROVIDO E DO OUTRO DESPROVIDO. 
(Apelação Crime Nº 70040594723, Oitava Câmara Criminal, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Danúbio Edon Franco, 
Julgado em 16/03/2011) 
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 1.Distinção entre os demais delitos contra o patrimônio. 
►Extorsão e roubo. 
 A diferença entre os tipos se verifica a partir da 
prescindibilidade ou não do comportamento da vítima; no delito 
de roubo a conduta é perpetrada pelo agente (sujeito ativo) 
sendo irrelevante para a consumação do delito o 
comportamento da vítima; no caso da extorsão, o 
comportamento da vítima é imprescindível para que o agente 
pratique a sua conduta – exemplo clássico é o caso no qual a 
vítima, após o emprego da violência ou grave ameaça pelo 
agente, é obrigada a digitar sua senha no caixa eletrônico. 
 Acerca do tema, vide decisão proferida em sede de Apelação 
Criminal pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio 
Grande do Sul, in verbis: 
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 . 
Outro ponto distintivo dos referidos delitos refere-se à sua 
classificação doutrinária quanto ao resultado e, 
consequentemente, quanto ao momento consumativo do delito. 
O delito de roubo é material, ao passo que o delito de extorsão, 
formal. 
►Extorsão e Constrangimento Ilegal 
 A extorsão é uma espécie de constrangimento ilegal; se a 
vantagem almejada for moral trata-se de constrangimento 
ilegal; ao contrário, se a vantagem for material será extorsão. 
►Extorsão e estelionato 
Em ambos a vítima entrega a coisa ao agente; na extorsão a 
entrega se dá por meios coativos (violência ou grave ameaça), 
enquanto que no estelionato a entrega se dá em decorrência 
da fraude. 
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 2. Extorsão mediante sequestro. 
 Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou 
para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do 
resgate: 
 Pena - reclusão, de oito a quinze anos 
 2.1 Bem jurídico tutelado: patrimônio e liberdade do 
indivíduo. 
 2.2 Elementos do tipo. 
 ► Elemento descritivo: o núcleo do tipo contempla as figuras 
de sequestrar com o fim de obter para si ou para outrem, 
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. 
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► Elemento subjetivo: dolo genérico na conduta de sequestrar 
e especial fim de agir de apossamento definitivo do patrimônio 
alheio ou outra vantagem (NUCCI, Guilherme de Souza. Manual 
de Direito Penal. 6.ed, pp 722/733) 
► Elemento normativo: Aplica-se o mesmo raciocício afeto ao 
delito de extorsão previsto no art. 158, CP. 
2.3 Classificação doutrinária: delito comum; permanente; 
formal; dano; subjetivamente complexo. 
►Obs. Conflito de Direito Intertemporal: 
 Verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal. 
 A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao 
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência. 
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 2.4.Sujeitos do delito: 
Delito comum no que concerne aos sujeitos ativo e passivo, 
podendo admitir a coexistência de mais de um sujeito passivo 
no caso da vítima do sequestro não ser o titular do patrimônio 
lesionado. 
 2.5 Consumação e tentativa: 
Segundo o prof. Luiz Regis Prado, entendimento majoritário, o 
delitoseconsumacomoatodeseqüestrar, 
independentemente da obtenção da vantagem indevida que 
configuraria mero exaurimento da conduta do agente. 
Acerca do tema, vide verbete de Súmula n.96, do Superior 
Tribunal de Justiça, in verbis: 
O crime de extorsão consuma-se independentemente da 
obtenção da vantagem indevida. 
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2.6 Figuras típicas 
A)Simples. Prevista no caput, do art.159, CP 
B) Qualificadas. 
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se 
o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou 
quadrilha. 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
►Obs. Possibilidade de incidência de concurso material de 
crimes entre os delitos previstos nos art.288, CP e 159,§1º, CP 
face à distinção entre os bens jurídicos tutelados. 
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§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 
§ 3º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 
2.7.Delação premiada: 
 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que 
o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do 
seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. 
 Configura-se como causa especial de diminuição de pena 
criada pela lei n.8072/1990 (crimes hediondos), sendo 
imprescindível, para sua caracterização a efetiva colaboração 
na libertação da vítima, caso contrario, não será aplicada a 
referida causa de diminuição. 
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►Obs. O instituto da delação premiada previsto no §4º do 
art.159, CP, não foi revogado pela Lei n. 9807/1999 – art.13 e 
14 (Lei de proteção a vítimas, testemunhas e réus 
colaboradores) face aos requisitos previstos em cada um dos 
institutos; no caso da legislação especial, efetiva colaboração 
do réu no curso da investigação e processo criminais; no caso 
do art.159,§4º, basta a efetiva colaboração para fins de 
libertação da vítima. 
 ► Acerca da imprescindibilidade da relação causal entre a 
delação e a libertação da vítima vide decisão proferida pelo 
Superior Tribunal de Justiça, in verbis: 
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DELAÇÃO 
TELEFONE. 
PREMIADA. FORNECIMENTO. NÚMERO. 
No caso de extorsão mediante seqüestro (art. 159 do CP), não 
se consideradelação premiada (§ 4º do referido artigo) o fato de 
o paciente, depois de preso, apenas fornecer o número de 
telefone de seu comparsa, visto que, em nenhum momento, 
facilitou a resolução do crime ou influenciou a soltura da vítima. 
Precedente citado: HC 92.922-SP, DJe 10/3/2008.HC 107.916- 
RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 7/10/2008. 
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 2.8. Incidência da Lei 8.072/90. 
 Em decorrência de expressa previsão legal, o delito de 
extorsão mediante seqüestro, ainda que na modalidade simples, 
prevista no caput do dispositivo legal, é tipificado como delito 
hediondo. 
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos 
tipificados no Decreto-Lei no 2.848 , de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal , consumados ou tentados: 
 IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (Art. 
159, caput e §§ 1º, 2º e 3º); 
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 CASO CONCRETO 
Cláudio, ao entrar em seu veículo estacionado em um "shopping 
center", é abordado por Pedro e Paulo que, portando armas de 
fogo, obrigam a vítima a sair com o veículo em direção a um 
caixa eletrônico nas proximidades. Lá chegando, enquanto 
Pedro fica no veículo com Carlos, este é obrigado a fornecer seu 
cartão de banco e sua senha para que Paulo vá até o caixa 
sacar o dinheiro. Como o caixa eletrônico estava em 
manutenção, os bandidos obrigam Carlos a dirigiraté a cidade 
mais próxima onde, duas horas depois de terem abordado a 
vítima, conseguem sacar a quantia de R$ 500,00 (quinhentos 
reais) em outro caixa eletrônico. Após conseguirem obter a 
vantagem pretendida, Pedro e Paulo matam Carlos com 5 
(cinco) tiros e abandonam o veículo em uma estrada deserta. 
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Diante dos fatos narrados, com base nos estudos realizados, 
diga fundamentadamente, como deverão ser capitulados os 
fatos e se deverá incidir a Lei 8.072/90 ("Lei dos Crimes 
Hediondos"). 
Questão objetiva: 
O crime de extorsão mediante seqüestro, em sua modalidade 
simples, consuma-se quando:(119° Exame OAB/SP. 1ª Fase) 
a) ocorre a obtenção da vantagem patrimonial pretendida pelos 
agentes. 
b) a vítima é liberada ou morta após o pagamento do preço do 
resgate. 
c) houver decorrido o prazo de vinte e quatro horas do 
seqüestro. 
d) a vítima é arrebatada. 
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2.9 Distinção entre Extorsão mediante seqüestro e 
seqüestro 
Na extorsão há o especial fim de agir com relação à 
obtenção de vantagem; no seqüestro não há intenção de 
obter vantagem. 
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