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UFPE ENG ECONOMIC DOC20001

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•• CI
da insatisfeita: hipóteses, correlações utilizadas, métodos e fontes de coleta de ln-
formaçôes, métodos de projeção ele.
b) Os dados devem ser precisos e conservadores, no sentido de usar-se aqueles me ..
nos otimistas, sempre que houver dúvidas.
c) A linguagem deve ser clara e precisa.
A\ T"\4U'4_f'a o.ft+ •• ri"" •• " _"""olt,.:t,..,:I:..I •.•,t .•.•A.,. """0 •.•.1' "'~"~';'Itd;f" 1"\1"'''' •••• ''' •••••• l"'",ntro:.rl';1n1pf'lt? ~n
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previsto e determinar como e em quanto isso afetaria as conclusões.
e) Deve ..se apresentar um resumo e conclusões.
f) Uma das conclusões do estudo de mercado deve ser um quadro com um progra-
ma de produção e vendas do projeto, que servirá de base na elaboração da etapa
de receitas (Capítulo 5). Para a construção desse quadro o mercado deve levar
em conta as informações da engenharia e do tamanho, de forma a ajustar as de-
mandas potenciais do mercado às vendas reais esperadas. Um môdeiô para a apre-
sentação do quadro com o programa de produção e vendas pode ser conforme o
f'\.u ••...I__ rI 1:.
,,<y,QU!V !..!..J ~
Quadro 11.5
Projeto X: Programa de Produção e Vendas
Àno Produto ! ce_n_u_o c_-o_n_su_m_id_o_r_--1
r- A B Tota!
Q(t)!P($/t}IR (USS) Q (t) IP(Slt) IR (USS) Q(t)!p($/t)IR (US$)
a
b
total
2 a
b
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total
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Q:: quantidade {em toneladas) p'" preço, R ""receita.
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------..,'41 Capítulo m L-~/--------------~/
Tamanho
e Localizaçãu
1. TAMANHO
1.1 Introdução
o estudo de mercado determina a capacidade que a economia tem para absorver o
produto em estudo, e estima a evolução futura dessa capacidade de absorção durante a vi-
da útil do projeto.
..C?m essa informação os projetistas têm o ponto de partida de quanto deve ser, em
pnncipto, a produção programada para o projeto.
Suponha-se o exemplo de um projeto específico de uma fãbríca para produzir lápis.
O estudo de mercado determina urna procura anual insatisfeita cuias cifras -são apresenta-
das a seguir: - -
Quadro HI.1
PaI: X: Procura Insatisfeita de Ldpis
1~J]4 - 1995 (J!~ ~!:!:2!.!
Tlpode 1984 191<5 19RIi lQI'\7tapJ~
Pretos 65.000 13,000 75.000 85.000
Cores 15.000 17.000 20.000 25.000
Total 80.000 90.000 95,000 110.000
'T':_ ..••~ .••.
• ,t''''U ••.. 1988 1989 1990." •....•...•.... 1995!ápis
------
Pretos toO.OOO 120.000 16D.OOO ...... 160.000
COlas 30.000 40.000 45.000 . . . , . . 4S .000
Totai 130.000 160.000 205.000 ... , , .205.000
•• tV1
fi )
Pode-se deduzir que a fábrica não deve ser desenhada para anualmente produzir:
a) Menos de lOO.UOU grosas, porque assim eia ceixa de aproveitar teria a puiell<;iélii-
dade do mercado.
b) ~.•daís "de .2SÓ.OOOgrosas, porque assim a fábrica terá de trabalhar durante anos
sem utilizar toda a sua. capacidade instalada, apresentando uma capacidade
ULlU~ •.
No entanto, para a elaboração das demais etapas do projeto,nece~ita-se defini;
qual é omelh~r nível específico de produção (ou capacidade de produção) ~ara o qUal
a empresa deve ser projetada. Essa é a tarefa da etapa chamada tamanho do prol.eto. .
Se o nível de absofção d.a ecoflorrüa é determinado pele mercado, c d~mens!on!1,"
mento da capacidade de produção é um trabalho de aproximações sucessivas entre as di:
versas etaoasr.tendo por obietívo a solução ótima quanto ao tamanho. Essa solução sera
aauela ou~c~nduza ao res~ltado econõmíco mais provável para o projeto no seu conjun-
to. Por i~so, o-tamanho é defínído pelo jogo de doisgrupos de variáveis: as variáveis de via-
bllidade e as variáveis de otimização,
1.2 A Viabilidade do Tamanho
Antes de determinar o tamanho ótimo. através da análise das alternativas viáveis, os
projeti~ta~podem elirní~~; dive;~~~~~p~ss'ibilid~desde tamanho que se apresentam ínviãveis.
a) Â Inviabilidade do Mercado
No exemplo anterior do rojeto de lápis, pode-se ver que não seria viável um.a fãbri-
ca para produzir 250.000 grosas de lápis, uma vez que não existiria mercado para absorver
ta! qmmtidade.
b] A Inviabtlidcde Tecnolàgica
Se, por outro lado, se tomasse corno tamanho a produção de 20.000 gro~as por ano,
os projetistas certamente não obteriam uma tecnologia adequada para pro~uzl~,com ren-
tabilidade, tão pequena quantidade de lápis. Além disso, esse tamanho deixaria de apro-
veitar toda a potencíalidade que o mercado oferece.
c) A Inviabilidade Empresarial e 'nnancetr«
Mesmo quando se retinem todas as condições de viabm,:~de de. um ce~to ta!flanho
_ _ ~ • '''\ u" 1 f ....• ~ 1_.J_ ..J •.•••.• ~.-. •••.•.• ~iI<." •• tr.••C" ~P1~ !l;tT!.iVP.~rl~ Inc:tna .•ae prOletO, pooe ocurrer a !JIVU10H!U&iut; ptav lQUV \,lU'" ••.••J.&I~L .•••.•••U •••••..•••••7 ~-J- ---- - •
cidáde-fmanceira. seja por incapacidade administrativa para reaíiza~ um projeto d~ g:andes
dímensões. No caso de. empresas privadas, esse aspecto corresponce a um dos mais tmpo.r-
tantesfatores limitativos da viabilidade do tamanho mínimo permitido pelo mercado. No
caso das empresas públfcas, essa limitação também se apresenta quando se trata de gran-
d~ pfiJj~t~5 dt iiifiâ-c:;!i'"~!nr~1c~jc f!r:!!."!c!a."!!e!!!!:l exige r~cn~os enormes,
~
U1
C)
d) A lnviabilidade Locatizaciona!
Tamanho e localização são duas etapas muito vinculaàas. Por isso, ~ localização ~~-
de ser um fator de inviabilídade para certos tamanhos. Isso ocorre nos projetos com mate-
~-I
I,
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I
I
I
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rias-primas de alta densidade de transporte,' ou com uma baixa densidade de valor",
nll!l:nrln 1"\ 0)"..,.,..,. •• +,... ..I,",•.•... L_ ..J_ r~L. ,'. _ .,. _ _
"--"--. - --: ••_••':- -~ .~"'" ••.••v •••••!ouu •.•••pvuc rorçar o projeto a utlllZar matenas-pnmas
d~ locais muito distantes, tornando os custos de produção supenoíês ao máximo permís-
sfvel,
1.3 A Escolha do Tama.'lho Ótimo
. ConSidere-se o caso em que o tarnan..ho já está delimitado: nú seu máximo, pela ca ..
pacl~ade de. a~sorç.ão do mercado, e, no seu mínimo, pela inexistência de tecnologias Que
proa~za~ a~alxo de um certo nível; combinado isso com as possibilidades empresariais e
localízacionaís.
, Restará .ainda um grande número de ~I~ernativas possíveis, entre as quaís deve-se to-
mar a que vai, c.orresponder ao tamanho ótimo do projeto. O processo para determinar
p~C!p. t"llrnflonh" ,..+ ••....•.•.•....•.•• __ •. !__ .. _ • _
---~ ,-•••u.u.v v"wv ", Ull'<1 VCL mais, um processo ae aproximações sucessivas que consis-
te em:
_ '\ I'T" _ ••••. _
(!J !.UH!ar UnH! nas arrernanvas vlaveis ce tamanho (de acordo COHi oS;critérios de
eliminação vistos no item 1_2 anterior). '
b) Considerar essa alt~rnativa, desenvolver todo o projeto a um nível preliminar
(confor;ne as sucessivas volt.as da espiral vista na introdução).
c) Deten:unar os custos e receitas, lucro e rentabilidade dessa alternativa.
d) Repetir essas operações para cada uma das demais alternativas.
e) Determinar qual dessas alternativas é a "melhor".
f) !omar essa alternativa como o tamanho ótimo para o projeto.
g) Com esse tamanho, elaborar o projeto numa -forma -mais detalhada, em outras
voltas da espiral vista na Introdução,
Esse processo exige os seguintes esclarecimentos:
a) No que se refere ao desenvolvimento das alternativas viáveis, é preciso simplificar
esse processo e ocupaj~ge somente das alternativas qüe, de acordo com a expe-
riência dos projetistas, pareçam mais aproximadas do nível ótimo.
b) No que se refere à definição da alternatlva "melhor", há que aplicar os critérios
utilizados mais adiante, nas etapas de custos e receitas, de rentabilidade e de ava-
liação do projeto. Preliminarmente, pode-se antecipar que na determinação do
melhor tamanho é possível utilizar um dos seguintescritérios principais:
i) Máxima rentabilidade - um tamanho que possibilite à empresa obter a máxi-
ma rentabilidade sobre o próprio capital.
ii] Máxima soma de lucros - um tamanho Que oossíbilíte li emoresa o máximo
de lucros em cada ano, ou no total de su~ vida útil, seja em ;alores correntes
..•.•.• __ ~._1 ..•. !_ .3 _ ... __ 0'0 _.. t • ~. •
v•.••.m ""u,"a "'UdI ••, V 'juc t:'1U1Vi1IC, aproxunauamerue, a procurar u rama-
nho em que o lucro com a produção adicional (receita-custo) devido à ultima
unidade produzida (lucro marginal) será mínimo.
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I
I
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RilÍação dó custo de transporte da matéría-príma até a fábrica pelo custo total de produção:
CTRANS,!CTOTAL PROD.· ~
Relação do vaiar do produto pelo seu peso: valor/peso.
O conceito de atualização de valores será visto nos cap Itulos de avaliação fínanceíra e econô-
mica.
63
'.. ó --,
Em geral, utilizam-se os critérios do custo unitário e/ou do custo médio, principal-
ft'\Anto 1"'11",,,,,,,,.0.""1f'H.".o, I'.a.~," • .a a..,,.••. 1fII~"' ••• n •••~,", •••;...i ••••••;"t"" ,.,,~ " . ..-~v •....,,"" "1'11",. ~n(' l11 •••"n(,' A nt'\.r..•.------- r"•.•.••..,-- '1--"'- -_.•••.l'.- v-......, ..•& •••••••• y •.••..••._•••~ .•_•._.,. -...,.•.••.~ .••.•.•..•.••...••5 • .., ._ •••••••• _ •••••••• _ ••• -- -J r--
tanto. com o máximo valor atuallíauido.
.O critério do custo unitário ~ ínimo baseia-se nos princípios de economia de escala.
Por economia de escala entende-se o fato de que uma elevação na produção permite redu-
zir. até um certo oonto. o custo de cada unidade nroduzida, Assim. na orooorcão em oue
se aumenta a produção, tanto o custo de cada um dos produtos (custo unítario) corno o
custo médio tendem a baixar.
De acordo com esse critério, o tamanho adequado da Iábrica é o que conduza ao
custo unitário mínimo, dentro da capacidade de absorção do mercado. No caso de uma
procura evolutiva, o tamanho deve ser o que conduza ao custo unitário mínimo para aten-
der à procura atual, ao mesmo tempo que tenha capacidade disponível para atender à pro-
cura futura. .
Observe-se o exemplo do projeto de lápis.
Sabe-se nup. nor ra7.í'lp.~ tlp m".,."An (\ t<>m!>nhnnn nrn;ptn "lin tl"v" <p!' OIl""rir\T ~
uma produção' de' 25O .000 g;o;;s-d~ - iápi; >p~;~~~-~as- ta~-p~~~-o 'é-~o~~e~i-;nt~ ~ue seja
inferior a 30.000 grosas, Com base nesses limites, o projetista busca dados preliminares
sobre tecnología com capacidade de produzir dentro desses limites. Tais tecnologías são pro-
curadas no que se chama mercado internacional de tecnologias, através dos fornecedores
de equipamentos e de processos de produção, como se verá no capítulo referente à enge-
nharia.
Suponha-se que os projetistas, pela sua experiência e pelas características do merca-
do internacional de tecnoiogías, sejam conduzidos a selecionar as alternativas tecnológi-
cas viáveis, mostradas no Quadro III.2:,
Quadro m.2
Projeto Lápis
Tamanho: Alternativas Tecl1õlógicas Viáveis
Alternativa5 Tecno !6gicas
Variáveis
A 11 C
3. Capacidade de produção
anuelpúrunl turno
100.000 150.000(em grosas) 70.000
b. Investimento total
necessário (US $) 140.000 200.000 380.000
c. Custo total de
445.000producão ruS$) 237.000 300.000
d, Receita tola! (USJ) 265.000 380.000 57U.UUU
e. Custo unitário (US$)
3.0 2,9(e=c+a) 3,4
f. Lucros (US$)
125.000ti=â> c) 28.000 80.000
ll. Rentabilidade (%j
-+G ;~1$""/+ iJ) 2i)
Estes dados permitem observar que? tecnologia A, sob todos os critérios, é a menos
interessante; e que li, tecnología B apresenta mais rentabilidade sobre o capital, mas a tec-
nologia C apresenta um lucro anual superior. em valor absoluto.
64
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A esse nível, se não houver limites de recursos e sem-considerar em detalhe o estudo
cio mpr~~rln ~~ ~nn,...l1trT\.Qt"...1" _ •.•..•..:.•..•.:A.•._ ••__ !__ ••
- - - - - J -- - _ •• -._- .•••._ ••• ~V' yaVJV1lo1..,LU .::Ivl..I.Ql.1l.
a) A alternativa A é desvantajosa peio aito custo u~itário e a baixa rentabilidade.
b) SP: ~n nnt~T ~1"l: <:alta,..,""+~ •••.• D "Te' tt "\1'\1\ nl'\l\'\. . _ I. _. _
r --;.-- -r-:-' 1"":- U •• V •••• " •••• u \V""'LVV.VUU}, o empresano nao tem outra alter-
nativa de investímento para o seu capital restante (380.000 - 200.000 = USS
lUO no,." _tW _ •••• _ ••• e. __ . _ lI'" _ Xft
.vv.vvvJ> vu a """, ruas a urna rentaourcaoe interior a 25%( --- --),ame.
lhor solução é a alternativa C 180
c) Se o empresário pode impiementar o projeto B e investir a parte restante dos
seus recursos (USS 180.000) em outros projetos com rentabilidade snnerior ~
25%, a aiternativa B é a superior. - - . -.-- .. -. -
Estas observações não podem ser definitivas pelas seguintes razões:
a) Não vinculam a caoacidade de nronllt'lfn l>n "" ••• ~:,1~• - -;:-- - --y- .•.._...•.,,·•..•..i. ••••uuv.
b) Não consideram a possibilidade da empresa trahnlhar m"'i~ d~ '.!!!! turnc,
Como foi visto, o mercado de lápis oferece as bapacídades de absorção apresentadas
no Quadro IIU. Estudemos esta capacidade de absorção com cada uma das alternativas.
e as suas possíveis subalternativas.
En: pr~eiro lugar, considere-se a alternativa A. Essa mesma alternativa pode apre-
sentar três diferentes capacidades de produção, conforme seja utilizada em um turno, dois
turnos e três turnos de oito horas de trabalho.
À exceção das fábricas cuja paralisação dos equipamentos gera grandes custos e pro-
~iemas tecíiol~gicos (caso das siderúrgicas, fábricas de cimento), não se costuma dimen-
slOnar. uma unidade de produção para três turnos, por causa das necessidades de manuten-
ção, limpeza etc., embora em certos períodos se trabalhe nessas condições. Considere-se
então duas subaltematívas A I e A2, com os mesmos equipamentos da tecnologia A em
um e dois turnos, respectivamente.
Subalternativa A 1
A subalternativa AI corresponde ao uso da fábrica (alternativa Â) num só turno de
funcionamento, Nessas condições, a capacidade de produção é de 70.000 grosas, o investi-
mento to ta! necessário é de US$ i40.000, correspondendo, para a produção máxima, um
custo total de USS237.000 anuais e urna receita total de USS265.000 (resultado das ven-
das de toda a produção ao preço de US$3,8 a grosa: US$265.000 =USS3,8 x US$70.000).
Com base nestes dados, calcula-se qual é o custo para produzir uma unidade do pro-
duto (custo total dividido pela produção total. ou sela. 237.000 + 70.000 ~ 3.4). o lucro
gerado (receitas - custos, ÓU seja, 265.000 - 237.00Ó ~ 28.000) e a rentabiIída~ie do ca-
nit-::l fln ..,.."n rihAA;rl" _.01 .•...: ••.•."n •.•+:_A_..... .....•• ""'.....! •.•. ""}c "('tof\ ~ t ÀI'\ J"\1'\í'\ _ ..,~m\
r~w-~ \.•..__ .'V' _.w .._._ 1.....•"" Uil ••••.UI.&.J..•••••l1lrV, vu oJ!\,oJa,4V.VVV • l."TV.VV'l" - ,'!..V/Uj_
O resultado dessa alternativa pode ser observado no Quadro !IU. Observa-se que a
utilização da subalternativa A! deixa ainda insatisfeita uma grande margem da demanda.
Subalternativa A 1
A subatternaüva Al consiste em utilizar a tecnologiazí num regime de trabalho su-
perior às oito horas de um único turno (ver Quadro IIt4). Pócle"sf observar que n.~o seria
conveniente utilizar dois turnos no ano 1 de funcionamento, posto que com o primeiro
turno consegue-se produzir 88% da demanda insatisfeita. Nesse caso, será mais vantajoso
utilizar os operários do primeiro turno em horas extraordínãrías de trabalho. No entanto,
65
,,".
ti ) I_.-,Quadro 11I.3 ~Profeta Lápis
Tamanho: Estrutura de Produçiío, Custos e Receites par« li Subaltemativa Tecnológica A I ~I
1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 ... 1995 ·1
r" ••.___ !..I ••...I_ ..1__ L ____ ~_ t
G. I"-'4l'a"'JoUGUv u,", 4\.Ii:lV,,"IIy<lU
I(mil grosas) 80 90 95 110 130 160 200 200,. Pro~ução ê vendaso.
I(mil grosas) 70 70 70 70 70 70 70 70c. Custo total(üS: i-.uvu; D7 237 237 237 237 237 237 23;
d. Custo unitário I(USS)d=c+ b 3,383,38 3,38 3,38 3,38 3,38 3,38 3,38e, Vendas e receitas
(lI~t, nN" I\v.., ••..•••vvvl
Ie = 3.8 x b 265 2';5 'IÍ~ ?IÍ~ ?/i_~ 2/i~ 265 265
f. Lucros je e - c !
(USSl.OOO) 28 28 28 28 28 28 28 28
g. Rentabilidade (%)
s=I+ 140.000 20 20 20 20 20 20 20 20
a partir do segundo ano, seria impossível preencher a brecha entre a procura insatisfeita
e a capacidade de produção através do uso de horas extraordinárias, já que os operários
seriam incapazes de trabalhar mais de 12 horas por dia.
A solução é estabelecer o outro turno a partir dessa data, embora os dois turnos não
utilizem a sua capacidade máxima.
Evidentemente, as receita são determinadas com base no preço de USS3,8 por gro-
sa, multiplicado pela quantidade vendida.
Para determinar os custos, utilizou-se o processo de cálculo que se verá no capítulo
correspondente (Custos e Receitas), É conveniente expor que os custos de um projeto
divídem-ae, basicamente, em custos fíxos, que não variam a uma razoável elevaç:ão da prno
dução, e os custos variáveis que são função direta (quase sempre linear) da produção," É
preciso chamar a atenção para o fato de que a utilização de horas extraordinárias, ou de
dois turnos, exige, por força de lei, remunerações superiores às normalmente pagas du-
rante o horário do dia normal.
Além dos ajustes de custos e receitas, o grande aumento na.produção exige certos
investimeuios Gui~it)liãlS a pãri.u- UÕiUió de 1997. Calculcuce que eesee !!rvest!~e!'!!0!! :!~!-
eíonais correspondem a üSi30.000, o que aumenta o inve5ti.-:nento total da fábrica para
US! 170.000. _
Em resume, a subaltematíva A2 consta de: utilizar a tecnclogia A num só turno,
com horas extraordinárias até 1986 e, a partir. dessa data, realizar ínvestirnentos adicionais
de USS30.000 e utilizar um regime de trabalho de dois turnos.
Nessa organização produtiva, a fábrica apresentará uma diferente estrutura de cus-
tes e receitas, que se pode ver no Quadro mA já mencionado. Observa-seque o projeto
permitira uma sensível redução na brecha entre a produção e II procura in~aii:;[d,,,"p,c·
sentada pelo mercado. Graças a essa maíor produção e cooseqOentes vendas, o projeto riJOS .•
tra uma sensível melhora do ponto de vista de:
4 Este aspecto será estudado mais adiante no Capítulo 5.
66
I
I
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I
I
I
f
I
e Q~ j
a) Redução no seu custo unitário (ver item d. no Quadro III.4). -._ _ .._. __._
h\ If ••...•,.. .••.1•.•.••••.....;: •..• u_I '_L_' ...2__ L_ _ _. 1
'0.#"./ ~ •••.••••••. &'00••• "'" •• '" 11V 't'QlUl 61VV4J UV3 S:U\,õlU!, êlp~~éU ue unia reduçâo no ano de 1977
quando se implanta o regLrnede dois turnos (ver item f.). '
c) Elevação da rentabilidade (ver item g.).
~esta v~r ~ que Ocorre quando se consideram as demais alternativas B1 e B'1 e C.
ror r2C!0C!!1!OS simuares, determinam-se as estruturas da B1 ç 112"
Quadro iii.4
Projeto Lãpi«
Tamanho: Estrutura de Produção. Custos e Receitas llI7T4 a SuhnT:"mnt;\Jn Tp".,nl/u";M .11
~ - ----------.-.~-- ---·~"-O •.-··l
1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 .•. 1995
• Capacidade de absorção
(mil grosas) 80 90 9., 110 110 Ii>n 21)1) 200t. p.,.•. ~;._-.~ .•.•.•..••.•._..a __a ••••••••••~'tu ••••..• "'1JUQ,~
(mil grosas) 80 90 95 ' 110 130 140 140 140c. Custo total
(USSl.OOO) 271 305 321 394 435 455 455 455d. Custo unitário
(d=c-b)(USS) 3,40 3,38 3,37 3,58 3,34 3,25 3,25 3,25e. Vendas e receitas
e = 3,8 X b (USS i .000) 305 340 360 420 495 530 530 . 530r. Lucrosr= e - c (USS LODO) 33 33 ,~ 24 5Q ó5 65 ó5:ng. Rentabilidade (%)
s= f + investimento 23 27 28 14 29 38 38 38
Subaltemativa B 1
A subaltemativa li I corresponde â tecnología B em um só turno, com capacidade de
produção de 100.000 grosas por ano e um investimento de USS2C.o.OOO.
Quadro m.5
Projeto Lápis
Tamanho: Estrutura de Produção, Custos e Receitas para a Subalternativa Tecnotôgica B I
1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 .•. 1995
a. Capacidade de absorção
(mil glosas) 80 90 95 110 130 160 200 200
ll. rrodução e vendas
(mil grosas) 80 9ú 95 100 100 IOO 100 100
,-. Custo total
WS! 1.000) 248 274 287 300 300 300 300 300
d. Custo unitário
d"'c';'b(US-~) 3,10 3,04 3,02 3.0::; "l00 "l no 3,00 3,00''',vv "',,",V'-. '/~;:~=:.~:;~:;;.;c~t::;
e '" 3,8 X b (l)S~1.01)0) 305 34() 360 380 380 380 380 380
f. Lucros
i= e - c (US$1.000) 57 66 73 80 80 80 80 80
• Rentabilidade (%)e-
g = e + investimento 28 33 36 40 40 40 40 40
67
o •
Uma análise desses quadros já permite observar que alrnat~va ótima será o tama-
nho Bl, posto que essa alternativa apresenta os melhores resultados em relação a todas as
variações consideradas. - .
O exame de um quadro-resumo serve para comprovar essa conclusão, como se pode
vai no Quadío UI.l l . - . . .
vuaulV Ui.l.1
Projeto Lápis
Lucros, Rentabilidade e CüsêO Unitário Durante a 'Viàa do Projeto
1984 - 1995
Alternativas Lucro total' Rentabilidade' 0I5to unitário'
(USS 1.000) média (%) médio (USS)
A, 336 20 3,38
Â. 639 32 3,31
R. ~!~ :!e .~.o.!,'.J!.
8. 1.433 57 2,99
C 1.254 21 3,21
, Ver-se-à que, para ser um instrumento perfeito no processo de tomada de decisões, o lucro total
deve ser ajustado através de um processo de "atualização" que permita corrigir a perda de valor do
dinheiro com o tempo. .
Ver-se-á que, com a atualízação dos lucros. a rentabilidade média deve ser substituída pela "taxa in-
terna de retorno", como instrumento mais exato no processo de tomada de decisões.
Também o custo unitário médio deve ser calculado com a atualização dos custos totais de cada ano.
\
Em casos como este, que ocorrem muito comurnente e onde os ~~s~Jt~dos d~ cada
variável decisória coincidem em relação li melhor alternativa, torna-se racn ceterrnmar o
tamanho ótimo do projeto. Considerando que o tamanho ótimo é a alternativa Bz - ou
seja: projetar a fábrica para ter inicialmente uma capacidade de prod~ç~o de iOO.oOO gr~-
sas por ano, com um investimento total de US$ 200.000 - esta fãbríca tra?alhará t~e.s
anos com capacidade ociosa (20% em 1984,10% em 1985 e 5% em 1986), dOIS anos utíli-
zando horas "extraordinárias dos operários (I98; e l 988) e trabalhando dois turnos a par-
tir de !989 (com um investimento adicional de US $30.000), atingindo a plena capacida-
de dos dois turnos a partir de 1980.
No caso em oue as variáveis conduzam a diferentes conclusões, os projetistas devem
atribuir valores príoritãríos a cada uma das variáveis consideradas, ou utilizar outras variá-
_" ••..•.•..I.i_~_ .... 'L !4 •. _, !__'!: __ ._~ __ ••• _ .J-::."':_: .•.!.__
;,çi" vft.ivUiJU'U Ul" "tu,", u •.ç~ }I'tallut.cUlI u..lU jUil:SAJ..I.I.CH '.v UÇllIULl'rV.
Por exemplo:
a) Suponhamos que a alternativa AI' que oferece a menor soma tota~ ~e lucros,
apresenta li melhor rentabilidade sobre o seu pequeno investimento. Nesse caso,
o~ projetistas (se não há limites de recursos que impeçam out~as a.1~~m~~ivase ~e
não há outros projetos mais rentáveis] devem guiar-se mais pela vanavei mero ao
f'1U~ n.:ab "i;":I,.;ótl~j s-':ft}~k;HA~A~ nu ~ust6mínimo.'1"- ,t" .••..••••••• _ ••••••.•.•••.••. v's~..." .•.•. - - •
b) Suponhamos que se trate de um. projeto para fabricar vacinas, que a alternativa
que permite o custo rnínímo não apresenta o lucro máximo (por alguma r~ll?
do mercado). Nesse caso, trata-se de um projeto a ser realizado pelo setor pübli-
70
~
~
-.'"(-
I
I
I
I,
I
I
I
o
co com grandes benefícios sociais e será prováveImente preferível a alternativa
'lU;; apresenia o custo mínimo. •
c) Finalmente, suponhamos que entre as alternativas B, e Chouvesse uma pequena
diferença nos lucros totais, nas rentabilidades e nos Cüstos mínimos, todos a fa-
vor da alternativa Bl; nesse caso, normalmente a opção seria por essa alternativa.
~~:;:;~vii~!\!~lêiiitivâ. !-,lU~Illiuítrj~ entre os valores, os projetistas devem levar em
conta outras variáveis, como por exemplo:
i) se li alternativa C permite que se utilize o plástico comorecobrímento do gra-
fite;
.!9 se a a!ternativa ~ ?:rmite uma execução mais rápida da instalação da fábrica;
iii) se existe a possibilídade de que a procura seja ainda mais ampliada a partir de
1990. Nesse caso, seria mais conveniente optar nela alternativa C. em vp.7. ti~
alternativa B
2
• - - ., •• -- -- --
Cabe observar que uma pequena diferença de rentahilidsd •••• h"'1'0~~~~ ser com-
pensada por outros fatores, corno maior segurança para o investimento. Para determinar
essa segurança, é necessário analisar os riscos que cada alternativa implica, como se verá
no capítulo correspondente. .
1.4 Resumo Operacional
Entende-se por tamanho de um projeto a sua capacidade de produção durante um
período de tempo que se considera norma! para as circunstâncias e tipo de projeto a tratar.
Por exemplo: o tamanho de uma fábrica de cilindros de gás é dado em unidades por
cada ano de produção com 300 dias úteis e de turnos de 8 horas diárias.
Há casos em que a especificação de um período de tempo normai de funcionamento
é desnecessária, porque o processo técnico obriga a que este s~ja contínuo, salvo em pe-
ríodos de manutenção e reparação (altos fornos, geradores etc.),
Em termos gerais, o tamanho de um projeto não pode ser menor do que o tamanho
mínimo econômico de projeto nem deve ser maior do que a demanda permitida pelo di ..
namísmo do mercado.
Dada a ínter-relação que deve existir entre as diferentes etapas do projeto, a deter-
minação do tamanho é definida através da análise das demais etapas, especialmente mer-
cado, financiamento, economia de escala, matéria-prima, mão-de-obra.
As conclusões do estudo do mercado proporcionam os critérios básicos para deter-
minar 0 taman....ho do projeto através dó quantidade .;;do dínamismc da procura.
Os aspecto!; do mercado que devem ser analisados com relação "ao tamanho sãü, eü-
tre outros, os seguintes:
i} Fatores relacionados com G produto (bens de consumo intermediário, bens de
consumo final etc.).
ii) Magnitude do mercado (volumes de produção versus projeção do consumo,
preços versus coeficiente de elasticidade da demanda).
iii) Tipo de mercado (mononolfstíco. conccrrencial]
ív) Política econômica governamental (substituição' de importações).
v) Concorrência favorável devido à nova tecnología do projeto.
vi) Magnitude futura do mercado (ampliações).
víí) Localização do mercado (uma ou várias fábricas estrategicamente situadas de
acordo com os centros de consumo).
f
I
I
i
I
I 71
Subalternativa Bl
A subalternativa Bl corresponde à tecnologia B em um s6 turno até 1986, com horas
::At;GV;:;!iJ,til;d~ "üi i9ôi I: i;ôô, e com dois turnos a parnr desse ano, o que exige um in-
vestímento adicional de USS30.000.
Ouadro 111.6
Projeto Lápis
;';;';;';;;:iv. :;~i,uiur", úe rruciuçiio; LU.Uo.~I! KP.t:P.,·~tf! para t! :S!~!t!!!!em!!!!!'t! TI!!:!!'.J!(yg!~ !!1
1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 ...1995
a. Capacidade de absorção
(iflji grosas) 80 90 9S 110 130 160 200 200
b. Produção e vendas
(mil grosas) 80 90 95 110 130 160 200 200
c. CUSto total
ITt~f' 1 nn".. 248 274 287 333 399 478 590 590\.u",,,~.vvVJ
d. Custo unitário
d e c -i- ô(USSj 3,10 3,04 3,02 3,02 3,06 2,99 2.95 2.95
e. Vendas e receitas
e = 3.8 X b (USS 1.000) 305 340 360 420 500 610 760 760
f. Lucros
f=e-c
(USS 1.000) 57 66 73 78 101 131 170 170
",. Rentabilidade {%)s = f + investimento 28 33 36 39 50 57 74 74
Finalmente há que considerar as possibilidades da alternativa C.,
Alternativa C
--~ A alternativa C corresponde ao uso da tecnología C, investimento de USS380.000; ca-
(-~/.\ pacidade de produção de 150.000 grosas num só turno até 1988, com horas extraordinã-rias em 1989, e com dois turnos a partir de 1990, ano em que se necessita de um investi.
mento adicional de USSSO.OOO;
Quadro m.7
Projeto Lápis
Tamanho: Estrutura de Produção, Custos e Receitas para a Subalternatlva Tecnológica C
1984 l':lll:t iojii6 i'iiil i'iõii i9ô9 i9:;G ... L:;95
3. ~~~.a=~~~.~de absorção
VUIS ""V"úVf
b. Produção e vendas
(mil grosas)
c. Custo total
(USi i.OUU)
d. Custo unitário
d = " -i- h ([J!i.t!
e. Vendas e receitas
.,..•.., () v l.. :rrc~t nrl/H.•.- ",v " u \Vo.1~ J..UVV.I
f. Lucros
t= e - c (US$ 1.000)
g. Rentabllldade ('lá)
g =f .,.investimento.------------------~
ou 7U 7J HV
95 110 130 160 200 20080 90
324 336 370 416 492 600 6üü301
3,60 H10 3,00
305 .r~JOU r~n.)\)0
.:;!~n.
UI.U 760
i60 1604 16 22 50 84 118
31 40 40
68
13 2264
.I
·~II
"~
=1
·1
•I
I
I
I
1
I
I
• "r;
Comparação entre altemativas .
Os Quadros m.8, III.9,III.lO e I1I.ll mostram uma comparação entre as alternati-
vas, segundo cada variável. - .
Com base na comparação destas variáveis (custo unitário, utilidades e rentabilidade)
apresentadas para cada alternativa de tamanho analisada, node-se determinar li lITt",rn.th,,,
nnp t"'nrrlll~""u",...ta~.•.•..••.• L_ L.! __ - - • ..•. . -------.-
-a-t - __ "·!"'_y"·",,,"<WNoV ,"WUAJU1U ULlUIU para o proJeto.
Quadro 11I.8
0. .....:....•_ r .!.-,_
••.I VI &'V I.JUf'i~
Tamanho: Lucro: Apresentados pelas Alternativas de Tamanho Analisadas
1984 - 1995 (USSJ.OOO)
Alternativas i984 1985 í986 1987 1968 1989 1990 ... 1995 Total
AI 28 iii 28 28 .28 28 28 28 336.
A, 33 38 39 24 50 65 65 65 639
B. 57 66 73 80 80 .80 80 80 916
B, 57 66 73 78 101 98 160 160 1.433
C 4 16 22 50 84 118 160 160 1.254
Quadro m.9
Projeto Lápis
Tamanho: Rentabllidades Apresentadas pelas Alternativas de Tamanho Analisadas
1984 - 1995 (%)
Alternativas 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990" .. 1995 Média
AI 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Â1 23 27 28 ,. 29 38 38 38 32,.,
B, 28 33 36 40 40 40 40 40 38
B, 28 33 36 39 50 57 74 74 57
C I 4 6 13 22 31 42 42 27
Quadro Ill.Iü
Projeto Lápis
Tamanho: Custos Unitários Apresentado! pelas Alternativas de Tamanho Analisedas
10RA _ 10tl~ Jrr~*1-~_ .... - ...•.. ,-- •.,
Alternativas 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 ... 1995 Média·
A: 3.38 3,38 3,38 3,38 3.38 3.38 3.38 3,38 3,33
À 3,40 3,38 3,37 3,5S ~.. 3)25 3,25 3,25 3J31.., ..1,..1'+
D ..~ ~". 3.v2- 3,00 j,uú 3.0ú j,uü -',vo 3,01~. "',.lV ;I,V~
B, '1 H\ 3.04 3,02 ~,,~ •• n/ 2~9 2,95 2;;5 2,99,.,~""V ;I ,v"' .J,uo
C 3,76 3,60 3,54 3.36 3,20 3.01 3.00 3,00 3,21
• Calculada pela divisão da soma dos custos totais anuais, pelo total da produção em toda a vida útil
do projeto.
69
o •
)
Figura 111.2
V
F~ ~_~lri------~-"p-_r-c-"~-~-o------~L.~.-------------~------~~
í I íL--__ --.-__ ---'1 , \
• I r I )
1 /~ 1
Tamanho }IIII-----....:~:...,~~(Custos ~\4iIf-:~'-----~~ Loca;izacão
-\r-' ~. ",
~--1,-- __En_ge~-,-ha_ria_---Jr-"--y
\
(Desenho: Eng. H. J. Ochoa)
.~ .
Com os dados obtidos nestas etapas, pode·se chegar a determinar a localização óti-
ma de uma determinada unidade de produção. Para isso, costuma-se seguir duas etapas
básicas:
Na primeira etapa, define-sea zona geral (MACROLOCALIZAÇÃO) gnde se insta-
lará a empresa e, na segunda, elege-se o ponto preciso {MICROLOCALlZAÇAO}.
2_2 A Macrolocalização
O estudo da macrolocalízação consiste em definir a região ou cidade onde se deverá
situar a unidade de produçao, para reduzir ao mínimo os custos totais de iransporie.
Provavelmente haverá uma ou mais localizações em que será mínima a soma total
dos custos de transporte dos insurnos até a fábrica e dos produtos até o mercado. Então,
é possível determinar uma série de pontos geográficos em que <i soma dos fretes seja igual-
mente mínima e que possam ser considerados como possíveis para a instalação da fábrica.
E5Lt; piúb:clllii é li yuci reairneuie ~~ t:ü[icú"là tiü piúcürãI üma :vCânZâÇ~v .1,1:1 pêra
Uma fábrica que terá de abastecer os mercados de três cidades - A, B e C"~ mercados cu-
jo consumo anual, em toneladas, seja respectivamente MA' MBeM c' de uma tal maneira
que tome mínimo o custo de movimentação do produto até ostrês mercados e o custo de
transporte dos ínsurnos II. Í2 e (3 até a fábrica.
Trata-se, portanto, de analisar:
74
a
Figura 1I1.1.
•I
I
I
I
I
I
para um certo número de cidades - A, B e C - e para certas quantidades de bens - MA,
MB e Mc - e de insumos - 11,11 e 13 - o custo total de transporte que permita determi-
nar um pon to P tal que:
CT = CTPA + CTPB + CTpc + CTl'I, + CTPI• + CTPI,
seja o mínimo possível.
O ponto de partida para a determinação dessa minímízação é analisar a orientação
localízacíonal do produto. Essa orientação informa se a unidade deve, em princípio, si-
tuar-se mais perto da fonte de matéria-prima ou do mercado consumidor.
Por exemplo. na macrolocalização de uma central açucareira, pode-se eliminar uma
grande quantidade de alternativas, ao observar-se que o transporte do açúcar é menos cus-
toso que o transporte da cana. Nesse caso, trata-se de um produto orientado para a fonte
de matéria-prima.
Ao contrário. no caso de uma padaria. devido às características do produto, li localí-
zacão é obrísatoriarnente orientada para o mercado consumidor.
. A determínação da orientação básica da localização não é difícil, quando se conhe-
cem certos dados tecnológícos da produção.
- .• IO~~ • • • i ,..."' ••"\ '11 _. -' J: •• 4 •••• _ ••••••••••• P •••• +1fI ,.16
1"01 eXtInplo, unia iaunca que para pIUUU~.I.1 .1.vvv J\.õ uv P.lV\"U& ••v u'"''''''''•.••.,.•.•.- --
2.200 kg da matéria-prima principal, provavelmente localizará li sua unidade de produção
perto do mercado de consumo, exceto quando se tratar de matéria-prima de transporte
especial, ou "não ..transnortável" alongas distâncias.
Outra simplificação do processo de tomada de decisões com respeito à macrolocalí-
•..•.•.••....::'."" .riA: ~••• ,".,..._ ••. ~ •.•._ •.••.•_+ ...·•.•~;;n A,.. ...••...AT;"'4 •.••••.to ?'o"~9"'<,..; .•.••"'lI;.:o iTlcn"n"in'~ A~tHri~n(tn ...<;B _ nara.t.ayo.v, ua-.:l'I,.t- '"'v~!•. u ""V.lJ .••.•••••.l.I.~.r.~'l"".", ~ •••. ~& ••• ~.,.... •• &~ ••. t' •.I..& .•• ~ •••t'-•......•.~-_#..~-~, _.... _. . ...
cada um destes, a disponibilidade, as caracterfstlcas e as particularidades do transporte.
i
I
I
I
a) Disponibilidade e Características da Matéria-Prima
As características da matéria ..prima são conhecidas através da engenharia. Devem-se
observar os problemas particulares que o transporte pode apresentar.
75
1
" o
. ) C 'f'!!
. Um dos fatores que limitam o tamanho de um projeto é o seu fmanciamento, dado
que a quantidade dos recursos disponíveis determina até onde ~p' !,t\~'"'p!t\j'"'ta! uma !'!~!!-
ca e se é necessârío construir por etapas.
Aqui é necessário considerar as fontes de fundos e o seu volume, já que estes podem
ter origem em capital próprio ou em empréstimos bancários nacionais ou internacionais.
Não obstante se possa, num dado momento, obter toda a quantidade de créditos. é
neç~~~~!iQter em COn!2 o custe desse capital, jéi qüe em muitos casos isso torna inviávei
um projeto, dado que o seu rendimento econômico não é suficiente para cobrir os com-
promissos assumidos.
- Entende-se por economias de escala aquelas que derivam da variação dos custos uni-
tários com re!ªç.ão ao tamanho da fabrica.
O tamanho adequado será aquele que conduza ao custo unitário mínimo, para aten-
der a demanda atual, ao mesmo tempo que tenha capacidade disponível para atender "-
procura futura.
Em resumo, o processo de decisões em relação ao tamanho ótimo do projeto baseia-
a) Determinar alternativas de produção que sejam viáveis, do ponto de vista tecno-
lógico e do ponto de 'lista do mercado.
b) Considerações flnanceiras e econômicas através das variáveis, máximo lucro total
gerado, custo unitário mínimo e rentabilidade maxima, para determinar qual das
alternativas viáveis permite um melhor desempenho para o projeto.
c) Essas variáveis são quase sempre dependentes e correlacionadas, de forma que
não se entrechocam de forma conflítíva.
d) Quando particularidades tecnolôgicas ou de mercado geram conflitos entre essas
variáveis, os projetis as definem uma hierarquia entre elas, em função dos objeti-
vos dos responsáveis pelo projeto (empresário privado ou Estado), ou consideram
outras variáveis (quantiflcáveis ou não) que ajudem no processo de tomada de
decisões.
e) Ê sempre conveniente considerar outras variáveis quantífícãveís ou não-quantífi-
cáveis, que permitam incluir o risco e as possibilidades de mercado adicional não
considerado no processo de determinação do tamanho.
2. LOCALIZAÇÃO
2.1 Introdução
O estudo do projeto deve definir claramente qual será a melhor localízação possível
para 2. unidade de produção. Evidentemente, a melhor localizaç~~ será a qüe peHi~.~tirau ..
mentar a produção e ao mesmo tempo reduzir os custos necessanos a essa produção, ele-
vando assim ao máximo os benefícios líquidos do projeto.
A observação de uma unidade de produção em sua posição no espaço mostra que
para ela convergem quantidades de insumos, que lá são transformados e de lá saem pro-
dutos para. o mercado consumidor.
O custo do fluxo de ínsumos em direçãü à fábrica Ílllplieâ unia elevã~'iúdos custos
de produção, o que provoca uma redução no nível dos benefícios expressos em termos
monetários. Da mesma maneira, um alto custo do transporte do produto final pode tam-
bem força!" a empresa a baixar os seus preços de fábrica para evitar a perda do mercado.
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CMP1 I'
I
I"---, __ I';
01 .--
PF I .•
Icb PM,"Pf+',
PM~ = PF + t!
PF - Preço do. produto na fábrica
MP: - Matérla-prtma 1; TI - transporte de ivH'J
MP1 - Matéria-prima 2; T2 - transporte de MP1
01 - Outros lnsurnos: T3 - transporte de 01
tI - T ransporte do produto até o mercado M I
t2 - Transporte do produto até o mercado M2
t3 - Transporte do prçrl~lt(> até o mercado M:;
PM: - Preço do produto no mercado 1
PiVh - Preço do produto no mercado 2
PMJ - Preço do produto no mercado 3
Os fatores básicos que regem normalmente a determinação da localização das fãbri-
cas são:
a) Localização dos materiais de produção (ínsumos).
b) Disponibilidade de mão-de-obra.
c) Terrenos ~i~p~~i-:~!~,;;!;'i7iâ, fãtülCi5 tüpúgiáfi~u~.
d) Distância da fonte de combustível industrial.
e) Facilidades de transporte.
f) Distância e dimensão do mercado e facilidades de distribuição.
g) Disponibilidade de energia, água, telefones, rede de esgotos.
h) Condições de vida, lels e regulamenzos, incentivos.
1) Estrutura tributária.
Dessa maneira, o estudo da localízação está relacionado com as demais etapas do
projeto, principalmente os custos, a engenharia, o mercado, o tamanho,
A Figura III.2 mostra a ínterdependência entre o mercado. o tamanho, a localízação
e a engenharia do projeto.
~.
U1
-tJ
o
)o·~
Há matérias-primas que pela sua natureza física ou pelas dificuldades de outra or-
~,;.-úqualquer não são de facii transporte. se essas matérias-primas constituem parte im-
portante dos insumos, não é conveniente trfinspürtá·las desde longas distâncias, e torna-se
necessário decidir por uma localização próxima da sua origem.
Por exemplo, fábricas que utilizam matérias-primas agrícolas como o leite, frutas
n~r~ r0!'!~~!'!~~,!!!.2.!'!~!:~~etc. :;~;:~!v~i"~~i·~i~i.;~ú\.i cçL;i.úli~i1~t;; ou ir as IIlaléria.~ re~aQ~S_
b) Disponibilidade e C'lassificação da Mão-de- Obra
No interesse de obter-se um custo mais baixo, existe a tendência de buscar localiza-
ções onde a oferta de mão-de-obra seja alta e o nível dos salários baixo. Porém, é necessá-
rio ponderar-se uma série de fatores que, dependendo da natureza da indústria, obrigam a
considerar e avaliar as seguintes alternativas:
Estimar a incidência dos custosde diferentes tipos de mão-de-obra requeridos,
~'.:'b!ea custe !~!~!~Q p!Gdi~Ç~GdE iú!i'~~t!i!! ~n~esiudo.
Investigar a disponibilidade dos diversos tipos de mão-de-obra em diferentes lo-
calizações.
Averiguar as taxas de remunerações e salários nos diferentes locais.
Estimar a incidência da mão-de-obra no custo total da produção para as diferen-
tes localizações, e determinar se as diferenças são importantes ou não.
c) Disponibilidade dos Serviços Básicos
Os aspectos relativos aos serviços influem consideravelmente na seleção da localiza-
ção das unidades industriais. ,
A disponibilidade e o custo dos mesmos têm incidência no custo do produto.
Quando a região não dispõe de abundantes recursos de geração e distribuição de
energia elétrica, esse fato pode constituir um fator limítante no estudo da localização.
GeraL-neníe a região que conta com bens serviços de energia goza também de outros
serviços básicos de infra-estrutura, como: aquedutos, rede de esgotos, escolas, hospitais
etc., elementos básicos para diminuir os custos das instalações industriais.
-Hã indústrias em que a disponibilidade de energia elétrica a baixo custo é decisiva
para a sua instalação: por exemplo, as eletroquímicas. Noutras, representa uma parcela
tão pequena que o seu custo relativo não tem importância. No entanto, surgem casos em
que é tão grande o custo das linhas de transmissão até o local da fábrica. que se torna mais
econômico instalar o oróorío tlerador. Fatos semelhantes ocorrem no caso da água notável.•. •.. •... ...,. .•.
e dos esgotos.
n ! __ .1 • .t"! . '111 ,,! 'to _ , ... ..,0 .!._ .. i ~_. !' ...
Aa.i"a ;:I.HUpUU\.Jo.l d Ç~\,i\}lHil UeAlV~l.G'Ui(lU, \AJiU J.,Ç"!âYdU aua ;)Ci Vl'r'U~ 1}!1,)J\,;.U;), ti f.,.,UllVe:-
niente que a etapa de engenharia prepare o Quadro III.12.
d) Políticas Localaaciones
Além das ~nn~rJATt4~i'iP.~ f':Vt"hi~111~trITi~ft1'.:=: tt{':i1k •.~t: ~}""'!h.l'P 2 lnr!t1i7!l~~~ ,; nprp~t:!lr;"-_.:..-... ~- ----~_.-_._---_._- --_.,.__._.----.-- - ------·--T--1 - .. ----~--,,-
c..onsiderar as polítícaa governementaís referentes à localização, especialmente das in ...
dústrías.
Os governos, cora o objetivo de reduzir desigualdades regionais, oferecem certos in-
centivos e va.,tagens para II instalação em regiões menos desenvolvidas, Tais 'Vantagens -
financiamento, isenção de impostos ete. - podem, muitas vezes, justificar urna determina-
76
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QuadropU2
ProjetoZ •
Localização: Custo dos Serviços
(/SI1.000
------------'1-----. -_... ---------,
I Arrernarrvas :ncaIl7~U·:tnn~a II -- - ----._.- I
I A I B I C I D 1
Serviços
I
I
I
I
l
1. Energia I I I I 1
2. AlZUa I I I I3. Úgotos
4. Serviço t~lefônico I
5. Combusrfvel 'I I I I I
6. Habitações I' I I I
7. Vias e ruas I ! ,
o ~ <- ~~- - - --' • •• • I ! . I
.n=~:';'lici;'"'"· t I II
11. Escolas I I I J
12. Serviços judiciais ,I
da localização, ainda que não seja a localização ótima de acordo com os aspectos vistos
an teríormen te.
Finalmente, depois de estudados todos os aspectos, as possibilidades de macroloca-
lízação ótima resumem-se em algumas alternativas que podem ser estudadas e comparadas
através, por exemplo, de quadros como os que se seguem;
Quaili:oIIl.U
Projeto Z
Localização: Custos Anuais de Transporte dos Insumos desde a Origem até cada Alternativa
de Localizaçâo -- (US$ I.OOO;
r I i I ~-~-_. • -.I I I ~_ .Alternativas l~caiiZaC~~najSi I
I Insurno I Origem ! Quantidade I L, j L, I L, I L. II ! I rCu I CT I eU IcT-j Cu ICTE;l C1'-,
j I !, -+-.- -, .
I f~ I I I I I I I I I I I
i I Z I i i I I I I ! ! I I
I ! ti! I I I I I il Custo total ~2:.-1 I I~ I I I .~J , I
eu = custo dê transporte pOr unidade; CT ~ custo iGt:!! cio transporte
77
e) )
Quadro 1ll.14
FrojeroL
Localização: Custos Anuais de Transporte dos Produtos de Acordo com ceda Macroloca/izl1çiio
Alternativa e a Demanda de cada Centro (US$ 1.000)
I
I Centros de demanda I
I I I
, I i , ! i I! Quantidade I A I B I C I D ! E ICusto total
I I irJr:.lr::Ir::i~ CT-P
_--:- 1 ICu~,..· _
I I I I I I I I I I I I
I I I I I I L I
Loealízação
Estes dois quadros permitem determinar a localização que propicia o menor custo
de transporte dos insumos e dos produtos. A macrolocalização será assim determinada,
teoricamente, pela alternativa que conduza ao míninio custo do transporte geral (de insu-
mos e de produtos): [CT-1 + CT_P] mínimo.
Sempre que estas conclusões não sejam suficientes, podem-se utilizar outros parâ-
metros secundários na escolha definitiva da macrolocalização, antes de passar à decisão
rnicrolocalizacion al,
4.3 A Mierolocalízação ,
A investigação do lugar específico, recomendado para a instalação definitiva de um
projeto, é o pa~so seguinte após ter sido definida a zona de localização. z/!t.•.penas em casos
muito raros poderá ocorrer que, por 'dificuldades em determinar o local específico apro-
priado, tenha-se de mudar a macrolocalização.
. Para efetuar a seleção do local é necessário ter informações básicas a respeito das ca-
racterísticas da engenharia da fábrica.
a) Descrição física do edifício a construir.
b) Área atual e fu tura requerída.
c) Necessidade de linhas férreas, estradas etc.
d) Quantidade de água, energia, gás etc.
e) Volume e características de águas residuais.
f) Re~~:!.:!..~:~t::.y~~~sobre pv!üiç~v d~ ô.lli::;icíi.t;; c volumes ~:itimãdv:; 'ii.it: c Pi"üjc!ü
gerará.
g) Instalações de equipamentos e construções especiais.
h) Layout (distribuição dos equipamentos ~ fluxo, e transporte de material dentro
da fábrica).
Com essas informações chega-se a emular a localização especifica, analisando-se os
terrenos disponíveis com G seg1.11nte esquema:
a) Superfície disponível.
b) Topografia do terreno.
c) Características mecânicas do solo.
7t~:
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d) Custos do terreno. •
e) Impostos presentes e futuros sobre o mesmo.
f) Proximidade das vias de comunicação.
g} Proximidade dos serviços públicos.
h) Transportes urbanos ou suburbanos,
!} Serviço de esgotos, água, !!!Z, teíetcne, gás,
j) Disponibilidade de escolas, hospitais e demais necessidades requeridas para os
trabalhadores e as suas famílias.
k) Obras futuras nos arredores do terreno.
1\ 'Qpa111'l.".,,,n+'3"~1't. An .,""•.•..•. :_A ....•. _:_l., '--c- "" w.l'u.O-O "'"u ~VllG U1UU')\.11Q.l.
Como se pode deduzir, na prática é difícil conseguir um terreno que preencha todas
as condições ideais. É fundamental que cada projetista procure comparar as alternativas e
possua bases sólidas para defender posteriormente a localização que recomendar.
. Todos esses fatores, np.virt~m~~t~ qt_'!..'!!!!!~~d~!dentre de ~~!! :;::ll:: t=~;,.i::.~U-
minam apreciações subjetivas que podem causar dificuldades devido a erros de localização.
79
I
I
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/-a -.tl- 1
A Engenharla
Capítulo IV J-
1. INTRODUÇÃO
No capítulo Introdução foi visto que por engenharia do projeto entende-se a descri-
ção e a quantíflcação do processo físico de produção, independentemente do setor do
projeto em estudo.
Neste sentido, chama-se engenharia tanto no caso de uma fábrica, como de um hos-
pital, como de uma escola. ~os projetistas que trabalham especificamente neste aspecto
do projeto (engenheiros, médicos, pedagogos etc.) chama-se tecnólogos.
Cada setor produtivo e cada projeto apresenta características próprias de engenha-
ria. Isso obriga os tecnólogos a utilizarem diferentes metodologias e diferentes formas de
apresentação da engenharia conforme o projeto. Entretanto, em geral, essas rnetodologias
seguem um processo que consiste basicamente em quatro etapas:
i) Ensaios e investigações preliminares.
ii) Seleção e especificaçãcdo processo e dos equipamentos (seleção de tecnologias).
iii) Projeto de construção civil e ínfra-estrutura,
iv) Análise de rendimentos.
Para que essas etapas sejam apresentadas de uma maneira clara e completa no relató-
rio, o capítulo engenharia deve constar de: .
i) iJt:~Griltãu cio processo de produção.
ii) Definição dos equipamentos e da ínfra-estrutura necessários.
íii) Quantíficação de todas 35 variáveis envolvidas no processo de produção.
Desde que surge a idéia de um produto, até à definição do seu processo de produ-
ção, quase sempre é necessãrío realizar uma quantidade de estudos, de pesquisas de
ensaios e tentativas preliminares.
80
•
Embora seja po!t~ivp.l-~~u~i'~!:!!!'!~!!~~r!':;:!~: {~~r;~iâ.1lli~iiti;q\iilúuv:se irata de
pequenas e médias empresas industriais) esses estudo pareçam desnecessários, dado e co-
nhecimento já acumulado no que se refere ao processo e aos equipamentos, raramente se
poderão evitar os necessários ensaios e tentativas prévias com relação à engenharia, prínci-
palmente quanto a grandes proietos industriais. de estradas, c1•• p.n••rg!~~t~.
Entretanto, por mais que seja fundamental ao desenvolvimento de projete e li des-
crição da engenharia, os projetistas raramente devem referir-se em detalhes às investiga-
ções preliminares e aos ensaios, exceto quando isso for decisivo para justificar um deter-
minado processo de produção selecionado, ou quando se trate de um produto novo.
2.2 Seleção do Processo e dos Equipamentos Necessários (Seleção de Tecnologia)
A produção é o resultado da combinação e transformação de determinados insumos
com o obje~ivo de COl':seguÍr determinados bens ou serviços procurados n~ mercad.~.. .
Para ISSO n !,rn!p.t~!~~'1~!'!!~ erccessc de iJ!."v.iu~ãüé UH!.í.:! ç~r~ª quanncaae ce
equipamentos, de instrumentos e de instalações adXiliare~, que efetuem a combinação e a
transformação dos ínsurnos! no produto final. .
Figura IV.1
Insumos . I
~I
Engenharia
Processo
~ Equipamentos
/~-----'
Produto
11I
Em raros casos I) projeto requer estudo específico de engenharia para a definição de
um novo processo e de equipamentos inexistentes. Na grande maioria dos casos os proje-
tistas devem eleger processos e equipamentos selecionados entre alternativas tecnolôgícas
disponíveis no mercado.
2.2.1 O processo de produção
Tanto do puúiü dei visi.a da teoria do projeto em geral como .do ponto de vista de
cada projeto em particular, há uma grande variedade de processos possíveis. O processo de
produção num projeto de estradas. ou de educação, tem cftTl'Icterídir.~~milito nifp.T~ntp.~
do processo num projeto industrial ou agropecuãrío. Aü considerar, entretanto, diferentes
projetos de estradas ou de indústrias, ou de educação, as possibilidades de processos de
produção são diferentes. Pode-se construir a estrada com grandes equipamentos ou com a
utilização intensiva de mão-de-obra; no projeto industrial, uma fábrica de cimento, por
(
I
I
I
I
I~
E possível observar uma dlscordâneía nos textos em relação ao conceito "ínsumos". Aiguns ~u-
teres tomam-no como o genérico de todos os fatores envolvidos no processo de produção;
outros excluem a mão-de-obra enquanto outros limitam-no apenas aos.fstoree que realmente fll."
zero palie fisicamente do produto final. Aqui se utiliza no sentido mais amplo de todos os
fatores,
81
e) )
exemplo, pode selecionar um processo seco ou processo úmido, um fomo vertical ou hori-
zontal; etc. ... .
._ Os fatores qüe d~terminam a escüUla de um piocesso são os mesmos do estudo da
S~!~Ç~à,~e ,eguip~trtentcs:~ipo de matéria-prima, disponibilidade de recursos (humanos e
fliiaiiceiros), tipos de tecnologías oferecidas, norntas determinadas pelas autoridades eco-
~ ~L_~! _
UVI"l""CI"~t."'.
Paralelamente â escolha do processo de produção, os projetistas devem selecionar os
pnl1in~n1pntl'\~ npr.p~~~,.;n<:-,.--r-··_·"~""-'...----~-"'-"'''''''''''.
O sistema consiste em definir os equipamentos principais ao mesmo tempo que se es-
tuda o processo, e, posteriormente, definir os equipamentos secundários ou auxiliares.
Quando se opta por um processo seco para a produção de 200.000 toneladas anuais de ci-
mento, deve-se. optar paralelamente por um determinado tipo de forno. Em seguida deter-
rni.;~~'11-se-motore;" equip~-nentcs de 'transporte ete .
.Conhecidos os tipos de equipamentos principais e secundários, os projetistas devem
determinar o equipamento exato a comprar: marca, fornecedor, origem, custo etc.
. Para essa eleição final, os projetistas vêem-se obrigados a relacionarem-se com os
possíveis fabricantes e fornecedores.dos tipos de equipamentos necessários, e com instala-
dores desses equipamentos e seus acessórios complementares, considerando as propostas
(condições e desempenhojde cada alternativa. A anãlíse das propostas é complexa e não é
o caso de escolher o mais barato em termos diretos, e sim o mais econômico no conjunto.
Para a seleção do equipamento é necessário ter emconta principalmente os seguin-
tes fa tores:
a) Custos.
b) País de origem.
,,\ Cn,...;l;,.1 •..•r1 ..•• .:o Ao. ....••...;rlH.:-. Dt. n..••+ .••.r'l1' consíderacões financeiras."'"J J. "\itUIUQ.U\JoJ U"" '-.I.vus.,,"v "" vU\...I.Uo.:J -~ _ •.••- - -' - --
d) Moeda de pagamento.
e) Possibilidade de ampliar a capacidade.
f) Assistência técnica.
.g) Manutenção e peças de reposição.
h) Facilidade de montagem no pais.
Com base nessas considerações, pode-se determinar um conjunto de a:ternativas
mais eficazes e. através de uma análise de rendimento do tipo mostrado no capítulo ante-
rio~ (tamanho). e mais adiante na secão 1.4 deste capítulo, determina-se a tecnología a ser-- --...'" ,. ~ -
selecionada.
.A _ .. 1 . __ ..1 • __ .t..1 -'_ . !~:_ .....•::t ••.•.•.• _ ••a ••o.ni'~ ~.n Qn'\Y'\,pc:&,.in ~(\ r.on.~alt(jr e
/"\. ~UIU'ri:1V ut<i),')t;;,;:pliUV1IJUS4 'Av lJU1IU.UHL!""rU,...., -,t',.. •.•.••_ •••• - -- ·----r- ----.-. ' .
ao avaliador li necessidade de uma escolha entre variáveis contraditórias. No estudo do ta-
manho do projeto, foi possível determinar esta solução ótima ao comparar alternativas
dfferen tes ..
Teoricamente, e de acordo com as teorias clássicas do equilíbrio econômico, deve-se
e"I",.;""",- I>nt~", nm~ "" '\11fT'; tl",~.~~"lt",nHtíva~. secundo o custo dos recursos. Esses cus-
t;;;ti~~;~f~~çã~-di;~t~'+d~-di;p~hibiÚdadee d~ p;ocura "desses recursosna_economia.
Nos países em vias de desenvolvimento, que dispõem de uma grande oferta de mão-
de-obra em relação ao volume de capital, os salários são em geral m~ito ba.ix~s em relação
ao Cü3tO de capital; nesse caso, os empresários e os 'projetistas devenam setecionar proces ...
50s de produção em que o trabalho substitua o capital.
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82
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)
Entretanto, esse equilíbrio não acontecee observa-se o uso de tecnoloslas tão sofis-
ticadas em alguns países subdesenvolvidos como nos países desenvolvidos. -
As principais razões desse fato são as seguintes:
limitações do mercado;
reduzida oferta de tecnolozias sem utilização de capital intensivo:
l"_1J.._ .s _ ! _1"_ _ • ,. •
H1l'" ue ulluffilaçoes por pane aos empresãrtos e consultores.
i) Às reduzidas possibilidades do mercado.
Em princípio, a inexistência de um mercado amplo deveria servir à implanta-
ção de projetos com uma escala ajustada à procura e aos baixos níveis de
aut.<morrua que ofer~cem pequenas capacidades de produção. Uma análise
rnais detalhada permite observar Que os efeitos norl"m ~'" l'nntr,,,lHA.;,," Ao
inexístêncía de um grande mercado limita·~ -nÓ;;e~~-d~;Ite;;.;ti-;;d~·i.~~e~:
timentos, e a dificuldade em encontrar tecnologias anrooríadas coloca os
proJe~stas e 03 ínvcstidores diante da ppção de utilizar tecnologías de capital
intensivo ou ficar com recursos financeiros sem oportunidades de realizar
outros .investimentos. ~essa situação, os empresáriosnão evitam a comprá
de equipamentos sofisticados e de alta intensidade de capital (elevado custo
de investimento e baixo uso de ffiã:o-de-obra).
ii) A reduzida oferta de tecnologia que não seja intensiva em capital.
A razão que toma pratícamente ínexístente a oferta de alternativas tecnoíó-
gicas sem grande intensidade de capital reside, principalmente, no fato de
que os centros produtores de tecnologías estão quase todos situados nos paí-
ses ricos, onde há excesso de capital com relação à mão-de-obra disponível.
Esses países são levados a desenvolver tecnologías com grande uso de capital,
através de equipamentos sofisticados e de grande automatizacão. Os oroie-
tistas e os empresâríos nos países pobres vêem-se desta maneira: forçados a és-
colher entre difer~ntes tecnologías, todas de origem estrangeira, principal-
mente dos Estados Unidos, da Europa e do Japão.
iii) A falta de informação por parte dos empresários e consultores .
Além das razões anteriores, sobrepõe-se o desconhecimento dos consultores
em relação à oferta de tecnologías no mundo.
Essa falta de informação faz com que, mesmo quando haja disponibilidade
de LC(;llú1vgi;.ís apropriadas no mercado internacionai, dificilmente os proje-
tistas têm acesso às mesmas, por desconhecer a oferta total de tecnologías,
Esse desconhecimento ocorre em parte pelas dificuldades e pelo ínvestímen-
to que exige a manutenção de um banco de dados sobre tecnologías, e pelâ
falta de preparação e limitações com que são obrigadas a trabalhar, devido a
dificuldades financeíras, a maior parte das firmas de consultoria nos países
subdesenvolvidos.
iv) Outros fatores de dj~tl'\rçlr()d~ ~"J~çl!:')de tecnologías.
Há ainda três aspectos adicionais para tomar a estrutura tecnológíca desa-
daptada do ideal. Esses aspectos são os seguintes:
os próprios incentivos ao fomento industrial, que oferecem capital a ta-
xas de juros muito baixas; em muitos casos d.e economias em pro~esso in..
flaclonãrío essas taxas apresentam níveis reais negativos.
83
A livre concorrência, -que impõe a redução dos custos, o que, apesar de
baixos salários. quase sempre se faz pela utilização da mais moderna tec-
nologia disponível.
A obdgação de impostos sociais sobre as contas de pessoal, em vez de sé...
10 sobre os hicros, -
a) O Processo Habitual de Seleção de Tecnologia
~A. soma de todos esses aspectos leva os empresários e os seus consultores a selecio-
nar quase sempre tecnologias de capital intensivo com o conseqüente custo social: re-
dução de emprego e funcionamento da fábrica com grande capacidade ociosa.
O sistema apresenta distorções, e os objetivos e a racionalidade privada tornam-se
diferentes dos objetivos e da racionalidade econômica e social.
Observa-se qüe~ do ponto de vista dos empresários, a seleção da tecfiologia apropria-
da píiJ:a üm projeto deveria ser o resultado de uma análise que correlacíonasse:
1) Os recursos disponívei!i, principalmente capital e mão-de-obra.
ii) O mercado da tecnologia que sirva para a produção de bem.
Mas, devido às dificuldades enumeradas, o caminho usual da seleção de tecnologia é
uma simplificação que consiste em contatar com um fornecedor já conh~cido ou_então
procurar. um representante comercial de um fornecedor qualquer, através do adido de
UITlaou virias embaixadas estrangeiras.
Esse processo poderia ser correto se o número de fornecedores co~sult3dos ~osse
gfânde t' e se as tecnologías fossem analisadas e posteriormente adaptadas a economIa do
país.
{,"",,!.J
C:>,·.,
Na realidade isso não acontece. Em parte por falta de interess: devid~ ~os fatores
já vistos e em parte por causa da dificuldade em obter um grau razoável de mformaçõ~s,
os empresários e consultores limitam-se a determinar seus equipamentos, ~~ função ae:
• .J.J .• .l__ -__ ~14_......•....._A: ....~ ...•..•...Ç': •.••••• rI,.'O;'I"~(! nft.lr~,.irl·.lC::p ~oress!'v!dade çomer .•rãpiuez ue resposl.a a~ \..Üil~UJ\.a~,I."VllI•.liyV'G,Jo l.L11UU •••••.•U.I-oL ••• '-J' •.•••.•. __ .• _ •.•.•.••.• -o
eíal dos fornecedores. . ..~_. _~ .• ~ ~~ "'-'7"""''"'' 1)1"" ATO AvssPode-se denominar esse processo de ·-~~Ll:'.yAU VI:. IL\..i~UL->UVtr\ru n..f"L ..,..,
DA LISTA TELEFONICA" , pois essa lista é o princípal instrumento do processo de, sele-
ção, uma vez que por seu intermédio se determinam os futuros forne~edores. O resultado
eventual desse tipo de "seleção" tecnológica é a compra de tecnologias desadaptadas =
ponto de vista econômico e social e ainda muitas vezes não-adequadas do propno pomo
de vista privado. . __ ... - _,,_'h--'---I!-- ••.~
As tecnologías assim "selecíonadas apresentam uma alta laJ<~ ~i1P.'l"'1'_i:'~"",,:V~,:~,:::
forçadas a trabalhar com grande capacidade ociosa e apresentam a!toS.l.;usto:;.llll.U~ ,,1<:111
.14 4.+<.,.4 •.•.• ,.,,,,,"" """,,--,r;o> ."hm"ti,h. i\-: condlcões do exterior. Quanto a reposição e par-
;;s,-di;~~~içõ~~-ieg;i;-q~ei~i~o mercado ~tc. Dessa maneira, projet&~as e d~:e~lta~as
fora do país, as tecnologías pouco têm em comum com urna tecnología propna ou adapta-
ri:l n:lr:! os oaíses subdesenvolvidos. . .
-- r -õ resultado é Que os engenheiros e técnicos são transformados em simples adrninis-
trsdores. nornue falam c idioma do oaís, são inteiramente absorvidospor ~S-Sã nova tec-
nolcsía ~•tornam-se incapazes de fazer um esforço criador que permita adaptar os seus
conhecimentos à realidade das economias de seus países.
~'\ O Jtocesso Correto de Seleção de TecnologiasVI
A alternativa viável é um sistema de controle de importação de tecnologias que per-
84
jl.·..'....•.-i'$
c;:.I
I-I•
I
I
I
I
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mita uma adaptação das ter.nnlnV;t~ d~~~!!!!2.~~~p:!:~ eccncmlas externas, d~ f\iiTili:i lIut:
possam ajustar-se às realidades das economias onde irão funcionar.
Para isso não é suficiente o papel isolado de uma consultoria. Os países devem dis-
por de uma forte infra-estrutura tecnológíca e científica que permita planejar as etapas do
processo de autonomia tecnológíca e definir as possibilidades nn tem!"n P. ~~ ~t~~~~ d~
~P!!C~Ç~Ode urna poiitica defiIiiua a longo prazo. Pela expressão infra-estrutura cientí~
fica e tecnológíca entende-se o conjunto de todos os organismos públicos e privados que
de forma direta ou indireta se relacionam com o processo de transferência, produção e
adaptação de tecnologias e inovações. Esses organismos são as empresas nacionais produ-
toras de equipamentos, os organismos de planejamento, as universidades, os centros de
pesquisa, as consultarias e os bancos de dados tecnológicos.
O conjunto desses organismos deve permítír: 1) a seleção de tecnolcgías externas mais
apropriadas; ií) a máxima adaptação às condições da econarrtJa do país; e íii) no futuro, a
geração de tecnologías próprias.
Q-üando se dispõe de um sistema como esse, a-seleção de tecnologia pode seguir o
seguinte processo:
i) Os projetistas solicitam informações a um banco de dados tecnológicos, orga-
nismo público do Ministério do Planejamento ou da Indústria, sobre as tecnolo-
gías existentes no mercado nacional e íntemacional, para produzir o bem em
estudo.
ií) Com estas informações, os projetistas podem determinar a melhor opção do
ponto de vista do empresário.
íii) Durante a avaliação do projeto, os avaliadores, junto com os demais organismos
da infra-estrutura científica e tecnológica, poderão:
Aprovar a tecnologia.
Aprová-Ia e exigir certas mudanças no futuro.
Não aprovar e exigir estudes adícíonaís que adaptem ri tecnologia às condi-
ções locais.
A maneira correta consiste, portanto, em realizar uma verdadeira seleção entre to-
das as alternativas tecnológícas possíveis. Uma vez determinadas algumas alternativas,
compará-Ias entre si nos diferentes aspectos de cada uma, até conseguir definir uma tecno-
logía que permita um máximo rendimento. Para essa comparação, deve-se utilizar um pro-
cesso semelhante ao utilizado na determinação do tamanho ótimo.
SempreQue os oroíetístas. ao trabalhar a nível prívarln, não consideram O~lIsrectos
globais soeioeconõmícos, os av~iiadores do govemo têm que corrigir essa distorção pelo
uso de critérios de avaliação econômica e exigir mudanças no projeto .
2.3 O Projeto de Construção Civil e Infra-Estrutura
Depois de definidos o píGCeSSO de prodüção e os equipamentos, os projetistas dis-
põem de informações suficientes para determinar os requerimentos em obras de constru-
ção c:vt! (quantcs metros quadrados G qüç tipo de Cúil~llti.-r4v 6 ücc;ês~ádâ.} f. çm infra-
estrutura e obras comnlementares (estradas internas. energia elétrica, serviços hidráulicos
etc.), ' . . - -
Os projetistas devem ter presente li necessidade de maxirnização a longo prazo, e
ni!o devem projetar construções e Instalações muito superiores à procura atual do produ-
to, mas devem prever possíveis ampliações futuras.
85
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ft) )
No caso de indústrias manufatureiras deve haver um cuidado especial, já que a dis-
tribuição rios ediffcios industriais tera uma reiaçao importante com os prooiemas de ma-
nejo e circulação de matérias-primas, de materiais em processo de elaboração e de produ ..
tos, Os lugares de recepção, armazenamento, oficina, centrais e outras instalações devern .
estar localizados funcionalmente com relação ao edifício da fábrica propriamente dita e
"'''''t'> to .•••.•••• ;,. ••••••• A,.. .,.."'_ •.•_,..~ ..•.
••..""'•.••..••.•••.•..•y •...••.•.•••.••••.•.•.•.,,&u!-'v ••. "".
É necessãrio fazer üm estudo do trânsito internü, de tal maneiía qüe não existam
cruzamentos desnecessários, e todo tnifegü funcione num só sentido.
Para um estudo de viabilidade, o anteprojeto arquitetõnico permite definir com bas-
tante aproximação a Quantidade de obras necessárias, e estimar o custo das edificações. Os
arquitetos e engenheiros civis podem, com o anteprojeto mencionado, dar as principais
especificações de construção, e somente quando o projeto já estiver definitivamente apro-
vado, proceder aos desenhos definitivos e li elaboração das listas de material e detalhes de
construção.
TI Cüi!vi;!~!6út6 fdLt::~ UH! pignejillnernu ~ Fr!!gf!!H!~!i:?o \f';:.rc~! uu C~!'/!) Jetd.!;nHlu~
de todo o processo de construção, o que ajudará a controlar a execução da obra e a deter-
minar exatamente as suas necessidades financeiras.
2.4 A Análise de Rendimento
N~~ pbn". lIntp,;nrp< rl" hm<lnhn" localizacão o nrocesso de tomada de decisões na
prepa;açã;d:~~~i~~~-;t~~~' ~~~-~;-;;i;~t~çã~-bi~~a-~b~sca do máximo de rendimento.
A definição desse rendimento vai depender de múltiplos fatores, conforme se verá
nos capítulos sobre a avaliação. No caso de um projeto privado. o empresário busca o má-
ximo de rendimento para o s~u capital e deve seguir a orientação já considerada no capí-
tulo sobre tamanho, considerar os resultados e os custos do projeto para diferentes alter-
nativas tecnológicas e determinar qual delas permite maxímízar os objetivos (rendimen-
tos) do projeto,
Muitas vezes esses custos podem ser quantificados. Noutros casos, C?~10 o d~s ~ro-
bierruis amblentais gerados pür U1Ttd fábrica (poluição do ar, criação de resíduos qUln:1COS
etc.) são difíceis de quantífícar e são avaliados a critério dos preparadores, empresá~los e
·avaliadores. Para evitar erros, os preparadores devem ampliar ao máximo suas pesqUIsas e
trocar "idéias antes de chegar a uma opção correta, conforme será visto no capítulo da ava-
liação econômica. _. . . , .
A engenharia deve estudar as necessidades detalhadas de c~d~ uma de~sa~ vanaveis
o. "o ,r.· _- _ ~ ,__ _ _~_ v,.,;.Ç',.. .••""_~ •••.('< ••••.• .,.Q.1t" rln ,""~nti,,r.o::\r\iruiispensávois para U .!UÚ~iÜUd.üit:Jli.u uii :;;iúprêOlã, wHl UU"-'!·...I1P.'!.r·.., ;u ~••.••••.••..••,.. t' •.......- •.•.y--'.
Os principais detalhes a serem estudados são:
..,\ ?iA ,~,.'T'~U J A _'DO nA A· f'l!lU:S;~ e~n cc "'~tp1"1!:)t:..nrtm!.i~ np.r.p.~~~rja;;;Da.ra o nrocessa de
.,..." ••••••••• '"' Ao ••••• " ••• "'".' ,,""" ••••• _ •••••• ~ "1--- .••..--- -- -.---- -,,_.- C·" ..""-
produção e qual é a quantidade necessária de cada uma pafa a obtenção de um~
unidade do produto; origem da matéria-prima e custo de transporte deuma um-
dade da mesma, de sua origem até onde está localizado o projeto; se são p,rodu-
tos perecíveis; se há dificuldades em obtê-Ias; quanto deve haver em armazem de
cacl; matérta-nrirna, para evitar problemas de abastecimento e como devem ser
annazenados.
._.__ 1'.____. . ' •. ' .1•... "'__ 1' __
b) MATERIAIS INDIRETOS E :stlCUNUAKIU:::i: tanto os rnarenais llIUlrC~UIi tu>
que participam do processo de produção, mas não são agreg_ados~o proQ~to r:-
nal) quanto os secundários (agregam ...se, mas numa proporçao muito pequena),
de;em ser estudados da mesma maneira que as.matérias-pd.rnas.
86
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i
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)
c) OUTROS INSUMOS: além das matérias-orim~s bãsicas I' nM m~t"r;a;o :_"' __< __
e secundári.os, a engenharia deve estudar-os-requerimentos do;-d~~~i; i~;u~~~~
CO~O eletricidade, água, combustíveis, lubrificantes e artigos de escritório~t~'
d) MAO-DE-.OBRA: uma vez determinadas as exigências dos materiais anteriores
para a realização da produção, é indispensável determinar a qualíficacão e a rrunn •
.•.!.J _ 1 , _. ~ _ .••
14U4UC ua lT1::to •.l']e ...on!'2 necessaría, assim C0I11ú Sua dlsoonibilidade na rp.ai~n
A determinação dessas infonnações relativas a materiais. ínsumos e ~ã;:~d~~~h;~
não apresen.ta grandes dificuldades na medida em que sejam conhecidos o-pr~c~~~
so e ~s equiparnentos. No Quadro IV.! apresenta-se uma orientação sobre a fon-
te de informações referente a cada componente.
Quadro IV,I
Variável Fonte de informação principal: etapa
MA'ITRfA-PRIMA E OUTROS MATERIAIS
Quantidade necessária
Origem
Custo do transporte
Processo de produção
Investigações preliminares
L~Yestigaç56spi"ô.limir:'fu'e~
OUTROS INSUMOS
RequerÍinentos de eletricidade
Requerimentos de lubrificantes
Requerimentos de combustíveis
Requerimentos de água
Descrição dos equipamentos
Descrição dos equipamentos
Processo de produção e equipamentos
Processo de produção e equipamentos
MÃO-DE-OBRA
QuanÍid~rl~
Qualificação
Processo de produção
Descrição do, equipamentos
30 APRESENT AÇ.~O DA ENGENHARIA
Ao preparar o relatório do projeto, é fundamentar que os preparadores conheçam
um método apropriado para apresentar os raciocínios e as conclusões dessa etapa.
~~!'~ !~!0J'~ p:4_~e:!"c P::;:;G deve :iÇA ;;ç!i;CiüHa.l~eui re rodas as informaçoes e conciu ..
sões encontradas na formulação da engenharia, as que são importantes para serem trans-
mitidas aos avaliadores. Por exemplo, não vale a pena incluir no relatório uma grande par-
te dos estudos prelirninares, nem das alternativas abandonadas durante o estudo.
. Mas.o relatório da engenharia (capítulo engenharia, do estudo de projetos) deve po-
der traduzir de uma m~np.i!,~.clara e !e~!.!!!'Jd:!tcdc c P;vCC3:iG físícc de transforrnação. PaR
ra a compreensão dos aspectos tecnológicos do piojeto, é necessário descrever:
l) O processo de produção, que inclui os produtos, os subprodutos e as matérias-
primas, os ínsumos e a mão-de ..obra.
li) Os equipamentos utilizados.
87
)
3.1 Descrição do Processo
A descrição do processo deve permítír aos futuros leitores a compreensão de todas as
fases e operações por que passam os insumos, até à obtenção do produto final.
Certamente que é difícil para não-especiaiistas na tecnologia do projeto compreen-
der em detalhe tudo o que ocorre dentro de cada operação (por exemplo, como e por que
se cornbtnam os elementos químicos dentro do forno sidêl~rgicü),mas, mesmo para estes,
ti processo deve. ser descrito de maneira suficientemente clara para que possam compreen-
der a necessidade, o papel e come funciona.cada operação e cada equípamentc, Devem
ainda compreender a evolução dos insumos até chegar ao produtoflnal,
. l! conveniente começar pela descrição técnica detalhada do produto e dos subpro-
dutos, Mesmo que essa descrição' já tenha sido feita no estudo de mercado (do ponto de
vista da sua utilização), na engenharia é necessário descrever as suas características físicas:
tamanho, forma, composição interna etc. Essa descrição deverá ser seguida por fotos, dia-
gramas e desenhos que ajudem a compreensão.
Esse- mesmo tipo de descrlt;:ão deve ser feito com relação à matéria ..prima a ser uti-
lizada, aos demais ínsumos e à mão-de-obra necessária, com referência à sua disponibili-
dade e sua origem.
Ao conceituar o produto e os insumos, é aconselhável que a descrição do processo
de produção siga a mesma ordem do próprio processo, dividindo-o em suas fases princi-
pais, para explicar, em cada operação:
o que acontece.
Qual a sua relação com as fases anteriores e posteriores.
Quais os equipamentos utilizados.
Quais os insumos utilizados e em que quantidade.
Qual é a mão-de-obra a ser utilizada.
Para facilitar a compreensão e ordenar a descrição, é necessário utilizar um fluxo-
grama, onde são apresentadas as fases de produção e suas inter-íelações, ao mesmo tempo
em que se apresenta a transformação evolutiva das matérias-primas até o produto final.
Há diferentes maneiras de representar o fiuxograma do PW!;<:~SU;UI:SUI: (J, descriçãu
literal de cada operação enquadrada por um retângulo (Exemplo 1), até o uso de símbolos
que representam as operações (Exemplo 2).'
'l 05 prôxlmos exemplos referentes a Fluxogramas e Layóüt foram exua{dos de casos reais :.ipre-
sentados nas Folhas de Dedos sobre a Indústria, do Centro Regional de Ajuda Técnica da AIO.
88
I .,
•
Quadro !V.2
I Descríção da atividade Atividade e símbolo '
1---~~:-:,f-Ud-a.---.ç-a-d-e-liL-u-c--r-â-d-a-â-e-q-ti-ai-q-u-er-c;ar--ac-t-e-rí-st-ic-a-----------------I
I !!5!C!.C!! química d:::m artigo üü üujêhí. I
II _ :~:: ::T::'7:~..;transporte Opomo" O I
l -::::::::c:::e:::::ações. I
'
I Mudança de lugar de um objeto (exceto se "
esse movimento faz parte de uma operacão ---""'-
• t\' ....J. 7n!n~VOrH~ r !~ .•••.- ~
. ou seja causaco peio operauor durante uma ~ '----'V
operação de inspeção).
Exame de um objeto para identificação,
verificaçãoda qualidade e quantidade.
Inspeção o
Demora D- Parada ou estacionamento de um artísoI ou objeto. -
Armazenagem
Inspeção e
armazenagem
A!0m do fluxograma de operações, deve-se incluir um fluxograma funcional, que in-
tegra li transformação dos materiais em suas diferentes fases (Exemplo 3).
3.1.2 O balanço de materiais
o fluxograma funcional deve ser lima representação gráfica e numérica do processo
e deve mostrar. as relações e proporções de:
Matéria-prima.
Matérias secundárias.
Produtos acabados,
Produtos lntermedíãríos.
Subprodu tos.
Resíduos e perdas.
89
e J )
Figura jV.2
Exemplo 1 - Fluxograma (lJescnçao Lireraij
..
~
~··~t~-"'I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
!
!
I
I
I
I
i
I
I
!
i
I
J
!
I
I
e: )
.... Figura 1V.3
EXemplo Z - Fluxogr;ma por Stmbolos.
Projeto; Processamento de Fosfato
Movimento ou Se,!iiênri~ n0 T!~t.~!...~~
(Diagrama que mostra como a rocha de fosfato é processada e se transforma em
superfosfato.)
.n11l1(Kt:ll1
de rochas Armaz~m oe
ácido IUlfúrico
Moagem e
I
I
I
I
I
I
I
3I
I
I
~
92
0--,
"
Quadro IV.3
Exem"lo 1- Balanco 'de Materiais - Numérico
Projeto Matad~uro lndustriaP [Ton}
Discríminação I,
I
Sarda
Entrada do material Perda
RESUMO r:F,RAL
Bovinos
Porcos
'Sai
Gelo
Insumos diversos
Carne bovina de primeira
Carne bovina de segunda
Carne de porco
Farinha d.e sangue
Couro salgado
Vísceras
Bílis
Embutidos
Chifres
Pernas
Pêlos
Sebo
Farinha
Perdas
17.588
15.570
1.500
225
189
104
7.529
4.590
2.310
61':1
104,4
1.260
62i
11,8
1.350
124,2
31,1
990.6
1.460,4
4.1)69,5
A partir do balança analítico de materiais, podem-se preparar b~lançosgrát!cos e ~m,
âbaco i d t -como se apresenta nos Exemplos 4 e 5 seguintes, também retira-aco lllsumo-pro u o, .'_ ' . ' . ,
dOi!do projeto do Exemplo j antenor. "ç , '.. r' •
' A grande vantagem do ábaco é que permite sabe:,. para Qhefent:~s nl~els~:.~rJa~.
ção, as quantidades das matérias-primas que devem commnar-se e quanto eSS<1CO -.aomaçao
permite obter de cada produto. . . . ~_ ";M' : •
Na etapa A de produção tem-se a seguinte combinação "o: matéríaa-prirnas:
Gado 150.000 cabeças
Porco 50.000 cabeças
Sal 750.000 quilogramas
r» _1_ ". ••••" 1"\.1"or. __~t ________
VÇ1V U.JU~'J;'iV l{UllU!;'''lIJc''
Outros 34Ô.OOO quilogramas
Este exemplo fui 'retirado de um projete eraborado dl~!~n!eé curso patrocinado peio RID em
Recife. O grupo que elaborou o projeto era constituído pelos seguintes téCl1}cos: Antonio. Borba
M:uanllão. C.A. Rio do Cunha. Carlos A. Oliveira, Evamberto Farias. Jose Artur Calheiros de
MeIo e loiro Chaves Neto, sob a supervisão de C. Buarque.
c
I
Para obtenção dos seguintes produtosr:
CAP~l\lE
Primeira qualidade
Segunda q,ual.:í1ade
~ p~:r;~/
Courr,
EmFj1~tidca
SI': oprodu to),
15~3DOkg
7,800 kg
o:; 1!-ij! "',..,
-'-~- "6
4.200 kg
4.500 kg
10.500 US$
5.670
282
1.408
toneladas de gesso
toneladas de ?dpel
tone!ada,~ de aditivos
,,-. ,... - -
v~;<=oencientes técnicos dessa produção são:
0,70
0,04
0,176,
toneladas de gesso por tonelada de tabuleiro
toneladas de p2f.'e! por tonelada de tabuleiro e
toneladas deí'ditivos por tonelada de tabuleiro
. Além de ser necessária para à compreensão do projeto' pelos seus avaliadores, a des-
r.í1i·::r" ~n ~.,.",..oc:o•.••..."""'- .•_~•... rL. -. . •. : d de i .. 6"-:J-'; -- Y·~w.ov "':'IU 'eu;) HU,,"ugnunas e oaranços e ie gran e Importancl3 para os pr _
pnos ~reparadores, ajudando·os a descobrir problemas de funcionamento e pontos de il5-
t!;ingulái1iento do processo de produção. '
O problema dos ~0rlÍ:O~de estrangulamento consiste numa má combinação de equí-
pame~tos, onde um ou J.lguns desses não respondem corretamente aos requerimentos ne-
cessãrios para manter o nível de produção previsto. No caso dos processos que dependem
~e um úni~o equipamento básico, como uma fábrica de pranchas para construção a partir
de bagaço {ver Exemplo 5), o problema dos pontos de estrangulamento não é muito ím-
pertantc; nç~5Ç C<i5ü, o ii.UUIt:rüo ria produçao exige basicamente uma nova fábrica. Mil:; se
se tema 0.cas,o de .lima fábrica produtora de ácido sulfúrico (ver Exemp!u 6), o fluxogra-
ma, combínado com um balanço de materiais, !,od~mn~t!~! ~::um dos e~~!r~~e!!!~ere
present; um empecilho à capacidade de prodw;~;J.
Também relacionada com o fluxograma do processo de produção está a determina-
~~o ~a disposíção dos eq~ip:anento~. Principalmente no caso dos projetos ~GÍ!striais, essa
distribuição e de granc!e :íliportância para maxímízar o pfócesso de produção. A progra-
maç:rü JcSS!! di~posíção chama-se LA YOVT do projeto.
3.1.3 rnspooiç!c dos çquipaiTlentos (o layout)
Para obter o máximo de rendimento, é evidente que os elementos físicos necessá-
rios para. levar a cabe uma determínada produção não podem situar-se de uma maneira
arb itrária.
93
)
Quadro rv.4
EXI!mplo4
Balanço dI! Matl!riais - Gráfico Àbaco. Insumo - Produto
,,,
. .~~~~3P~~3~f~~4~~4~~·tQ~~2~25~1e~•••
qu ••••• I1I_ ,I 4 1'5 ;'6 17 1,8 19 ill,', 21 22 ÍJ:24velar mil 10 11 12 13 ,
! !
i,
,
. <.- C!rrII! bovina
de pri."eira
I
I Carne bovina
de !i!gUnd.
Carne de
perco
I
I
I
I
I
I
I Couro
I
EMOutiUõs
I100·i,
I subprO<lUtos
P~iftitüslSübpf~ütü~
(vendas diárias)
I I :
I , 20
QUen r, 111 10 " '2 '3 14 '5 '.6 '7' 1,8 ',9
, 3'5' 4\)" "'5' 50';' Js. 60 65-
vakJr mil i':
I !
I 10
5 5.5 6 6,5 7 7;5', ~ Si ? 9~ ,Quan•• (1) .• • "
--- ',', 1'1 r 15 "6 Ú 18 19 20 2' 22valor mil .• 13 14 I f I
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