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tomografiacomputadorizada021-140708161052-phpapp02

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AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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MÓDULO II 
 
 
2 COMPONENTES DOS APARELHOS DE TC 
 
 
Independente da geração do aparelho de tomografia computadorizada há 
componentes-padrão, que serão descritos neste módulo. O esquema de um sistema 
tomográfico pode ser visto na figura 26. 
 
 
FIGURA 26. COMPONENTES DE UM TOMÓGRAFO. 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
2.1 O GANTRY 
 
 
O gantry, também chamado de pórtico ou portal, é considerado o maior 
componente de um aparelho de tomografia computadorizada (Figura 27). É o 
aparato que permite a passagem do paciente posicionado sobre a mesa de exame. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 27. GANTRY DO TOMÓGRAFO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
O gantry é constituído por um anel que representa o local onde estão os 
sensores ou detectores (cristais luminescentes - NAL) e o gerador de feixes, também 
chamado de ampola de feixes, por onde os feixes de raios X são emitidos (Figura 
28). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 28. ANEL DO GANTRY DE UM TOMÓGRAFO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
Todos os comandos básicos que controlam o gantry se encontram em um 
painel na parte frontal do próprio gantry (Figura 29). Esses comandos controlam 
diversas opções como: altura e movimentação da mesa, angulação do gantry e a 
ativação dos eixos que promovem a centralização dos feixes na área examinada no 
paciente. 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 29. COMANDOS DO GANTRY 
 
 
 
 
 
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FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
É por meio da inclinação proporcionada pelo gantry, de - 30º a + 30º (Figura 
30) em relação ao eixo vertical, que ocorre o processo de escaneamento sobre o 
paciente na mesa de exame, responsável pela captação dos dados do paciente 
(Sistema de Aquisição de Dados - DAS), possibilitando os diferentes cortes em 
diferentes planos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 30. INCLINAÇÃO DO GANTRY 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
Esse escaneamento dependerá do modelo do tomógrafo utilizado e da 
programação, pois está relacionado às movimentações do tubo de feixe de raios X. 
O gantry possui um sistema de refrigeração próprio, responsável por 
refrigerar o tubo de feixes de raios X, além de um conjunto de motores responsáveis 
pelo controle do equipamento. Na figura 31 podemos ver com mais detalhes o 
esquema das partes de um gantry. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 31. PARTES DE UM GANTRY 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.radioinmama.com.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
 
 
 
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No gantry encontram-se dispostos os projetores de luz, que facilitam o 
posicionamento do paciente de acordo com a área a ser analisada no exame (Figura 
32). 
 
 
FIGURA 32. PROJETORES DISPOSTOS NO GANTRY 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2 A MESA 
 
 
A mesa de exames de um tomógrafo é o local onde há o posicionamento do 
paciente de maneira correta para garantir uma captação de dados eficiente em 
relação à área desejada (Figura 33). 
 
 
FIGURA 33. A MESA DE UM TOMOGRÁFO 
 
 
 
 
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FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
A mesa deve ser constituída de material resistente e rígido. A resistência 
está relacionada à capacidade em suportar o peso do paciente. Os modelos mais 
modernos apresentam uma tolerância de até 200kg. Esse limite deve sempre ser 
respeitado a fim de evitar a ocorrência de acidentes. Já a rigidez está relacionada ao 
fato da mesa apresentar a capacidade de não flexionar com a movimentação no 
gantry. Outra característica que o material da mesa deve ter é a baixa capacidade 
de atenuar o feixe de raios x. Dessa forma, não haverá distorção na reconstrução da 
imagem. 
A mesa tem a capacidade de movimentação em relação ao gantry, ou seja, 
é um dispositivo regulável tanto em altura quanto em profundidade. Na figura 34 
podemos ter uma noção do seu movimento. Lembrando que a movimentação da 
mesa é controlada pelo comando na parte frontal do gantry. 
 
 
 
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FIGURA 34. MOVIMENTAÇÃO DA MESA DE PACIENTE 
 
 
Movimentação horizontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Movimentação vertical 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
A mesa não é escaneada em toda a sua extensão. Diante disso, o paciente 
deve ser posicionado de forma a facilitar a análise da região do corpo desejada. Por 
exemplo, caso o paciente necessita de uma tomografia nas regiões superiores do 
corpo, ele deve ser posicionado com a cabeça voltada para o gantry, caso seja uma 
tomografia das regiões inferiores, o posicionamento deve ser inverso. 
A mesa permite a utilização de acessórios específicos e próprios para 
aumentar o conforto do paciente no momento do exame. Alguns desses acessórios 
podem ser visualizados na figura 35. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 35. ACESSÓRIOS DA MESA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
2.3 O GERADOR DE RAIOS X 
 
 
Um aparelho de raios X deve possuir os seguintes componentes: 
 
 
 
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 Gerador de Raios X; 
 
 
 Tubo de raios X; 
 
 
 O filtro do feixe de raios X; 
 
 
 Os detectores; 
 
 
 Os colimadores. 
 
 
Nesse módulo definiremos todos os componentes citados acima, com 
exceção dos colimadores, que serão descritos no próximo módulo. 
Os geradores de raios X dos tomógrafos mais modernos são caracterizados 
por apresentar alta frequência e funcionamento contínuo muito superior aos 
geradores convencionais. Os geradores de raios X de alta frequência possuem 
vários componentes, como: 
 
 
 Transformadores de frequência: são os responsáveis por transformar a 
baixa frequência (60 Hz - Hertz) em alta frequência (500 a 25.000 Hz). 
 
 
 
 
 
 
 
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 Transformadores de tensão: são os responsáveis por transformar a 
baixa tensão em alta tensão (80 a 140 kV -kilovolts). 
 
 
 Transformadores de corrente: são os responsáveis por transformar a 
corrente alternada em corrente contínua, dada em mA (miliamperes). 
 
 
Esses componentes garantem que haja estabilidade na emissão de fótons 
do feixe em todo o processo de irradiação. Outro componente do sistema de raios X 
é o tubo de raios X. O tubo de raios X dos tomógrafos modernos é capaz de 
sustentar potências extremamente elevadas e um alto grau de calor, o queexige 
como já foi dito, um sistema de refrigeração eficiente. A diferença em relação aos 
tubos de raios X convencionais é que, no tomógrafo, ele trabalha em movimento, o 
que permite a realização de exames com alto parâmetro de qualidade. O tubo de 
raios X de um tomógrafo pode ser visto na figura 36. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 36. TUBO DE RAIOS X DE UM TOMÓGRAFO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
O tubo de raios X de um tomógrafo é constituído dos seguintes 
componentes: 
 
 
a) Cápsula ou envoltório 
 
 
A cápsula ou envoltório é um dispositivo composto de metal duplo, com 
revestimento de chumbo, que envolve o tubo de raios X com o auxílio de um óleo de 
isolamento e refrigeração. 
A cápsula tem como função promover a proteção elétrica e mecânica do 
tubo, além de promover também a dissipação de calor. Essa dissipação ocorre de 
duas formas: pela interação do tubo com o óleo e pela interação da cápsula com o 
 
 
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ar do ambiente. Na cápsula encontra-se uma abertura denominada janela, por onde 
é liberado o feixe de raios X. 
 
 
b) Catódio 
 
 
O catódio é um aparato composto por filamentos de tunsgtênio, localizados 
no interior do coletor eletrônico. A função primordial do cátodo é a liberação de 
elétrons. Seus filamentos estão relacionados ao foco. 
 
 
c) Anódio rotatório 
 
 
Após liberados pelo catódio, os elétrons atingem o anódio, formando os raios 
X, liberando, dessa forma, muito calor. O anódio rotatório permite parâmetros 
técnicos superiores quando comparados com o anódio fixo. Dessa forma, as 
imagens produzidas são mais fidedignas com a realidade. 
Como dito anteriormente, os raios X são formados pelo contato dos elétrons 
liberados do catódio com o anódio. Porém, apenas 1% da energia dos elétrons é 
transformada em raios X, o restante gerado é calor. Portanto, o rendimento de 
geração de raios X é extremamente baixo. Dessa forma, para aumentar esse 
rendimento, deve-se aumentar a corrente de energia. 
O feixe de radiação que é liberado pela janela do envoltório é denominado 
de feixe útil de radiação. A qualidade do feixe útil depende da tensão aplicada ao 
tubo. Quanto menor a variação da tensão, maior a qualidade do feixe formado. Os 
tubos mais modernos apresentam uma durabilidade de 10.000 a 40.000 horas. 
Como os raios X, que são liberados do tubo, apresentam diferentes 
comprimentos de ondas, ou seja, são policromáticos ou polienergéticos, há a 
necessidade de um filtro, capaz de gerar um feixe composto por raios X com 
energias semelhantes (monoenergético), imprescindível para a reconstrução de uma 
 
 
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imagem com qualidade. A esse filtro, damos o nome de filtro de feixe de raios 
(Figura 37). 
 
 
FIGURA 37. FILTRO DE FEIXE DE RAIOS X 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
2.4 OS DETECTORES 
 
 
Os detectores ou sensores são dispositivos responsáveis em captar a 
radiação e transformar os dados obtidos em sinais elétricos analógicos. Os 
detectores podem ser de dois tipos: os detectores de estado sólido (Figura 38A) ou 
as câmaras de ionização que contêm o gás xenônio (Figura 38B). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 38. TIPOS DE DETECTORES 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
Os detectores, para ser considerados ideais, devem apresentar as 
seguintes características: 
 Alta eficiência na transformação do sinal, dessa forma, será necessária 
uma dose baixa de irradiação incidindo no paciente para garantir a reconstrução da 
imagem desejada; 
 Alta estabilidade; 
 Baixa sensibilidade a variações de temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.5 O SISTEMA COMPUTACIONAL 
 
 
Depois de transformados em sinais elétricos pelos detectores, os sinais são 
digitalizados e processados pelo sistema computacional, por meio de um software 
específico. 
O sistema computacional (Figura 39) é composto por: monitor e CPU 
(computador) e o painel de comando. A imagem obtida pelo processo de 
digitalização é armazenada em um banco de dados para posterior manipulação. 
Todo o sistema computacional fica localizado em uma sala específica, 
separada da sala de exames, onde os profissionais mantêm contato com o paciente 
durante todo o processo do exame, por meio de um sistema de microfones que são 
instalados no gantry. Esse procedimento é uma forma de evitar o contato com a 
radiação. Caso seja necessária a entrada do profissional na sala de exames durante 
o exame, são adotadas diversas medidas de segurança. Além disso, a sala possui 
revestimento protetor, tudo para garantir a segurança ocupacional. 
É por meio do computador que é feita toda a programação do tomógrafo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 39. SISTEMA COMPUTACIONAL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.acbo.org.br>. Acesso em: 11 nov. 2012. 
 
 
 
 
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2.6 O PAINEL DE COMANDO 
 
 
O painel de comando é um constituinte do sistema computacional. É por 
meio dele que o profissional realiza todos os procedimentos durante todo o exame. 
O painel de controle é constituído dos seguintes componentes: 
 
 Teclado alfa-numérico; 
 
 Mouse; 
 
 Monitor destinado ao planejamento do exame; 
 
 Monitor destinado à visualização das imagens; 
 
 Microfones para comunicação com o paciente. 
 
 
2.7 A IMAGEM FÍSICA 
 
 
Como já dito anteriormente, os detectores são responsáveis em captar a 
radiação e transformar os dados obtidos em sinais elétricos. Esses sinais são 
digitalizados e processados pelo sistema computacional, por meio de um software 
específico. 
A digitalização ocorre por meio da transformação dos sinais elétricos em 
dígitos, pela natureza binária do sistema. Só assim é possível a concretização da 
imagem física. 
As imagens são armazenadas no computador em formato DICOM (Digital 
Imaging and Communication in Medicine). Todo o processo está envolvido no 
 
 
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sistema PACS (Picture Archiving and Communication System), um sistema de 
geração de imagens físicas. 
A interpretação das imagens com anatomicidade só é possível pelas 
projeções em diferentes ângulos que são realizados pelo computador, representada 
em uma matriz de imagem. 
Uma matriz de imagem é composta por pixels. Pixels são as unidades 
formadoras de uma imagem digital. Portanto, a matriz é considerada um arranjo de 
pixels. Diante disso, quanto maior a matriz, ou seja, quanto maior o número de 
pixels, melhor será a resolução da imagem. 
Na atualidade, os padrões das matrizes são: 340 x 340, 512 x 512, 768 x 
768 e 1024 x 1024 pixels. Na figura 40 está uma ilustração de um pixel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 40. ILUSTRAÇÃO DE UM PIXEL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.quenerd.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2012. 
 
 
O pixel, portanto, é uma unidade de medida bidimensional (altura x 
comprimento). O voxel já é uma medida tridimensional, já que adiciona a 
característica profundidade no processo (Figura 41). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 41. ILUSTRAÇÃO DE UM VOXEL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.quenerd.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2012. 
 
 
Como citado anteriormente, todo aparelho de tomografia computadorizada 
possui um sistema de geração de imagens, o PACS. Há dois sistemas de geração 
de imagens: o convencional e o de impressão a laser. No convencional, as imagens 
são impressas da mesma forma que nos diagnósticos de raios X, pela mesma 
metodologia. Já no sistema de impressão a laser,selecionam-se as imagens de 
forma organizada e essas são diretamente encaminhadas à impressora, sendo 
impressas em papel próprio. 
A qualidade das imagens está relacionada aos valores do coeficiente de 
atenuação dos raios X (UH – Unidade de Hounsfield). Cada componente do corpo 
humano apresenta uma faixa de UH característica, como pode ser observado na 
tabela 1. Porém, esse valor vai depender da estrutura onde se encontra tal 
 
 
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componente. O coeficiente é correlacionado com a densidade desses componentes. 
Toda comparação é feita em relação à água. 
 
 
TABELA 1. CORRELAÇÃO ENTRE O UH E O ASPECTO DA IMAGEM 
 
Tecido UH Aspecto da imagem 
Ar -1000 Preto 
Pulmão -900 a -400 Cinza escuro a preto 
Gordura -110 a -65 Cinza escuro a preto 
Água 0 Escala de cinza 
Rim 30 Escala de cinza 
Sangue normal 35 a 55 Escala de cinza 
Sangue coagulado 80 Escala de cinza 
Substância cinzenta 30 a 40 Escala de cinza 
Substância branca 35 a 45 Escala de cinza 
Músculo 40 a 60 Escala de cinza 
Fígado 50 a 85 Escala de cinza 
Osso medular 130 a 250 Escala de cinza 
Osso cortical 300 a 1000 Branco 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.radioinmama.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2012. 
 
 
As imagens de tomografia computadorizada apresentam as seguintes 
características: 
 
a) Resolução de baixo contraste ou sensibilidade de contraste. 
 
Essa característica permite a visualização do contraste entre duas estruturas 
com densidades semelhantes. Um exemplo é a possibilidade de visualização da 
massa cinzenta e da massa branca do cérebro. Essa característica é influenciada 
por diversos fatores como: a insciência de radiação recebida pelos detectores, à 
espessura do corte, a dimensão do paciente, a qualidade dos detectores, dentre 
outros. 
 
 
 
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b) Ruído 
 
O ruído é um efeito gerado pela flutuação dos elétrons. Quanto mais 
eficiente os detectores, menores serão os ruídos gerados. Os ruídos dificultam a 
interpretação das imagens de tomografia computadorizada. 
 
c) Resolução espacial de alto contraste 
 
É a capacidade de distinção entre dois pontos de alto contraste, levando em 
consideração uma pequena distância entre eles. Muitos fatores afetam essa 
capacidade como: a magnitude da matriz, a magnitude do foco, a magnitude da 
abertura dos detectores, a espessura da porção analisada, os movimentos de mesa 
durante o escaneamento. 
 
d) Os artefatos de imagem 
 
Os artefatos de imagem são quaisquer estruturas ou padrões divergentes do 
objeto de estudo. Os artefatos de imagem podem ser causados por uma infinidade 
de fatores, os principais são: artefatos de movimento, causados tanto por 
movimentos voluntários (Figura 42 A) quanto por movimentos involuntários do corpo 
humano (Figura 42 B) e os artefatos de alta atenuação (Figura 43), como obturações 
dentárias e outros objetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 42. ARTEFATOS DE MOVIMENTO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.radioinmama.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2012. 
 
 
FIGURA 43. ARTEFATOS DE ALTA ATENUAÇÃO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.radioinmama.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2012. 
 
 
Na figura 44 temos alguns exemplos de imagens de tomografia 
computadorizada. 
 
 
 
 
A B 
 
 
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FIGURA 44. IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.radioinmama.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2012. 
 
 
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FIM DO MÓDULO II

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