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A Política Preservacionista no Brasil

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IFPE
Disc. Patrimônio Cultural
Prof. Marcio Alves Ficha 03 
A POLÍTICA PRESERVACIONISTA NO BRASIL
De forma mais efetiva o século XX, início do regime republicano no Brasil, marcou importantes ações de ordem governamental para a proteção e conservação do Patrimônio Cultural, Histórico e Intangível nacional.
Assim, a partir da década de 1920, vão surgir no Brasil decretos, leis, programas e entidades voltadas à temática patrimônio cultural nacional, cujo momento áureo foi a criação do IPHAN e o subsequente Decreto 25, ambos em 1937.
Vejamos, abaixo, as principais leis e decretos, além de programas governamentais e instituições ligadas ao Patrimônio Cultural brasileiro.
1- INSPETORIA DE MONUMENTOS NACIONAIS (IMN)
É o primeiro órgão voltado para a preservação do patrimônio cultural no Brasil, criado em 1934, sendo uma entidade vinculada ao Museu Histórico Nacional, até o final de 1937, quando foi substituída pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
O IMN foi instituído pelo Decreto nº 24.735, de 14 de julho de 1934, e tinha como principal finalidade impedir que objetos antigos, referentes à história nacional, fossem retirados do País em virtude do comércio de antiguidades, e que as edificações monumentais fossem destruídas por conta das reformas urbanas, a pretexto de modernização das cidades.
Apesar de efêmero (1934 a 1937), o IMN teve papel importante na restauração e preservação de monumentos da cidade de Ouro Preto/MG, naquela época recém-elevada a Monumento Nacional, restaurando e preservando igrejas, pontes, chafarizes e um prédio público civil (a Casa dos Contos). 
2- IPHAN- INSTITUTO DE PATRIMÕNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
O IPHAN foi criado em 13/01/1937, como SPHAN, pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas. Já em 1936, o então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do patrimônio cultural brasileiro, solicitou ao modernista Mário de Andrade a elaboração de um anteprojeto de lei para salvaguarda desses bens. Em seguida, confiou a Rodrigo Melo Franco de Andrade a tarefa de implantar o SPHN.
Posteriormente, em 30 de novembro de 1937, foi promulgado o Decreto-Lei nº 25, o qual organiza a “proteção do patrimônio histórico e artístico nacional”. O hoje IPHAN, está vinculado ao Ministério da Cultura.
Com a criação do SPHAN tem início o processo de institucionalização das práticas patrimoniais no País.
3- LEI Nº 25 de 30 de Novembro de 1937
Considerada a primeira legislação do gênero no País, no plano federal, define:
CAPÍTULO I - DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
Art. 1º - Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
§ 1º Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados parte integrante do patrimônio histórico o artístico nacional, depois de inscritos separada ou agrupadamente num dos quatro Livros do Tombo, de que trata o art. 4º desta lei.
§ 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pelo natureza ou agenciados pelo indústria humana.
Art. 2º - A presente lei se aplica às coisas pertencentes às pessoas naturais, bem como às pessoas jurídicas de direito privado e de direito público interno.
Art. 3º - Incluem do patrimônio histórico e artístico nacional as obras de origem estrangeira
1) que pertençam às representações diplomáticas ou consulares acreditadas no país;
2) que adornem quaisquer veículos pertencentes a empresas estrangeiras, que façam carreira no país;
3) que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da Introdução do Código Civil, e que continuam sujeitas à lei pessoal do proprietário;
4) que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou artísticos;
5) que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou comerciais:
6)que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente para adorno dos respectivos estabelecimentos.
Parágrafo único. As obras mencionadas nas alíneas 4 e 5 terão guia de licença para livre trânsito, fornecida pelo Serviço ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
CAPÍTULO II - DO TOMBAMENTO
Art. 4º - O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber:
1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º.
2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras de arte histórica;
3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira;
4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.
O IPHAN/Preservacionismo – Evolução Histórica:
-1977 - Decreto Lei n° 74 de 30 de junho. O Brasil assina a Convenção do Patrimônio Mundial de1972; 
-1980 - Decreto n° 84.396, de 16 de janeiro, aprova o estatuto da Fundação Pró-Memória. Constituição da SPHAN/Pró-Memória.
-1985 - Criação do Ministério da Cultura.
-1990 - Substituição da SPHAN/Pró-Memória pelo IBPC.
-1994 - Com a MP 610, é retomada a sigla IPHAN.
4- LEI Nº 3.924/61 - O PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO BRASILEIRO
Art 1º - Os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes no território nacional e todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção do Poder Público, de acordo com o que estabelece o art. 175 da Constituição Federal (1946).
Assim, todos os sítios arqueológicos no País são definidos e protegidos pela citada lei, sendo considerados bens patrimoniais da União. O tombamento de bens arqueológicos é feito, excepcionalmente, por interesse científico ou ambiental.
Ainda conforme a Lei 3.924, no seu Art. 2º ‘Consideram-se monumentos arqueológicos ou pré-históricos: 
a) as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos de cultura dos paleoameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poços sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias e quaisquer outras não espeficadas aqui, mas de significado idêntico a juízo da autoridade competente.
b) os sítios nos quais se encontram vestígios positivos de ocupação pelos paleoameríndios tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha;
c) os sítios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento, "estações" e "cerâmios", nos quais se encontram vestígios humanos de interesse arqueológico ou paleoetnográfico;
d) as inscrições rupestres ou locais como sulcos de polimentos de utensílios e outros vestígios de atividade de paleoameríndios.
Atualmente, cerca de 19 mil sítios arqueológicos já foram identificados pelo IPHAN.
5- A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL DE 1988
A Constituição Federal do Brasil define em seu Art. 215. ‘O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
3º A leiestabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: 
I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; 
II - produção, promoção e difusão de bens culturais; 
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; 
IV - democratização do acesso aos bens de cultura; 
V - valorização da diversidade étnica e regional. 
Já o Art. 216 afirma que "Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
 I - as formas de expressão;
 II - os modos de criar, fazer e viver;
 III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
 IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 
Portanto, a Constituição Federal do Brasil, nos Art. 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o Registro e o Inventário – além do Tombamento, este instituído pelo Decreto-Lei nº. 25, de 30/11/1937, que é adequado, principalmente, à proteção de edificações, paisagens e conjuntos históricos urbanos. Os Bens Culturais de Natureza Imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Nesses artigos da Constituição, reconhece-se a inclusão, no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, dos bens culturais que sejam referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. O Patrimônio  Cultural Imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. É apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.
6- SISTEMA NACIONAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL
O Sistema Nacional do Patrimônio Cultural (SNPC), criado em 2007, propõe formas de relação entre as esferas de governo que permitam estabelecer diálogos e articulações para gestão do patrimônio cultural. Nas discussões realizadas até o momento, considerou-se que a proposta deve avançar em três eixos: Coordenação: definir instância(s) coordenadora para garantir ações articuladas e mais efetivas; Regulação: estabelecer conceituações comuns, princípios e regras gerais de ação; e, Fomento: incentivos direcionados principalmente para o fortalecimento institucional, estruturação de sistema de informação de âmbito nacional, fortalecer ações coordenadas em projetos específicos.
Este esforço está disseminado por todo o país e o IPHAN, em parceria com os Estados, está realizando a mobilização dos governos municipais. Com o quadro do patrimônio cultural consolidado e está mobilização junto aos novos governos municipais será possível constituir uma base de ação efetiva para a consolidação de uma política e um sistema nacional de patrimônio cultural.
7- DECRETO 3551, de 04 de agosto de 2000 (Patrimônio Imaterial)
Editado à época do presidente Fernando Henrique Cardoso, a Lei 3.551/2000 determina: 
‘ ‘Art. 1o:  Fica instituído o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro.
        § 1o  Esse registro se fará em um dos seguintes livros:
 I- Registro dos Saberes - conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades;
 II- Registro das Celebrações - rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social;
III- Registro das Formas de Expressão - manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdica; 
IV- Registro dos Lugares - mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas.
  § 2o  A inscrição num dos livros de registro terá sempre como referência a continuidade histórica do bem e sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira.
        § 3o  Outros livros de registro poderão ser abertos para a inscrição de bens culturais de natureza imaterial que constituam patrimônio cultural brasileiro e não se enquadrem nos livros definidos no parágrafo primeiro deste artigo.
        Art. 2o  São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro:
        I - o Ministro de Estado da Cultura;
        II -  instituições vinculadas ao Ministério da Cultura;
        III - Secretarias de Estado, de Município e do Distrito Federal;
        IV - sociedades ou associações civis.
PROGRAMA NACIONAL DO PATRIMÔNIO IMATERIAL – PNPI
Instituído pelo Decreto nº. 3.551/2000, o PNPI viabiliza projetos de identificação, reconhecimento, salvaguarda e promoção da dimensão imaterial do patrimônio cultural. É um programa de apoio e fomento que busca estabelecer parcerias com instituições dos governos federal, estaduais e municipais, universidades, organizações não governamentais, agências de desenvolvimento e organizações privadas ligadas à cultura e à pesquisa. Entre os objetivos do PNPI, identificamos:
- Implementar política de inventário, Registro e salvaguarda de bens culturais de natureza imaterial.
- Contribuir para a preservação da diversidade étnica e cultural do País e para a disseminação de informações sobre o patrimônio cultural brasileiro a todos os segmentos da sociedade.
- Captar recursos e promover a constituição de uma rede de parceiros com vistas à preservação, valorização e ampliação dos bens que compõem o patrimônio cultural brasileiro.
- Incentivar e apoiar iniciativas e práticas de preservação desenvolvidas pela sociedade.
São diretrizes da política de apoio e fomento do PNPI:
- Promover a inclusão social e a melhoria das condições de vida de produtores e detentores do patrimônio cultural imaterial.
- Ampliar a participação dos grupos que produzem, transmitem e atualizam manifestações culturais de natureza imaterial nos projetos de preservação e valorização desse patrimônio.
- Promover a salvaguarda de bens culturais imateriais por meio do apoio às condições materiais que propiciam sua existência, bem como pela ampliação do acesso aos benefícios gerados por essa preservação.
- Implementar mecanismos para a efetiva proteção de bens culturais imateriais em situação de risco.
- Respeitar e proteger direitos difusos ou coletivos relativos à preservação e ao uso do patrimônio cultural imaterial.
8- PAC DAS CIDADES HISTÓRICAS
Cidades históricas brasileiras, assim como seus monumentos e prédios públicos, serão revitalizadas e recuperadas com o Programa de Aceleração do Crescimento voltado para essa área, mais conhecido por  PAC Cidades Históricas, tendo sido lançado em outubro de 2009. O programa foi criado para associar a preservação do patrimônio histórico ao desenvolvimento sustentável e à melhoria da qualidade de vida da população. O investimento também vai permitir que o visitante conheça ainda mais a riqueza histórica e as tradições do destino escolhido.
As cidades históricas contempladas poderão receber obras de requalificação e infraestrutura urbana e de recuperação de monumentos e imóveis públicos. Também estão previstas ações de divulgação nacional, e internacionalmente, de sítios históricos, espaços públicos,monumentos e símbolos socioculturais do País, além de cursos de especialização para guias de turismo e da criação de uma página na internet bilíngue sobre as cidades.
Até 2012, o programa previu serem beneficiadas mais de 170 cidades, com um investimento próximo de R$ 890 milhões. 26 Capitais brasileiras e o Distrito Federal já fazem parte da lista (12 delas serão sede da Copa do Mundo de 2014). A primeira fase do PAC Cidades Históricas começou ainda em 2009, com um investimento previsto de R$ 140 milhões em 32 municípios. O PAC Cidades Históricas disponibilizará até R$ 1 bilhão de reais, até 2015, em obras públicas, segundo o Governo Federal. Outros R$ 300 milhões estão destinados a uma linha de crédito para proprietários de imóveis de cidades tombadas pelo IPHAN.
9- FUNARTE – FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE
É uma Fundação do governo brasileiro, ligada ao Ministério da Cultura. Atua em todo o território nacional e é o órgão responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, ao teatro, à dança e ao circo. 
A Funarte objetiva incentivar a produção e a capacitação de artistas, o desenvolvimento da pesquisa, a preservação da memória e a formação de público para as artes no Brasil. Nesse intuito, a Funarte concede bolsas e prêmios, mantém programas de circulação de artistas e bens culturais, promove oficinas, publica livros, recupera e disponibiliza acervos, provê consultoria técnica e apoia eventos culturais em todos os estados brasileiros e no exterior. Além disso, mantém espaços culturais no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, e disponibiliza parte de seu acervo gratuitamente na internet.
A entidade foi criada em 1975, pelo ministro Ney Braga, para promover, estimular, desenvolver atividades culturais em todo o Brasil. No início, atuava na música (popular e erudita) e artes plásticas e artes visuais. Na época, trabalhava junto com o Instituto Nacional de Folclore (INF), Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen) e a Fundação do Cinema Brasileiro (FCB), todas ligadas ao Ministério da Educação e Cultura, posteriormente nomeado apenas em Ministério da Cultura. Em 1985,a fundação foi presidida pelo cartunista Ziraldo. 
Quando o presidente Fernando Collor de Mello assumiu a presidência em 1990, extinguiu todas as instituições culturais. Em dezembro daquele ano, criou o Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC) – ligado diretamente à Secretaria de Cultura da Presidência da República. Secretaria que voltou a ser ministério algum tempo depois. O IBAC englobava a Funarte, Fundacen, e FCB. Com o fechamento da Funarte, surge uma nova distribuidora de tiras de jornal, a Pacatatu. Em 1994 a sigla Funarte substituiu a sigla IBAC.
10 - COMPROMISSO DE BRASILIA – Abril/1970
O Compromisso de Brasília é o documento resultante do Primeiro Encontro dos Governadores de Estado, Secretários Estaduais da Área Cultural, Prefeitos de Municípios Interessados, Presidentes e Representantes de Instituições Culturais. Tal encontro foi promovido pelo Ministério da Educação e Cultura objetivando a adoção das medidas necessárias à defesa do patrimônio histórico e artístico nacional. 
O Compromisso de Brasília enfatiza que o acervo arquivístico e o acervo bibliográfico merecem cuidados especiais segundo as suas peculiaridades e conforme as regulamentações técnicas dos órgãos federais especializados na utilização e na proteção desse patrimônio. Nesse sentido, destaca-se, entre as conclusões desse Encontro, a orientação dada quanto à criação de cursos superiores para a formação de arquitetos restauradores, conservadores de pintura, escultura e documentos, arquivologistas e museólogos. Essa orientação ratifica, em nível nacional, a interdisciplinaridade da conservação preventiva e o seu caráter cientifico e a necessidade e importância de cursos superiores na área. 
A importância do documento gerado no Encontro está na sistematização da política de proteção aos bens naturais e de valor cultural (paisagens, parques, naturais, praias, acervos arqueológicos, conjuntos urbanos, monumentos arquitetônicos, bens móveis, documentos e livros).
11 - COMPROMISSO DE SALVADOR – 0utubro/1971
O Compromisso de Salvador foi firmado no II Encontro de Governadores para Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do Brasil, subsidiado pelo Ministério da Educação e Cultura e pelo IPHAN. Tal Compromisso ratifica o Compromisso de Brasília, ressaltando a necessidade de verbas especificamente direcionadas às atividades de manutenção física do patrimônio nacional, especialmente protegidos por lei. Além disso, ressalta a importância da criação do Ministério da Cultura e de Secretarias ou Fundações de Cultura nacionais e estaduais.
O Compromisso de Salvador completa o primeiro, uma vez que aquele, elaborado em Brasília, propunha a formação de profissionais que atuassem junto à conservação do patrimônio nacional e esse propõem diretrizes, orçamentárias e legislativas, sem as quais a satisfatória manutenção do patrimônio nacional não acontece.
12- CARTA DO RIO – Setembro/2012
O V Encontro Nacional do Ministério Público na Defesa do Patrimônio Cultural foi realizado no Auditório do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, nos dias 12 a 14 de setembro de 2012.
Com o tema “Novos olhares e novas ações para a preservação do patrimônio cultural brasileiro”, objetivou-se promover a interlocução entre os membros dos diversos Ministérios Públicos brasileiros e a sociedade, de forma a discutir o dever solidário de proteger nossos bens culturais e a responsabilidade de transmiti-los às gerações vindouras, além de avaliar o papel da justiça e a função do Ministério Público nesse contexto, sobretudo sobre o preparo para enfrentar os novos desafios acerca da efetiva proteção do patrimônio cultural, o planejamento urbano e a economia verde.
O evento trouxe oficinas de capacitação, apresentações de trabalhos, casos, conferências, palestras e painéis, abertos para todo o público inscrito, com especialistas, seja no campo teórico, seja em experiências, sobre diversos temas de interesse ambiental e patrimonial, relacionados à legislação ambiental ao desenvolvimento econômico, sustentabilidade, instrumentos jurídicos de proteção ao meio ambiente e ao patrimônio cultural. Como resultado, foi elaborada a Carta do Rio.
13 - MONUMENTA – 1997/2009
Em 1995, o Ministério da Cultura (MinC) e o Bcº Interamericano de Desenvolvimento (BID), iniciam as tratativas para viabilizar um programa de preservação do patrimônio cultural do País.
Em 1996, o IPHAN elaborou a Carta-Consulta ao BID que, após sua aprovação, são discutidos os fundamentos do Programa e fixados os locais de intervenção prioritária: Olinda, Recife, Salvador, Ouro Preto, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na ocasião Foi criada uma equipe técnica no IPHAN e contratados consultores em cooperação com a UNESCO. Em 1997, foi criada a UCG – Unidade Central de Gerenciamento – no MinC e redefinida a participação do IPHAN. O Acordo de Cooperação Técnica para a execução do Programa entre o MinC e a UNESCO é firmado em 1998.
Em 1999, em Petrópolis (RJ), foi assinado o Contrato de Empréstimo BID/ Governo Brasileiro, e em 2000 tem-se início efetivo do Programa. O MinC institui um Comitê de Especialistas para a elaboração da Lista de Prioridades do Monumenta, organizando um ranking dos 101 sítios e conjuntos urbanos sob proteção federal. 
Em 2009, o Monumenta é desativado, sendo seu programa de ação absorvido pelo PAC das Cidades. 
14- O PLANO DIRETOR E O PATRIMÔNIO CULTURAL
[...] A competência Municipal em matéria de direito urbanístico não se restringe, ainda, à organização definida no art. 30 da Constituição Federal. Sua atuação é ampliada por força do art. 182 da Carta Fundamental que trata da Política Urbana e confere conteúdo ao princípio da função social da propriedade, uma vez que é o plano diretor, lei municipal, que estabelece os requisitos e condições para ocumprimento daquele princípio constitucional.
"Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
- 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
- 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor."
A avaliação e regulamentação das questões urbanas pelo ente municipal se dará, necessariamente, sob a ótica social que a Constituição Federal estabelece em seu inciso XXIII, do art. 5º combinado com o art. 182.
Deverá, portanto, o Município, atuar na fiscalização e implementação dos princípios constitucionais por meio dos instrumentos definidos pelo Estatuto da Cidade, norma federal de caráter geral que confere ao ente local meios para efetivar a conformidade da propriedade pública e privada à função social.
É, outrossim, o município que definirá os passos concretos que o desenvolvimento urbano dará, uma vez que cabe privativamente a este ente o tratamento legal de assuntos de interesse local em matéria de "política de desenvolvimento urbano, colocando-se como instrumento básico dessa política o plano diretor urbano aprovado pela Câmara Municipal e obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes." 
Em matéria de Direito Urbanístico, portanto, o Município é ente de competência destacada lhe sendo conferida. 
Nesse aspecto, destacamos que a Lei Federal nº 10.257/2001, o Estatuto da Cidade, dispõe que política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, observando o dever de proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico. (inciso XII, art.2º).
É de se saber que uma das funções do governo local é a de implementar a política urbana através do Plano Diretor e de planos especiais de valorização e preservação de bens de interesse cultural e natural.
Um dos objetivos prementes do Plano Diretor Municipal é a conjugação do planejamento do território urbano com a proteção do patrimônio cultural, especialmente aquele de natureza imóvel.
Devemos saber, ainda, que a elaboração do Plano Diretor necessariamente deverá ser acompanhada e sujeita à participação efetiva dos cidadãos da cidade, a fim de garantir a gestão democrática do espaço urbano.
É necessário promover audiências, debates, consultas públicas, conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal ( inciso III, art.43 do Estatuto da Cidade). Estabelecer, enfim, junto da comunidade local, reflexões sobre como queremos viver a cidade de nossos dias sem perder nossa identidade.
A democrática participação popular, devidamente informada e esclarecida, é imprescindível para garantir um ordenamento urbano que reflita a preocupação cultural, a partir de onde se concretizará uma cidade como queremos.
Resta observar, desta feita, se está ocorrendo em nossas cidades oportunidades de abordarmos as questões envolvendo a proteção dos bens culturais, ou se as ações locais ainda restam insuficientes para tratarmos a valorização de nossa identidade cultural.
Devemos, ainda, refletir, sobre a repercussão benéfica da preservação de imóveis de valor arquitetônico, e mudarmos nossas visões acerca das responsabilidades que um tombamento ou qualquer outra medida administrativa restritiva dos direitos de propriedade privada, vêem a representar.
De certo, cidades cuja preservação do patrimônio imobiliário cultural é efetiva, tornam-se mais atraentes a investimentos e ao turismo, o que evidentemente é de interesse de todos e confere auto - sustentabilidade aos bens que o integram.
Mais do que previsões legislativas a proteção do patrimônio cultural depende de medidas políticas e é por isso que ao poder executivo cabe grande responsabilidade e à sociedade cabe ser atenta às medidas tomadas.
15- A INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA DO PATRIMÕNIO
A chamada interpretação histórica pode ser entendida como uma estratégia de apresentação de determinado patrimônio, a qual se utiliza de um conjunto de técnicas de comunicação, a fim de facilitar a interação entre o patrimônio e a sociedade. Tal prática, pode-se dizer, foi utilizada inicialmente nos Estados Unidos, desde fins do século XIX. 
Como se sabe, o Patrimônio Histórico e Cultural, na atualidade, representa importante atrativo para a atividade turística em todo o mundo. Daí, um dos grandes desafios dos núcleos receptores de relevância patrimonial ser o de proporcionar ao patrimônio e ao turismo uma convivência saudável e produtiva.
Nesse contexto, e na busca por uma visitação proveitosa e responsável, a interpretação patrimonial fornece aos visitantes informações que revelam e desvendam a história dos patrimônios, estabelecendo a comunicação com o visitante.
No Brasil, a experiência da interpretação patrimonial é uma prática recentíssima, a qual vem se desenvolvendo a partir da década de 1990, notadamente com projetos em cidades históricas de Minas Gerais, guardiãs da arquitetura barroco/rococó do século XVIII.
Assim, entende-se que a interpretação patrimonial deve ser utilizada em cidades históricas brasileiras, com potencialidade turística, cujo objetivo será o de democratizar o acesso ao patrimônio histórico e cultural, para conhecimento e apreciação por parte dos visitantes. 
16- TURISMO E SUSTENTABILIDADE
Sustentabilidade pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras.
Uma atividade que utiliza muito recurso natural é o turismo, que faz da natureza pontos turísticos e exige construções de infra- estruturas para receber os visitantes. Porém, tem havido uma série de propostas para amenizar esses impactos, de maneira a conciliar preservação da natureza com a expansão do turismo.
Assim, o Turismo Sustentável é uma maneira de manter a infra- estrutura sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, atendendo às necessidades dos turistas e dos locais que os recebem de maneira simultânea, fazendo o necessário para atender a economia, a sociedade e o ambiente sem desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos que coordenam a vida.
17 - OS MUSEUS NO BRASIL
O IPHAN, instância superior do patrimônio histórico e artístico brasileiro, dá a seguinte definição para museu: 
"O museu é uma instituição com personalidade jurídica própria ou vinculada a outra instituição com personalidade jurídica, aberta ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e que apresenta as seguintes características:
I - o trabalho permanente com o patrimônio cultural, em suas diversas manifestações;
II - a presença de acervos e exposições colocados a serviço da sociedade com o objetivo de propiciar a ampliação do campo de possibilidades de construção identidária, a percepção crítica da realidade, a produção de conhecimentos e oportunidades de lazer;
III - a utilização do patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de inclusão social;
IV - a vocação para a comunicação, a exposição, a documentação, a investigação, a interpretação e a preservação de bens culturais em suas diversas manifestações;
"V - a democratização do acesso, uso e produção de bens culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana;
"VI - a constituição de espaços democráticos e diversificados de relação e mediação cultural, sejam eles físicos ou virtuais.
Sendo assim, são considerados museus, independentemente de sua denominação, as instituições ou processos museológicos que apresentem as características acima indicadas e cumpram as funções museológicas.”Segundo FUNARI/PINSKY, ‘O Brasil possui museus históricos, de arte, de arqueologia e de ciência que se inserem numa perspectiva museológica mais próximo do tradicional. Muitos deles foram criados no século XX, e sua história se confunde até mesmo com as características arquitetônicas do prédio que os abriga. Uma visita a um desses locais se justificaria, em termos turísticos, não só pelo conteúdo do acervo, mas também pelo valor de sua arquitetura. Um bom exemplo é o Museu Paulista.’
Para o  Instituto Brasileiro de Museus, instância museológica máxima no Brasil "Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. Os museus são conceitos e práticas em metamorfose."
 De acordo com a Política Nacional de Museus, os museus, mais do que instituições estáticas, são "processos a serviço da sociedade", e são instâncias fundamentais para o aprimoramento da democracia, da inclusão social, da construção da identidade e do conhecimento, e da percepção crítica da realidade.
Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), estabeleceu-se uma nova dinâmica no surgimento de instituições culturais. Assim, tivemos:
- Em 1816 foi criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, embrião do atual Museu Nacional de Belas-Artes;
- Em 1818 foi criado o Museu Real, embrião do atual Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.
Após a Independência, novas instituições foram fundadas:
- 1838, Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;
- 1864, Museu do Exército;
- 1868, Museu da Marinha; 
- 1866, Museu Paraense Emílio Goeldi.
Finalmente, no período Republicano, destacam-se a criação dos seguintes museus:
- 1922, Museu Histórico Nacional
- 1929, Museu do Estado de Pernambuco
- 1937, Museu Nacional de Belas Artes
- 1938, Museu da Inconfidência
- 1940, Museu Imperial
- 1941, Museu de Arte Brasileira; acoplado às dependências da FAAP
- 1947, Museu de Arte de São Paulo
- 1948, Museu de Arte Moderna de São Paulo
Mais recentemente, na década de 1960, destacaram-se a criação dos museus Villa-Lobos e da República (1960), além de inúmeros museus militares e municipais, e do Museu Lasar Segall (1967). Em 2002 foi inaugurado o Museu Oscar Niemeyer na cidade de Curitiba. Em março de 2006 inaugurou-se o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, um museu interativo sobre a língua portuguesa localizado na cidade com o maior número de falantes do idioma no mundo.
Fontes:
www.cpdoc.fgv.br 
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br 
http://www.historiaehistoria.com.br 
http://jus.com.brr 
http://pt.wikipedia.org
http://www.icomos.org.br 
http://blogs.mp.mg.gov.br
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br
WWW.unesco.org
http://educacaopatrimonial.wordpress.com 
http://www.brasil.gov.br
ALBANO, Celina; MURTA, Stela Maris (orgs.) Interpretar o Patrimônio: um exercício do olhar. BH:UFMG, 2002.
BARRETO, Margarita. Turismo e Legado Cultural.3ª ed. SP:Papirus. 2000
LEMOS, Carlos A. C. O que é Patrimônio Cultural. 2ª Ed. Ed. Brasiliense: SP. Col. Primeiros Passos.2010.
FUNARI, Pedro Paulo; PINSKY, Jaime (Orgs.) Turismo e Patrimônio Cultural. SP:Turismo/Contexto. 2001.

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