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RELATÓRIO - Visita a Consultório Odontológico Particular - A PERCEPÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA SOBRE FORMAÇÃO PROFISSONAL DE INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

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FACULDADE DE ENFERMAGEM E MEDICINA NOVA ESPERANÇA – FACENE/FAMENE
ODONTOLOGIA
1ª ATIVIDADE PROCESSUAL
MARIA EDUARDA TAVARES BRITO ARAÚJO
RELATÓRIO
VISITA AO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO PARTICULAR
A PERCEPÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA SOBRE FORMAÇÃO PROFISSONAL DE INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
JOÃO PESSOA – PB
2017
MARIA EDUARDA TAVARES BRITO ARAÚJO – 1712058
RELATÓRIO
VISITA AO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO PARTICULAR
A PERCEPÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA SOBRE FORMAÇÃO PROFISSONAL DE INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
Relatório submetido a 1ª Atividade Processual do módulo IESCO I da Faculdade de Enfermagem e Medicina – FACENE/FAMENE, como nota parcial do 1º Período – turno NOITE – do curso de Odontologia.
Professora: Dra. Jainara Maria Soares Ferreira
JOÃO PESSOA – PB
2017
RESUMO
No dia 03 de Março de 2017, como a 1ª Atividade Processual, proposta pela professora Dra. Jainara Maria Soares Ferreira, sendo parte do plano de notas incluso no cronograma do módulo IESCO I do curso de Odontologia, foi realizado com os alunos do 1ª período – do turno da noite – uma visita ao Consultório Odontológico particular Odonto +, na cidade de João Pessoa – PB.
O objetivo da visita foi conhecer mais de perto não somente a estrutura e atividades realizadas neste consultório como, também, o dia a dia; expectativas e detalhes da profissão; o início e o que desencadeou a escolha dessa formação, da dentista Dra. Fabiana Barros.
Com a análise da entrevista realizada junto à dentista acima referida, busquei exemplificar de maneira direta a realidade da profissão e o ponto de partida de um profissional desta área, além dos caminhos até a inserção no mercado de trabalho. 
Este relatório apresentará, ainda, uma análise pessoal sobre esta experiência, pontuando o comparativo individual do que foi detalhado pela Dra. Fabiana Barros.
Palavras-chave: IESCO I. Odontologia. Odonto +. Visita. Entrevista. Relatório. Expectativas. Funcionamento. Análise.
INTRODUÇÃO
A situação do trabalho odontológico, vista sob a perspectiva da lei de oferta e procura, tem mostrado um quadro extremamente crítico para a profissão, por um lado pelo crescimento exagerado de faculdades de Odontologia e por outro, pelo baixo poder aquisitivo da população para consumir os serviços oferecidos pelos profissionais egressos dessas faculdades.
Embora o modelo liberal e mercantilista seja predominante, o mercado de trabalho odontológico vem sendo modificado com o crescimento do assalariamento da profissão, tanto em empresas privadas quanto no setor público.
A avaliação da percepção de egressos é uma estratégia fundamental no momento de escolha da profissão. Em torno desse conceito, tivemos como um dos objetivos, dentro da proposta de trabalho arbitrada pela professora Jainara, o de conhecer a percepção de um cirurgião-dentista em atuação no mercado de trabalho a respeito das principais dificuldades para sua inserção profissional – logo após o término da graduação – os aspectos positivos e negativos e as sugestões em relação à formação acadêmica obtida.
Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, do tipo entrevista, realizada com a Dra. Fabiana Barros, proprietária do consultório particular Odonto +. Foi dialogado, através de questionário oral e presencial, as categorias referentes às dificuldades no início da vida profissional como conseguir emprego/local de trabalho; condições adequadas de trabalho e baixa remuneração; insegurança e confrontação à formação acadêmica obtida, além da falta de apoio administrativo e do conselho. 
Os dados foram transcritos e submetidos a minha análise pessoal, percebendo-se assim que a profissional tem se deparado com a saturação do mercado de trabalho e as realidades diferentes daquelas vivenciadas na formação acadêmica.
EXPECTATIVA X REALIDADE
A Odontologia tem evoluído nas últimas décadas, com avanço no setor tecnológico, aumento e facilidade no número de especialidades e maior envolvimento dos profissionais no setor público, através da implantação das Equipes de Saúde Bucal.
Com todas as dificuldades que vêm ocorrendo no campo de trabalho odontológico na esfera privada, as quais têm provocado certo nível de insatisfação da categoria, não podemos negar que o momento é de mudanças, que se configuram tanto na forma de se lidar com as instabilidades da atuação em nível privado, quanto na busca de novos caminhos para atuação profissional.
Nesta perspectiva, ao analisar as motivações e expectativas da entrevistada para o curso e para o exercício profissional, a dentista relata que apesar de interessar-se pela especialização Bucomaxilar, vez que tinha amplo fascínio pela área cirúrgica, não pôde realizar tal desejo, pois, ao concluir a faculdade, precisou ingressar imediatamente ao mercado de trabalho, principalmente, em decorrência do excessivo gasto investido no curso; assim, teve de seguir para a área de Implantodontia.
“Então, eu fui pra implante, pois conciliei tanto a especialização quanto o trabalho. Deu pra fazer os dois.”
Tornou-se evidenciado, no decorrer da entrevista, que a caminhada contínua pelos estudos e aperfeiçoamento, mesmo após o início das atividades profissionais, pode estar relacionada à busca por melhor reconhecimento profissional, enquanto a clínica geral é considerada uma prática de menor prestígio para recém-formados de modo geral.
“Ao sair do curso, imediatamente, você tem de entrar numa especialização, qualquer uma que seja. 95% dos profissionais não são clínicos, a maioria tem uma especialização.”
Diversos estudos têm evidenciado o perfil e as expectativas de estudantes de Odontologia em relação à profissão. As motivações que levam esses estudantes à escolha do curso têm relação com a visão que os mesmos apresentam da Odontologia, fica claro que os estudantes brasileiros têm visão fragmentada do mercado e a maioria deles deseja trabalhar no serviço privado, montando seu consultório particular. O desejo dos estudantes de cursar especialização, desde o início do curso, também tem sido observado.
Neste quadro, nossa entrevistada é clara, ao falar em média salarial, os valores são muito variados. Ela cita que os PSF’s da região pagam entre R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), caso o profissional trabalhe 40 horas semanais. E completa, ainda, que em consultórios privados esse piso salarial é ainda mais variado, pois, depende de uma série de fatores, desde a regularidade dos pacientes a quadro de funcionários.
“Tenho de atuar na parte clinica também para poder, realmente, fechar um orçamento. Antigamente, quem fazia a parte de Periodontia era só periodontista. Quem fazia a parte de Estética, era só esteticista. Hoje, não. Temos de ser um pouco de tudo. Não existe “aquele dentista” que faz apenas uma coisa. Se existe, é raro. Então, a nossa expectativa quando estamos na faculdade é que iremos ganhar “rios de dinheiro”, mas, na verdade, não é bem assim. Afinal, a gente também se depara com a triste realidade dos planos odontológicos. Que é uma realidade bem dura, mas para iniciar o consultório tem de se filiar a alguns.”	
FEEDBACK – O RECONHECIMENTO PROFISSIONAL NA ODONTOLOGIA
A partir de diversas pesquisas, no quadro atual do nosso país em relação com a profissão, percebe-se que muitos a escolheram porque queriam ser um profissional liberal, entretanto muitos reconhecem as dificuldades do mercado. 
As dificuldades sobre as quais o profissional encontra no exercício desta têm razões freqüentes: saturação do mercado de trabalho e condição financeira da população. Outras razões também apontadas são: falta de informação e de valorização da saúde bucal por parte da população, um mercado de trabalho fechado e difícil, desemprego e subemprego. Concluí-se que muitos alunos já compreenderam que o exercício liberal está em declínio. 
A maioria da população brasileira apresenta dificuldades em arcar com o custo de um tratamento dentário particular,o que leva a um esvaziamento de grande parte dos consultórios. Tal fato, aliado à saturação do mercado, pela ampliação indiscriminada do número de faculdades de Odontologia, principalmente nos grandes centros urbanos, fez com que o trabalho autônomo perdesse força e desse lugar ao trabalho assalariado indireto, promovendo mudanças no exercício profissional e alterações de postura diante dessas novas situações.
Nesse sentimento de idealismo pessoal e profissional batendo frente à realidade do que apontam pesquisas a cerca do mercado e da remuneração da profissão, conversamos com a entrevistada sobre o tema, ela conta que quando estamos na graduação, temos a idéia de que a Odontologia é maravilhosa em termo de retorno financeiro, afinal gasta-se bastante. Contudo, muitas vezes percebe-se que o retorno não é tudo que se espera, e que tem de, realmente, trabalhar muito.
Evidenciada em sua opinião pessoal, fica claro o sentimento de não reconhecimento que a profissional sente, ela conta que existe muito desgaste físico em relação a ergonomia do profissional, vez que trabalham numa posição bastante cansativa, gerando dores na coluna para, por fim, ser percebido pela entrevista, pouco reconhecimento.
“Quem trabalha na área de saúde, observamos a disparidade do nível médico comparado ao valor do odontólogo. Pelos próprios salários já conseguimos visualizar esse desnível. Então, chegamos à conclusão de que é um profissional que ainda não chegou ao nível de valorização que lhe é merecido.”
A cirurgiã-dentista conta ainda que não diz respeito ao amor do qual ela dedica a profissão que não é retribuído, ela confirma que sente o carinho dos pacientes. Mas, que o retorno financeiro acontece de forma bastante gradual em comparação ao investimento feito no decorrer do curso. Mas, que a profissão em si é extremamente gratificante em várias situações, pois, ela trabalha construindo sorrisos.
A profissional aponta que a desvalorização da área começa pelos próprios profissionais, pois a categoria não é unida.
“Nós não temos um conselho que nos represente, por exemplo, o CRO deixa muito a desejar. Nós sentimos o desamparo por parte destes.”
Sendo assim, resta demonstrado o quadro atual frente à área de atuação profissional odontológica, onde perguntas como “Eu estudei bastante e gastei muito para esse resultado?” parecem comuns dentro da categoria.
É esclarecedor que os próprios profissionais contribuam para a latente desvalorização, ocasionada pelo agressivo senso de competição, onde muitos culpam a própria formação, denunciando que não foram preparados e, portanto, não estão aptos a cuidar da própria profissão.
Mas, por outro lado, soma-se ao sentimento de desamparo perante o descaso dos conselhos odontológicos, como CRO – Conselho Regional de Odontologia; CFO – Conselho Federal de Odontologia e ABO – Associação Brasileira de Odontologia. Tais conselhos deveriam estar a frente destes profissionais, politicamente falando, afim de uma mobilização junto ao Ministério da Saúde, para que unidos encontrassem uma melhoria diante desse quadro tão alarmante que parece tratar-se de uma situação geral.
A falta de informação e de valorização da saúde bucal por parte da população é, definitivamente, o primeiro passo a ser tomado. E, pessoalmente, espero que essa consciência tome proporções unânimes e que, assim, nossa categoria evolua moral, comportamental e profissionalmente; por mim, por você e por todos.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023. Rio de Janeiro, 2000.
BARROS, F. [03 de Março, 2017]. João Pessoa: Odonto +. Entrevista concedida aos alunos do P1, do curso de Odontologia, da Faculdade de Enfermagem e Medicina – FAMENE/FACENE.
FINKLER M, Caetano JC, Ramos FRS. A dimensão ética da formação profissional em saúde: estudo de caso com cursos de graduação em odontologia. Ciênc Saúde Coletiva. 2011; 16: 4481-92. PMid:22124829.
Moysés SJ. Políticas de saúde e formação de recursos humanos em Odontologia. Rev ABENO. 2004; 4: 30-7.
Moimaz SAS, Casotti CA, Saliba NA, Garbin CAS. Representação Social de Acadêmicos de odontologia sobre a área de Odontologia
Social. Rev ABENO. 2006; 6: 145-9.
do PRADO, L. R. Revista de Odontologia da UNESP - Rev Odontol UNESP. 2012 Sept-Oct; 41(5): 297-304

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