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11/05/2009 1 Respondendo à Perda, Morte e Luto Professor Glauco Cardoso Conceitos gerais do processo de luto •• PerdaPerda – Pode ser definida como ausência de algo desejado ou previamente pensado como disponível. – Ex: Perda de um filho ideal, quando as características previstas, não são observadas no nascimento (cor do cabelo, sexo, etc) – Ex: Capacidade decrescente de se mover e de realizar as atividades pelo cliente idoso. Conceitos gerais do processo de luto •• Luto Luto –– Representa as respostas emocionais e comportamentais à perda. – O domínio bem-sucedido do processo de luto ocorre quando a pessoa se adapta através da lamentação e prossegue em suas experiências de vida com o mínimo de rupturas. Conceitos gerais do processo de luto •• ReaçãoReação dede pesarpesar disfuncionaldisfuncional – Acontece quando existe a instabilidade emocional prolongada, um isolamento das tarefas ou atividades usuais que previamente forneciam prazer, e a falta de progressão para um nível de adaptação bem-sucedida quanto à perda. Conceitos gerais do processo de luto •• Sinais comportamentais de pesar disfuncionalSinais comportamentais de pesar disfuncional: – Atividade excessiva sem uma sensação de perda; – Alteração nos relacionamento – amigos e família; – Hostilidade contra pessoas específicas; – Depressão agitada com tensão, insônia, sentimento de desvalorização, culpa extrema e, até tendência suicida; – Incapacidade de discutir a perda sem chorar (principalmente mais de 1 ano depois da perda) Conceitos gerais do processo de luto • Luto de privação – Acontece quando as normas da sociedade não definem a perda como uma perda segundo sua definição tradicional. – O cliente não é reconhecido quanto à perda e não ganha apoio dos outros. • Ex: morte de um amante do mesmo sexo, perda da inocência, relacionamentos rompidos, perda de um filho por aborto. 11/05/2009 2 Conceitos gerais do processo de luto •• ReaçãoReação dede pesarpesar antecipadaantecipada – descreve o processo de lamentação, antes que o cliente tenha morrido ou que uma perda haja acontecido. – Neste caso as esperanças e metas são reconhecidas como impraticáveis, como quando se diz que ele têm um mês de vida, mas havia planejado voltar ás aulas no próximo ano. Conceitos gerais do processo de luto •• PerdaPerda PessoalPessoal – constitui qualquer perda significativa de alguém ou algo que não mais possam ser vistos, sentidos, ouvidos, conhecidos ou experimentados, e que requeiram a adaptação individual através do processo de luto. – Beleza percebida, papéis sociais, prazer e satisfação com a vida em geral. Conceitos gerais do processo de luto •• Perda real Perda real – é qualquer perda de uma pessoa ou objeto que não possam mais ser sentidos, ouvidos, conhecidos ou experimentados pelo indivíduo. – Ex: perda de um braço, do cabelo, da juventude, do filho, do cônjuge, de um relacionamento, de um objeto, de um ambiente conhecido, das funções corporais e alterações de papéis. Conceitos gerais do processo de luto •• Perda percebidaPerda percebida – é qualquer perda menos tangível, sendo unicamente definida pelo cliente em lamentação, como a perda da confiança e prestígio. – Devido à interpretação individual, não é preciso ocorrer perda real. • Ex: expectativas dos pais de uma filha alta e loura, bem como a situação real de nascer um menino ruivo e com rosto cheio. Conceitos gerais do processo de luto •• Perda Perda MaturacionalMaturacional – consiste em qualquer alteração no processo de desenvolvimento normalmente esperado durante o curso de uma vida. – Ex: sensação de perda, à medida que o filho vai para a escola pela primeira vez; a perda da dependência sentida, quando a criança pára de se alimentar no seio, a síndrome do berço vazio sentida quando o último filho saiu de casa. Conceitos gerais do processo de luto •• Perda Situacional Perda Situacional – envolve qualquer evento súbito, inesperado e definível que não seja previsível. – Ex: um furação, uma inundação maciça que destrói casas, tira o sustento. – Um acidente deixa o motorista paralítico, mas a lamentação de causar a morte de outra pessoa pode ser uma perda maior que a própria lesão do motorista. 11/05/2009 3 Mecanismos de adaptação no luto e na perda •• EsperançaEsperança – Caracteriza-se por uma expectativa confiante, porém incerta, de atingir um objetivo. – Como meio de avaliar a esperança do cliente a enfermeira deve ouvir o que eles narram a respeito de suas expectativas em relação à vida, ao presente e ao futuro. Mecanismos de adaptação no luto e na perda •• Lamentação Lamentação – é o processo que sucede uma perda e inclui o trabalho através do luto. Os processos de luto e lamentação são intensos, internos, dolorosos e prolongados. Mecanismos de adaptação no luto e na perda •• ConclusãoConclusão – é o ponto em que a perda foi resolvida, e o indivíduo em luto pode seguir na vida, sem se deter na perda. Não é a conclusão um ponto isolado sem retorno, mas uma série de pontos fluidos no tempo e que pode durar anos. Mecanismos de adaptação no luto e na perda • Estratégias para o enfrentamento do luto: –– TT – aceitar (“to accept”) a realidade da perda –– EE – experimentar a dor da perda –– AA – ajustar-se a um ambiente que não mais inclua a pessoa, objeto ou aspecto de sí próprio perdido –– RR – reinvestir a energia emocional em novos relacionamentos. Cuidados com o corpo após a morte • A morte é caracterizada por: – Esfriamento do corpo; – Manchas generalizadas de coloração arroxeada; – Relaxamento dos esfíncteres; – Rigidez cadavérica. Cuidados com o corpo após a morte •• Finalidades do preparo do corpoFinalidades do preparo do corpo: – Manter o corpo limpo e identificado – Evitar odores e saída de secreções e sangue – Dispor o corpo em posição adequada antes da rigidez cadavérica. 11/05/2009 4 Cuidados com o corpo após a morte •• MateriaisMateriais: – Pinça Pean (longa) – Algodão – Atadura de crepe – Éter ou benzina para retirada de esparadrapo – 3 (três) lençóis (maca, envolver corpo e cobrir) – Maca – Biombo – 2 (duas) etiquetas de identificação. Cuidados com o corpo após a morte •• ProcedimentoProcedimento: – Cercar o leito com biombo – Retirar sondas, drenos e cateteres – Proceder à limpeza do corpo – Fazer o tamponamento dos orifícios com algodão com auxílio da pinça Pean – Fixar queixo, pés e mãos com atadura – Envolver o corpo no lençol – Colocar etiqueta no tórax e outra sobre o lençol – Transferir o corpo para a maca – Encaminhar o corpo para o necrotério – Anotações de enfermagem do início ao término do preparo – Entregar pertences aos familiares – Solicitar limpeza terminal do leito. Bibliografia • Potter, Perry – Fundamentos de Enfermagem • Rodrigues, ana - Guia prático de enfermagem.
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