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CCJ0014-WL-D-AMMA-02-Teoria Geral dos Contratos

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DIREITO CIVIL III
Aula 2 -Teoria Geral dos 
Contratos
Conteúdo Programático desta aula
 Evolução Histórica
 Plano de existência; validade e eficácia;
 Princípios Contratuais
Evolução Histórica
•Direito Romano – convenção era 
gênero e contrato e pacto eram 
espécies
•Código Napoleônico – art. 1101, 
também considerava contrato 
espécie
•Código Civil Alemão – considerava 
contrato como espécie de negócio 
jurídico
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL
Condições de validade dos contratos
Quanto à validade, os contratos seguem os mesmos requisitos do art. 104, 
CC:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Os contratos, enquanto negócios jurídicos que são, 
desdobram-se
em três planos distintos: existência, validade e eficácia
Os Princípio Contratuais
a) Princípio da Autonomia de vontade e 
consensualismo;
-dirigismo contratual; 
-reequilíbrio da balança contratual;
-hipossuficiente;
-limite e condições através de normas de 
ordem pública;
-não pode haver interpretação absoluta 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
VERTICAL
b) Princípio da força obrigatória do contrato
- o contrato faz lei entre as partes - pacta sunt servanda; não se presta o 
caráter absoluto; mecanismos jurídicos de regulação do equilíbrio 
contratual
Teoria da Imprevisão - rebus sic stantibus; teoria da 
onerosidade excessiva; revisão ou resolução do contrato.
Art. 478. Nos contratos de execução 
continuada ou diferida, se a prestação de uma 
das partes se tornar excessivamente onerosa, 
com extrema vantagem para a outra, em 
virtude de acontecimentos extraordinários e 
imprevisíveis, poderá o devedor pedir a 
resolução do contrato. Os efeitos da sentença 
que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, 
oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente 
as condições do contrato. 
Teoria da Imprevisão
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem 
a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que 
a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo 
de executá-la, a fim de evitar a onerosidade 
excessiva.
c) Princípio da relatividade subjetiva dos efeitos dos contratos (entre 
partes );
- Efeitos entre as partes; oponibilidade relativa ( versus erga omnes )
exceção: estipulação em favor de terceiros (prestação em 
benefício de terceiro) e contrato com pessoa a declarar ( 
promessa de prestação por terceiro); relativização do 
princípio.
d) Princípio da função social do contrato
- Subordinação do contrato ao interesse social 
da coletividade; 
- aspecto intrínseco – entre as partes, boa-fé 
objetiva e lealdade negocial; tratamento 
idôneo entre as partes; trato ético e leal; 
deveres jurídicos gerais de cunho patrimonial e 
dever jurídico colateral ou anexo decorrente 
deste esforço socializante;
- aspecto extrínseco- em face da coletividade, 
impacto eficial na sociedade; instrumento de 
desenvolvimento social e de circulação de 
riquezas; dever de informação, 
confidencialidade, assistência, lealdade –
princípio da dignidade da pessoa humana;
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
VERTICAL
• O contrato não pode mais ser entendido como mera relação 
individual; por outro lado não se pode aniquilar os princípios da 
autonomia da vontade ou do pacta sunt servanda; trata-se de 
temperá-los à luz do bem comum;
• Função social do contrato – efeito de impor limites a liberdade de 
contratar em prol do bem comum;
“Art. 421 CC A liberdade de contratar será exercida em razão e nos 
limites da função social do contrato.”
e) Princípio da Boa-Fé objetiva;
- Princípio de substrato moral -
Boa fé subjetiva – estado de 
ânimo ou espírito do agente sem 
ter ciência do vício.
- Boa-fé objetiva – natureza de 
princípio jurídico, regra de 
comportamento, de fundo ético 
e exigibilidade jurídica; cláusula 
geral; espera-se que a outra 
parte aja conforme o contrato, 
lealdade contratual; 
comportamento comum ao 
homem médio; liga-se à 
eticidade.
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de 
probidade e boa-fé. 
Explorando o tema
A boa-fé objetiva também pode incidir sobre os
elementos da obrigação, podendo elastecer, 
bem como reduzir o seu conteúdo, gerando 
com isso quatro institutos na sua efetiva 
aplicabilidade:
1- Supressio - Para a sua configuração, 
necessário se faz que decorra lapso temporal 
sem o exercício do respectivo direito, bem 
como que haja desequilíbrio na relação 
contratual, justificando manter o statuo quo 
contratual
Explorando o tema
2- Surrectio - enquanto o primeiro reduz,
este amplia o conteúdo obrigacional. Para a 
configuração do surrectio deve ter decorrido 
certo lapso de tempo que, durante seu 
percurso, tenha fomentado situação jurídica 
que seja igual ao direito subjetivo que irá 
formar, bem como não poderá haver previsão 
legal que proíba a surrectio.
Explorando o tema
3- Tu quoque - significa “tu também”. A esse 
cabe afirmar que a parte não pode cobrar 
aquilo que ela própria descumpriu. Evidencia 
os deveres anexos que devem ser considerados 
entre os contratantes, não cabendo aos 
mesmos se beneficiarem de sua própria 
torpeza, situação não aceitável na esfera 
jurídica
Explorando o tema
4- “Venire contra factum próprium”- tratase
da circunstância de um sujeito de direito 
buscar favorecer em processo judicial, 
assumindo conduta que contradiz outra que a 
precede no tempo e assim constitui um 
proceder injusto e portanto, inadmissível. 
Explorando o tema
5- O “duty to mitigate the loss” - “Pode o 
credor ser instado a diminuir o próprio 
prejuízo”
Boa-fé objetiva e sua tríplice função
função 
interpretativa
controle do 
abuso de 
direito
BOA-FÉ OBJETIVA
criação de 
deveres anexos
Correção dos Exercícios – Semana 1
Caso concreto 01
FRANCISCO FARIAS celebrou contrato de promessa de compra e venda 
de imóvel residencial, localizado em Belém/Pará, com ANTÔNIA 
ALMEIDA em 20 de maio de 2008, no qual o promitente vendedor
Comprometia-se a transferir a propriedade do imóvel em questão em 
março de 2010, quando a promitente compradora terminaria de 
pagar o valor ajustado em R$ 360.000,00.
No prazo previsto contratualmente, ANTÔNIA foi providenciar a 
transferência da propriedade do imóvel aos promitentes
compradores, tendo sido informada pelo Cartório de Registro de 
Imóveis que, dentre os encargos da transferência, havia
um referente a um ônus real que incidia sobre o imóvel (enfiteuse), 
que deveria ser pago a Coden, pagamento sem o qual
não poderia ser feita a escritura pública de propriedade do imóvel.
O funcionário do Cartório informou a ANTÔNIA que o pagamento 
relativo a esse ônus real, pela lei, cabia ao atual proprietário, ou 
seja, ao promitente vendedor, mas que no contrato assinado entre 
as partes poderia conter estipulação sem sentido diverso.
ANTÔNIA, que em momento algum foi informada desse ônus real, 
procurou FRANCISCO e comunicou que esse pagamento deveria ser 
feito. FRANCISCO também revelou desconhecimento desse ônus e 
alegou que, de acordo com a cláusula sétima do instrumento 
público de promessa de compra e venda, quem deveria pagar o 
valor era ANTÔNIA. É importante destacar duas cláusulas do 
contrato em questão:
Cláusula terceira: Que possuindo ele PROMITENTE VENDEDOR o imóvel 
descrito nas cláusulas anteriores, livre e desembaraçado de 
quaisquer ônus legais, convencionais, encargos, judiciais ou 
extrajudiciais,foro, pensão ou hipoteca, bem como quite de 
impostos e taxas, assim prometem vendêlo, como prometido, tem 
o PROMITENTE COMPRADOR, que por sua vez promete comprálo,
de conformidade com o preço e condições seguintes.
Cláusula sétima: Todas as despesas com a eventual legalização desta 
Promessa de Compra e Venda e com a legalização da Escritura 
Definitiva de Compra e Venda serão de total e exclusiva 
responsabilidade do PROMITENTE COMPRADOR, salvo comissão de 
corretagem. Considerando o contexto acima descrito e tomando 
por parâmetro a teoria geral dos contratos, responda JUSTIFICADA 
E FUNDAMENTADAMENTE:
A) Explique o princípio da boa-fé objetiva e sua tríplice função.
B) À luz da boa-fé objetiva, quem deve efetuar o pagamento 
decorrente do ônus real do imóvel? Utilize a(s) função(ões) da boa-
fé objetiva existente(s) no caso.
Questão objetiva 01
(AGU – procurador 2007) No campo das obrigações e dos contratos, 
várias novas teorias têm sido delineadas pela doutrina e pela 
jurisprudência. A esse respeito, julgue os itens que se seguem.
1. A partir do princípio da função social, tem-se estudado aquilo que 
se convencionou chamar de efeitos externos do contrato, que 
constituem uma releitura da relatividade dos efeitos dos contratos.
2. Segundo a doutrina contemporânea, o aforismo turpitudinem suam 
allegans non auditor não se confunde com a vedação do venire 
contra factum proprium; enquanto o primeiro objetiva reprimir a 
malícia e a má-fé, o segundo busca tutelar a confiança e as 
expectativas de quem confiou na estabilidade e na coerência 
alheias.
Questão objetiva 02
O enunciado 169, da III Jornada de Direito Civil, que dispõe que o 
princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o 
agravamento do próprio prejuízo leva em consideração o instituto 
do(a):
A) tu quoque.
B) venire contra factum proprium.
C) duty to mitigate the loss.
D) supressio.
E) surrectio.

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