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CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 Olá Guerreiro Concurseiro! Meu nome é Vanessa Patricio e foi com muito prazer e satisfação que aceitei o convite do Canal dos Concursos para estar aqui com você, contribuindo com sua preparação para a prova de Técnico Administrativo do TJDFT. Sou advogada formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em Direito Civil e Processo Civil com capacitação para o Ensino no Magistério Superior pela Faculdade de Direito Professor Damásio de Jesus. Atuei como assessora jurídica na Prefeitura de São Paulo, posteriormente ingressando em uma instituição financeira, na área de Contratos e Direitos do Consumidor. Agora que já fomos apresentados, quero lhe parabenizar pela escolha! Estudar de forma direcionada fará toda diferença em sua preparação. Mas lembre-se, será necessário muita dedicação e estudo! Esse período entre a divulgação do edital e a realização da prova deve ser aproveitado intensamente, e da melhor maneira possível. Estude agora para aproveitar depois, comemorando sua aprovação! Com relação ao curso, abordaremos todos os itens exigidos no edital da forma mais didática possível então, mesmo que você nunca tenha tido contato com a matéria, não fique preocupado, vou te ajudar! Trarei esquemas, organogramas, tabelas e exercícios, tudo pensando em você e em como facilitar seu entendimento e fixação, mas repito: a parte principal é sua, ESTUDE! A banca que irá organizar o concurso será o CESPE/UnB, uma organizadora bastante tradicional e exigente, que possui como diferencial APRESENTAÇÃO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 2 a aferição da pontuação, portanto, se não atentou para esse detalhe, é bom lembrar: 8.10.2 A nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas marcações da folha de respostas, será igual a: 1,00 ponto, caso a resposta do candidato esteja em concordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 1,00 ponto negativo, caso a resposta do candidato esteja em discordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 0,00, caso não haja marcação ou haja marcação dupla (C e E). Nossas aulas serão divididas da seguinte forma: MATÉRIA DISPONÍVEL AULA DEMO JURISDIÇÃO Noções Gerais Conceito Aspectos e Finalidades Características Princípios Poderes Modalidades Órgãos Exercícios ANEXO 1 – Código de Processo Civil - artigos mais relevantes para o estudo do conteúdo do edital divulgado 02/02/2013 AULA 1 AÇÃO Noções Gerais Conceito Natureza Jurídica Condições Classificação 09/02/2013 AULA 2 SUJEITOS DO PROCESSO Partes e Procuradores Juiz Ministério Público Serventuários e Oficial de Justiça 16/02/2013 CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 3 AULA 3 DOS ATOS PROCESSUAIS 23/02/2013 Espero que aproveitem ao máximo o curso e que ele seja uma das ferramentas do seu sucesso! Bons estudos e conte comigo! Abraços CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 4 SUMÁRIO 1. DA JURISDIÇÃO 1.1 Noções Gerais 1.2 Conceito 1.3 Aspectos e Finalidades 1.4 Características 1.5 Princípios 1.6 Poderes 1.7 Modalidades 1.8 Órgãos 1.9 Bibliografia QUESTÕES TESTES GABARITO QUESTÕES COMENTADAS GABARITO ANEXO 1 – Código de Processo Civil 1. DA JURISDIÇÃO 1.1 Noções gerais Atualmente, tendo em vista a existência de um Estado de Direito organizado, regulado por um conjunto de normas, com força suficiente para impor sua vontade à dos cidadãos, o poder de resolver os conflitos entre as partes é exclusivo do Estado, representado, neste caso, pelo Poder Judiciário, mas nem sempre foi assim. Quando da inexistência desse Estado organizado, a solução dos conflitos era feita pelas próprias partes, pelo que se chamava autotutela, fazendo prevalecer a lei do mais forte. Tempos depois, mas ainda na presença de um Estado não totalmente organizado, surgiu a autocomposição, onde uma das partes sacrifica sua pretensão em prol da solução de conflitos. Por fim, surge a CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 5 arbitragem, na qual a solução é dada por um terceiro desinteressado, eleito pelos próprios envolvidos no conflito (hoje regulada pela Lei 9.307/1996). Para ajudar nos seus estudos, preparei uma série de esquemas que tornarão o entendimento muito mais fácil, vamos conferir? AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL DESISTÊNCIA RENÚNCIA À PRETENSÃO Uma das partes renuncia ao seu direito. SUBMISSÃO RENÚNCIA À RESISTÊNCIA OFERECIDA À PRETENSÃO Uma das partes se submete à vontade da outra, sacrificando por inteiro seu interesse. TRANSAÇÃO CONCESSÕES RECÍPROCAS Cada uma das partes abre mão parcialmente de seu direito, a fim de que o conflito seja resolvido. FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO AUTOTUTELA Uma das partes impões à outra a solução que julga ser a melhor, sem se importar com a existência ou inexistência do direito, satisfazendo-se simplesmente pela força. AUTOCOMPOSIÇÃO Limita-se a fixar a existência ou inexistência do direito. Resulta do sacrifício parcial ou total da pretensão das partes envolvidas. Nos tempos iniciais, o cumprimento da decisão continuava dependendo de solução violenta e parcial. JURISDIÇÃO O juiz, provocado pelas partes e com base nos preceitos jurídicos, busca a melhor solução para o conflito, sendo investigada a existência ou não do direito e a quem ele pertence. As partes não podem mais fazer "justiça com as próprias mãos" (autotutela). CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 6 Desistência, Submissão e Transação são soluções parciais de conflito e dependem de ato das próprias partes. Autotutela e Autocomposição são formas não jurisdicionais de solução de conflito, ou seja, não contam com a figura do Estado-juiz. Essas formas de solução de conflito são também chamadas de Equivalentes Jurisdicionais. TRANSAÇÃO CONCILIAÇÃO O conciliador, que é um terceiro imparcial, tenta fazer com que as partes cheguem a um acordo dentro do que está sendo discutido. MEDIAÇÃO É uma das formas de autocomposição que ganhou autonomia. O mediador, que é um terceiro imparcial, propõe uma nova solução, uma forma de satisfação do interesse das partes. O mediador não decida nada, quem decide são as partes. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL– TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 7 FORMAS ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO NO DIREITO MODERNO AUTOTUTELA (COMO EXCEÇÃO) Exemplos: Direito de Retenção (v.g. arts. 558, 644, 1219, 1433, II e 1434, ambos do Cód. Civil); Penhor Legal (art. 1467 do Cód. Civil); Poder de efetuar Prisões em Flagrante; Atos realizados em Legítima Defesa ou Estado de Necessidade (arts. 188, 929 e 930 do Cód. Civil); Direito de cortar raízes em árvores limítrofes que ultrapassem a extrema do prédio (art. 1283 do Cód. Civil). Motivos pelos quais se admite a autotutela: A)Impossibilidade da presença do Estado-Juiz ante à iminênica ou a violação de um direito; B)Ausência de confiança para a autocomposição. AUTOCOMPOSIÇÃO Principalmente mediante a CONCILIAÇÃO ARBITRAGEM Lei 9.307/1996 Arbitragem não é Equivalente Jurisdicional como a Autotutela e a Autocomposição. Na arbitragem um terceiro escolhido pelas partes decide o conflito (HETEROCOMPOSIÇÃO). Resulta de um negócio jurídico celebrado pelas partes que optam por escolher um terceiro para resolver o conflito. Somente direitos disponíveis podem ser objeto da arbitragem. Hoje a posição majoritária no Brasil é de que Arbitragem é Jurisdição, sendo a decisão executada, e não apenas homologada, pelo Juiz estatal. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 8 E então, não ficou bem mais fácil assimilar a matéria? Agora que você já tem uma noção geral das formas de solução de conflitos e sua evolução, está na hora de aprofundar um pouco mais. Vamos comigo? 1.2 Conceito Conforme acabamos de estudar, com o surgimento do Estado de Direito, a tarefa de solucionar os conflitos passa para o Estado, o grande responsável pela organização e pelo controle social. Enquanto poder soberano, o Estado exerce três funções básicas: legislativa, executiva e judiciária. A atividade jurisdicional é uma das mais importantes atividades do Estado, que tem o objetivo de aplicar a norma editada no caso concreto. Mas o que é jurisdição? Para melhor compreender, vamos buscar ajuda na origem da palavra: “dizer o direito” ESTADO SEPARAÇÃO DOS PODERES PODER LEGISLATIVO FUNÇÃO LEGISLATIVA Elaboração de leis, de normas gerais e abstratas, impostas coativamente a todos. PODER EXECUTIVO FUNÇÃO EXECUTIVA OU ADMINISTRATIVA Adminstração do Estado, de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo. PODER JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA OU JURISDICIONAL Atividade jurisdicional do Estado, de distribuição da justiça e aplicação da lei ao caso concreto, em situações de litígio, envolvendo conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida. INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL JURISDIÇÃO JURIS (direito) DICTIO (dizer) AÇÃO EXCEÇÃO OU DEFESA PROCESSO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 9 Visto isto, podemos conceituar jurisdição como: A atividade do Estado, exercida por intermédio do juiz, que busca a pacificação dos conflitos em sociedade pela aplicação da lei aos casos concretos. O exercício da jurisdição, pelo Estado, normalmente está relacionado com a existência de uma lide1, que as partes levam ao juiz para ser solucionada de forma justa. Note: a parte (ou as partes) interessada deve levar o conflito ao conhecimento do juiz (Estado-juiz) que somente após ser acionado por um dos interessados, e por meio de um processo, irá aplicar a lei ao caso concreto, buscando dar solução ao conflito. Daí decorre que a jurisdição é sempre inerte, visto que o juiz aguardará a provocação das partes, as quais incumbe dar início ao processo, conforme expresso no próprio CPC: “Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.” A decisão tomada pelo juiz frente ao caso concreto torna- se imutável, porque a partir de um determinado momento não pode mais ser discutida (faz-se coisa julgada2). 1 De acordo com o Dicionário Jurídico de Bolso, lide é o conflito de interesses suscitado em juízo. 2 Coisa julgada é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível. Atualmente tem por objetivos a segurança jurídica e impedir a perpetuação dos litígios. Cansado de tanto esperar “A” (credor) procura o Judiciário e, em posse dos documentos que comprovam a existência da dívida, convence o juiz. “A” (credor) cobra dívida de “B” (devedor) que se recusa a pagar. O Estado, através do Juiz, profere a sentença (exerce seu poder jurisdicional) e declara “B” devedor, condenando-o a pagar a dívida. Caso “B” não realize o pagamento, o Estado possui meios de, coativamente, obrigá-lo a satisfazer a obrigação (por exemplo, processo de execução). CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 10 1.3 Aspectos e Finalidades JURISDIÇÃO 4 ASPECTOS é um PODER do Estado É também chamado de PODER-DEVER pois é obrigação do Estado solucionar os conflitos levados à sua apreciação. é um DIREITO da parte é uma FUNÇÃO do Judiciário (via de regra) Nos termos do CPC: "Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece." (grifo nosso) é uma ATIVIDADE dos órgãos jurisdicionais (representados, via de regra, pelo juiz, também chamado de Estado-Juiz) FINALIDADES (ESCOPOS) SOCIAL VISA TRAZER A PAZ SOCIAL; APROXIMAR O JUDICIÁRIO DA SOCIEDADE JURÍDICA COMPOSIÇÃO DE LITÍGIOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO DIREITO AO CASO CONCRETO POLÍTICA REALIZAÇÃO DA JUSTIÇA; FORTALECIMENTO DA IMAGEM DO ESTADO COMO PODER SOBERANO EDUCACIONAL OU PEDAGÓGICO EDUCAR AS PARTES E AOS DEMAIS JURISDICIONADOS SOBRE SEUS DIREITOS E DEVERES CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 11 1.4 Características Caro aluno, muito embora este não seja um tópico exigido no edital, sugiro que leia com atenção os itens abaixo, pois seu entendimento contribuirá para melhor absorção e compreensão do instituto ora em estudo. De forma resumida e didática, passemos à análise de cada uma das características da jurisdição: a) Inércia (Princípio Dispositivo ou da Demanda): A jurisdição (representada pela figura do Estado-juiz) só atua mediante provocação da parte. Neste sentido, o CPC é expresso: “Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.” (grifo nosso) O princípio dispositivo,ou da demanda, informa que é do cidadão, e não do juiz, a iniciativa de movimentar (ou não) o Poder Judiciário. É o que se depreende da leitura dos seguintes artigos do mesmo Código: “Art. 262 O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.” (grifo nosso) “Art. 128 O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.” (grifo nosso) Cabe lembrar, entretanto, que existem exceções, ou seja, situações nas quais o juiz pode (e deve) agir mesmo sem a solicitação das partes, por exemplo, o inventário (art. 989 do CPC) e procedimentos da jurisdição voluntária (arts. 1113, 1129, 1142, todos do CPC). “Art. 989 O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.” (grifo nosso) CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 12 b) Lide (ou Justa Solução da Lide): A jurisdição, em regra, atua para solucionar uma lide. Para Cândido Rangel Dinamarco existem duas espécies de lide: b.1. LIDE REAL, em que há conflito de interesse entre as partes, qualificado por uma pretensão resistida. b.2. LIDE PRESUMIDA, não há conflito entre as partes, que tem uma pretensão comum, mas a lei resiste à pretensão das partes, impedindo a solução da situação pela via extrajudicial. Ex.: Jurisdição Voluntária. O pressuposto para o exercício da jurisdição não é a lide, mas uma situação fática relevante, que pode ser uma lide (é a regra), o risco de dano (tutela preventiva) ou uma situação individual relevante. Excepcionalmente haverá jurisdição sem lide, exemplos: na separação, divórcio e inventário consensuais, sem incapaz ou testamento, e as partes optam pela via judicial; na tutela preventiva (onde há apenas o risco de dano). c) Imperatividade: A jurisdição é imposta às partes, independentemente de prévia anuência. O juiz exerce o PODER e as partes ficam em estado de sujeição. d) Imparcialidade: Imparcialidade do juiz ou do terceiro imparcial investido na condição de juiz. Põe em prática a vontade da lei, sem privilegiar qualquer das partes. e) Definitividade: Somente a decisão tomada pelo Estado-juiz, em um dado momento, pode tornar-se definitiva (imutável, imodificável). CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 13 Nem sempre a jurisdição é dotada de definitividade. Para que a decisão prestada pelo Estado-juiz tenha tal caráter é necessário que a demanda (o processo) seja apreciado em seu mérito, ou seja, que o conflito seja resolvido. f) Substitutiva: Ao exercê-la o juiz substitui as partes na solução do conflito. A vontade do Estado (da lei) substitui a vontade das partes. g) Declaratória de direitos (ou Declarativa): A jurisdição não cria direitos para as partes, apenas reconhece direitos pré-existentes. 1.5 Princípios Agora que já estudamos as características da jurisdição, falaremos de seus princípios, estes sim pedidos no edital. Estude e memorize cada um deles, pois este é um ponto que você não pode perder na hora da prova! a) Indeclinabilidade (ou Inafastabilidade da Jurisdição): Não poderá o juiz se eximir de julgar (salvo nos casos de impedimento, suspeição e incompetência). Veja como o princípio foi inserido em nosso Código de Processo Civil e, em seguida, confira o amparo constitucional: “Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.” (grifo nosso) “Art. 5º, XXXV a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.” CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 14 b) Inevitabilidade: Ligado à característica da Imperatividade (ver item 1.4, letra c). Uma vez ativada pelas partes, a jurisdição é forma de exercício do poder estatal, e o cumprimento de suas decisões não pode ser evitado pelas partes, sob pena de cumprimento coercitivo. PRINCÍPIO DA INDECLINABILIDADE OU INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO 2 VERTENTES TODO CIDADÃO TEM DIREITO DE LEVAR UMA DEMANDA À APRECIAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO, NÃO PODENDO O JUIZ NEGAR-SE A APRECIÁ- LA. O PROCESSO DEVE GARANTIR O ACESSO A UMA ORDEM JURÍDICA JUSTA. PRINCÍPIO DA INEVITABILIDADE DA JURISDIÇÃO VINCULAÇÃO OBRIGATÓRIA AO PROCESSO VINCULAÇÃO OBRIGATÓRIA AOS EFEITOS DA JURISDIÇÃO Depois que a parte (ou as partes) procura o Poder Judiciário para por fim a um conflito, não pode desistir da demanda. A parte (ou as partes) fica vinculada à decisão do juiz, devendo suportar seus efeitos. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 15 c) Juiz Natural: Este princípio deve ser estudado sob dois aspectos: PRINCÍPIO DA INEVITABILIDADE DA JURISDIÇÃO Exceções: - Arbitragem: É um acordo de vontades, celebrado entre pessoas capazes que, preferindo não se submeter à morosidade de um crivo judicial, utilizam-se de árbitros para a solução de suas controvérsias ou litígios, quando estas recaírem sobre direitos patrimoniais disponíveis, isto é, aqueles que podem ser objeto de transação entre os interessados. Assim sendo, as partes não estarão vinculadas ao processo ou aos efeitos da jurisdição. - Nomeação à autoria: o nomeado citado pode se recusar a ser réu naquele processo. (art. 67 do CPC) CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 16 A criação de varas especializadas não viola o princípio do Juiz Natural, pois se trata de regra abstrata e impessoal. d) Investidura: A jurisdição deve ser exercida por autoridade regularmente investida. JUIZ NATURAL PARA O ESTADO É vedado ao Estado a criação de Tribunais de Exceção, ou seja, criados após determinado fato e somente para o julgamento dele, conforme preceitua nossa Constituição Federal em seu art. 5º, XXXVII "não haverá juízo ou tribunal de exceção;". PARA A PARTE INTERESSADA É proibida a escolha do Juízo, ou seja, o Estado determinará quem será o juiz competente para julgamento da causa. Observe o disposto no CPC: "Art. 253. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II - quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; “. (grifo nosso) ESTADO PODER JURISDICIONAL ESTADO DELEGA PODER JURISDICIONALAOS SEUS AGENTES (JUÍZES). A INVESTIDURA DA FUNÇÃO JURISDICIONAL ACONTECE DE DUAS FORMAS: ATRAVÉS DE CONCURSO PÚBLICO PARA A MAGISTRATURA ART. 93, I DA CF/88 ATRAVÉS DO QUINTO CONSTITUCIONAL ART. 94 DA CF/88 CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 17 e) Territorialidade (Aderência ao Território ou Improrrogabilidade): Cada órgão jurisdicional exerce suas atividades dentro de uma área pré-determinada (dentro de um limite territorial). Não confundir JURISDIÇÃO com COMPETÊNCIA. Um Juiz, por exemplo, tem jurisdição em todo o território nacional, entretanto, possui competência limitada territorialmente, ou seja, deve atuar somente dentro dos limites de sua comarca3. Cuidado com as pegadinhas na hora da prova, o examinador vai testá-lo, mas você estará preparado! Importante lembrarmos que o princípio da territorialidade traz exceções. Vejamos alguns exemplos: Quando a ação versa sobre imóvel situado em mais de um Estado ou comarca, o juízo de 3 Segundo o Dicionário Jurídico de Bolso, comarca é a circunscrição judiciária sob a jurisdição de um ou mais juízes de direito. COMPETÊNCIA = MEDIDA OU QUANTIDADE DE JURISDIÇÃO ATRIBUÍDA AOS SEUS ÓRGÃOS EXISTENTES. CADA ÓRGÃO TERÁ PODER DENTRO DE UM LIMITE TERRITORIAL. LIMITE JURISDIÇÃO = TERRITÓRIO BRASILEIRO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 18 qualquer delas tem competência para julgar sobre o imóvel todo. Art. 107, CPC “Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel.” A citação pelo correio para qualquer comarca do país. Art. 222, CPC “A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do país...” Citação e intimação por oficial de justiça nas comarcas contíguas e de fácil acesso ou da mesma região metropolitana. Art. 230, CPC “Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.” A penhora de imóvel em qualquer lugar do país com base na certidão de matrícula. A penhora online de dinheiro em qualquer banco do país. f) Indelegabilidade: Também deve ser estudado sobre dois aspectos: CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 19 g) Inafastabilidade da Jurisdição ou Garantia de Acesso à Justiça: Nenhuma “lesão ou ameaça de lesão” (fundamento da tutela preventiva) a direito será excluída da apreciação do Poder Judiciário. Observe a previsão constitucional: “Art. 5º, XXXV a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;” Deste princípio decorrem duas regras: 1ª) Toda decisão administrativa pode ser revista pelo Judiciário. 2ª) É possível recorrer diretamente ao Judiciário. Não é necessário o prévio esgotamento das vias administrativas. Exceção: JUSTIÇA DESPORTIVA – ART. 217, §1º CF/88, que diz: “O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.” (grifo nosso) INDELEGABILIDADE ASPECTO EXTERNO O Judiciário não pode delegar suas funções a outro poder, salvo exceções expressas, como as previstas no art. 102, I, "m" da CF/88, e arts. 201 e 492 do CPC; ASPECTO INTERNO Um órgão jurisdicional não pode delegar suas funções a outro, por exemplo, o Juiz "A" não pode delegar ao Juiz "B" sua competência para julgamento de determinada demanda. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 20 h) Unicidade: Muito embora se fale em jurisdição civil e penal, Justiça Federal e Estadual, na realidade esse poder-dever é uno e indivisível, ou seja, é exercido da mesma forma em todo o território nacional. JURISDIÇÃO COMUM CIVIL ESTADUAL FEDERAL PENAL ESTADUAL FEDERAL ESPECIAL MILITAR ELEITORAL TRABALHISTA A ATIVIDADE JURISDICIONAL É DIVIDIDA APENAS PARA MELHOR FUNCIONALIDADE. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 21 Agora que estudamos cada uma das características e princípios da jurisdição, é importante memorizar para não confundir na hora da prova. Vamos treinar? MEMORIZANDO CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO INÉRCIA INDECLINABILIDADE LIDE INEVITABILIDADE IMPERATIVIDADE JUIZ NATURAL IMPARCIALIDADE INVESTIDURA DEFINITIVIDADE TERRITORIALIDADE SUBSTITUTIVA INDELEGABILIDADE DECLARATÓRIA DE DIREITOS INAFASTABILIDADE UNICIDADE CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 22 1.6 Poderes Quando se fala em poderes da jurisdição, na verdade se está fazendo uma referência aos atributos inerentes à atividade jurisdicional, ou seja, poderes decorrentes de tal atividade. São eles: a) Poder de decisão Consiste na atividade jurisdicional de por fim aos conflitos sociais, aplicando o direito ao caso concreto, decidindo a lide. É o poder-dever de dizer o direito. b) Poder de polícia Para assegurar que suas decisões sejam cumpridas, o Poder Judiciário pode fazer uso da força pública. Assim, poder de polícia4 é aquele dado ao magistrado para dirigir o processo, conforme previsto nos arts. 445 e 446 do CPC: “Art. 445. O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe: I - manter a ordem e o decoro na audiência; II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem inconvenientemente; III - requisitar, quando necessário, a força policial. (grifo nosso) Art. 446. Compete ao juiz em especial: I - dirigir os trabalhos da audiência; II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas; III - exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com elevação e urbanidade. 4 Consoante disposto no Dicionário Jurídico de Bolso, poder de polícia é atividade da administração pública que, limitando ou disciplinado direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina daprodução e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 23 Parágrafo único. Enquanto depuserem as partes, o perito, os assistentes técnicos e as testemunhas, os advogados não podem intervir ou apartear, sem licença do juiz.” c) Poder de coerção Decorre da força coercitiva das decisões emanadas pelo poder judiciário, substituindo a vontade das partes e impondo a observância desses comandos. Alguns abordam poder de coerção e poder de polícia conjuntamente. d) Poder de documentação É aquele que resulta da necessidade de documentar, de modo a fazer fé, de tudo o que ocorre perante os órgãos judiciais ou sob sua ordem (termos de assentada, da constatação, de audiência, de provas, certidões de notificações, de citações, etc.). Segundo o art. 169 do CPC: “Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência.” e) Poderes jurisdicionais São os decorrentes dos atos praticados pelo juiz no curso do processo, com o fim de lhe dar andamento. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 24 1.7 Modalidades Nenhum poder estatal exerce com exclusividade suas funções inerentes, há casos em que, atipicamente, um poder pode exercer as atividades típicas de outro. Assim, é possível que o Judiciário exerça funções distintas daquelas que lhe são inerentes, ora assumindo função legislativa, ora praticando atos de pura administração. Observe o art. 1º do CPC: “A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece.” (grifo nosso) JURISDIÇÃO PODERES DE DECISÃO DE POLÍCIA DE COERÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO JURISDICIONAIS CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 25 Agora vamos ao estudo da parte mais importante, qual seja, as diferenças entre estas duas principais modalidades de jurisdição. O quadro comparativo a seguir tornará a fixação do conteúdo mais fácil e certamente o ajudará no momento da prova! JURISDIÇÃO CONTENCIOSA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA Função Jurisdicional ATIVIDADE Atribuição Administrativa Visa à composição/solução de conflito de interesses Há uma “LIDE” CAUSA Visa à integração do Estado para dar validade a um negócio, ato ou providência jurídica NÃO há “LIDE”, e sim um acordo de vontades JURISDIÇÃO CIVIL CONTENCIOSA Atividade inerente ao Poder Judiciário. É jurisdição. VOLUNTÁRIA ATENÇÃO!!!!! Não é, na realidade, jurisdição, correspondendo mais a uma simples atribuição administrativa conferida em lei - chamada também de administração pública de interesses privados . Exemplos: casamento, que deve ser realizado perante o oficial do cartório de registro de pessoas civis; separação judicial consensual, entre outras. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 26 Partes contrapostas ASPECTOS SUBJETIVOS “Interessados” (art. 1104 do CPC5) na tutela de um mesmo interesse Por meio de ação, em que se formula o pedido do autor contra o réu INICIATIVA Por meio simples “requerimento”, em que se indica a providência judicial postulada. Essa providência não é contra ninguém, mas apenas em favor do requerente Mediante um “processo”, observando os princípios do contraditório e da ampla defesa MANEIRA DE PROCEDER Simples procedimento administrativo Produz “coisa julgada” Sentença de mérito (o juiz aplicará o direito ao caso concreto) SENTENÇA Não produz a “coisa julgada”, podendo ser modificada em face de circunstâncias supervenientes (art. 1111 do CPC6) Homologação, pelo Poder Judiciário, de um acordo de vontade entre as partes, cuja validade, em razão de determinação legal, depende da manifestação do juiz O da “legitimidade”, com a aplicação do direito objetivo para a eliminação do conflito CRITÉRIO DE JULGAMENTO Não é obrigatória a “legalidade estrita”, podendo o juiz ater-se a critérios de equidade, conveniência e oportunidade (art. 1109 do CPC7) 5 “Art. 1104 O procedimento terá início por provocação do interessado ou do Ministério Público, cabendo-lhes formular o pedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instruído com os documentos necessários e com a indicação da providência judicial.” (grifo nosso) 6 “Art. 1111 A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias supervenientes.” 7 “Art. 1109 O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias; não é, porém, obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente ou oportuna.” CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 27 Podemos falar, ainda, em outras espécies de jurisdição, são elas: CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DE SEU OBJETO JURISDIÇÃO CIVIL causas e pretensões não-penais PENAL causas penais e pretensões punitivas CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DA POSIÇÃO HIERÁRQUICA DOS ÓRGÃOS QUE A EXERCEM JURISDIÇÃO INFERIOR exercida pelos juízes que ordinariamente conhecem do processo desde o seu início (competência originária) SUPERIOR exercida pelos órgãos aos quais cabem recursos contra as decisões proferidas pelas juízes inferiores (TJ, TRF, TRT, TRE, STJ, TST, TSE, STF...) CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 28 CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DA FONTE DE DIREITO COM BASE NA QUAL O JULGAMENTO É PROFERIDO JURISDIÇÃO DE DIREITO o juiz decide de acordo com as leis DE EQUIDADE o juiz decide sem as limitações impostas pela lei, podendo aplicar a norma de forma mais individualizada, de acordo com cada caso concreto Art. 127 do CPC "O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DOS ORGANISMOS JUDICIÁRIOS QUE A EXERCEM JURISDIÇÃOCOMUM FEDERAL ESTADUAL ESPECIAL TRABALHO ELEITORAL MILITAR CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 29 1.8 Órgãos Conforme vimos anteriormente, quando do estudo dos princípios, a jurisdição é una, sendo a atividade jurisdicional dividida apenas por questão de funcionalidade. A estrutura baseada em órgãos distintos visa garantir celeridade e maior alcance de sua função. Dito isso, a organização do Poder Judiciário é composta pelos seguintes órgãos (segundo arts. 92, 98, 125, § 3º e 126, todos da CF/88): a) Supremo Tribunal Federal (STF) b) Conselho Nacional de Justiça (CNJ) c) Superior Tribunal de Justiça (STJ) d) Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (TRF’s) e) Tribunais e Juízes do Trabalho (TST, TRT’s) f) Tribunais e Juízes Eleitorais (TSE, TRE’s) g) Tribunais e Juízes Militares (STM, TJM) h) Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (TJ’s) Ficou confuso? Ainda tem dúvida? Não se preocupe, o organograma e a tabela a seguir irão ajudá-lo! CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA JURISDIÇÃO JUSTIÇA ESTADUAL JUSTIÇA FEDERALIZADA TRABALHO ELEITORAL MILITAR FEDERAL COMUM CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 30 Fonte: Blog Direito Acadêmico CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 31 ÓRGÃO COMPETÊNCIA COMPOSIÇÃO STF A ESSE ÓRGÃO ESTÁ RESERVADA A FUNÇÃO MAIOR DE GUARDA DO RESPEITO AOS PRECEITOS CONSTANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SUAS ATRIBUIÇÕES ESTÃO ELENCADAS DO ART. 102 DA CF/88. O STF É COMPOSTO POR 11 MINISTROS, COM IDADE SUPERIOR A 35 E INFERIOR A 65 ANOS, QUE POSSUAM REPUTAÇÃO ILIBADA E NOTÁVEL CONHECIMENTO JURÍDICO. É CARGO PRIVATIVO DE BRASILEIRO NATO. OS COMPONENTES SÃO NOMEADOS DIRETAMENTE PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO, APÓS A APROVAÇÃO POR MAIORIA ABSOLUTA NO SENADO FEDERAL. CNJ COMPETE AO CNJ O CONTROLE DA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO E DO CUMPRMENTO DOS DEVERES FUNCIONAIS DOS JUÍZES, ENTRE OUTRAS ATRIBUIÇÕES CONFERIDAS PELO ART. 103- B, §4º E INCISOS. O CNJ É COMPOSTO POR 15 MEMBROS, NA FORMA PREVISTA NO ART. 103-B DA CF/88. STJ É O GUARDIÃO DO SISTEMA FEDERATIVO, DEVENDO ZELAR, COMO PRINCIPAL ATRIBUIÇÃO ESTABELECIDA PELA CONSTITUIÇÃO O STJ É COMPOSTO DE, NO MÍNIMO, 33 MINISTROS, COM IDADE SUPERIOR A 35 E INFERIOR A 65 ANOS, QUE POSSUAM REPUTAÇÃO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 32 FEDERAL, PELA LEI FEDERAL. SUAS COMPETÊNCIAS ESTÃO ESTABELECIDAS NO ART. 105 DA CF/88. ILIBADA E NOTÁVEL CONHECIMENTO JURÍDICO. OS MINISTROS SÃO NOMEADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, APÓS APROVAÇÃO PELA MAIORIA ABSOLUTA DO SENADO E DEMAIS REQUISITOS PREVISTOS NO ART. 104, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CF/88. STM SUA COMPETÊNCIA ESTÁ DESCRITA NO ARTIGO 124 DA CF/88, JULGANDO OS CRIMES MILITARES. É COMPOSTO POR 15 MINISTROS VITALÍCIOS INDICADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E APROVADOS PELO SENADO FEDERAL, NA FORMA DO ART. 123 DA CF/88. TRF JUSTIÇA RESPONSÁVEL ESPECIALMENTE POR CAUSAS ENVOLVENDO INTERESSES DA UNIÃO, DE SUAS AUTARQUIAS E EMPRESAS PÚBLICAS. SUAS FUNÇÕES ESTÃO DESCRITAS NO ARTIGO 108 DA CF/88, QUE TAMBÉM DISCIPLINA QUAIS SÃO AS MATÉRIAS A SEREM ABARCADAS POR ESTES TRIBUNAIS. EM DEFINIÇÃO, OS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS SÃO A 2ª INSTÂNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL, SENDO RESPONSÁVEIS POR JULGAR OS RECURSOS ORIUNDOS DA 1ª INSTÂNCIA (JUÍZES FEDERAIS). COMPÕEM-SE DE, MÍNIMO, 7 JUÍZES, NA FORMA DO DISPOSTO NO ART. 107 DA CF/88. OS TRIBUNAIS FEDERAIS SÃO DIVIDIDOS, ATUALMENTE, EM 5 REGIÕES. (LEI 9.788/1999 QUE PREVÊ A CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 33 REESTRUTURAÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL). TST A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO VEM PREVISTA NO ART. 114 DA CF/88, COM DESTAQUE PARA A SOLUÇÃO DAS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO. O TST É FORMADO POR 27 MINISTROS, COM IDADE MÍNIMA DE 35 E MÁXIMA DE 65 ANOS, NOMEADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA APÓS A APROVAÇÃO DO SENADO FEDERAL. (VER ART. 111-A DA CF/88) TSE ÓRGÃO QUE SE OCUPA SOMENTE DE MATÉRIA ELEITORAL. O TSE É COMPOSTO DE, NO MÍNIMO, 7 MEMBROS, ESCOLHIDOS NA FORMA DO ART. 119 DA CF/88. TRT JULGAM, EM SUMA, LITÍGIO TRABALHISTA, PARA TANTO, SE ESTRUTURA NO BINÔMIO EMPREGADO – EMPREGADOR. O TRT COMPÕEM-SE DE, NO MÍNIMO, 7 JUÍZES, NOMEADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA FORMA DO ART. 115 DA CF/88. TRE OS TRE'S SÃO OS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO ENCARREGADOS DE GERENCIAR AS ELEIÇÕES EM NÍVEL ESTADUAL, ABRANGENDO DESDE O REGISTRO DOS PARTIDOS POLÍTICOS ATÉ A IMPRESSÃO DE BOLETINS E MAPAS DE APURAÇÃO DURANTE A TOTALIZAÇÃO DAS CONTAGENS DO VOTO. PODE- SE INCLUIR TAMBÉM, ENTRE AS ATRIBUIÇÕES DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL, O CADASTRO DOS CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 34 ELEITORES, PELA CONSTITUIÇÃO DAS JUNTAS E ZONAS ELEITORAIS E PELA APURAÇÃO DE RESULTADOS E DIPLOMAÇÃO DOS ELELITOS EM NÍVEL ESTADUAL. TJM ATUAM NA ÓRBITA ESTADUAL E TEM COMO FUNÇÃO PRIMORDIAL JULGAR AS CONDUTAS QUE VIOLEM O CÓDIGO PENAL MILITAR, RESTRINGINDO SUA FUNÇÃO AOS INTEGRANTES DAS FORÇAS AUXILIARES – POLÍCIA MILITAR E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES. SUA JURISDIÇÃO É RESTRITA APENAS AOS ESTADOS QUE POSSUEM O CONTINGENTE MILITAR SUPERIOR A VINTE MIL INDIVÍDUOS (ART. 125, § 3º DA CF/88). NO CASO DO BRASIL SÓ HÁ TRIBUNAIS DE JUSTIÇA MILITAR EM SP, MG E RS. NA ESFERA FEDERAL A JUSTIÇA MILITAR ESTÁ ESTRUTURADA EM CONSELHOS DE JUSTIÇA, COM A PRESENÇA DE UM AUDITOR MILITAR QUE ATUA EM SITUAÇÕES RELATIVAS ÀS FORÇAS ARMADAS – EXÉRCITO, AERONÁUTICA E MARINHA. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 35 TJ DEVIDO A SUA ORGANIZAÇÃO, É PERMITIDO QUE FUNCIONE DESCENTRALIZADAMENTE, ISTO É, SEJA CONSTITUÍDO CÂMARAS REGIONAIS, COM A FINALIDADE DE GARANTIR O PLENO ACESSO DAS PARTES ENVOLVIDAS À JUSTIÇA, EM TODAS AS FASES QUE DECORREM DO PROCESSO. (ART. 125, §6º DA CF/88) DA MESMA FORMA, POSSUI COMPETÊNCIA PARA JULGAR OS RECURSOS E DECISÕES ORIUNDOS DA PRIMEIRA INSTÂNCIA (DECORRENTE DAS VARAS) E AS CAUSAS QUELHE SÃO RESERVADAS, CONSOANTE A LEGISLAÇÃO. A ESCOLHA DE SEU CONSELHO DE MAGISTRATURA FEITA MEDIANTE VOTAÇÃO SECRETA, EM QUE ELEGEM ENTRE OS JUÍZES MAIS ANTIGOS, QUAIS SERÃO OS TITULARES DOS CARGOS DE DIREÇÃO, COM O MANDATO DE DOIS ANOS (UM BIÊNIO), VEDADA A REELEIÇÃO. RESERVADO UM QUINTO DAS VAGAS PARA MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO E ADVOGADOS. *JUIZADOS ESPECIAIS ESTES ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO ESTÃO SUBORDINADOS AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) E TEM COMO PONTO DE SUSTENTAÇÃO A BUSCA PELA PACIFICAÇÃO SOCIAL E EVITAR A SOBRECARGA DESNECESSÁRIA DO JUDICIÁRIO. O JUIZADO ESPECIAL CÍVEL TEM COMO ATRIBUIÇÕES JULGAR CAUSAS COM MENOR COMPLEXIDADE E QUE CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 36 ENVOLVAM UM MONTANTE DE ATÉ QUARENTA (40) SALÁRIOS MÍNIMOS, SENDO FACULTATIVA A UTILIZAÇÃO DE UM ADVOGADO EM QUESTÕES QUE ENVOLVAM ATÉ VINTE (20) SALÁRIOS MÍNIMOS. DEVE-SE AINDA SALIENTAR, QUE FOI VEDADO A ESSE JUIZADO, JULGAR QUESTÕES RELATIVAS À NATUREZA ALIMENTAR, FALÊNCIA, INTERESSES DA FAZENDA PÚBLICA, INCLUINDO AINDA SITUAÇÕES REFERENTES ACIDENTES DE TRABALHO. QUANTO AO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL, PREVÊ EM SUAS ATRIBUIÇÕES A FUNÇÃO DE JULGAR SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM QUESTÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO PARA A SOCIEDADE E QUE TENHAM COMO PERÍODO DE SANÇÃO IGUAL OU INFERIOR A DOIS (02) ANOS. Parabéns Guerreiro! Você acaba de concluir o estudo de uma parte muito importante do edital, o primeiro degrau rumo ao TJDFT! Agora é hora de treinar e fixar os conhecimentos. Mãos à obra e até nosso próximo encontro, onde falaremos sobre Ação. Abraços e até mais! CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 37 Bibliografia BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Processo civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento, volume 11 – 3. ed. rev. – São Paulo: Saraiva, 2000 – (Coleção sinopses jurídicas). FELIPPE, Donaldo Jr. Dicionário jurídico de bolso: terminologia jurídica: termos e expressões latinas de uso forense; atualizado por Afonso Celso F. Rezende – 17. ed. – Campinas, SP: Millennium Editora, 2006. GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil, volume 1: teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte) – 4. ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2007. HOUAISS, Antônio e Villar, Mauro de Salles. Minidicionário Houaiss de língua portuguesa – 3. ed. rev. e aum. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. MENNA, Fabio de Vasconcellos Processo Civil. São Paulo: Primas Cursos Preparatórios, 2004. MPE-RJ – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – Técnico do Ministério Público – Área de Notificação e Atos Intimatórios – Nível Médio – Conhecimentos Básicos e Específicos. Atualizada até 08/2011. VADE MECUM: 2012: COM FOCO NO EXAME DA OAB E EM CONCURSOS PÚBLICOS/ Alexandre Gialluca, Nestor Távora [Organizadores]. – Niterói, RJ: Ímpetus, 2012. Apostilas do Canal dos Concursos: Curso em PDF – Processo Civil – TRE/SP – Analista Judiciário – Área Judiciária. Prof. Renan Araújo. Curso em PDF – Direito Processual Civil – Exercícios CESPE – Profa. Elisa Pinheiro. Outras Apostilas: MPE-RJ – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – Técnico do Ministério Público – Área de Notificação e Atos CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 38 Intimatórios – Nível Médio – Conhecimentos Básicos e Específicos. Atualizada até 08/2011. Sites consultados: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4159 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsDIAB/teoria-geral-processo http://ns2.webartigos.com/artigos/organizacao-da-jurisdicao-no-brasil/11316/ http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=964 www.qinet.com.br/sala28/aula_8_jurisdicao.ppt www.francis.med.br/direitofaj/materias.../jurisdicao_luciana_001.ppt CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 39 QUESTÕES - TESTES CESPE - 2008 - TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes. 1 ) A jurisdição pode ser dividida em ordinária e extraordinária. ( )CERTO ( )ERRADO 2) A jurisdição pode ser classificada em comum ou especial. ( )CERTO ( )ERRADO 3) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo claro de jurisdição comum. ( )CERTO ( )ERRADO 4) CESPE – TJ-ES/2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO Uma das características da atividade jurisdicional é a sua inércia, razão pela qual, em nenhuma hipótese, o juiz deve determinar, de ofício, que se inicie o processo. ( )CERTO ( )ERRADO 5) CESPE – TJ-ES/2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substitui-se a vontade privada por uma atividade pública. ( )CERTO ( )ERRADO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 40 6) CESPE – DETRAN-DF/2009 - ADVOGADO O direito de ação é exercido contra o Estado-juiz e não contra quem, na perspectiva de quem o exercita, lesiona ou ameaça direito seu. ( )CERTO ( )ERRADO 7) CESPE - 2011 - TJ-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO - ÁREA JUDICIÁRIA A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. ( )CERTO ( )ERRADO 8) CESPE - 2008 - TRT - 5ª REGIÃO (BA) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA O contraditório, a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes à jurisdição. ( )CERTO ( )ERRADO 9) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida, aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão ou a resistência das partes. ( )CERTO ( )ERRADO 10) CESPE - 2008 - TRT - 5ª REGIÃO (BA) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA Sobre jurisdição, partes, procuradores, intervenção de terceiros e Ministério Público, julgue. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 41 O contraditório, a eventualidade e a oralidade sãoprincípios informadores e fundamentais inerentes à jurisdição. ( )CERTO ( )ERRADO 11) CESPE – TJ/RR – 2006 – TÉCNICO JUDICIÁRIO Assinale a opção correta no que diz respeito a jurisdição e competência. a) A jurisdição penal é exercida pelos juízes estaduais comuns, pela justiça militar estadual, pela justiça militar federal, pela justiça federal, pela justiça eleitoral e pela justiça do trabalho. b) Chama-se de jurisdição inferior aquela exercida pelos juízes que ordinariamente conhecem do processo desde o seu início, a exemplo dos juízes de direito na justiça estadual. c) Sendo o STF órgão máximo de jurisdição superior, os magistrados e ministros das instâncias inferiores são subordinados hierarquicamente ao presidente desse tribunal. d) No processo penal, o foro comum é determinado predominantemente no interesse do réu, em atenção ao princípio da ampla defesa e ao princípio da verdade real. 12) CESPE – TJ/RR – 2006 – TÉCNICO JUDICIÁRIO Em relação a jurisdição, sob enfoque do processo civil, assinale a opção correta. a) A jurisdição contenciosa tem por objeto assegurar a ordem jurídica e a paz social e, independentemente da existência de discussão judicial e de pendência ou litígio, promover a composição dos conflitos de interesses por meio da homologação formal do acordo de vontades. b) Cabe ao proponente a escolha do procedimento a ser adotado no julgamento do litígio por ele ajuizado. No entanto, se a escolha for pelo procedimento de jurisdição voluntária, o qual exige acordo de vontade entre as partes, esse procedimento deve seguir até a sentença final. c) A jurisdição civil é a função estatal, exercida no processo, por órgão do poder judiciário, mediante propositura de ação, visando compor um litígio não- penal e tem como finalidade a resolução justa do litígio. d) Ao poder judiciário, com exclusividade, é atribuída a função jurisdicional. No exercício dessa função, ao compor os conflitos, seja de jurisdição voluntária ou contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes por uma sentença e as decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e fazem coisa julgada material. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 42 13) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO Paulo e Hélio, maiores de idade e capazes, não tendo entrado em acordo quanto ao pagamento de dívida que o segundo contraíra com o primeiro, concluíram que seria necessária a intervenção de terceiro, capaz de propor solução para o problema. Levaram, então, o caso ao conhecimento de Lúcio, professor emérito da faculdade onde Paulo e Hélio estudavam, que propôs que apenas dois terços da dívida fossem pagos no prazo de trinta dias, o que foi aceito pelos interessados. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Ao aceitarem a solução intermediária, os interessados realizaram autocomposição. b) Configura-se, no caso, a autotutela, dada a inexistência de intervenção do Estado-juiz. c) A figura do terceiro que conduz os interessados a solução independentemente de intervenção judiciária indica a ocorrência de mediação. d) Como a solução proposta se fundamenta na regra jurídica aplicável e tem executividade própria, trata-se de verdadeira jurisdição. e) Dada a ocorrência de solução por intervenção de terceiro, fica caracterizada a arbitragem. 14) VUNESP – OAB/SP – 2007 Os procedimentos de interdição e de separação consensual são exemplos de a) jurisdição voluntária. b) jurisdição contenciosa. c) ação ordinária. d) ação sumária. 15) IESES - 2011 - TJ-CE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS a) Pelo princípio da aderência os juízes e tribunais exercem a atividade jurisdicional apenas no território nacional. Essa atividade é repartida de acordo com as regras de competência. Todavia, a eficácia erga omnes ou ultra partes da coisa julgada, de sentença proferida em ação coletiva, pode eventualmente estender os limites subjetivos da coisa julgada para além dos limites territoriais da competência do juiz. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 43 b) A jurisdição voluntária, também denominada pela doutrina de jurisdição contenciosa, é forma de administração pública de interesses privados. c) Instituído juízo arbitral por convenção de arbitragem celebrada entre as partes, embora o árbitro seja juiz de fato e de direito, sua sentença se submete a recurso e precisa ser homologada pelo Poder Judiciário – detentor do monopólio da jurisdição – para ter força de coisa julgada material. d) Na jurisdição voluntária há processo e lide, embora não haja partes, mas interessados. Não incide o princípio dispositivo, mas o inquisitório. Não prevalece o princípio da legalidade estrita, pois o juiz pode decidir por equidade. 16) MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) A jurisdição estadual tem competência expressa na Constituição, restando à jurisdição federal a denominada competência residual. b) A jurisdição voluntária é forma de administração pública de interesses privados vez que nela não há conflito jurídico. c) A jurisdição penal aplica-se aos casos de conflito jurídicos envolvendo bens tutelados pelo direito penal material. d) As jurisdições especializadas (Trabalho, Eleitoral e Militar) são todas organizadas por lei federal. 17) MARQUE A ALTERNATIVA QUE NÃO REPRESENTA UMA CARACTERÍSTICA OU PRINCÍPIO DA JURISDIÇÃO. a) É exercida apenas quando provocada e sempre nos limites em que foi feita esta "provocação”. b) É uma função privativa do Estado não podendo ser delegada a outras entidades e/ou instituições. c) É exercida em caso de conflitos jurídicos, não sendo submetidos a ela conflitos que não estejam tutelados pelo Direito. d) É inasfatável, mas o Estado-Juiz pode, na falta de norma expressa que regule o caso, deixar de exercê-la, desde que apresente justificativa. 18) MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA: a) A jurisdição é uma expressão do poder soberano aplicando-se, quando necessário, fora das fronteiras do estado para proteger nacionais em territórios estrangeiros. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 44 b) A jurisdição atua com objetivo de garantir a ordem jurídica, notadamente as normas de direito material, em caso de violação. c) A vedação a autotutela significa que apenas depois de tentar resolver amigavelmente o conflito, pode a parte provocar a atuação do Estado-Juiz. d) A jurisdição voluntária não se submete aos mesmos princípios da jurisdição contenciosa. 19) QUAIS DAS CARACTERÍSTICAS ABAIXO NÃO SE APLICAM A JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: a) Definitividade da decisão; b) Lide; c) Inafastabilidade; d) Inércia. 20) COM RELAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO: I - Uma das características próprias das decisões jurisdicionais é que elas tornem-se imutáveis; II – Dizer que a Jurisdição é una significa dizer que nenhuma outra pessoa física ou jurídica pode exercê-la, a não ser por delegação de poderes feita pelo Estado; III – A existência de conflito jurídico a ser solucionado é essencial a atuação da jurisdição, que atua sempre por provocação. São falsas as afirmativas: a) Apenas I; b) ApenasII; c) Apenas I e III; d) Todas as alternativas estão corretas. 21) FCC - 2010 - TRT - 22ª REGIÃO (PI) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA A indeclinabilidade é uma característica: a) da ação. b) da jurisdição. c) do processo. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 45 d) da lide. e) do procedimento. 22) TRT 19ª 2008 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA A respeito da jurisdição e da ação, considere: I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados. É correto o que se afirma APENAS em a) II. b) II e III. c) I. d) I e II. e) I e III. 23) TRT 2ª REGIÃO (SP) - 2010 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - JUIZ a) Possui caráter substitutivo, uma vez que a atividade do Estado afasta qualquer outra possibilidade de quem tem uma pretensão de invadir a esfera jurídica alheia para satisfazer-se. b) É função estatal cometida exclusivamente ao Poder Judiciário, de acordo com o critério orgânico. c) Pode ser delegada de um juiz a outro por meio de carta precatória. d) Rege-se pelo princípio da inércia, excetuadas as hipóteses de atuação ex officio expressamente previstas em lei. e) Quando provocada, impõe-se por si mesma, salvo cláusula contratual em que se estipule sua inaplicabilidade ao caso concreto. 24) FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR A jurisdição contenciosa civil a) é divisível. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 46 b) é atividade substitutiva. c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União. d) é exercida por membro do Ministério Público. e) não pressupõe território. 25) FCC - 2009 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA Jurisdição é a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância obrigatória. c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de dizer o direito no caso concreto. d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o Estado a solução de um conflito de interesses. e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando o Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 26) PGT - 2008 - PGT - PROCURADOR DO TRABALHO A propósito da Jurisdição, considere as seguintes proposições: I - enquanto manifestação da soberania do Estado, a jurisdição não é passível de delegação a terceiros, sendo exercida exclusivamente por magistrados investidos em conformidade com as regras da Constituição Federal; II - por força do princípio da aderência, a jurisdição está limitada ao espaço geográfico sobre o qual se projeta a soberania do Estado; III - a ideia matriz do princípio do juiz natural legitima a instituição de juízos e tribunais especiais, destinados à solução de conflitos prévios e determinados, gravados de especial interesse social; IV - embora não se instaure de ofício a jurisdição, os órgãos jurisdicionais do Estado devem oferecer respostas a todos os conflitos que lhes sejam submetidos, ainda que omissa ou obscura a legislação em vigor. De acordo com as assertivas acima, pode-se afirmar que: a) o item I é certo e o item II é errado; CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 47 b) o item II é certo e o item III é errado; c) o item III é certo e o item IV é errado; d) o item IV é certo e o item I é errado; e) não respondida. 27) CESPE - 2008 - TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA Considerando-se a sistemática federativa vigente no Brasil, a justiça comum é dividida em federal e estadual. ( )CERTO ( )ERRADO 28) CESPE - 2008 - OAB-SP O princípio do juiz natural tem por finalidade garantir a prestação da tutela jurisdicional por juiz independente e imparcial. ( )CERTO ( )ERRADO 29) CESPE – 2010 – MPE – RO – PROMOTOR DE JUSTIÇA O princípio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, considerados emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo. ( )CERTO ( )ERRADO 30) CESPE - 2010– MPE – RO – PROMOTOR DE JUSTIÇA O princípio da inércia, um dos princípios basilares da jurisdição, não admite exceção. ( )CERTO ( )ERRADO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 48 QUESTÕES – TESTES GABARITO 1. ERRADO 2. CERTO 3. ERRADO 4. ERRADO 5. CERTO 6. ERRADO 7. CERTO 8. ERRADO 9. ERRADO 10. ERRADO 11. B 12. C 13. C 14. A 15.A 16. A 17. D 18. B 19. B 20. D 21. B 22. E 23. D 24. B 25. C 26. B 27. C 28. C 29. E 30. E CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 49 QUESTÕES COMENTADAS 1) FCC – 2010 – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – PSICOLÓGO Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de: A) Mediação B) Arbitragem C) Conciliação D) Audiência E) Avaliação 2) FCC – 2008 – TRT 19 RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA A respeito da jurisdição e da ação, considere: I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados. É correto o que se afirma APENAS em: A) II. B) II e III. C) I. D) I e II. E) I e III. 3) FCC – 2006 – TRT 20 – TÉCNICO JUDICIÁRIO No que concerne à Jurisdição e à Ação, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar que: CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 50 A) a jurisdição civil contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes e membros do Ministério Público em todo o território nacional. B) o juiz prestará a tutela jurisdicional ainda que não haja requerimentoda parte ou do interessado, nos casos e formas legais. C) para propor ou contestar ação basta ter legitimidade. D) ninguém poderá pleitear, em regra, em nome próprio, direito alheio. E) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração de inexistência de relação jurídica. 4) CESPE/UnB – TJ-ES - 2010 – OFICIAL DE JUSTIÇA A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. ( )CERTO ( )ERRADO 5) VUNESP - 2008 - TJ-SP – JUIZ Como é sabido, a jurisdição é o poder de dizer o direito objetivo, função do Estado, desempenhada por meio do processo, na busca da solução do conflito que envolve as partes, para a realização daquele e a pacificação social. Sobre o assunto em questão, assinale a resposta correta. A) O exercício espontâneo da jurisdição, na condição de regra geral, implicaria em possível prejuízo da imparcialidade do juiz na solução da lide. B) Quando em causa direitos indisponíveis, mais se reforça o entendimento de que os órgãos jurisdicionais não hão de ficar inertes no que se refere à iniciativa de instauração do processo, não devendo eles ficar à espera de provocação de algum interessado para a atuação da vontade concreta da lei. C) No exercício da jurisdição voluntária, tal e qual se passa na jurisdição contenciosa, o juiz busca a pacificação social. Então, as duas jurisdições se confundem, sem consequências práticas. D) O juiz não conta com impedimento para conceder ao autor tutela jurisdicional diversa da postulada, contanto que se mostre qualitativa ou quantitativamente superior. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 51 6) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida, aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão ou a resistência das partes. ( )CERTO ( )ERRADO 7) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA O poder jurisdicional é exercido em sua plenitude pelos órgãos dele investidos. Entretanto, o exercício válido e regular desse poder por esses órgãos é limitado legalmente pelo que se denomina competência. Assim, a competência legitima o exercício do poder pelo órgão jurisdicional, em um processo concretamente considerado. ( )CERTO ( )ERRADO CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 52 QUESTÕES COMENTADAS GABARITO 1) FCC – 2010 – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – PSICOLÓGO Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de: A) Mediação. ERRADA: Na mediação há a figura do mediador, que é uma pessoa que promove um acordo entre as partes, fornecendo meios alternativos para a solução da controvérsia, mas sua atuação não obriga as partes. B) Arbitragem. CORRETA: A arbitragem é a forma de solução alternativa de conflitos prevista no enunciado. Nesta hipótese, não há “acordo”. As partes, previamente, decidem que uma terceira pessoa, da confiança de ambas, decidirá a questão em caso de conflito. A decisão do árbitro NÃO PODE SER REVISTA PELO JUDICIÁRIO. A arbitragem está regulamentada na lei 9.307/97, e só pode ser utilizada para a solução de conflitos que envolvam direitos disponíveis (Direito de família, sucessões, por exemplo, não são passíveis de solução por arbitragem!). C) Conciliação. ERRADA: A conciliação é semelhante à mediação, mas aqui o conciliador (terceiro) não dá novas “ideias” para a solução do conflito, simplesmente estimula as partes a transigirem, mostrando-lhes os benefícios deste meio de solução de controvérsias. D) Audiência. ERRADA: A audiência é mero ato processual, e dentre suas características não se encontra a indeclinabilidade, até porque a audiência não é necessária, sempre, no processo. E) Avaliação. ERRADA: A avaliação é outro ato processual, e não guarda qualquer relação com o princípio da indeclinabilidade, que, como já falado, pertence à Jurisdição. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 53 2) FCC – 2008 – TRT 19 RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA A respeito da jurisdição e da ação, considere: I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. CORRETA: Esta é a redação do art. 2° do CPC. II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. ERRADA: Estudaremos melhor este tema na próxima aula, mas adianto a vocês que a questão está errada, pois o direito de ação não é objetivo, é abstrato, pois sua existência independe da existência do direito material alegado. III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados. CORRETA: De fato, na Jurisdição voluntária não há lide, que é um conflito de interesses caracterizado pela pretensão de uma das partes resistida pela outra. Na Jurisdição voluntária ambas as partes desejam a mesma coisa, e pleiteiam, tão somente, a chancela do Judiciário, daí se dizer que não há propriamente Jurisdição nestes casos, dado seu caráter não substitutivo (não substitui a vontade das partes pela do Estado, pois são idênticas – Embora haja controvérsias). É correto o que se afirma APENAS em: A) II. B) II e III. C) I. D) I e II. E) I e III. 3) FCC – 2006 – TRT 20 – TÉCNICO JUDICIÁRIO No que concerne à Jurisdição e à Ação, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar que: A) a jurisdição civil contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes e membros do Ministério Público em todo o território nacional. ERRADA: Os membros do MP não estão investidos no Poder Jurisdicional, que compete apenas aos órgãos do Poder Judiciário, conforme art. 1º do CPC. CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 Técnico Judiciário Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 54 B) o juiz prestará a tutela jurisdicional ainda que não haja requerimento da parte ou do interessado, nos casos e formas legais. ERRADA: O requerimento da parte é indispensável à prestação da Tutela Jurisdicional. Trata-se do princípio da inércia da Jurisdição, previsto no art. 2º do CPC. C) para propor ou contestar ação basta ter legitimidade. ERRADA: Embora não se trate de tema da nossa aula, para propor ou contestar ação o CPC exige que se tenha legitimidade e interesse, nos termos
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