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Objetivos: Após o final deste relatório o aluno será capaz de compreender o lançamento de projéteis, verificar a trajetória que este possui, verificar as equações para lançamentos deste tipo, observar que os movimentos vertical e horizontal são independentes um do outro. Como objetivo matemático, tem-se como calcular a aceleração que o projétil em estudo está exposto. Introdução Teórica: Movimento de Projétil: qualquer pessoa que tenha observado uma bola de beisebol em movimento (ou, no que diz respeito ao assunto, qualquer corpo arremessado no ar) observou o movimento de um projétil. A bola se desloca em uma trajetória curva quando arremessada com algum ângulo em relação à superfície da Terra. Os movimentos na direção horizontal e vertical são independentes. Na direção vertical temos a ação da força gravitacional e na horizontal podemos considerar a velocidade como sendo constante. O caminho de um projétil, chamado de trajetória, é sempre uma parábola. (Figura1) Se desconsiderarmos a Resistência do Ar, temos que o projétil sai com uma velocidade inicial e faz um ângulo com a superfície da Terra, decompondo a velocidade inicial nos eixos coordenados e considerando os movimentos como sendo independentes, temos que; NA HORIZONTAL a velocidade é constante; (Equação1) NA VERTICAL o projétil é influenciado pela aceleração gravitacional; (Equação2) Partindo deste princípio podemos encontrar a equação da trajetória eliminando o tempo e manipulando a equação que depende do ângulo, velocidade inicial e da aceleração da gravidade, temos uma equação do tipo y = Bx + Ax2, com A e B constantes, que representa e equação de uma parábola; (Equação3) Fazendo novas manipulações podemos encontrar a equação do alcance horizontal máximo e percebemos que esse alcance é máximo quando o ângulo de lançamento for de 45°; (Equação4) Essas equações são validas somente se a altura do lançamento for igual a altura do alcance máximo e se desprezarmos a resistência do ar que influencia no movimento do projétil; (Figura2) (Figura 2) Na figura número dois fizemos uma montagem computadorizada da foto através do Gimp(photoshop), onde demonstramos a parábola que o nosso puck descreve. Materiais Utilizados: Trena Cronômetro Transferidor Puck Suporte para inclinação da mesa Suporte para lançamento do Puck Mesa de ar Procedimento experimental: 1. Ligou-se a mesa de ar. 2. Nivelou-se a mesa de ar. 3. Inclinou-se a mesa de ar com o auxilio do suporte. 4. Ajustou-se um ângulo para que a parábola que o lançamento do Puck fosse à de maior área e que tivesse o melhor movimento. 5. Após o ajuste desse ângulo, ajustou-se a força de lançamento para o melhor aproveitamento da mesa. 6. Após estes ajustes, ligou-se a câmera para a filmagem do lançamento. 7. Repetiu-se a filmagem mais algumas vezes para a escolha do melhor lançamento. Discussões: Antes da apresentação dos resultados, é conveniente uma explicação sucinta de como foi feito o tratamento estatístico no conjunto de dados. Toda medida feita n vezes deve ser expressa pelo seu valor médio juntamente com a sua incerteza. O valor médio é dado por: Onde é a soma das n medidas. A incerteza é a soma algébrica de dois tipos de erros: Limite de Erro Estatístico (LEE) e Limite de Erro Sistemático (LES). Como, neste caso, só há uma medida de posição e instante, pela fórmula 1, implica que os valores médios são as próprias medidas. Assim, LEE = 0. Para calcular a segunda parte da incerteza, o LES, leva-se em conta erros cometidos involuntariamente pelo experimentador. No caso, adota-se como LES a imprecisão causada por efeitos de Eletrônica (Boylestad, Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos) e também por efeito óptico (dificuldade em visualizar no monitor as posições exatas) na leitura dos dados no vídeo. Estes vieses estão quantificados em 1ms. Já a incerteza na posição, quantifica-se em: LES = 0.50cm. É importante dizer que, geralmente, a incerteza é dada com dois algarismos significativos, onde se faz arredondamentos convenientes. Para medidas indiretas, que está mostrado em Resultados, tem-se que fazer Propagação de Erros. Se tal medida é da forma x = g + h, onde x, g e h representam medidas com incertezas ∆x, ∆g e ∆h, respectivamente, temos: A Propagação de Erros para x = g + h, fica assim: (Fórmula 2) Resultados: É conveniente, antes de modelar matematicamente o movimento, apresentar o seguinte Sistema de Referência, que tem como escopo o modelo apresentado na Introdução teórica, mas aqui há um tratamento vetorial básico: O Referencial está no plano do movimento do projétil, isto é, grosso modo, é paralelo à mesa utilizada. A origem dele está na posição 0cm, onde, por conveniência, o instante é de 0.2s. Além disso, modela-se o puck como uma partícula. Então, pode-se construir: Sobre a posição no tempo Posição (cm) Incerteza na posição (cm) Tempo (s) Incerteza no tempo (s) 0 0.50 0.200 0.001 15 0.50 0.260 0.001 30 0.50 1.12 0.001 45 0.50 1.18 0.001 60 0.50 1.24 0.001 75 0.50 2.00 0.001 90 0.50 2.06 0.001 105 0.50 2.12 0.001 120 0.50 2.18 0.001 135 0.50 2.24 0.001 150 0.50 3.00 0.001 165 0.50 3.06 0.001 180 0.50 3.12 0.001 Utilizando o software Origin 6.0, onde se faz a diferença entre o tempo em cada posição e o tempo inicial (0.200s), temos: Sobre a posição em cada instante Posição (cm) Incerteza na posição (cm) Instante (s) Incerteza no instante (s) 0 0.50 0 0.0014 15 0.50 0.06 0.0014 30 0.50 0.92 0.0014 45 0.50 0.98 0.0014 60 0.50 1.04 0.0014 75 0.50 1.8 0.0014 90 0.50 1.86 0.0014 105 0.50 1.92 0.0014 120 0.50 1.98 0.0014 135 0.50 2.04 0.0014 150 0.50 2.8 0.0014 165 0.50 2.86 0.0014 180 0.50 2.92 0.0014 A Propagação de Erros acima ao cálculo da incerteza no instante, foi feita utilizando a fórmula 2. A partir da tabela anterior, pode-se fazer a seguinte Plotagem, já com as respectivas incertezas: 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 0 40 80 120 160 200 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 0 40 80 120 160 200 Lançamento de projétil - Posição em função do instante P os iç ão ( cm ) Instante (s) O ajuste da melhor curva citada na legenda está baseado no polinômio de grau 2 pois já se sabe que é tal equação que modela o tipo de movimento em estudo. Disso, o software dá a seguinte equação, onde Y representa a posição e X a variável tempo (t): (Equação A) Ademais, o movimento do projétil depende da aceleração a que ele está exposto. No caso, representando tal aceleração por a, ela está em função da aceleração da gravidade local e da inclinação (g) da mesa. Além disso, como já visto na Introdução teórica, mas como já citado apresentando um tratamento vetorial, pode-se escrever: (Equação B) Comparando A com B, vem: que é o objetivo do Relatório. Conclusão: Referência: Raymond A. Serway / John W. Jewett, Jr. Princípios de Física 1, Mecânica ClassicaVol°1 Editora Cengage Learnin. H. Moysés Nussenzveig, 1 Mecânica, Curso de física básica 4º edição, Volume 1 Editora Edgard Blucher. Boylestad, Robert L.; Nashelsky, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. 8ed. Prentice-Hall: São Paulo, 2004.
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