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22 - Grupo Basidiomycota

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BASIDIOMYCOTA
 1
 Ronei de Almeida Douglas
1. INTRODUÇÃO:
Neste filo de fungos é reunido o que há de mais evoluído entre os seus representantes. Caracterizam-se pela presença de basidiósporos (esporos sexuais) produzidos em basídias, estruturas semelhantes a uma clava. A forma da basídia é variável, e constituí-se importante característica taxonômica. Possui três classes (Urediniomycetes, Ustilaginomycetes e Hymenomycetes). Os representantes deste grupo são encontrados em vários substratos tais como plantas vivas, madeiras em decomposição (matéria orgânica) e solo. Estão compreendidos, fungos facilmente reconhecidos, tais como cogumelos ou “champignons” as “orelhas de paus” e os agentes das ferrugens e carvões.
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:
São de importância econômica sob vários pontos de vista. Alguns representantes parasitas obrigados, tais como as ferrugens e os carvões, causam grandes danos à várias culturas. Outras espécies são de importância econômica por serem comestíveis e produzidas industrialmente tais como: Agaricus campestris (“Champignons”). No Japão cultiva-se Armillariella sp. e no oriente Volvariella sp. Outras espécies podem ser cultivadas industrialmente tais como: Boletus edulis, Pleurotus ostreatus, Coprinus comatus, Clavaria sp., Ramaria sp. Alguns representantes são tóxicos e podem provocar distúrbios, alucinações, diarréias e até mesmo a morte, quando ingeridos. Os mais tóxicos pertencem aos gêneros Amanita e Boletus. Outras espécies são responsáveis pela destruição e apodrecimento de madeiras, postes, dormentes, etc.
3. MICÉLIO:
Consiste de hifas septadas, bem desenvolvidas, microscópicas, mas que podem ser facilmente observadas quando formam a massa micelial. A cor pode variar do branco ao amarelado ou laranja, havendo casos de cores mais escuras inclusive marrons e pretas. Certas espécies formam agrupamentos de hifas mais ou menos paralelas, originando cordões de micélio, conhecidos como rizomorfas.
A maioria desses fungos passa por três estágios miceliais, formando micélio primário, secundário e terciário.
4. CLASSIFICAÇÃO:
4.1 . CLASSE UREDINIOMYCETES:
A Classe apresenta a ordem Uredinales. Fungos normalmente chamados de ferrugem, pelo aspecto típico ferruginoso das manchas causadas em diversas plantas dos quais são patogênicos. O micélio cresce entre as células do hospedeiro emitindo haustórios. Não existe basidiocarpo (corpo de frutificação) nesta ordem.
De acordo com seu ciclo vital as ferrugens dividem-se em 3 grupos:
FERRUGENS MACROCÍCLICAS - São aquelas que formam 5 estágios reprodutivos.
FERRUGENS DEMICÍCLICAS - São aquelas que apresentam 2 ou 3 estágios reprodutivos.
FERRUGENS MICROCÍCLICAS - São aquelas que formam somente teleutosporos (teliosporos). 
Estes estágios reprodutivos freqüentemente são numerados de 0 a IV, a saber:
FORMA 0 - ESPERMOGÔNIO OU PÍCNIO: São pequenas frutificações em forma de frasco, localizadas no interior dos tecidos parasitados, tendo o ostíolo ou abertura para o exterior revestido de numerosos apêndices ou cerdas. No interior desta frutificação formam-se numerosos esporos hialinos unicelulares denominados picniosporos ou ainda espermácias.
FORMA I - AÉCIOS E AECIOSPOROS: Aécios são frutificações em forma de taça, com a base afundada nos tecidos e abrindo-se para o exterior. Esta taça tem uma cavidade interna revestida por uma membrana formada de células poligonais denominada perídio. Os aécios formam esporos unicelulares, hialinos, redondos, irregulares ou poligonais, com paredes mais ou menos verrugosas, denominados aeciosporos.
FORMA II - UREDOSSORO: Esta forma contem em seu interior os uredosporos, que são esporos mais ou menos circulares, hialinos, de membrana verrugosa ou equinulada, formados em pedúnculos alongados. 
FORMA III - TELEUTOSSORO: Esta forma contem em seu interior os teleutosporos (teliosporos), que são esporos de membrana grossa e de coloração escura, em geral são lisos, podendo ser uni ou multicelulares, sésseis ou pedunculados, livres ou 
Basidiomycota	 agrupados. A classificação das Uredinales se baseia nas características do teleutosporo.
FORMA IV - BASÍDIOS E BASIDIOSPOROS: O ciclo do fungo completa-se com a produção dos basidioporos, após a germinação dos teleutosporos.
Para melhor entender as formas (estágios reprodutivos) veja a figura abaixo.
� 
Quando a ferrugem necessita de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo ela é chamada de heteróica. Já as autóicas completam todo o ciclo em um único hospedeiro.
A classificação das ferrugens está baseada principalmente nos teleutosporos. Quando estes não aparecerem no ciclo, tem-se o grupo das ferrugens imperfeitas. Se durante o crescimento, estas ferrugens imperfeitas apresentarem estágios de aécio estão os possíveis gêneros poderão ser: Caeoma, Aecidium, Roestelia e Peridermium. Se durante o crescimento apresentar estágio de uredossoro, estão pertencerá ao gênero Uredo.
FAMÍLIAS DA ORDEM UREDINALES: A ordem uredinales possui diversas famílias. Dentre as mais importantes para a fitopatologia temos:
FAMÍLIA MELAMPSORACEAE: Caracteriza-se por apresentarem teleutosporos sésseis, unicelulares e unidos lateralmente. Apresenta um gênero Melampsora. Ex. Melampsora lini - ferrugem do linho. 
FAMÍLIA PHAKOPSORACEAE: Caracteriza-se por apresentar teleutosporos sésseis, com duas ou mais células e unidos lateralmente. Gênero importante para a fitopatologia: Phakopsora. Ex. Phakopsora gossypii - ferrugem do algodoeiro, Phakopsora pachyrizae – Ferrugem da soja.
 
FAMÍLIA PHRAGMIDIACEAE: Caracteriza-se por apresentar teleutosporos pedicelados, multicelulares por septação horizontal. Apresenta 10 gêneros. Gênero importante: Phragmidium. Ex. Phragmidium mucronatum - ferrugem da 
roseira.
FAMÍLIA PUCCINIACEAE: Teleutosporos pedicelados uni ou bicelulares, com septação horizontal. Compreende 17 gêneros. Gêneros importantes para a 
fitopatologia: Puccinia e Uromyces. Ex. Puccinia allii - ferrugem do alho e cebola, Puccinia graminis tritici - ferrugem do trigo, Puccinia sorghi - ferrugem do milho, Uromyces appendiculatus - ferrugem do feijoeiro. 
	
	
 Puccinia Uromyces. t = Teleutosporo; ts = Teleutossoro
 tg = Teleutosporo germinando 
Basidiomycota 7
FAMÍLIA HEMILEIACEAE: Uredosporos lisos de um lado e equinulados do outro, originados em hifas saindo em grupos através dos estômatos. Teleutosporos unicelulares, pedicelados. Este gênero compreende umas 35 espécies, todas de regiões tropicais, sendo fungos presumivelmente de ciclo incompleto, conhecendo-se somente os estágios uredosóricos e teleutosóricos. A espécie mais importante é H. vastatrix que causa a ferrugem do cafeeiro. 
4.2. CLASSE USTILAGINOMYCETES:
Classe com espécies de distribuição universal. 
ORDEM ENTYLOMATALES: Os fungos desta classe produzem teleutosporos livres, hialinos ou de coloração amarelo pálido, com membrana espessa; germinam dando um probasídio com basidiósporos terminais. Não existe basidiocarpo nesta ordem. Dentro desta ordem temos a família Entylomataceae, gênero importante Entyloma. Ex.: Entyloma oryzae – carvão da folha do arroz. 
ORDEM USTILAGINALES: O micelio desta ordem é constituído por hifas hialinas pluriseptadas, bem ramificadas, que vivem parasiticamente nos tecidos jovens, desenvolvendo-se nos espaços intercelulares destes.
O micélio atravessa o ciclo de toda a planta, desde a germinação da semente até a planta florescer e geralmente não se notam sintomas nas plantas infectadas; pois o mesmo neste períododa vida da planta não perturba o seu equilíbrio, mantendo-se sob a forma de um finíssimo filamento que cresce junto com o broto terminal até a fase de floração.
Nesta fase o micélio se ramifica e alcança os órgãos florais, onde se desenvolve ativamente substituíndo pouco a pouco os tecidos ou produzindo neles profundos cancros, ou ainda determinando tumores ou hipertrofias sobre estes.
Não existe basidiocarpo (corpo de frutificação) nesta ordem.
FAMÍLIA USTILAGINACEAE: Nesta família o teleutosporo produz um tubo germinativo (pró-micélio) com tres septos transversais. Os principais gêneros de interesse fitopatológico são:
Ustilago. Ex. Ustilago maydis - carvão comum do milho, Ustilago avenae - carvão da aveia, Ustilago tritici - carvão do trigo, Ustilago nuda - carvão voador da cevada, Ustilago hordei - carvão coberto da cevada, Ustilago scitaminae - carvão da cana-de-açúcar. 
Sphacelotheca. Ex. Sphacelotheca reiliana - carvão do topo do milho.
 
Basidiomycota 9
ORDEM TILLETIALES: Dentro desta ordem encontramos a família Tilletiaceae.
FAMÍLIA TILLETIACEAE: Nesta família o teleutosporo ao germinar produz basidiosporos filiformes em sua extremidade. Os principais gêneros para a fitopatologia são:
Tilletia: Fusão dos basidiosporos em H. Ex. Tilletia foetida - cárie do trigo, Tilletia controversa - cárie anã do trigo, Tilletia indica - cárie parcial do trigo, Tilletia barclayana - cárie do arroz. 
 
Urocystis: Teleutosporos cobertos por células estéreis. Ex. Urocystis cepulae - carvão da cebola, Urocystis agropyri - carvão da folha bandeira do trigo.
4.3. CLASSE HYMENOMYCETES:
A classe Hymenomycetes é constituída em sua grande maioria por agentes de degradação de matéria orgânica. Alguns parasitam insetos e plantas e outros são simbiontes.
Entre os gêneros fitoparasitas destacam-se:
Thanatephorus - forma sexuada de algumas espécies de Rhizoctonia
Corticium - parasita de plantas lenhosas. Ex. Corticium salmonicolor
Typhula - Snow mold em trigo
Polyporus - ataca lenhosas, basidiocarpos lenhosos
Fomes - ataca lenhosas, basidiocarpos lenhosos
Crinipellis - agente da vassoura de bruxa do cacaueiro
Marasmius - anel de bruxa em gramados
Armillaria - podridão de raízes em lenhosas.
Algumas espécies apresentam basidiocarpo utilizado diretamente como alimento, como Agaricus (champignon), provávelmente o fungo mais consumido. É produzido em substrato de estêrco e palha. Pleurotus e Lentinus são cultivados em troncos de madeira ou sacos de serragem. 
5. LITERATURA CONSULTADA:
AGRIOS, G.N. 1969. Plant Pathology. Academic Press, New York. 629 p.
ALEXOPOULOUS, C.J. and C.W. MIMS. 1979. Introductory Micology. J. Wiley & Sons, New York. 631 p.
HAWKSWORTH, D.L., P.M. KIRK, B.C. SUTTON and D.N. PEGLER. 1995. Dictionary of the Fungi. (eds.), CAB – International Mycological Institute, New York, N.Y., USA. 616 p.
SIVEIRA, V.D. 1968. Lições de Micologia. Liv. José Olympio, Rio de Janeiro. 301 p.
TALBOT, P.H.B. 1971. Principles of Fungal taxonomy. London, The Macmillan Press. 274 p.
VALIELA, M.V.F. 1978. Introduccion a la Fitopatologia – Fungos. Collecion Cientifica del INTA, (eds.) Buenos Aires. 779 p. 
Melampsora
ep = Esporídio; t = Teleutosporo; 
tg = Teleutosporo germinando
Phakopsora
Phragmidium
t = Teleutosporo
tg = teleutosporo germinando
p = Pedicelo
Ustilago
cl = Teleutosporo
clg = Teleutosporo germinando
Hemileia
ep = esporídio; s = Soro; 
t = Teleutosporo; u = Uredosoporo
tg = Teleutosporo germinando
Entyloma
bs = Basidiósporo
prb = Probasídia
s = Soro
t = Teleutosporo
tg = Teleutosporo germinando
Sphacelotheca
b = Basidia; bs = Basidiósporo
cl = Teleutosporo
clg = Teleutosporo germinando
Tilletia
Bs = Basidioporos
Tg – Teleutosporo germinando
Prb =Probasidia 
Urocistys
ce = Célula; h = Hifas 
prm = Promicélio; t = Teleutosporoa

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