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1 Terapia Nutricional nas DCV, Dislipidemia e Aterosclerose Profa Rita de Cássia de Aquino DOENÇA CARDIOVASCULAR (DCV) � Segundo a OMS a doença cardiovascular é a principal causa de morte no mundo e no Brasil; � Base fisiológica para o evento cardiovascular é a ATEROSCLEROSE; � Os principais fatores de risco para aterosclerose são: DISLIPIDEMIA, HA, DM e obesidade. DISLIPIDEMIA • São alterações nos níveis sanguíneos de LIPÍDIOS e LIPOPROTEÍNAS (LP), relacionadas a alterações no metabolismo normal. ATEROSCLEROSE (ATC) • É um processo inflamatório crônico da parede vascular, de origem multifatorial, processo dinâmico e evolutivo, caracterizado pelo espessamento e estreitamento das paredes dos vasos a partir de dano endotelial e a formação de placas de ATEROMA na camada íntima do vaso. ATEROSCLEROSE CONSIDERAÇÕES GERAIS DISLIPIDEMIA e ATEROSCLEROSE podem causar, juntos a outros fatores de risco, eventos clínicos associados a obstrução de vasos sanguíneos: INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) TROMBOSE (extremidades) 2 PREVENÇÃO E TRATAMENTO • Controle rigoroso dos fatores de risco cardiovascular; • Primeira meta lipídica: redução nos níveis plasmáticos de LDL-c; • Com menor grau de evidência: redução de dos níveis de triglicérides e elevação de HDL-c; • Redução dos marcadores inflamatórios séricos(ex: proteína C-reativa); • Revisão do PADRÃO ALIMENTAR. LIPÍDIOS/GORDURAS DA DIETA � A DIETA disponibiliza gorduras: TG, fosfolípides e colesterol � TRIGLICÉRIDES (TG): glicerol + AG � ÁCIDOS GRAXOS da DIETA variam: comprimento da cadeia de carbono; número de duplas ligações; configuração de duplas ligações. SATURAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS LIPÍDIOS DO PLASMA LIPÍDIOS: TRIGLICÉRIDES ou triacilgliceróis (TG), ácidos graxos (AG) saturados e insaturados, fosfolipídios e colesterol; FUNÇÕES: armazenamento energético, composição da membrana celular, precursor de hormônios, vitamina D e ácidos biliares; LIPOPROTEÍNAS (LP): transporte de lipídios. 3 CONSIDERAÇÕES GERAIS LP: moléculas compostas por lipídios (TG, colesteril- éster, fosfolipídios e colesterol) e proteínas (apolipoproteínas) na superfície, que são hidrossolúveis, sintetizadas pelo fígado e utilizadas para o transporte de lipídios no sangue; APOLIPOPROTEÍNAS (apo): determinam o destino metabólico das lipoproteínas e de receptores hepáticos; CONSIDERAÇÕES GERAIS Principais funções das LP: • QM: transporte dos lipídios da dieta; • VLDL: precursora e transportadora hepática de TG, HDL e LDL; • LDL-c: disponibilização de colesterol ao organismo; • HDL-c: transporte reverso, remoção de colesterol (células periféricas para o fígado). LIPOPROTEÍNAS CONSIDERAÇÕES GERAIS � Avaliação Laboratorial do PERFIL LIPÍDICO, após jejum de 12 a 14 horas � CT = VLDL + LDL + HDL � Equação de Friedewald: • LDL= CT – HDL – TG: 5 (VLDL) CONSIDERAÇÕES GERAIS CLASSIFICAÇÃO LABORATORIAL • Hipertrigliceridemia isolada (���� TG); • Hipercolesterolemia isolada (���� CT e/ou ���� LDL); • Hiperlipidemia mista (���� TG e ���� CT e/ou ���� LDL); • Redução de HDL isolada ou em associação com ����LDL e/ou ����TG . • HIPERCOLESTEROLEMIA (HC): • Familiar (HF): heterozigótica ou homozigótica • Defeito familiar da apo B-100 (aumento na produção de VLDL) • Autossômica recessiva CONSIDERAÇÕES GERAIS CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA: primárias ou essenciais (genética) e secundária (outras doenças e medicamentos) • HIPERTRIGLICERIDEMIA (HT): • Familiar: moderada, grave ou poligênica • Defeito familiar da apo CII (co-fator de hidrólise de TG) • HIPERLIPIDEMIA MISTA: HC + HT 4 PERFIL LIPÍDICO Lipídios e LP (Jejum de 12 à 14 h) Ótimo (mg/dL) Desejável (mg/dL) Limítrofe (mg/dL) Alto (mg/dL) Muito alto (mg/dL) Colesterol total (CT) - < 200 200 – 239 ≥ 240 - Triglicérides (TG) - <150 150 – 200 201 – 499 ≥ 500 LDL – colesterol < 100 100 – 129 130 – 159 160 – 189 ≥ 190 HDL – colesterol > 40 (H) > 50 (M) > 40* - > 59 - * < 40 (MUITO BAIXO) Valores de referência para indivíduos > 20 anos National Cholesterol Education Program/NCEP and Adult Treatment Panel/ATP III, 2001 e IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia, 2007. ETIOPATOGENIA da ATC • Alterações nas ATIVIDADES INFLAMATÓRIAS associadas à ativação de “resposta inflamatória local”, no endotélio (“atração” de macrófagos); • Disfunção do endotélio: lesão/agressão do endotélio e/ou aumento da permeabilidade; ETIOPATOGENIA da ATC • DISLIPIDEMIA/HIPERLIPIDEMIA: excesso de LDL-c e formação de LDL-oxidadas (oxidação lipídica por radicais livres) com características aterogênicas; • ���� da produção de LP (LDL-c) “aterogênicas”; • � da catabolização de LP (redução de enzimas lipolíticas de LP, como a lipase lipoproteica); ETIOPATOGENIA da ATC • Alterações nas ATIVIDADES TROMBÓTICAS e FIBRINOLÍTICAS e PLAQUETÁRIAS: • Excesso de formação de fibrinogênio relacionado a distúrbios de coagulação e formação de trombos/coágulos. • Alterações plaquetárias: maior agregação e adesão de plaquetas no endotélio dos vasos sanguíneos. ATEROSCLEROSE COMPOSIÇÃO DA PLACA DE ATEROMA • LDL oxidadas e macrófagos (células “espumosas”); • TG e colesterol (componentes de LDL-c); • Fibrina, cálcio e plaquetas; • Células musculares lisas. FATORES DE RISCO • H.A.: lesão das paredes (PA > 140/90mmHg); • Tabagismo: oxidação das LDL-c, nicotina agrega plaquetas e � P.A.; • Hereditariedade (histórico familiar em parentes de 1º grau); 5 FATORES DE RISCO • Sexo e idade: > homens acima de 45 anos e em mulheres após a menopausa (> 55 anos); • Obesidade (principalmente abdominal): “20% mais” colesterol circulante; CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINALCIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL Mulheres: > 88 cm Homens: > 102 cm FATORES DE RISCO • Estresse ( LP/LDL oxidadas); • Diabetes Melito: - “glicação das LDL”, maior risco de oxidação; - anormalidade hepáticas no mecanismo das LP; - da disponibilidade de substratos para a produção de LP (glicose e ácidos graxos). OUTROS FATORES RELACIONADOS • HOMOCISTEÍNA: catabólito do aa metionina, a homocisteína é ATEROGÊNICA em Concentração > 10 µmol/L, pois ���� oxidação de LDL-c, tem efeito trombótico e altera permeabilidade endotélio; • DEFICIÊNCIA DE FOLATO, B6 e B12: a restrição desses nutrientes pode aumentar a concentração de homocisteína no sangue. • PC-R: proteína C reativa (valor de risco cardiovascular >1 mg/dL) aumenta a resposta inflamatória e a permeabilidade da membrana do endotélio. OUTROS FATORES RELACIONADOS • Excesso de FIBRINOGÊNIO: excesso de formação de fibrinas/coágulos; • LP (a): LP com estrutura semelhante ao plasminogênio, mas sem a função de impedir a formação do coágulos (valores considerados críticos > 30 mg/dL). TRATAMENTO MEV (MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA) � DIETA � Exercícios físicos � Perda de peso � Abstenção de fumo e álcool � Avaliar o “risco de FRAMINGHAM” TERAPIA NUTRICIONAL OBJETIVOS • Reduzir os níveis séricos de LDL e TG e aumentar HDL; • Contribuir para mudanças no estilo de vida; • Incentivar mudanças de hábitos alimentares incorretos e a adoção de hábitos saudáveis OU mudança do PADRÃO ALIMENTAR; 6 TERAPIA NUTRICIONAL OBJETIVOS • Controlar outros fatores de risco modificáveis pela dieta: H.A., DM e Obesidade; • Atingir e/ou manter um peso adequado. TERAPIA NUTRICIONAL CARACTERÍSTICAS DA DIETA: • INDIVIDUALIZADA (avaliação do padrão alimentar e os fatores de risco presentes); • ENERGIA: normocalórica, ou hipocalórica na obesidade, para atingir e manter um peso desejável. TERAPIA NUTRICIONAL • PROTEÍNAS • Normoproteica (em média 15% do VET ou 0,8 a 1,2 g/kg/dia) • Proteínas de origem animal e vegetal na mesma proporção. TERAPIA NUTRICIONAL �CARBOIDRATOS• Controle “rigoroso” no consumo de CHO totais, principalmente açúcares/CHO refinados; • Hiperglicemia pós-prandial gera hiperinsulinemia e HIPERTRIGLICERIDEMIA; • A maior oferta de glicose hepática aumenta a produção de VLDL e, consequentemente TG; • Redução de gordura NÃO deve aumentar a ingestão/ oferta de CHO. TERAPIA NUTRICIONAL �CARBOIDRATOS • Normoglicídica (geralmente 55 a 60%); • CHO ideais para melhorar o “dismetabolismo nutricional” incluem àqueles de menor índice glicêmico, menor densidade calórica/energética, maiores teores de fibras e água TERAPIA NUTRICIONAL • LIPÍDIOS • NORMOLIPÍDICA • Controlar o consumo de gordura total e reduzir o consumo de gorduras aterogênicas: gordura trans e saturada; • Aumentar o consumo de gorduras protetoras: insaturadas, principalmente AGPI (principalmente ômega 3) e AGMI . 7 Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 TERAPIA NUTRICIONAL RECOMENDAÇÃO ATUAL DA ATP III (National Cholesterol Education Program/NCEP and Adult Treatment Panel/ATP III, 2001) LIPÍDIOSLIPÍDIOS INGESTÃO RECOMENDADAINGESTÃO RECOMENDADA Gordura Total 25 a 35% do VET AG Saturados ≤ 7% do VET AG Poli-insaturados ≤ 10% do VET AG Monoinsaturados até 20% do VET Colesterol < 200 mg Fibras 20 a 30 g/dia LIPÍDIOSLIPÍDIOS RECOMENDAÇÃORECOMENDAÇÃO Gordura Total (AMDR) 20 a 35% do VET (mín. 15%) AG Saturados < 10% do VET AG Poli-insaturados 6 a 11% do VET - Ômega 3 0,5 a 2% do VET - Alfa-linolênico > 0,5% do VET - EPA + DHA 0,25 a 2g/dia - Ômega 6 2,5 a 9% do VET - Linoleico 2 a 3% do VET AG Monoinsaturados Por diferença AG Trans < 1% do VET Colesterol não referido Interim Summary of Conclusions and Dietary Recommendations on Total Fat & Fatty Acids The Joint FAO/WHO Expert Consultation on Fats and Fatty Acids in Human Nutrition, November 10-14, 2008, WHO HQ, Geneve. 8 9 TERAPIA NUTRICIONAL ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL • Correção de hábitos alimentares incorretos e adoção de hábitos saudáveis; • Acompanhamento nutricional constante e avaliação do Perfil Lipídico a cada 4 ou 6 semanas; TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS GRUPO DOS ÓLEOS E GORDURAS • Preferir alimentos-fonte de gordura vegetal a animal; • Consumir óleo vegetal com moderação, dando preferencial aos fontes de AG poli-insaturados como óleos vegetais (soja, canola, milho) e monoinsaturados (azeite de oliva); • Utilizar óleo de soja/canola/milho/girassol para cozinhar e canola/azeite para “temperar”; • Evitar alimentos fontes de AG trans: gordura hidrogenada, biscoitos, bolos, sorvetes, pipoca de micro-ondas e outros industrializados. ALIMENTOS-FONTE AG POLI-INSATURADOS ALIMENTOS Lipídios AGS AGPI AGMI Colesterol ÓLEO DE SOJA 100,0 15,2 60,0 23,3 0 ÓLEO DE MILHO 100,0 15,2 50,9 33,4 0 ÓLEO DE GIRASSOL 100,0 10,8 62,6 25,4 0 ÓLEO DE CANOLA 100,0 7,9 28,4 62,6 0 10 TERAPIA NUTRICIONAL • Consumir diariamente alimentos-fonte de AGMI: • Azeite de oliva (20g/dia) ou 2 colheres de sopa; • Oleaginosas (1 porção/dia) ex: 4u de castanha de caju, 9 amêndoas, 2u de castanha do Brasil, 4u nozes; • Abacate: 2 colheres de sopa; • OLEAGINOSAS também são ótimas fontes de AGPI do tipo ômega 6. ALIMENTOS-FONTE AG MONOINSATURADOS ALIMENTOS Lipídios AGS AGPI AGMI Colesterol ABACATE 8,4 2,3 1,3 4,3 0 AZEITE 100,0 14,9 9,5 75,5 0 AZEITONA 14,2 2,3 1,0 8,3 0 CASTANHA (CAJU) 46,3 7,7 8,1 26,5 0 Distribuição de ÔMEGA 3 Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 TERAPIA NUTRICIONAL ADVERTÊNCIAS • Os alimentos-fonte de AGMI e AGPI são alimentos de alta densidade energética (cerca de 70 kcal/porção); • Ao incluir alimentos na dieta, considerar o impacto no VET da dieta; • Considerar algumas fontes de AGMI são de alta ALERGENICIDADE. Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS GRUPO DAS CARNES • Substituir carnes “gordas” por “magras” e retirar gordura aparente; • Não consumir pele de aves e preferir partes com teores menores de gordura (ex: peito de frango); • Evitar embutidos, preferir elaborados por peru; • Preparar carnes cozidas ou refogadas, assadas, grelhadas e “desprezar” água de cocção; • Consumir PEIXE (2-3 x/semana), principalmente de água fria, fonte de ômega 3 (EPA e DHA). 11 Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 TERAPIA NUTRICIONAL � CARNES MAGRAS (sem gordura) • Lagarto • Filé Mignon • Coxão duro e mole • Alcatra • Músculo � CARNES GORDAS • Picanha • Cupim • Acém • Capa de filé • Contra-filé • Ponta de agulha • Braço/paleta • Pescoço e Rabo ALIMENTOS-FONTE AG SATURADOS ALIMENTOS Lipídios AGS AGPI AGMI Colesterol CONTRA-FILÉ 20,0 8,8 0,3 8,7 120 PICANHA* 14,7 7,9 0,4 9,2 95,9 ACÉM (sem gordura) 10,9 5,5 0,3 3,7 107 FILÉ MIGNON 8,8 4,5 0,2 3,1 103 FONTE: Tabela TACO, 2006.; *PHILIPPI, 2002. 12 TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS GRUPO DO LEITE E DERIVADOS • Substituir alimentos com gordura integral por semi-desnatados ou desnatados; • Leite apresenta elevado teor de gorduras saturadas, especialmente ácido palmítico e mirístico; • Atenção ao consumo de QUEIJOS, pois todos os tipos são ricos em gordura se fabricados com leite integral; • “Crença” que “queijo branco” é melhor que “queijo amarelo”; • Atenção ao tamanho das porções/fatias. ALIMENTOS-FONTE AG SATURADOS ALIMENTOS Lipídios AGS AGPI AGMI Colesterol LEITE INTEGRAL 3,3* 1,4 0,7 0,1 13,6 LEITE SEMIDESNATADO 1,1* 0,7 0,04 0,3 4,0 QUEIJO MINAS 20,2 11,4 0,4 5,8 62 QUEIJO PARMESÃO 33,5 19,7 0,4 8,7 106 FONTE: Tabela TACO, 2006.; *PHILIPPI, 2002. ADAPTAÇÃO DE GRUPOS DE ALIMENTOS (60 kcal) Alimento Medida Usual (1 porção) Cottage 3 colheres de sopa Cream cheese light 1½colher sobremesa Iogurte natural desnatado 1 pote pequeno Leite desnatado 1 xícara de chá Queijo minas frescal light 1 fatia Queijo pasteurizado “polenguinho diet” 1 ½ unidade Requeijão cremoso light 1 colher de sopa Ricota 1 fatia TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS GRUPO DA FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS • Consumir alimentos-fonte de fibras alimentares como FLV e cereais integrais (20 a 30g de fibras totais e 5 a 10g de fibras solúveis), “quelantes” de sais biliares e colesterol; • Grupo fonte de substância e vitaminas antioxidantes. TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS GRUPO DA FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS • Incentivar o consumo de alimentos de ORIGEM VEGETAL: cereais (principalmente INTEGRAIS), leguminosas (no mínimo 1 porção/dia), hortaliças (4 a 5 porções/dia) e frutas(3 a 5 porções/dia). 13 TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS • Consumir CAFÉ com moderação, coado em papel filtro: presença de substâncias lipidícas (cafestol e kahweol) que podem elevar o colesterol sérico; • Consumir ALIMENTOS FUNCIONAIS (NÃO SUPLEMENTOS) com ação comprovada, com moderação e inserida em uma alimentação adequada. TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS • As principais ações dos ALIMENTOS FUNCIONAIS são: antioxidantes de LDL-c, ação anti-inflamatória e redução da agregação plaquetária;• Os alimentos fontes ou acrescidos de fibras solúveis e de AGPI ômega 3 também podem ser considerados funcionais. TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS LINHAÇA • Recomenda-se o uso de semente de linhaça (cerca de 60% de AGPI do tipo ômega 3/ácido alfa-linolênico); • Aquisição da semente, triturar em domicílio, armazenar em embalagens opacas; • Se adquirir em óleo, procurar por frascos do tipo âmbar e armazenar em geladeira. Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 CARDÁPIO “FUNCIONAL” SALADA Tocoferol, campferol, luteína, cumarina, licopeno, quercitina, genisteína e daidzeína, temperada com ácido graxo monoinsaturado, flavonóides e pitadas de alicisteína. PRATO PRINCIPAL AG EPA e DHA grelhados ao dialil dissulfeto e ácido oléico, acompanhado de alfa- caroteno, flavona, sulforafane, lignina e compostos fenólicos. SOBREMESA Flavonóides ao molho com cálcio e lactobacilos CARDÁPIO “FUNCIONAL” SALADA Salada de couve, escarola, rabanete, tomate, cebola, ervilhas, nozes e pedacinhos de tofu, temperado com azeite, limão e cebolinha picada. PRATO PRINCIPAL Salmão grelhado no azeite com alho, acompanhado de brócolis, cenoura, couve-flor e cogumelos cozidos no vapor. SOBREMESA Morangos com molho de iogurte. “CONTROVÉRSIAS” OVO/GEMA DE OVO Alimento de baixo custo, fonte de PAVB e de AGMI; Importante fonte de vitaminas e minerais: folato, vitamina B2, colina; Fonte de luteína e outros carotenóides (antioxidantes); Fonte alimentar de colesterol (1 gema tem cerca de 200mg); Consumir com moderação (1gema/dia): Grau de recomendação IIa, nível de evidência B. Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 14 “CONTROVÉRSIAS” MANTEIGA x MARGARINA: efeitos controversos, consumir moderadamente, selecionar margarina sem AG trans; CHOCOLATE: fonte de polifenóis e AGMI (oleico), mas também AGS do tipo AG palmítico e esteárico e pode conter AG trans; considera-se que o consumo não está relacionado a dislipidemia (< 30g/dia, com maior teor de cacau e menor de açúcar e leite); COCO E ÓLEO DE COCO: fontes de gorduras saturadas, especialmente AG láurico (C12:0), não é recomendado para tratamento de dislipidemia. Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 “CONTROVÉRSIAS” DO COZIMENTO EM ÓLEO • Evitar o “ponto de fumaça” devido surgimento de compostos tóxicos; • Variável de 120 a 230, adota-se a T de 150 graus; • FRITURAS: acima de 150 graus (“teste do pão”, que deve afundar e subir), melhor é óleo de soja; • Não reutilizar óleo aquecido; • Azeite pode ser aquecido a T de até 170 graus por 10 a 30 minutos. Santos R.D. et al. I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 100 (1 Supl.3): 1-40 TERAPIA NUTRICIONAL CONDUTAS DIETÉTICAS x ESCOLHAS • Para controlar o consumo de gordura total, gordura saturada e trans, os alimentos fontes NÃO devem ser habitualmente consumidos; • Se consumir, esporadicamente e em quantidades moderadas e CONTROLADAS. TERAPIA NUTRICIONAL PÃES, MASSAS e CEREAIS • Salgadinhos • Massas folhadas e croissant • Biscoitos (todos), principalmente amanteigados, recheados e waffer • Pães com ovos e/ou queijo e/ou creme HORTALIÇAS • Na manteiga, gratinadas, fritas e com maionese LEITE e DERIVADOS • Leite e iogurtes integrais • Manteiga e creme de leite • Queijos, principalmente mais gordurosos (cheddar, parmesão, provolone, suiço, camembert, roquefort). TERAPIA NUTRICIONAL CARNES, AVES e PEIXES • Carnes “gordurosas”, principalmente com gordura aparente (acém, contrafilé, costela) ou de localização intercelular (cupim, picanha, maminha) • Vísceras (miolo, rim, coração, fígado) • Carne de porco, bacon e torresmo • Pele de aves e a carne de pato • Crustáceos: camarão e lagosta • Carnes e pescados enlatados ao óleo TERAPIA NUTRICIONAL GORDURAS e ÓLEOS • Gordura hidrogenada • Gordura de coco e óleo de dendê • Pratos e preparações gordurosas: feijoada, rabada, maionese, pizza de queijos • Preparações fritas e à milanesa AÇÚCARES • Doces com cremes, chantilly e sorvetes
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