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Sistema Monetário 
Economia Monetária 
Profa. Cristina F. B. Reis 
 
Novembro, 2013 
2. SISTEMA 
MONETÁRIO 
SUMÁRIO 
2. Sistema monetário 
• Oferta de moeda 
- Conceitos fundamentais 
- O sistema monetário brasileiro 
- Discussão autonomia do BcB 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Moeda endógena vs exógena: 
• Endógena = deriva dos resultados da 
economia 
• Exógena = deriva das decisões da 
autoridade central 
 
 
PAPEL DO 
BANCO CENTRAL 
• banco dos bancos (emprestador de 
última instância, deposita encaixes) 
• banco do governo (empresta, 
compra/vende títulos da dívida, aonde os 
STN deposita recursos (T)) 
• emissor de moeda 
• depositário de reservas internacionais 
 
 
PAPEL DO BANCO 
CENTRAL DO BRASIL 
• Art. 164 da Const. Federal: “A competência da União para 
emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco 
central” 
• Missão: “a estabilidade do poder de compra da moeda e a 
solidez do sistema financeiro”. 
• Promover a solidez do sistema de pagamentos, normal 
funcionamento e contínuo aperfeiçoamento. 
– Qualquer sistema de liquidação no Brasil está sujeito à autorização 
e à supervisão do BCB, 
– Definição de quais são os sistemas de liquidação sistemicamente 
importantes. 
• Provedor de serviços de liquidação 
– Sistema de Transferência de Reservas: transferência de fundos 
– Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic: liquidação de 
operações com títulos públicos. 
CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO 
DE MOEDA 
• Criar e destruir envolve sempre o setor 
bancário e o não bancário 
– Criar M1 = troca entre ativo não monetário 
do setor não bancário por ativo monetário 
do setor bancário 
– Destruir M1 = troca entre ativo monetário 
do setor não bancário por ativo não 
monetário do setor bancário 
OFERTA DE MOEDA 
• M1 no Brasil: meios de pagamento 
possuídos pelos agentes econômicos não 
bancários 
– Papel moeda e moedas metálicas PP (moeda 
manual) 
– DV bancos comerciais 
– DV bancos múltiplos moeda 
– DV no BB escritural 
– DV nas caixas econômicas 
OFERTA DE MOEDA 
• Tipos de ativos (LOPES & ROSSETTI, p. 126): 
OFERTA DE MOEDA 
Conceitos anteriores de tipos de meios de 
pagamento (por liquidez?) 
• M1= PMPP + DV 
• M2 = M1 + depósitos especiais 
remunerados + quotas de fundos de renda-
fixa cp + títulos públicos de alta liquidez 
• M3 = M2 + depósitos de poupança 
• M4 = M3 + títulos emitidos por instituições 
financeiras 
 Fonte: “Reformulação dos meios de pagamento – 
Notas metodológicas” BCB 
 
 
OFERTA DE MOEDA 
Conceitos novos (por órgão emissor) 
• M1= PMPP + DV 
• M2 = M1 + depósitos especiais remunerados 
+depósitos de poupança + títulos emitidos por 
instituições depositárias 
• M3 = M2 + quotas de fundos de renda-fixa cp + 
operações compromissadas registradas no Selic 
• M4 = M3 +títulos públicos de alta liquidez 
 
 Fonte: “Reformulação dos meios de pagamento – Notas 
metodológicas” BCB 
 
 
OFERTA DE MOEDA 
Instituições depositárias: 
• bancos múltiplos, 
• bancos comerciais, 
• caixas econômicas, 
• Bancos de investimento, 
• bancos de desenvolvimento, 
• agências de fomento, 
• sociedades de crédito, 
• financiamento e investimento, 
• sociedades de crédito imobiliário, 
• associações de poupança e empréstimo, 
• companhias hipotecárias. 
 
Obs.: Instituições financeiras não depositárias, como sociedades de 
arrendamento mercantil, corretoras e distribuidoras de títulos e de 
valores mobiliários, nessas definições de agregados monetários são 
consideradas empresas do setor produtivo. 
 
OFERTA DE MOEDA 
• RF: “considera-se fundos de renda fixa os 
supervisionados pelo Banco Central, que, nessa 
condição, estão obrigados a encaminhar 
demonstrativos contábeis baseados no Cosif. 
Atualmente, correspondem aos fundos de 
investimento financeiro (FIF), dos quais excluem-se 
os recursos de propriedade do governo central no 
levantamento dos agregados monetários. Os 
fundos de renda variável e os fundos de pensão 
não são considerados emissores de liquidez e 
multiplicadores de crédito, sendo classificados, 
portanto, entre os agentes não depositários”. 
 
FONTE: Notas metodológicas do Banco Central. 
OFERTA DE MOEDA 
• “Os depósitos especiais remunerados (DER) 
foram criados como um mecanismo de 
devolução dos ativos financeiros que tinham 
sido bloqueados no Plano Collor. Os DER‘s 
rendiam além da correção monetária uma taxa 
de juros real acima da taxa de juros dos 
depósitos de poupança. Estes depósitos 
representavam 1,8% do PIB em 1992, e no 
segundo trimestre de 1995 sua proporção em 
relação ao PIB era igual a 0,5%”. 
 
 Fonte: Fernando de Holanda Barbosa 
OFERTA DE MOEDA 
SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic 
• O Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública 
federal interna (DPMFi) de emissão do Tesouro Nacional e, nessa 
condição, processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a 
custódia desses títulos. É também um sistema eletrônico que processa o 
registro e a liquidação financeira das operações realizadas com esses 
títulos pelo seu valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, 
agilidade e transparência aos negócios. Por seu intermédio, é efetuada a 
liquidação das operações de mercado aberto e de redesconto com títulos 
públicos, decorrentes da condução da política monetária. 
• Define-se Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos 
diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) 
para títulos federais. Para fins de cálculo da taxa, são considerados os 
financiamentos diários relativos às operações registradas e liquidadas no 
próprio Selic e em sistemas operados por câmaras ou prestados de 
serviços de compensação e de liquidação (art. 1° da Circular n° 2.900, de 
24 de junho de 1999, com a alteração introduzida pelo art. 1° da Circular 
n° 3.119, 18 de abril de 2002). Fonte: BcB 
 
 
 
OFERTA DE MOEDA 
Reunião Meta SELIC 
% a.a. 
Taxa SELIC 
nº data % % a.a. 
 178ª 09/10/2013 9,50 
 177ª 28/08/2013 9,00 1,02 8,90 
 174ª 17/04/2013 7,50 0,82 7,40 
 171ª 28/11/2012 7,25 0,91 7,14 
 166ª 18/04/2012 9,00 0,99 8,90 
 165ª 07/03/2012 9,75 1,07 9,65 
 163ª 30/11/2011 11,00 1,45 10,90 
 158ª 20/04/2011 12,00 1,49 11,92 
 154ª 20/10/2010 10,75 1,34 10,66 
 150ª 28/04/2010 9,50 1,04 9,40 
 146ª 21/10/2009 8,75 1,09 8,65 
 142ª 29/04/2009 10,25 1,12 10,16 
 138ª 29/10/2008 13,75 1,53 13,65 
 134ª 16/04/2008 11,75 1,41 11,63 
 130ª 17/10/2007 11,25 1,40 11,18 
 126ª 18/04/2007 12,50 1,59 12,43 
 123ª 29/11/2006 13,25 1,89 13,19 
 90ª 19/11/2003 17,50 1,28 17,32 
 81ª 19/02/2003 26,50 1,68 26,30 
 42ª 15/12/1999 19,00 1,74 19,00 
 04/03/1999 45,00 2,08 44,95 
 32ª 18/01/1999 25,00 3,98 37,34 
 31ª 16/12/1998 29,00 2,16 29,21 
 18ª 30/10/1997 3,05 3,18 45,67 
 1ª 26/06/1996 1,90 1,93 23,28 
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OFERTA DE MOEDA 
Sistemas Emissores: M1 = Consolidado monetário → passivo 
monetário restrito do Banco Central e bancos criadores de 
moeda escritural; 
ATIVOS = Aplicações/ PASSIVO = fontes de recursos 
 
Fonte: LOPES & ROSSETTI. 
OFERTA DE MOEDA 
Quase-moeda: depósitos à prazo mais poupança 
 
Conta Única do Tesouro Nacional: 
• mantida no Banco Central do Brasil, acolhe todas as disponibilidades 
financeiras da União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. 
Constitui importante instrumento de controle das finanças 
públicas,uma vez que permite a racionalizaçãoda administração dos 
recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, 
além de agilizar os processos de transferência e descentralização 
financeira e os pagamentos a terceiros. 
• O Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967: unificação dos 
recursos movimentados pelo Tesouro Nacional no BcB, de forma a 
garantir maior economia operacional e a racionalização dos 
procedimentos relativos a execução da programação financeira de 
desembolso. Tal determinação legal só foi integralmente cumprida 
com a promulgação da Constituição de 1988. 
 
Fonte: Tesouro Nacional 
OFERTA DE MOEDA 
• Sistemas Emissores: M2 = Consolidado bancário menos 
fundos de renda fixa → passivo monetário restrito do 
Banco Central e passivo monetário ampliado emitidos 
primariamente pelas instituições depositárias; 
• Operação compromissada = Compra de títulos com compromisso de revenda 
assumido pelo comprador, conjugado com o compromisso de recompra 
assumido pelo vendedor, para data futura preestabelecida. 
Fonte: LOPES & ROSSETTI. 
OFERTA DE MOEDA 
• Sistemas Emissores: M3 = Consolidado bancário -> passivo 
monetário restrito do Banco Central e passivo monetário 
ampliado das instituições depositárias e fundos renda fixa; 
• Const. Federal, art. 164, parágrafo 3: As disponibilidades de caixa da União serão 
depositadas no Banco Central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos 
em lei. 
 
Fonte: LOPES & ROSSETTI. 
OFERTA DE MOEDA 
• Sistemas Emissores: M4 = Consolidado bancário mais 
governos -> passivo monetário ampliado do Banco Central, 
instituições depositárias, fundos de renda fixa e tesouros 
nacional, estaduais e municipais. 
 
Fonte: LOPES & ROSSETTI. 
OFERTA DE MOEDA 
• Balancete estilizado do Banco Central 
 
Ativo Passivo 
 
Reservas internacionais 
Títulos públicos 
Redescontos e empréstimos 
Outras aplicações 
 
Base monetária (PMPP + ET) 
Empréstimos e externos 
Outras fontes 
Total do ativo Total do passivo 
Fonte: CARVALHO et al. 
OFERTA DE MOEDA 
• Balancete estilizado bancos comerciais 
 
Ativo Passivo 
Empréstimos 
Reservas bancárias 
Títulos públicos e privados 
Imobilizado 
Outras aplicações 
Monetário 
Depósitos à vista 
Não-monetário 
Dep. À prazo 
Empréstimos domésticos e externos 
Redescontos e empréstimos 
Patrimônio líquido 
Outras fontes 
Total do ativo Total do passivo 
Fonte: CARVALHO et al. 
OFERTA DE MOEDA 
Redesconto: 
• “Operação de compra, com compromisso de 
revenda de títulos públicos federais registrados no 
Selic. A operação de redesconto é concedida a 
exclusivo critério do Banco Central do Brasil, por 
solicitação das instituições financeiras”. Fonte: BcB. 
• Geralmente usado quando a relação Et/DV está 
baixa. 
• É diferente de uma concessão de crédito porque é 
colateralizada por um ativo financeiro. 
• O BcB empresta ao banco tomador um valor inferior 
ao do ativo dado em garantia. As diferenças de 
valores exprime a taxa de redesconto. 
OFERTA DE MOEDA 
•PLANILHAS M1, M4, 
balancetes BcB 
 
Fonte: Indicadores econômicos consolidados, 
CAP. II 
http://www.bcb.gov.br/?INDECO 
 
OFERTA DE MOEDA 
• Papel moeda emitido (PME) 
• PME – caixa do Bacen (CBC) = 
Papel moeda em circulação (PMC) 
• PMC – encaixe técnico dos bancos (Et) = 
Papel moeda em poder do público (PMPP) 
 
Logo PME = CBC + Et + PMPP 
 
• Definição privilegia visão da moeda como 
intermediária de trocas (e não como reserva 
de valor): exclui quase-moeda 
 Fonte: CARVALHO et al. 
OFERTA DE MOEDA 
Base monetária M0: 
• A ideia moderna seria corresponder ao 
passivo monetários das autoridades 
monetárias 
• Ou seja, total de moeda colocada em 
circulação pelo Banco Central ou a 
quantidade de moeda sob responsabilidade 
do Bacen 
 
Em contraste, M1 = moeda manual + escritural 
(depende do público) 
OFERTA DE MOEDA 
Base monetária M0: 
• B = PMPP + reservas totais dos bancos comerciais 
(encaixes dos bancos comerciais, ET) = PMC 
• Finalidade do encaixe: mostrar ao público que os bancos 
são capazes de saldar compromissos com os clientes 
• Tipos de Encaixes: ET = Et + Ec + Ev 
– Encaixe técnico dos bancos (Et): reservas para cobrir 
diferenças entre saques e depósitos 
– Compulsórios (Ec): estabelecido pelas autoridades 
monetárias, um percentual dos depósitos à vista a ser 
recolhido pelo BACEN na forma de moeda 
– Voluntários (Ev): encaixes junto ao BACEN decididos pelos 
bancos 
 
Fonte: CARVALHO et al. 
OFERTA DE MOEDA 
• Como B = PMPP + ET = PMPP + Et + Ev + Ec 
• Como PMPP = PMC – Et 
• Logo: B = (PMC – Et) + (Et + Ev + Ec)= 
 
 
B = PMC + Ev + Ec 
Fonte: CARVALHO et al. 
OFERTA DE MOEDA 
Lógica do sistema monetário: 
• BACEN estabelece quantidade ofertada de 
base monetária 
• Público e bancos estabelecem quantidade 
demandada, para meios de pagamento e 
manter reservas, respectivamente. 
• Quantidade total de meios de pagamentos é 
um múltiplo da base porque os bancos 
comerciais também criam meios de pagamento 
=> moeda escritural > reservas 
OFERTA DE MOEDA 
Lógica do sistema monetário (Fonte: CARVALHO et al): 
Encaixe 
bancos 
PMPP 
PMPP DV 
BASE 
M1 
$ 
$ 
OFERTA DE MOEDA 
Multiplicador monetário: 
• Multiplicador monetário = M/B = m 
• M = PMPP + DV = c.M + d.M , c + d =1 
• B = PMPP + ET = cM + e(dM) 
m = 1/ [1 – d(1-e)] 
 
• m representa quanto os bancos comerciais 
provocam de variação nos meios de pagamento 
quando o Bacen emite uma unidade monetária. 
– d e m tem relação positiva, 
– c e m tem relação negativa 
– e e m tem relação negativa 
OFERTA DE MOEDA 
• Então se m=1,4 significa que se o BcB 
provoca aumento de 100 milhões na 
base, os meios de pagamento 
aumentam 140 milhões 
 
• PLANILHAS B1, base ampliada, 
fatores base, multiplicador 
 
Fonte: Indicadores econômicos consolidados, CAP. II 
http://www.bcb.gov.br/?INDECO 
 
DISCUSSÃO 
• Debate: independência do Banco Central 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 08/11: 
• “Quando Tony Blair assumiu como primeiro-ministro 
do Reino Unido, em 1997 , (...) uma de suas 
primeiras medidas foi propor a independência formal 
do banco central da Inglaterra, o Bank of England. 
Esse atalho ajudou um governo que se supunha de 
esquerda a ganhar credibilidade perante os 
mercados”. 
• “Há duas semanas, com o anúncio de que o 
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), 
iria tirar da gaveta um projeto que concede 
autonomia formal ao Banco Central, o governo da 
presidente Dilma Rousseff parecia andar pelo mesmo 
caminho, (...). No fim, a proposta não foi levada 
adiante”. 
 
 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 08/11: 
• “[e]m 1962, o pai do pensamento econômico neoliberal, Milton Friedman, 
escreveu um famoso ensaio com o título "Deve haver um banco central 
independente?” (...) Em geral, economistas que defendem a proposta gostam de 
usar a palavra "autonomia", que envolve uma certa liberdade vigiada e exigência 
de prestação de contas, em vez de "independência". 
• “Nos Estados Unidos, por exemplo, vigora o modelo mais amplo, em que o Fed 
tem a chamada autonomia de objetivos. O Congresso Nacional fixa os objetivos, 
dos quais os mais importantes são inflação baixa e estável e pleno emprego, e 
cabe ao Fed decidir qual deles deve ser priorizado em cada momento. Na União 
Europeia, é adotado o sistema de autonomia de metas. O próprio Banco Central 
Europeu (BCE) define qual é a inflação que persegue (no caso, inflação mais 
próxima possível de 2%) e usa os instrumentos para atingi-la.E há a autonomia 
de instrumentos - a que se discute para o Brasil. O governo define a meta de 
inflação e o Banco Central tem autonomia para usar o instrumento - no caso, a 
taxa de juros - para cumprir o objetivo”. 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 08/11: 
• “[e]m 1 962, o pai do pensamento econômico neoliberal, 
Milton O principal argumento para se ter um banco 
central autônomo é protegê-lo dos interesses eleitorais 
ou partidários dos governantes de plantão. A teoria por 
trás disso é que, embora no longo prazo mais inflação 
não leve a mais crescimento nem a menos desemprego, 
em tese é possível ter alguns ganhos no curto prazo”. 
• “Outra razão para dar autonomia aos bancos centrais é 
protegê-los de pressões do governo para, via aumento 
de inflação, financiar despesas. Foi o que aconteceu no 
Brasil durante muitos anos, sobretudo entre as décadas 
de 1970 e 1980, quando a emissão de moeda foi a forma 
usada para financiar gastos públicos que estavam fora de 
controle”. 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 08/11: 
• “Críticos da autonomia operacional do Banco Central sustentam, 
porém, que não há provas científicas incontestáveis de suas 
vantagens”. (econometria tipo Acemoglu, exemplo Zimbabwe) 
• “Os argumentos contrários à autonomia formal do Banco Central 
têm a ver com a preservação dos mecanismos de representação 
popular em um regime democrático. No fundo, dar independência 
a um banco central significaria entregar boa dose de poder a 
tecnocratas, em detrimento de representantes eleitos. "A 
autonomia formal, de certo modo, poderia representar um 
elemento a mais de distanciamento entre o eleitor e o regime 
democrático", afirma o economista Marcio Pochmann (...). Ele 
pondera que, hoje, o Banco Central já goza de uma autonomia 
operacional de fato e que, portanto, a discussão é sobre a 
formalização em lei dessa autonomia, por meio da definição de 
mandato. “ 
• Crise colocou dúvidas sobre validade da teoria friedmaniana 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 08/11: 
• "O Banco Central é um órgão de Estado que não deve ser 
capturado nem pelo governo nem pelos interesses 
privados", afirma Belluzzo, em artigo publicado nesta 
semana no Valor. Ele pondera que a moeda tem dupla 
natureza - de um lado, é um bem público, uma instituição 
social, e de outro é um instrumento de enriquecimento 
privado. Por isso, o modelo de autonomia do Banco Central 
tem que conter salvaguardas adequadas. Belluzzo defende, 
por exemplo, que os membros do Comitê de Política 
Monetária (Copom) do BC sejam obrigados a divulgar seus 
votos com justificativas; que sejam eleitos membros 
independentes para os comitês; e que sejam obrigados a 
prestar contas ao Congresso Nacional em audiências 
públicas realmente rigorosas, como ocorre no modelo 
americano. 
• maturidade política 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 12/11, Delfim Netto: 
• “Na frustrada tentativa de dar independência jurídica ao Banco 
Central do Brasil na manobra da taxa básica de juros (Selic) para 
manter a "expectativa" inflacionária, e a taxa de inflação ela 
mesma, em torno da meta de 4,5%, argumentou-se que a medida 
seria semelhante à de Tony Blair. Ele tomou posse sob forte 
desconfiança dos mercados (acostumados ao "liberalismo" do 
período Thatcher) e a dissipou instantaneamente concedendo 
"independência" ao Banco da Inglaterra”. 
• “Salvo melhor juízo de historiador mais informado, o que Blair fez, 
na sua primeira medida do novo governo, foi retirar o controle da 
taxa de juros básica do "chancellor" of the Exchequer (...), para um 
novo (...) Comitê de Política Monetária’. 
• “É óbvio que os mercados precisariam ter muita fé, ou muita 
ingenuidade, para acreditar que um comitê criado pelo governo, 
cujos membros são nomeados por ele, que trabalha para atingir 
um objetivo fixado por ele, é independente dele!” 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 12/11, Delfim Netto: 
• “O mundo assistiu há menos de dois meses uma guerrilha para a 
nomeação do novo presidente do Fed (o banco central dos EUA), 
que deixou Obama numa situação muito delicada. Alguém pode 
acreditar que ele (ou melhor, ela) será independente, ou mais 
sutilmente, "indiferente" ao lado ganhador? Mais severa, por 
exemplo, com a taxa de desemprego do que com a taxa de 
inflação? Absolutamente, não”. 
• “Mas não será para atender a interesses ou por maldade, mas sim 
porque não existe uma "ciência monetária" no sentido de "ciência 
dura", em que o universo é relativamente estável e as mesmas 
ações tendem, em geral, a produzir as mesmas "respostas". Seu 
universo não é ergódigo: o futuro é essencialmente incerto, tende 
a não repetir o passado e, mais ainda, recusa submissão a leis 
probabilísticas. Trata-se no fundo de um processo de alta 
complexidade, em que as "emergências" (as rupturas, as crises) 
são certas, mas imprevisíveis”. 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 12/11, Delfim Netto: 
• “Entende-se facilmente por que, para os clássicos (Adam Smith, Karl Marx , 
Marshall, Maynard Keynes, Veblem e outros menores), a economia, se for 
alguma coisa, há de ser uma "disciplina moral", não para apenas fazer o bem, 
mas para evitar o mal que seus erros podem produzir. É mais do que claro que 
as políticas monetárias postas em prática desde a crise do Lehman Brothers 
apenas evitaram o pior e que o ajuste fiscal que as acompanhou destruiu as 
finanças dos países cuja administração foi corrompida pela aceitação 
irresponsável de incentivos aos derivativos financeiros”. 
• As recentes indefinições dos bancos centrais são apenas uma manifestação 
das "incertezas" que assombram os formuladores da política econômica em 
todo o mundo. É cada vez mais claro que os efeitos do "quantitative easing" 
perderam eficiência na margem, mas que retirá-los (o "tapering") não é uma 
tarefa trivial. O Federal Reserve está enrascado no problema de como realizá-
lo sem produzir um terremoto nos mercados financeiros mundiais. Por outro 
lado, a política de anunciar o comportamento do banco central ("forward 
guidance") não limitada a condicionalidades físicas, mas apenas ao calendário 
da sua execução, pode apresentar problemas”. 
DISCUSSÃO 
Valor Econômico 12/11, Delfim Netto: 
• Em poucas palavras, não precisamos de novidades na 
política monetária. O necessário é auxiliá-la com uma 
política fiscal adequada, que se comprometa de forma 
crível a reconduzir a "expectativa" da inflação para a meta 
de 4,5%, num horizonte aceitável. Como ninguém sabe 
muito bem como fazê-lo, é preciso de disposição firme do 
governo, muito cuidado e alguma paciência. 
DISCUSSÃO 
Um pouco mais de informações: 
• Anos 80 e 90 diversos países tentam deixar BACEN + 
autônomo: Nova Zelândia, Chile, México, Argentina, 
Espanha, França, Reino Unido, Canadá, Suécia, Austrália, 
Finlândia, Israel. 
• Acordo de Maastricht, 1991: objetivo primário do BACEN é 
estabilidade de preços, conforme estabelecido pelo 
Conselho Europeu. 
• Independência = capacidade do BC de não ceder às forças 
políticas para monetizar grandes déficits orçamentários; 
independência em relação ao Poder Legislativo e Executivo 
• 2 tipos (FISCHER, 1995): independência de instrumento e 
de meta 
 
DISCUSSÃO 
Argumento a favor: 
• Teórico: responsáveis pela política monetária sujeitos ao 
viés inflacionário intrínseco a sua condução 
• Empírico: correlação negativa entre IBC e inflação 
 
DISCUSSÃO 
Fonte: MENDONÇA, 2000. 
DISCUSSÃO 
• Estruturas do modelo de IBC 
– Objetivo BACEN é minimizar perda social causada pela inflação (L(p)) 
– Credibilidade é um bônus que ajuda a combater inflação 
– Pode incluir a premissa de que haja regras para PM 
– Expectativas racionais, informação simétrica, público tem aversão à 
inflação (w) 
– Inflação esperada = atual, não há restrição externa influenciando L(p)DISCUSSÃO 
• Para esse resultado se garantir, é necessário uma 
prerrogativa que acaba sendo recomendação normativa: 
– Nomeação de um presidente do BC com preferências pessoais por 
um alto valor de w 
– Contrato entre governo e BC que induza o comportamento anti-
inflacionário 
 
DISCUSSÃO 
• Modelos de primeira geração (Rogoff, 1985) 
– Premissas: Existe um central banker cuja aversão à inflação é maior 
do que a do público 
– Discute o papel do BC 
– Resultado: quanto maior a aversão do central banket, maior o 
bem-estar obtido 
– Críticas: 
• Redução do viés inflacionário é obtido às custas de menor 
estabilização do produto 
• Governo e BC não necessariamente têm mesma função 
objetivo e informações 
• Modelo estático, setor privado tem papel marginal 
• Por que delegar PM é mais convincente do que faze-la 
diretamente? 
 
 
DISCUSSÃO 
• Modelos de segunda geração (Walsh, 1995) 
– Não discute o papel do BC, busca de estabilidade é dada 
– Objetivo é independência de instrumentos 
– Premissa: o governo (agente-principal) estabelece um contrato 
com BC que impõe custos quando se afasta do nível ótimo 
– Governo estabelece a meta, BC deve busca-la 
• Críticas: 
• Quem estabelece o contrato ótimo? 
• Autonomia pode ser pouco democrática 
 
 
 
DISCUSSÃO 
• Modelos de terceira geração (Svensson, 1997) 
– Síntese dos outros 2 modelos: agente e o principal (a sociedade) 
estabelecem regime de metas inflacionárias 
– Premissa: BC tem controle perfeito sobre inflação 
– Resultado: não há desvio entre inflação ótima e atual 
• Críticas keynesianas 
– Moeda não é neutra: afeta longo prazo 
– Não há equilíbrio estável (PDE) 
– PM deve reduzir incerteza 
– Viés inflacionário é hipótese subjetiva 
– Estabilidade é o objetivo principal do BC? E os outros? 
– Além disso, instrumentos do BC não tem alcance para combater 
toda a inflação. 
DISCUSSÃO 
• Críticas FRIEDMAN: 
• PM ineficaz no lp, mas BC é importante como emprestador de 
última instância. 
• BC não tem meios para garantir zeragem do desvio de inflação. 
• Importante é agir conforme regras, sem política discricionária. 
• BC independente concentra muito poder político e técnico 
DISCUSSÃO 
apud MENDONÇA, 2000. 
Referências (2) 
LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 3. 
CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política. Ed. 
Campus, 2001. Caps. 1 e 2. 
BCB. “Reformulação dos meios de pagamento – Notas metodológicas”. BCB, 
2001, disponível em: http://www.bcb.gov.br/ftp/infecon/NM-
MeiosPagAmplp.pdf 
RIBEIRO, Alex. “A bandeira da independência”. Valor Econômico, 08 de novembro 
de 2013. 
NETTO, Delfim. “A autonomia do Banco Central basta”. Valor Econômico, 12 de 
novembro de 2013. 
ARESTIS, P.; SAWYER, M. (ed.) Handbook of Alternative Monetary Economics. 
Edgar Elgar, Vol. 1 e 2, 2008. 
FRIEDMAN, B. M.; HAHN, F. H. (ed.) Handbook of Monetary Economics. Elsevier, 
Vol. 1 e 2, 1990. 
MENDONÇA. H. F. "A teoria da independência do Banco Central: uma 
interpretação crítica". Estudos Econômicos, v. 30, n. 1, janeiro-março 2000. 
PRÓXIMA AULA 
• Trazer matérias da mídia sobre as 
principais críticas ao sistema financeiro 
brasileiro

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