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Luana QueirozO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL MOTRICIDADE OROFACIAL MO é o campo da Fonoaudiologia voltado para estudo/pesquisa, prevenção, avaliação, diagnóstico, desenvolvimento, habilitação, aperfeiçoamento e reabilitação dos aspectos estruturais e funcionais das regiões orofacial e Cervical. (Comitê de MO da SBFa, documento oficial 2001) A MOTRICIDADE OROFACIAL É uma área na qual muitas outras especialidades se relacionam, especialmente a odontologia e algumas áreas da medicina Entrelaçam-se aqui alguns caminhos quando se pretende tratar de alterações na postura orofacial, mastigação, deglutição e fala, acompanhadas de problemas oclusais ou esqueléticos DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL Embriologia da face inicia na 4ª semana e atinge as características gerais na 8ª semana (Lessa e Carreirão, 1981) O APARELHO FARÍNGEO (BRANQUIAL) é formado por: Arcos faríngeos (Branquiais) Sulcos faríngeos (Branquiais) Bolsas faríngea (Branquiais) DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL ARCOS BRANQUIAIS O 1º Arco Branquial compreende os Processos Mandibulares e os Processos Maxilares O 2º Arco Branquial compreende o Processo Frontal DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL A FORMAÇÃO DO LÁBIO INFERIOR dá-se pela fusão medial dos processos mandibulares. Os Processos mandibulares tem origem do 1º Arco Branquial. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL A FACE é dividida em 3 terços: Superior > Processo Frontal e Olhos Médio > Processos Maxilares Inferior > Processos Mandibulares EMBRIOLOGIA DA FACE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL A FORMAÇÃO DO NARIZ E FOSSAS NASAIS dá-se pela proliferação do ectoderma do Processo Frontal, esta que forma duas estruturas em formato de ferradura > chamadas de PLACÓIDES NASAIS. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL Região Central > Processo Frontonasal Os Placóides Nasais, uma vez fusionadas as suas bordas, será dividido em duas partes: PROCESSO NASAL LATERAL e PROCESSO NASAL MEDIAL > Ambos tem origem do ectoderma. À partir do desenvolvimento dos Placóides Nasais, entre eles haverá o PROCESSO FRONTONASAL. Essas estruturas formadas delimitam o Estomodeo superiormente>> Processo Frontonasal, Processos Nasais Laterais e Processos Nasaisl Mediais. Desenho esquemático ilustra a divisão dos Placóides Nasais em Processo Nasal Lateral e Medial e Formação do Processo Frontonasal Os Processos Nasais Mediais se fusionam na linha média com o Processo Frontonasal e Superiormente com o Processo Frontal >> Essa fusão originará FRENTE, DORSO, PONTA E BASE DO NARIZ. As ASAS DO NARIZ serão formadas pela fusão dos PROCESSOS NASAIS LATERAIS e PROCESSOS MAXILARES. Nesta região formase também o DUCTO NASO-LACRIMAL. Entende-se então, que os Processos Nasais Mediais juntamente com o Processo Frontonasal darão origem ao NARIZ, PRÉ-MAXILA E PALATO PRIMÁRIO. Pode-se perceber também que a falta de fusão entre os Processos Nasais Mediais com os Processos Maxilares originarão as FENDAS LABIAIS> Que podem ser uni ou bilaterais. O LÁBIO INFERIOR é formado pelos Processos Mandibulares. RESUMINDO: • COMPONENTE: • PROCESSOS FORMADORES: Asa do Nariz Processo Nasal Lateral e Processo Maxilar Lábio Superior Processos Nasais Mediais e Processos Maxilares Lábio Inferior Processos mandibulares FORMAÇÃO DO PALATO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO Forma-se pela fusão dos Processos Nasais Mediais. É composto por três componentes: Componente labial = Filtro do Lábio Componente Maxilar = Região dos quatro incisivos superiores e mucosa. Componente Palatino = Palato Primário Divisão palato primário região pré-forame palato secundário região pós-forame (palato duro e mole) ( Peterson et al., 2000) Fissura labiopalatina 5ª semana Protuberância nasal lateral • Formação da asa do nariz. Protuberância nasal medial Porção média do nariz, do lábio superior e da maxila. Palato primário 6ª e 7ª semana • protuberâncias maxilares crescem em direção medial e comprimem as protuberâncias nasais mediais de encontro à linha média, que se fundem e formam o lábio superior. Peterson et al., 2000 6ª e 7ª semana • componente labial forma o filtro do lábio superior componente da maxila contém os quatro dentes incisivos componente palatino forma o palato primário Peterson et al., 2000 6ª e 7ª semana • processos palatinos orientados obliquamente para baixo atingem posição horizontal, acima da língua, e unem-se formando o palato secundário. Peterson et al., 2000 Sutura embrionária 1º ARCO FARÍNGEO= origina os mm. Mastigatórios: Temporal, masseter, petrigóideo medial e lateral, ventre posterior do digátrico. 2º ARCO FARÍNGEO= origina os mm. da mímica facial, ventre anterior do digástrico e músculo estapédio. Sistema Estomatognático Esse sistema apresenta, desde a sua formação, muitas adaptações conforme as fases desenvolvimento desse indivíduo. Trata-se de um sistema bastante dinâmico que passa por alterações morfológicas durante toda vida (Bianchini, 2000) Relaciona-se a este conceito a plasticidade do SE devido à importância das funções que desempenha, suas estruturas mantêm uma interrelação constante para viabilizá-las. Sistema Estomatognático Identifica um conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns tais como: A Sucção A deglutição A mastigação A fonaçãoarticulação A Respiração Sistema Estomatognático Conjunto de estruturas bucais composto por: Ossos • Lábios/língua/bochechas Mandíbula/ maxila • Sistema nervoso central e ATM periférico Dentes • Sistema vascular e Músculos linfático Ligamentos • Espaços vazios Mucosa Sistema Estomatognático Sobre os ossos estão as partes moles e portanto, ao examinarmos as partes duras poderemos prever como ocorrem as funções Quando existem desvios dos padrões normais, ocorrem alterações na forma ou na função destas estruturas estomatognáticas. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO MOTOR ORAL O processo de crescimento facial requer interrelações morfogênicas íntimas entre todas as partes dos tecidos moles e duros que estão crescendo. Modificando-se e funcionando cuja meta é um estado de equilíbrio funcional e estrutural complexo. (Enlow e Hans, 1999) O adequado desenvolvimento das funções propicia um bom desenvolvimento dos órgãos do SE e, consequentemente, boa harmonia entre forma e função. Forma e Função Forma= estruturas estáticas arcos dentários Mx/md Ossos relacionados com a ATM Função =estrutura dinâmica - representada pela unidade neuromuscular que mobiliza as partes estáticas Função e morfologia estão intimamente relacionadas, de um lado porque sem uma organização harmônica das estruturas não há como realizar comportamentos orofaciais normais, de outro lado, porque as funções exercem efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial, bem como sobre a saúde do SE Sistema Estomatognático Tem suas funções integradas pelo SNC: Mesencéfalo Ponte Bulbo Os Pares Cranianos Realizam a inervação sensória-motora do SE. Estão diretamente relacionados às funções orofaciais os nervos: Trigêmio -V Facial -VII Glossofaríngeo-IX Vago-X Hipoglosso-XII Funções Orofaciais Funções inatas, automáticas e vegetativas. Ex.: deglutição, respiração, vômito e o ato de mamar. Funções inatas,automáticas e emocionais. Ex.: o riso, o choro e o sorriso. Funções aprendidas, automáticas e vegetativas. Ex.: morder, mastigar e chupar. Funções aprendidas, automáticas e emocionais. Ex.: tiques nervosos. Funções aprendidas, não automáticas, discriminatórias e voluntárias. Ex.: movimento exploratório da língua, separação dos lábios e os atos de beijar e soprar. Funções aprendidas, automáticas e práticas. Ex.: assoviar, tocar instrumentos de sopro. Funções fisiológicas da boca Referem-se as funções estomatognáticas clássicas ou de adaptação Funções através das quais o SE reage perante a uma situação de comunicação do organismo, seja no sentido de defesa, ou simples expressão, agressão. Funções Estomatognáticas sucção respiração deglutição mastigação fala REFERÊNCIAS CORREIA MEDEIROS, A.M; MARCELO MEDEIROS. Motricidade Orofacial: interrelação entre Fonoaudiologia e Odontologia. São Paulo: Lovise, 2006. FONSECA, R.A; TUCCI, T.A; RODRIGUEZ, R.C.L; GOMES, I.C.D; BIANCHINI, E.M.G. A correlação entre ceceio frontal e o crescimento infantil. Rev Soc Bras Fonoaudiol. v. 10, n. 4, p.211-7, 2005. MARCHESAN, I.Q.O que se considera normal na deglutição. In: JACOBI, J.S; LEVY, D.S; SILVA, L.M.C. Disfagia: avaliação e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. MARCHESAN, I.Q. Alterações de fala músculo-esqueléticas: possibilidades de cura. In: Comitê de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Motricidade Orofacial: como atuam os especialistas. São José dos Campos: Pulso Editorial, p. 243-9, 2004. MARCHESAN, I.Q; SANSEVERINO, N.T. Conhecimentos essenciais para entender bem a relação entre fonoaudiologia e ortodontia/ortopedia facial: esclarecendo dúvidas sobre o trabalho conjunto. São José dos Campos: Pulso Editorial, 2004. REFERÊNCIAS https://www.youtube.com/watch?v=4CUOftZKhTA
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