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ESTUDO II MAD2

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ESTUDO II – MAD 2
CADEIA DE INFECÇÃO
Patologia: Estudo cientifico da doença.
INFECÇÃO x DOENÇA
A infecção é quando o organismo é invadido ou colonizado, por microrganismos patogênicos. 
Doença é quando a infecção causa alteração no estado de saúde de um indivíduo. Ou seja, um estado anormal, em que o corpo não realiza suas funções de modo normal. 
Ex: Vírus da AIDS, em que o corpo pode ser infectado, mas há sintomas da doença. 
Colonização: Presença de microrganismo sem danos tecidual do hospedeiro ou sinais e sintomas. Equilíbrio entre microrganismo e hospedeiro.
Flora: Microrganismos que são frequentemente encontrados em todos os indivíduos em partes específicas do corpo, não provocam doenças em condições normais. 
 Residente x Transitória
As residentes se estabelecem permanentemente (colonizam) no corpo humano, mas não causam doenças. Já a transitória, pode estar presente por determinado tempo, pode ou não causar doenças. Porém depois desaparecem. 
ESTÁGIOS DO PROCESSO INFECTIVO
 Agente infeccioso invade o hospedeiro
O indivíduo entra no Período de Incubação, que é quando está com a infecção, porém não manifesta sinais e sintomas, é nesse momento em que o microrganismo se multiplica. 
Depois o indivíduo entra no Período Prodromal, um período relativamente curto, é nesse momento em que inicia o aparecimento de sinais e sintomas da doença, como dor de cabeça, febre, fadiga.
Quando entra no Período de Doença, a pessoa exibe um quadro de sintomas e sinais específicos e severos, e nesse momento ela pode seguir por dois caminhos. Ou a recuperação, a cura desse paciente em que ele responde de forma positiva ao tratamento ou uma resposta imune eficiente contra esse microrganismo, ou a morte, que pode ser devido a um tratamento sem sucesso.
Durante o Período de Declínio, os sinais e sintomas da doença diminuem, porém a pessoa ainda está vulnerável, pode adquirir infecções secundárias.
E o último estágio é o Período de Convalescência, quando o corpo retorna ao estágio de pré doença, ganha força novamente. E nesse período a pessoa pode disseminar a doença. 
O que é a Cadeia de Infecção?
É um modelo usado para entender o processo de infecção, cada elemento representa uma etapa no processo de transmissão da infecção. TODOS OS ELEMENTOS DEVEM ESTAR PRESENTES PARA QUE OCORRA A INFECÇÃO.
 Quebra de cadeira: Quando não ocorre algum elemento da cadeia, evitando assim a infecção. E previne também o desenvolvimento de doenças.
Agente causador: São os microrganismo, representados por bactérias, vírus e fungos. E parasitas que são os protozoários e helmintos. 
As características para que ocorra a infecção, são os fatores de virulência (produção de substâncias que favorece o desenvolvimento de doenças, então a capacidade de desenvolver doenças está diretamente relacionada aos fatores de virulência.)
Quando se fala em patogenicidade, está falando de virulência, (o grau de patogenicidade é o quanto esse microrganismo pode causar uma doença.)
E também quando se fala em virulência, tem a capacidade do agente causador, e invadir o hospedeiro, e se proliferar também.
Cada agente causador tem uma especificidade pelo hospedeiro, ou seja, cada microrganismo tem o seu hospedeiro.
E cada microrganismo (agente causador) tem a sua capacidade de adaptar-se ao ambiente que ele se encontra, independente que esse ambiente seja o nosso próprio corpo ou planta, ou animal.
Em seguida, o agente causador deve estar presentes em reservatórios.
Agente causador da dengue: Vírus da dengue.
Reservatório: São fontes de disseminação dos agentes infecciosos, o local onde vivem e se reproduzem. Eles podem ser humanos, animais, insetos, plantas, água, solo, alimentos e objetos.
Nos casos dos humanos, são chamados de carreadores, o motivo é que não apresentamos sinais ou sintomas da presença desse microrganismo, somos carreadores de milhares de microrganismos, muitas vezes patogênicos. Já os animais, podem ser tanto silvestres quanto domésticos, também transmite infecções. As doenças que se desenvolvem primariamente em animais e são transmitidos para os humanos, são chamadas de zoonoses. Transmissor é SEMPRE um animal. Ex: raiva, hantavirose.
Porta de saída: Via pela qual o o agente infeccioso deixa o reservatório para ser transferido ao hospedeiro. A portas de saída são as mesmas portas de entrada. No caso de reservatórios humanos, as portas de saída são: Trato respiratório: tosse, espirro, fala; Trato Gastrintestinal: saliva, fezes e vômitos. Trato gênito- urinário: contato sexual, cateteres; Pele e membranas mucosas: contato direto, feridas e aberturas; Sangue: agulha, injeção e transfusão de sangue; Transplacental
Modo de Transmissão: É o modo como o agente infeccioso vai sair do reservatório e vai para o hospedeiro. As 4 rotas principais de transmissão são: Contato direto (contato físico entre a reservatório e o hospedeiro, não tem objeto intermediário) e indireto (quando existe um objeto (Fômite) entre o hospedeiro e reservatório), vetores, veículos (água, ar, alimentos).
Veículos: Representados pela água, ar, alimentos, sangue, fluidos corporais. O microrganismo é levado através desses veículos. 
A água não tratada, por esgoto, pode ser o veículo de doenças como a cólera, lespospirose, shiguelose. Os alimentos não cozidos ou preparados sem condição de higiene, pode ser veículo para intoxicação salmonelose. E no ar, as transmissão de gotícula, aerossóis e partículas de poeiras, podem ser veículos para causar tuberculose e Esporos.
Vetores: Também um modo de transmissão de doenças. Podem transmitir por duas formas, mecânica – transporte passivo e Biológica- processo ativo.
Mecânica – transporte passivo de patógenos nas patas do inseto ou outras partes do corpo. Ex: moscas, formigas, que transportam os patógenos pelas patas, contaminando os alimentos, como febre tifoide. 
Biológica: O artrópode pica uma pessoa ou animal infectado, e ingere parte do sangue infectado. Os patógenos se reproduzem no vetor. A picada desse artrópode em outro hospedeiro, causa a transmissão da infecção. Ex: febre amarela, dengue. 
Vetor da dengue: Aedes aegypti 
Porta de entrada: A via de entrada de um agente infeccioso no hospedeiro susceptível, que são por meio de mucosas, pele.
Susceptibilidade do hospedeiro: Uma pessoa, ou animal com resistência diminuída a um patógeno, assim quando exposto ao agente infeccioso, desenvolverá a doença. Nada adianta se o agente tiver todos os elementos acima, se o hospedeiro não for suscetível, ou seja, não ter os fatores de predisposição da doença.
Fatores como, o sexo, genética, estado nutricional, idade, estilo de vida, uso de medicamentos.
Como prevenir uma infecção?
Quebrando ou interrompendo a cadeia de infecção, ou seja, adotando medidas que possa bloquear algum elemento da cadeia de infecção. Como por exemplo, lavar as mãos, desinfecção, esterilização, nutrição adequada, cobrir a boca ao espirrar os tossir.
 
INFECÇÃO HOSPITALAR (NOSOCOMIAL OU RELACIONADA A ASSISTENCIA A SAÚDE)
O que é? 
Infecção adquirida durante a hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial.
Pode ser considerada infecção nosocomial, as infecções que o paciente adquiri até 30 dias depois da alta.
O tempo para diagnosticar uma infecção hospitalar, é sempre a partir de 48 horas após a internação. Se ter algum caso de infecção nosocomial, antes das 48 horas, o paciente deve necessariamente ter passado por um processo invasivo.
Como se adquire uma infecção relacionada a assistência à saúde?
Por meio de 3 formas, 
1 forma: através de uma autoinfecção (Endógeno), o agente causador do próprio paciente, desenvolve-se quando há uma diminuição da resistência do paciente no período de internação. 
2 forma: Infecção cruzada (exógena): O paciente entre em contato com um agente causador externo. Ex: um paciente entra em contato com a mão de um profissional contaminada por outro paciente. 
3 forma: Através do ambiente hospitalar: por meio de objetos usados nesse ambiente, ou ar, água. 
Fatoresessenciais para desenvolvimento de infecção hospitalar
Microrganismo no ambiente hospitalar.
Susceptibilidade do hospedeiro (paciente)
Cadeia de transmissão.
Microrganismos no ambiente hospitalar:
Atualmente, os microrganismos estão muito resistentes, a maioria são patógenos oportunistas.
Serratia spp, gram – negativas.
E.Coli – Gram-negativas – trato urinário
Hospedeiro susceptível
Os procedimentos invasivos tornam os pacientes mais suscetíveis as infecções hospitalares. Como os que fizeram cirurgias, os queimados. Os idosos. Uso de intubação, cateter (pelas mãos dos profissionais de saúde)
Cadeia de Transmissão
A rota de transmissão pode ser pelo contanto direto de paciente com paciente, ou paciente com profissional de saúde. Ou pelo contato indireto, por via fômites (objetos como agulhas, seringas, sondas.) e sistema de ventilação do ar.
Como controlar o desenvolvimento de uma infecção hospitalar? 
Bloqueando os 3 fatores essenciais para o desenvolvimento de infecção hospitalar.
Isolamento e precaução de barreiras.
Descontaminação de equipamentos.
Uso racional de antimicrobianos.
Lavagem das mãos.
Descontaminação dos ambientes.

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