Buscar

CCJ0043-WL-B-PA-01-Filosofia Geral e Jurídica-64574

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Título 
Filosofia: Origem, conceito e objeto 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
O que é Filosofia? O que é Filosofia Jurídica? 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
Conhecer o conceito de Filosofia e os seus objetos de investigação;  
 
Compreender a Filosofia como a possibilidade de uma leitura crítica da realidade; 
Identificar o conceito de Filosofia jurídica;  
Estudar os objetos de investigação da Filosofia Jurídica. 
 
  
  
Estrutura do Conteúdo 
Unidade 1  -  Filosofia: Origem, conceito e objeto 
 
1.1. O que é Filosofia?  
1.2. Objetos de estudo da Filosofia. 
1.3. Objetos de estudo da Filosofia Jurídica. 
  
  
Aplicação Prática Teórica 
Orientação para realizar a atividade: 
O aluno deverá rever os pontos da aula ministrada por seu professor, consultar seu  material didático e, se necessário, a biblioteca virtual da Estácio para responder e aperfeiçoar os casos concretos desta aula. A 
atividade deverá ser feita em arquivo word (.doc), com cabeçalho identificador da atividade e aluno/Instituição/Cursor/Campus/Disciplina/Turma/Aluno/Semana), contendo apenas as respostas fundamentadas e 
enriquecidas em pesquisa  bibliográfica e com a indicação da fonte bibliográfica da pesquisa na forma da ABNT a ser inserida no item "Referências". As questões abaixo são discursivas, o que requer uma 
resposta na forma de redação. O arquivo deverá ser anexado no ambiente do webaula no prazo estipulado. 
  
  
  
 Caso 1 - Os pilares do pensamento 
Sem perceber, perseguimos o que Platão disse há 25 séculos 
Por Eugênio Mussak 
É muito provável que você nunca tenha parado para pensar sobre a origem de seu próprio pensamento  - a isso se dedicam os filósofos.   O que justifica a filosofia é que 
compreendendo por que e como raciocinamos passamos a pensar melhor, com mais  controle, lucidez e eficiência. Quer um exemplo? Repare que todos os seus pensamentos 
estão relacionados a quatro grandes áreas , constituídas por extremos: o belo e o feio; o verdadeiro e o falso; o bom e o mau; o útil e o inútil. Sem perceber, você está empenhado em 
perseguir o belo, o verdadeiro, o  bom e o útil, ao mesmo tempo que procura afastar -se de seus opostos. Essa maneira abrangente de comandar o pensamento, de controlar o 
comportamento e de  construir a vida não tem nada de novo.  É  a filosofia de um homem que viveu em Atenas entre 429 e 347 a.C. e que criou a Academia, considerada a primeira 
universidade do mundo, que funcionou durante 800 anos e foi a mais  perfeita que já existiu. Esse homem chamava -se Platão. 
Seguindo essa linha de  raciocínio, o belo é o representado pela arte, pela música, pela moda, pelos cuidados com o corpo. A estética torna a vida mais agradável, mais calma e 
mais  feliz. ´tão forte em nossas vidas que está relacionada até com a perpetuação da espécie, pois a atração física começa pela percepção da beleza. O verdadeiro sinifica a busca 
da verdade em todas áreas. Por isso estudamos, adquirimos conhecimento e até estabelecemos regras que garantam a manutenção e a soberania  da erdade. O bom está 
relacionado à construção da moral e da compaixão. A busca desses valores é uma das marcas registradas da espécie humana e uma das mais controversas, pois a história mostra 
que o homem às vezes é mau ao tentar impor o valor do bom. Basta lembrar da Inquisição ou de qualquer outro tipo de  fundamento religioso. E, finalmente, o útil, um valor mais 
moderno e cada vez mais procurado na atualidade. Hoje, tudo que tem um propósito prático e imediato tende a ser valorizado. 
A vida ideal seria aquela que  contempla essas quatro áreas. A busca de uma delas não deveria ofender as demais, ou pelo menos deveria atingi-las o mínimo possível. O homem 
costuma mudar a relação entre esses valores. Na Grécia antiga, por exemplo, a sequência ideal era: o belo, o verdadeiro, o bom e o útil. A Revolução Francesa porpôs uma inversão, 
priorizando o bom e colocando o verdadeiro, o belo e o útil na sequência. Outras épocas tiveram seus próprios modelos. Hoje, vivemos o império do útil, seguido do belo e do bom. 
Deixamos o verdadeiro para o final (que o  digam os balanços de certas companhias). Parece que a regra vigente é esta: se for útil não precisa ser verdadeiro e se for belo não 
precisa ser bom. É claro que não tem como dar certo desse jeito. A história mostra que o desequilíbrio entre essas quatro partes é o que provoca a decadência. Roma que o diga e a 
América que se cuide! (Fonte: Revista VOCÊ S/A, setembro 2002, nº 51) 
Pergunta-se: 
  
1. Qual a importância da Filosofia?  
2. Como o autor fundamenta a utilidade da filosofia nos tempos atuais? 
  
  
Caso 2 -  Sobre os fundamentos da Justiça 
O que funda a justiça? Seus fundamentos estariam na razão, na linguagem, na transcendência divina, ou na consciência? Eis algumas das linhas de discussão que 
envolvem a questão dos fundamentos da justiça da qual nos ocuparemos agora. Antes de tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a 
confundir justiça com o Poder Judiciário. O termo "acesso à justiça", tão propalado nos nossos dias, não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no 
sentido do rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os seus interesses. Não diz do acesso á justiça mas do alcance do órgão 
estatal que, por definição, é o lugar das lamentações em torno dos conflitos humanos gerados a partir da obrigatoriedade da coexistência a que todos estamos condenados 
por sentença dos deuses, desde as nossas obscuras origens. Portanto, deixamos claro que os fundamentos da justiça que buscamos jamais se comprometeram com as 
instituições destinadas à efetivação da sua eficácia, ressalvada a configuração aproximativa do ideal de justiça. A pergunta pelos fundamentos da justiça vai muito além da 
crença na sua realizabilidade institucional, uma vez que esta se mostra apenas na órbita dos possíveis e não na esfera fundante disso que nominamos justiça na milenar 
trajetória da vida do espírito. (...) Começar a entender os fundamentos da justiça implica entender esse fluir da vivência na sua mais primitiva manifestação, pois é nesse 
campo primitivo, do a-temático, da ausência de quaisquer categorias que se instaura o apelo à justiça. Mas o que é a justiça? De onde vem e quais são os seus 
indicadores? Eis a questão! (GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. Pequena introdução à filosofia política . A  questão dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2007. p. 87-90.) 
 
Diante do texto apresentado, responda as perguntas abaixo: 
1 - É possível dizer que o texto apresenta uma reflexão filosófica sobre o Direito? 
2 - Destaque uma parte do texto que justifica sua resposta anterior. 
  
 
 
  
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA
 
 
 
Plano de Aula: Filosofia: Origem, conceito e objeto
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
NOME DA DISCIPLINA:  FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
                    
CÓDIGO:   
TÍTULO DA ATIVIDADE  
A leitura de textos (ANEXOS AO PLANO DE ENSINO) à maneira filosófica 
OBJETIVO: 
O objetivo da atividade é ofertar ao aluno um exercício prático que possibilite o desenvolvimento da habilidade de ler 
um texto à maneira filosófica. Denomina -se este modelo de método de leitura estrutural, porque se realiza uma 
análise interna do texto, observando seu caráter sistemático e orgânico ? a ordem das razões. O que significa dizer 
que todo texto, filosófico ou não, deve ser lido como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e 
proposições. Visa -se fundamentalmente preparar o estudante para que, ao final do seu curso, possa ser capaz de 
pensar o Direito e suas aporias. Faz-se necessário ensinar esse método estrutural para ler textos filosóficos ou não 
e, ao mesmo tempo, estimular o pensamento autônomo. O que seprocura mostrar é que o rigor na leitura decorre 
da própria organização conceitual dos textos. 
  
  
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:  
 A atividade visa promover no aluno uma atitude reflexiva e crítica segundo a qual um texto deve ser lido, observando -
o como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e proposições. O aluno deverá procurar a 
interpretação que permita recuperar a coerência e a lógica interna dos argumentos apresentados no texto. Para 
tanto, ao ler um texto de maneira filosófica, deve-se buscar, em primeiro lugar, um esforço efetivo para compreensão 
da inteligência do texto. Antes de proferir seu juízo de valor sobre a validade substantiva das proposições, deve-se 
buscar a sua lógica interna. Usa -se esse modelo de leitura para se compreender a lógica interna dos filósofos, 
sendo certo afirmar, que se não se entende a lógica interna de um Filósofo/autor, não poderemos compreender sua 
filosofia/argumentos. Visa-se, portanto, desenvolver um olhar voltado para o método do pensar crítico, ou seja, o 
método de organizar o discurso. Para que serve o estudo de filosofia? Por que um estudante precisa estudar 
filosofia? Para ler cientificamente um texto e desenvolver as aptidões de julgar e raciocinar de forma coerente. A 
atividade propõe as condições de possibilidade para que o aluno desenvolva o olhar do intérprete estrutural que se 
preocupa primordialmente com a concatenação argumentativa das ideias do autor de um texto, estimulando assim 
a reflexão pessoal e filosófica. Ler um texto de maneira eficiente constitui -se em habilidade  fundamental em 
qualquer disciplina. Nesta atividade o aluno não lê somente, mas estuda. 
DESENVOLVIMENTO: 
1ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 2 e 3.  O aluno deverá analisar dois textos ao longo do semestre. O 
primeiro é o Voto da Ministra Ellen Gracie sobre o aborto de fetos anencéfalos  e, o segundo,  a Petição Amicus 
Curiae de Luis Roberto Barroso, disponíveis no ambiente do webaula. O primeiro texto deverá ser analisado até a 
AV1. O segundo até o momento da AV2, sendo apenas neste último acrescido de uma crítica elaborada pelo o aluno, 
a partir dos autores estudados nas três últimas aulas: Habermas, Rawls e Dworkin. O texto elaborado pelo aluno 
como resultado da análise realizada, deverá ser inserido no webaula. 
  
2ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 4 e 5. Começa-se com uma leitura rápida para através dela ter uma 
visão global do texto.  Deve-se ler o texto inteiro sem interrupções. Nesta fase, observe, parágrafo por parágrafo,  para 
verificar o uso de termos. Consulte o dicionário (língua portuguesa e/ou jurídico) para esclarecer dúvidas quanto à 
acepção escolhida pelo autor; faça uma breve pesquisa na  internet sobre o autor do texto, sua área de atuação e 
titulação; investigue eventuais fatos históricos ou acontecimentos mencionados pelo autor e seu histórico; destaque 
o tema central abordado no texto ? deve-se responder às seguintes perguntas: (a) do que trata o texto? (b) o que está 
sendo afirmado? Apresente, em linhas gerais, a posição do autor (a favor ou contra) em relação ao tema do texto. 
Familiarize-se, nesta etapa, com o repertório conceitual do autor. 
  
3ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 6 e 7. leitura aprofundada ? o estudante deve se fixar em cada 
passagem do texto para identificar todos os movimentos do texto. Deve-se responder às seguintes perguntas: (a) 
Em quantas partes o texto está dividido? Que critérios foram utilizados para essa divisão? Alguns textos já estão 
divididos pelo próprio autor, outros não. (b) Justifique a escolha do número de partes que foram encontradas. (c) 
enumere os argumentos apresentados no texto separando os argumentos centrais e subargumentos. Após 
destacá-los numere-os à margem do próprio texto. Em muitos textos os argumentos não estão numerados, mas são 
apresentados numa ordem lógica discursivamente (?Em primeiro lugar.../Por um lado...). 
  
4ª etapa:  Essa etapa será realizada nas aulas 8 e 9 . Defina com clareza, numa proposição,  o argumento 
apresentado pelo autor em cada parte do texto ( identificados na 3ª etapa). Procure organizá-los como se fosse uma 
estrutura arborizante (tronco ? argumento central/ galhos ? subargumentos). Identifique o lugar da ideias 
apresentadas pelo autor nos argumentos e subargumentos selecionados. Releia com atenção diferenciada as 
partes que contém as ideias centrais e estruturantes de cada argumento defendido no texto. Reconstrua o texto a 
partir de uma representação gráfica dos argumentos (Exemplo: 1. Tema; 2. tese central; 2.1. argumento; 2.1.2. 
subargumento etc). Procure responder às seguintes perguntas: (a) o que está sendo dito detalhadamente? Como? 
(b) Identifique a tese central apontada pelo autor. 
  
5ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 12 e 13.  Releia o texto de uma única vez. Reler é mais vantajoso do 
que tentar entender tudo na primeira leitura. Após a releitura, elabore um texto, com autoria, apresentando 
discursivamente respostas às seguintes perguntas: (a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e 
como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua 
argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que 
conclusão chegou? 
Somente para o segundo texto acrescente o seguinte item: Dentre os autores estudados nas três últimas aulas 
(Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da tese central ofertada 
pelo autor do texto analisado? 
  
  
PRODUTO/RESULTADO: 
 É importante observar que não existe um modelo rígido para leitura de textos, mas nesta atividade, o aluno aprende 
algumas dicas para se iniciar no  estudo de textos complexos e no campo da leitura reflexiva.  Compreenderá, ao 
final, que no momento da leitura é preciso entender as ideias antes de julgá -las. E que ler um texto com atenção 
significa captar a intencionalidade do autor que se desvela no sentido dos argumentos que apresenta. Assim, o 
aluno apresentará dois textos, na forma de um fichamento de leitura,  contendo os itens solicitados, a saber: 
(a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) 
Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está 
sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que conclusão chegou? 
Somente para o segundo texto, Petição Amicus Curiae,  acrescentará o seguinte item: Dentre os autores estudados 
nas três últimas aulas (Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da 
tese central ofertada pelo autor do texto analisado? Justifique sua escolha. 
  
Estácio de Sá Página 1 / 3
Título 
Filosofia: Origem, conceito e objeto 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
O que é Filosofia? O que é Filosofia Jurídica? 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
Conhecer o conceito de Filosofia e os seus objetos de investigação;  
 
Compreender a Filosofia como a possibilidade de uma leitura crítica da realidade; 
Identificar o conceito de Filosofia jurídica;  
Estudar os objetos de investigação da Filosofia Jurídica. 
 
  
  
Estrutura do Conteúdo 
Unidade 1  -  Filosofia: Origem, conceito e objeto 
 
1.1. O que é Filosofia?  
1.2. Objetos de estudo da Filosofia. 
1.3. Objetos de estudo da Filosofia Jurídica. 
  
  
Aplicação Prática Teórica 
Orientação para realizar a atividade: 
O aluno deverá rever os pontos da aula ministrada por seu professor, consultar seu  material didático e, se necessário, a biblioteca virtual da Estácio para responder e aperfeiçoar os casos concretos desta aula. A 
atividadedeverá ser feita em arquivo word (.doc), com cabeçalho identificador da atividade e aluno/Instituição/Cursor/Campus/Disciplina/Turma/Aluno/Semana), contendo apenas as respostas fundamentadas e 
enriquecidas em pesquisa  bibliográfica e com a indicação da fonte bibliográfica da pesquisa na forma da ABNT a ser inserida no item "Referências". As questões abaixo são discursivas, o que requer uma 
resposta na forma de redação. O arquivo deverá ser anexado no ambiente do webaula no prazo estipulado. 
  
  
  
 Caso 1 - Os pilares do pensamento 
Sem perceber, perseguimos o que Platão disse há 25 séculos 
Por Eugênio Mussak 
É muito provável que você nunca tenha parado para pensar sobre a origem de seu próprio pensamento  - a isso se dedicam os filósofos.   O que justifica a filosofia é que 
compreendendo por que e como raciocinamos passamos a pensar melhor, com mais  controle, lucidez e eficiência. Quer um exemplo? Repare que todos os seus pensamentos 
estão relacionados a quatro grandes áreas , constituídas por extremos: o belo e o feio; o verdadeiro e o falso; o bom e o mau; o útil e o inútil. Sem perceber, você está empenhado em 
perseguir o belo, o verdadeiro, o  bom e o útil, ao mesmo tempo que procura afastar -se de seus opostos. Essa maneira abrangente de comandar o pensamento, de controlar o 
comportamento e de  construir a vida não tem nada de novo.  É  a filosofia de um homem que viveu em Atenas entre 429 e 347 a.C. e que criou a Academia, considerada a primeira 
universidade do mundo, que funcionou durante 800 anos e foi a mais  perfeita que já existiu. Esse homem chamava -se Platão. 
Seguindo essa linha de  raciocínio, o belo é o representado pela arte, pela música, pela moda, pelos cuidados com o corpo. A estética torna a vida mais agradável, mais calma e 
mais  feliz. ´tão forte em nossas vidas que está relacionada até com a perpetuação da espécie, pois a atração física começa pela percepção da beleza. O verdadeiro sinifica a busca 
da verdade em todas áreas. Por isso estudamos, adquirimos conhecimento e até estabelecemos regras que garantam a manutenção e a soberania  da erdade. O bom está 
relacionado à construção da moral e da compaixão. A busca desses valores é uma das marcas registradas da espécie humana e uma das mais controversas, pois a história mostra 
que o homem às vezes é mau ao tentar impor o valor do bom. Basta lembrar da Inquisição ou de qualquer outro tipo de  fundamento religioso. E, finalmente, o útil, um valor mais 
moderno e cada vez mais procurado na atualidade. Hoje, tudo que tem um propósito prático e imediato tende a ser valorizado. 
A vida ideal seria aquela que  contempla essas quatro áreas. A busca de uma delas não deveria ofender as demais, ou pelo menos deveria atingi-las o mínimo possível. O homem 
costuma mudar a relação entre esses valores. Na Grécia antiga, por exemplo, a sequência ideal era: o belo, o verdadeiro, o bom e o útil. A Revolução Francesa porpôs uma inversão, 
priorizando o bom e colocando o verdadeiro, o belo e o útil na sequência. Outras épocas tiveram seus próprios modelos. Hoje, vivemos o império do útil, seguido do belo e do bom. 
Deixamos o verdadeiro para o final (que o  digam os balanços de certas companhias). Parece que a regra vigente é esta: se for útil não precisa ser verdadeiro e se for belo não 
precisa ser bom. É claro que não tem como dar certo desse jeito. A história mostra que o desequilíbrio entre essas quatro partes é o que provoca a decadência. Roma que o diga e a 
América que se cuide! (Fonte: Revista VOCÊ S/A, setembro 2002, nº 51) 
Pergunta-se: 
  
1. Qual a importância da Filosofia?  
2. Como o autor fundamenta a utilidade da filosofia nos tempos atuais? 
  
  
Caso 2 -  Sobre os fundamentos da Justiça 
O que funda a justiça? Seus fundamentos estariam na razão, na linguagem, na transcendência divina, ou na consciência? Eis algumas das linhas de discussão que 
envolvem a questão dos fundamentos da justiça da qual nos ocuparemos agora. Antes de tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a 
confundir justiça com o Poder Judiciário. O termo "acesso à justiça", tão propalado nos nossos dias, não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no 
sentido do rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os seus interesses. Não diz do acesso á justiça mas do alcance do órgão 
estatal que, por definição, é o lugar das lamentações em torno dos conflitos humanos gerados a partir da obrigatoriedade da coexistência a que todos estamos condenados 
por sentença dos deuses, desde as nossas obscuras origens. Portanto, deixamos claro que os fundamentos da justiça que buscamos jamais se comprometeram com as 
instituições destinadas à efetivação da sua eficácia, ressalvada a configuração aproximativa do ideal de justiça. A pergunta pelos fundamentos da justiça vai muito além da 
crença na sua realizabilidade institucional, uma vez que esta se mostra apenas na órbita dos possíveis e não na esfera fundante disso que nominamos justiça na milenar 
trajetória da vida do espírito. (...) Começar a entender os fundamentos da justiça implica entender esse fluir da vivência na sua mais primitiva manifestação, pois é nesse 
campo primitivo, do a-temático, da ausência de quaisquer categorias que se instaura o apelo à justiça. Mas o que é a justiça? De onde vem e quais são os seus 
indicadores? Eis a questão! (GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. Pequena introdução à filosofia política . A  questão dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2007. p. 87-90.) 
 
Diante do texto apresentado, responda as perguntas abaixo: 
1 - É possível dizer que o texto apresenta uma reflexão filosófica sobre o Direito? 
2 - Destaque uma parte do texto que justifica sua resposta anterior. 
  
 
 
  
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA
 
 
 
Plano de Aula: Filosofia: Origem, conceito e objeto
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
NOME DA DISCIPLINA:  FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
                    
CÓDIGO:   
TÍTULO DA ATIVIDADE  
A leitura de textos (ANEXOS AO PLANO DE ENSINO) à maneira filosófica 
OBJETIVO: 
O objetivo da atividade é ofertar ao aluno um exercício prático que possibilite o desenvolvimento da habilidade de ler 
um texto à maneira filosófica. Denomina -se este modelo de método de leitura estrutural, porque se realiza uma 
análise interna do texto, observando seu caráter sistemático e orgânico ? a ordem das razões. O que significa dizer 
que todo texto, filosófico ou não, deve ser lido como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e 
proposições. Visa -se fundamentalmente preparar o estudante para que, ao final do seu curso, possa ser capaz de 
pensar o Direito e suas aporias. Faz-se necessário ensinar esse método estrutural para ler textos filosóficos ou não 
e, ao mesmo tempo, estimular o pensamento autônomo. O que se procura mostrar é que o rigor na leitura decorre 
da própria organização conceitual dos textos. 
  
  
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:  
 A atividade visa promover no aluno uma atitude reflexiva e crítica segundo a qual um texto deve ser lido, observando -
o como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e proposições. O aluno deverá procurar a 
interpretação que permita recuperar a coerência e a lógica interna dos argumentos apresentados no texto. Para 
tanto, ao ler um texto de maneira filosófica, deve-se buscar, em primeiro lugar, um esforço efetivo para compreensão 
da inteligência do texto. Antes de proferir seu juízo de valor sobre a validade substantiva das proposições, deve-se 
buscar a sua lógica interna. Usa -se esse modelo de leitura para se compreender a lógica interna dos filósofos, 
sendo certo afirmar, que se não se entende a lógica interna de um Filósofo/autor, não poderemos compreender sua 
filosofia/argumentos. Visa-se, portanto, desenvolver um olhar voltado para o método do pensar crítico, ouseja, o 
método de organizar o discurso. Para que serve o estudo de filosofia? Por que um estudante precisa estudar 
filosofia? Para ler cientificamente um texto e desenvolver as aptidões de julgar e raciocinar de forma coerente. A 
atividade propõe as condições de possibilidade para que o aluno desenvolva o olhar do intérprete estrutural que se 
preocupa primordialmente com a concatenação argumentativa das ideias do autor de um texto, estimulando assim 
a reflexão pessoal e filosófica. Ler um texto de maneira eficiente constitui -se em habilidade  fundamental em 
qualquer disciplina. Nesta atividade o aluno não lê somente, mas estuda. 
DESENVOLVIMENTO: 
1ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 2 e 3.  O aluno deverá analisar dois textos ao longo do semestre. O 
primeiro é o Voto da Ministra Ellen Gracie sobre o aborto de fetos anencéfalos  e, o segundo,  a Petição Amicus 
Curiae de Luis Roberto Barroso, disponíveis no ambiente do webaula. O primeiro texto deverá ser analisado até a 
AV1. O segundo até o momento da AV2, sendo apenas neste último acrescido de uma crítica elaborada pelo o aluno, 
a partir dos autores estudados nas três últimas aulas: Habermas, Rawls e Dworkin. O texto elaborado pelo aluno 
como resultado da análise realizada, deverá ser inserido no webaula. 
  
2ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 4 e 5. Começa-se com uma leitura rápida para através dela ter uma 
visão global do texto.  Deve-se ler o texto inteiro sem interrupções. Nesta fase, observe, parágrafo por parágrafo,  para 
verificar o uso de termos. Consulte o dicionário (língua portuguesa e/ou jurídico) para esclarecer dúvidas quanto à 
acepção escolhida pelo autor; faça uma breve pesquisa na  internet sobre o autor do texto, sua área de atuação e 
titulação; investigue eventuais fatos históricos ou acontecimentos mencionados pelo autor e seu histórico; destaque 
o tema central abordado no texto ? deve-se responder às seguintes perguntas: (a) do que trata o texto? (b) o que está 
sendo afirmado? Apresente, em linhas gerais, a posição do autor (a favor ou contra) em relação ao tema do texto. 
Familiarize-se, nesta etapa, com o repertório conceitual do autor. 
  
3ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 6 e 7. leitura aprofundada ? o estudante deve se fixar em cada 
passagem do texto para identificar todos os movimentos do texto. Deve-se responder às seguintes perguntas: (a) 
Em quantas partes o texto está dividido? Que critérios foram utilizados para essa divisão? Alguns textos já estão 
divididos pelo próprio autor, outros não. (b) Justifique a escolha do número de partes que foram encontradas. (c) 
enumere os argumentos apresentados no texto separando os argumentos centrais e subargumentos. Após 
destacá-los numere-os à margem do próprio texto. Em muitos textos os argumentos não estão numerados, mas são 
apresentados numa ordem lógica discursivamente (?Em primeiro lugar.../Por um lado...). 
  
4ª etapa:  Essa etapa será realizada nas aulas 8 e 9 . Defina com clareza, numa proposição,  o argumento 
apresentado pelo autor em cada parte do texto ( identificados na 3ª etapa). Procure organizá-los como se fosse uma 
estrutura arborizante (tronco ? argumento central/ galhos ? subargumentos). Identifique o lugar da ideias 
apresentadas pelo autor nos argumentos e subargumentos selecionados. Releia com atenção diferenciada as 
partes que contém as ideias centrais e estruturantes de cada argumento defendido no texto. Reconstrua o texto a 
partir de uma representação gráfica dos argumentos (Exemplo: 1. Tema; 2. tese central; 2.1. argumento; 2.1.2. 
subargumento etc). Procure responder às seguintes perguntas: (a) o que está sendo dito detalhadamente? Como? 
(b) Identifique a tese central apontada pelo autor. 
  
5ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 12 e 13.  Releia o texto de uma única vez. Reler é mais vantajoso do 
que tentar entender tudo na primeira leitura. Após a releitura, elabore um texto, com autoria, apresentando 
discursivamente respostas às seguintes perguntas: (a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e 
como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua 
argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que 
conclusão chegou? 
Somente para o segundo texto acrescente o seguinte item: Dentre os autores estudados nas três últimas aulas 
(Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da tese central ofertada 
pelo autor do texto analisado? 
  
  
PRODUTO/RESULTADO: 
 É importante observar que não existe um modelo rígido para leitura de textos, mas nesta atividade, o aluno aprende 
algumas dicas para se iniciar no  estudo de textos complexos e no campo da leitura reflexiva.  Compreenderá, ao 
final, que no momento da leitura é preciso entender as ideias antes de julgá -las. E que ler um texto com atenção 
significa captar a intencionalidade do autor que se desvela no sentido dos argumentos que apresenta. Assim, o 
aluno apresentará dois textos, na forma de um fichamento de leitura,  contendo os itens solicitados, a saber: 
(a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) 
Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está 
sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que conclusão chegou? 
Somente para o segundo texto, Petição Amicus Curiae,  acrescentará o seguinte item: Dentre os autores estudados 
nas três últimas aulas (Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da 
tese central ofertada pelo autor do texto analisado? Justifique sua escolha. 
  
Estácio de Sá Página 2 / 3
Título 
Filosofia: Origem, conceito e objeto 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
O que é Filosofia? O que é Filosofia Jurídica? 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
Conhecer o conceito de Filosofia e os seus objetos de investigação;  
 
Compreender a Filosofia como a possibilidade de uma leitura crítica da realidade; 
Identificar o conceito de Filosofia jurídica;  
Estudar os objetos de investigação da Filosofia Jurídica. 
 
  
  
Estrutura do Conteúdo 
Unidade 1  -  Filosofia: Origem, conceito e objeto 
 
1.1. O que é Filosofia?  
1.2. Objetos de estudo da Filosofia. 
1.3. Objetos de estudo da Filosofia Jurídica. 
  
  
Aplicação Prática Teórica 
Orientação para realizar a atividade: 
O aluno deverá rever os pontos da aula ministrada por seu professor, consultar seu  material didático e, se necessário, a biblioteca virtual da Estácio para responder e aperfeiçoar os casos concretos desta aula. A 
atividade deverá ser feita em arquivo word (.doc), com cabeçalho identificador da atividade e aluno/Instituição/Cursor/Campus/Disciplina/Turma/Aluno/Semana), contendo apenas as respostas fundamentadas e 
enriquecidas em pesquisa  bibliográfica e com a indicação da fonte bibliográfica da pesquisa na forma da ABNT a ser inserida no item "Referências". As questões abaixo são discursivas, o que requer uma 
resposta na forma de redação. O arquivo deverá ser anexado no ambiente do webaula no prazo estipulado. 
  
  
  
 Caso 1 - Os pilares do pensamento 
Sem perceber, perseguimos o que Platão disse há 25 séculos 
Por Eugênio Mussak 
É muito provável que você nunca tenha parado para pensar sobre a origem de seu próprio pensamento  - a isso se dedicam os filósofos.   O que justifica a filosofia é que 
compreendendo por que e como raciocinamos passamos a pensar melhor, com mais  controle, lucidez e eficiência. Quer um exemplo? Repare que todos os seus pensamentos 
estão relacionados a quatro grandes áreas , constituídas por extremos:o belo e o feio; o verdadeiro e o falso; o bom e o mau; o útil e o inútil. Sem perceber, você está empenhado em 
perseguir o belo, o verdadeiro, o  bom e o útil, ao mesmo tempo que procura afastar -se de seus opostos. Essa maneira abrangente de comandar o pensamento, de controlar o 
comportamento e de  construir a vida não tem nada de novo.  É  a filosofia de um homem que viveu em Atenas entre 429 e 347 a.C. e que criou a Academia, considerada a primeira 
universidade do mundo, que funcionou durante 800 anos e foi a mais  perfeita que já existiu. Esse homem chamava -se Platão. 
Seguindo essa linha de  raciocínio, o belo é o representado pela arte, pela música, pela moda, pelos cuidados com o corpo. A estética torna a vida mais agradável, mais calma e 
mais  feliz. ´tão forte em nossas vidas que está relacionada até com a perpetuação da espécie, pois a atração física começa pela percepção da beleza. O verdadeiro sinifica a busca 
da verdade em todas áreas. Por isso estudamos, adquirimos conhecimento e até estabelecemos regras que garantam a manutenção e a soberania  da erdade. O bom está 
relacionado à construção da moral e da compaixão. A busca desses valores é uma das marcas registradas da espécie humana e uma das mais controversas, pois a história mostra 
que o homem às vezes é mau ao tentar impor o valor do bom. Basta lembrar da Inquisição ou de qualquer outro tipo de  fundamento religioso. E, finalmente, o útil, um valor mais 
moderno e cada vez mais procurado na atualidade. Hoje, tudo que tem um propósito prático e imediato tende a ser valorizado. 
A vida ideal seria aquela que  contempla essas quatro áreas. A busca de uma delas não deveria ofender as demais, ou pelo menos deveria atingi-las o mínimo possível. O homem 
costuma mudar a relação entre esses valores. Na Grécia antiga, por exemplo, a sequência ideal era: o belo, o verdadeiro, o bom e o útil. A Revolução Francesa porpôs uma inversão, 
priorizando o bom e colocando o verdadeiro, o belo e o útil na sequência. Outras épocas tiveram seus próprios modelos. Hoje, vivemos o império do útil, seguido do belo e do bom. 
Deixamos o verdadeiro para o final (que o  digam os balanços de certas companhias). Parece que a regra vigente é esta: se for útil não precisa ser verdadeiro e se for belo não 
precisa ser bom. É claro que não tem como dar certo desse jeito. A história mostra que o desequilíbrio entre essas quatro partes é o que provoca a decadência. Roma que o diga e a 
América que se cuide! (Fonte: Revista VOCÊ S/A, setembro 2002, nº 51) 
Pergunta-se: 
  
1. Qual a importância da Filosofia?  
2. Como o autor fundamenta a utilidade da filosofia nos tempos atuais? 
  
  
Caso 2 -  Sobre os fundamentos da Justiça 
O que funda a justiça? Seus fundamentos estariam na razão, na linguagem, na transcendência divina, ou na consciência? Eis algumas das linhas de discussão que 
envolvem a questão dos fundamentos da justiça da qual nos ocuparemos agora. Antes de tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a 
confundir justiça com o Poder Judiciário. O termo "acesso à justiça", tão propalado nos nossos dias, não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no 
sentido do rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os seus interesses. Não diz do acesso á justiça mas do alcance do órgão 
estatal que, por definição, é o lugar das lamentações em torno dos conflitos humanos gerados a partir da obrigatoriedade da coexistência a que todos estamos condenados 
por sentença dos deuses, desde as nossas obscuras origens. Portanto, deixamos claro que os fundamentos da justiça que buscamos jamais se comprometeram com as 
instituições destinadas à efetivação da sua eficácia, ressalvada a configuração aproximativa do ideal de justiça. A pergunta pelos fundamentos da justiça vai muito além da 
crença na sua realizabilidade institucional, uma vez que esta se mostra apenas na órbita dos possíveis e não na esfera fundante disso que nominamos justiça na milenar 
trajetória da vida do espírito. (...) Começar a entender os fundamentos da justiça implica entender esse fluir da vivência na sua mais primitiva manifestação, pois é nesse 
campo primitivo, do a-temático, da ausência de quaisquer categorias que se instaura o apelo à justiça. Mas o que é a justiça? De onde vem e quais são os seus 
indicadores? Eis a questão! (GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. Pequena introdução à filosofia política . A  questão dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2007. p. 87-90.) 
 
Diante do texto apresentado, responda as perguntas abaixo: 
1 - É possível dizer que o texto apresenta uma reflexão filosófica sobre o Direito? 
2 - Destaque uma parte do texto que justifica sua resposta anterior. 
  
 
 
  
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA
 
 
 
Plano de Aula: Filosofia: Origem, conceito e objeto
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
NOME DA DISCIPLINA:  FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
                    
CÓDIGO:   
TÍTULO DA ATIVIDADE  
A leitura de textos (ANEXOS AO PLANO DE ENSINO) à maneira filosófica 
OBJETIVO: 
O objetivo da atividade é ofertar ao aluno um exercício prático que possibilite o desenvolvimento da habilidade de ler 
um texto à maneira filosófica. Denomina -se este modelo de método de leitura estrutural, porque se realiza uma 
análise interna do texto, observando seu caráter sistemático e orgânico ? a ordem das razões. O que significa dizer 
que todo texto, filosófico ou não, deve ser lido como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e 
proposições. Visa -se fundamentalmente preparar o estudante para que, ao final do seu curso, possa ser capaz de 
pensar o Direito e suas aporias. Faz-se necessário ensinar esse método estrutural para ler textos filosóficos ou não 
e, ao mesmo tempo, estimular o pensamento autônomo. O que se procura mostrar é que o rigor na leitura decorre 
da própria organização conceitual dos textos. 
  
  
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:  
 A atividade visa promover no aluno uma atitude reflexiva e crítica segundo a qual um texto deve ser lido, observando -
o como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e proposições. O aluno deverá procurar a 
interpretação que permita recuperar a coerência e a lógica interna dos argumentos apresentados no texto. Para 
tanto, ao ler um texto de maneira filosófica, deve-se buscar, em primeiro lugar, um esforço efetivo para compreensão 
da inteligência do texto. Antes de proferir seu juízo de valor sobre a validade substantiva das proposições, deve-se 
buscar a sua lógica interna. Usa -se esse modelo de leitura para se compreender a lógica interna dos filósofos, 
sendo certo afirmar, que se não se entende a lógica interna de um Filósofo/autor, não poderemos compreender sua 
filosofia/argumentos. Visa-se, portanto, desenvolver um olhar voltado para o método do pensar crítico, ou seja, o 
método de organizar o discurso. Para que serve o estudo de filosofia? Por que um estudante precisa estudar 
filosofia? Para ler cientificamente um texto e desenvolver as aptidões de julgar e raciocinar de forma coerente. A 
atividade propõe as condições de possibilidade para que o aluno desenvolva o olhar do intérprete estrutural que se 
preocupa primordialmente com a concatenação argumentativa das ideias do autor de um texto, estimulando assim 
a reflexão pessoal e filosófica. Ler um texto de maneira eficiente constitui -se em habilidade  fundamental em 
qualquer disciplina. Nesta atividade o aluno não lê somente, mas estuda. 
DESENVOLVIMENTO: 
1ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 2 e 3.  O aluno deverá analisar dois textos ao longo do semestre. O 
primeiro é o Voto da Ministra Ellen Gracie sobre o aborto de fetos anencéfalos  e, o segundo,  a Petição Amicus 
Curiae de Luis Roberto Barroso, disponíveis no ambiente do webaula. O primeiro texto deverá ser analisado até a 
AV1. O segundo até o momento da AV2,sendo apenas neste último acrescido de uma crítica elaborada pelo o aluno, 
a partir dos autores estudados nas três últimas aulas: Habermas, Rawls e Dworkin. O texto elaborado pelo aluno 
como resultado da análise realizada, deverá ser inserido no webaula. 
  
2ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 4 e 5. Começa-se com uma leitura rápida para através dela ter uma 
visão global do texto.  Deve-se ler o texto inteiro sem interrupções. Nesta fase, observe, parágrafo por parágrafo,  para 
verificar o uso de termos. Consulte o dicionário (língua portuguesa e/ou jurídico) para esclarecer dúvidas quanto à 
acepção escolhida pelo autor; faça uma breve pesquisa na  internet sobre o autor do texto, sua área de atuação e 
titulação; investigue eventuais fatos históricos ou acontecimentos mencionados pelo autor e seu histórico; destaque 
o tema central abordado no texto ? deve-se responder às seguintes perguntas: (a) do que trata o texto? (b) o que está 
sendo afirmado? Apresente, em linhas gerais, a posição do autor (a favor ou contra) em relação ao tema do texto. 
Familiarize-se, nesta etapa, com o repertório conceitual do autor. 
  
3ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 6 e 7. leitura aprofundada ? o estudante deve se fixar em cada 
passagem do texto para identificar todos os movimentos do texto. Deve-se responder às seguintes perguntas: (a) 
Em quantas partes o texto está dividido? Que critérios foram utilizados para essa divisão? Alguns textos já estão 
divididos pelo próprio autor, outros não. (b) Justifique a escolha do número de partes que foram encontradas. (c) 
enumere os argumentos apresentados no texto separando os argumentos centrais e subargumentos. Após 
destacá-los numere-os à margem do próprio texto. Em muitos textos os argumentos não estão numerados, mas são 
apresentados numa ordem lógica discursivamente (?Em primeiro lugar.../Por um lado...). 
  
4ª etapa:  Essa etapa será realizada nas aulas 8 e 9 . Defina com clareza, numa proposição,  o argumento 
apresentado pelo autor em cada parte do texto ( identificados na 3ª etapa). Procure organizá-los como se fosse uma 
estrutura arborizante (tronco ? argumento central/ galhos ? subargumentos). Identifique o lugar da ideias 
apresentadas pelo autor nos argumentos e subargumentos selecionados. Releia com atenção diferenciada as 
partes que contém as ideias centrais e estruturantes de cada argumento defendido no texto. Reconstrua o texto a 
partir de uma representação gráfica dos argumentos (Exemplo: 1. Tema; 2. tese central; 2.1. argumento; 2.1.2. 
subargumento etc). Procure responder às seguintes perguntas: (a) o que está sendo dito detalhadamente? Como? 
(b) Identifique a tese central apontada pelo autor. 
  
5ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 12 e 13.  Releia o texto de uma única vez. Reler é mais vantajoso do 
que tentar entender tudo na primeira leitura. Após a releitura, elabore um texto, com autoria, apresentando 
discursivamente respostas às seguintes perguntas: (a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e 
como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua 
argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que 
conclusão chegou? 
Somente para o segundo texto acrescente o seguinte item: Dentre os autores estudados nas três últimas aulas 
(Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da tese central ofertada 
pelo autor do texto analisado? 
  
  
PRODUTO/RESULTADO: 
 É importante observar que não existe um modelo rígido para leitura de textos, mas nesta atividade, o aluno aprende 
algumas dicas para se iniciar no  estudo de textos complexos e no campo da leitura reflexiva.  Compreenderá, ao 
final, que no momento da leitura é preciso entender as ideias antes de julgá -las. E que ler um texto com atenção 
significa captar a intencionalidade do autor que se desvela no sentido dos argumentos que apresenta. Assim, o 
aluno apresentará dois textos, na forma de um fichamento de leitura,  contendo os itens solicitados, a saber: 
(a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) 
Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está 
sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que conclusão chegou? 
Somente para o segundo texto, Petição Amicus Curiae,  acrescentará o seguinte item: Dentre os autores estudados 
nas três últimas aulas (Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da 
tese central ofertada pelo autor do texto analisado? Justifique sua escolha. 
  
Estácio de Sá Página 3 / 3

Outros materiais