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CCJ0032-WL-B-AMRP-08-Pena Criminal - Continuação

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1 
 
DIREITO PENAL II 
DANIELA DUQUE-ESTRADA 
AULA 8 
 
PENA CRIMINAL 
● Objetivos: 
- identificar as espécies de medidas alternativas às penas privativas de 
liberdade. 
- aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em 
espécie de modo a analisar a possibilidade de aplicação de pena restritiva de 
direitos e/ou pena de multa como penas alternativas ou substitutivas à pena 
privativa de liberdade e as respectivas conseqüências no caso de seu 
descumprimento. 
 
● Estrutura de Conteúdo. 
A Pena de Multa 
1 Conceito. Natureza Jurídica. 
2 Cabimento 
3 Sistemas de Cominação 
4 Execução. 
● Estrutura de Conteúdo. 
1. Conceito. Natureza Jurídica. 
Art.49, caput, CP. ”A pena de multa consiste no pagamento ao fundo 
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, 
no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-
multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)” 
 Possui natureza jurídica de sanção penal, sendo, desta forma 
submetida aos princípios norteadores da pena. 
2. Cabimento 
Controvérsia – Confronto entre os art. 44, §2º e.60, §2º, ambos do CP no 
que concerne à Multa substitutiva. 
2 
 
Art.44, §2º, CP. Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição 
pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um 
ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva 
de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 
9.714, de 1998). 
Art.60, §2º, CP. A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 
(seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos 
incisos II e III do art. 44 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
3. Sistemas de Cominação 
 Sistema adotado pelo Código Penal - Dias-Multa 
 
 Dias-Multa – unidades artificiais, fixadas segundo a gravidade da 
infração (PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro.v.1, 9 ed. pp 
572) 
Originariamente apresentado, ainda que de forma insatisfatória, pelo Código 
Criminal do Império do Brasil em 1830 (art.55). Posteriormente, no início do 
século XX, foi adotado pelo Código Penal Sueco, em 1916 (art.20), sendo 
estabelecido no referido diploma legal a fixação do quantum de multa a ser 
pago em consonância com à fortuna do condenado, renda, encargos 
domésticos e demais circunstâncias que fossem relevantes para a efetivação 
do pagamento. 
 1ª Fase – fixação do número de dias-multa (mínimo de dez e máximo de 
trezentos e sessenta dias-multa); 
2ª Fase - arbitramento da quantidade em dinheiro (mínimo de um trigésimo do 
salário mínimo vigente e máximo de cinco vezes esse salário); 
Art.49, caput, CP (...)Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 
(trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a 
um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem 
superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices 
de correção monetária. 
►Critérios especiais da pena de multa 
3 
 
Art. 60, CP - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, 
principalmente, à situação econômica do réu 
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, 
em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no 
máximo. 
 
4. Execução. 
 4.1. A Lei. 9268/1996 – Principais alterações 
(PRADO, Luiz Regis. op.cit. pp 581) 
► extinção da conversibilidade da multa em detenção; 
► consideração da multa como dívida de valor, após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória; 
► necessidade da notificação do condenado para que, no prazo de 10 dias, 
efetue o pagamento integral ou parcelado da multa, ou proceda ao desconto de 
seu valor no seu vencimento ou salário (art.50, caput e §1º, CP e art. 168 e 
169, LEP); 
Pagamento da multa. Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias 
depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e 
conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em 
parcelas mensais. 
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no 
vencimento ou salário do condenado quando: 
a) aplicada isoladamente; 
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; 
c) concedida a suspensão condicional da pena. 
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao 
sustento do condenado e de sua família. 
► remessa da certidão de sentença condenatória transitada em julgado e da 
notificação – sem resposta- do condenado, à Procuradoria da Fazenda Pública 
para a inscrição da dívida e conseqüente execução fiscal. 
Art. 51, CP - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será 
considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa 
à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas 
4 
 
interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 
1º.4.1996) 
 
4.2. Questões Controvertidas 
► Transferência da titularidade da ação do Ministério Público para a 
Procuradoria da Fazenda Pública. 
► Competência para a execução da pena de multa. 
► Incidência do art.4º, VI, da Lei n. 6830/1980, face ao disposto no art.5º, XLV, 
CRFB/1988. 
Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra: 
 VI - os sucessores a qualquer título. 
art.5º, XLV, CRFB/1988 - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, 
até o limite do valor do patrimônio transferido;

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