Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* EDUARDO M. DE CAPITANI DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕES DCM-FCM-UNICAMP Asma - DPOC Tuberculose * ASMA Definição: Doença crônica, caracterizada por episódios RECORRENTES de obstrução das vias aéreas, com REVERSÃO espontânea ou pós tratamento. Brônquica X Cardíaca Resposta exagerada a estímulos hiperreatividade brônquica * ASMA - epidemiologia Ambos os sexos igualmente (início < 25 a) 5% da população geral (8 a 10%??) países desenvolvidos carpetes; ar condicionado, ambientes fechados, alimentos industrializados? relacionada a contato precoce com antígenos bacterianos menos atopia em grandes famílias cças que tiveram sarampo, hepatite A ou têm PPD forte reativo * ASMA - epidemiologia Poluição atmosférica ? asma na Nova Zelândia Agravamento X Causa Mortalidade = drogas + eficazes (3%) Tende a ficar menos grave com a idade 30% chega com sintomas como adulto Predisposição familiar Relacionada a quadros de atopia * ASMA - desencadeantes Ácaro (Dermatophagoides pteronyssinus) Aspirina, sulfitos, tartrazina Exercício físico Refluxo gastro-esofágico Agentes ocupacionais Antígenos orgânicos (criadores de animais) Isocianatos (TDI) = poliuretanos Látex (luvas cirúrgicas, p.ex) * * Histamina Leucotrienos Proteases Citocinas Enzimas * MASTÓCITO Moléculas pré formadas: Histamina Proteases Protoglicanos Novas Moléculas geradas no processo: PGD2; LTC4 IL-3, IL-4, IL-5, TNFα * ASMA Pulmões distendidos hiperinsuflados Inflamação da submucosa Linfócitos, macrófagos, EOSINÓFILOS Vias aéreas ocluídas por plugs mucosos Hipertrofia musculatura lisa. * * * ASMA - sintomas “Falta de ar” (dispneia) + chiadeira Expiração prolongada Tosse seca ou muco espesso Constrição torácica * ASMA – diagnóstico História clínica e exame físico Espirometria ou PF * Caso Clínico Mulher, 26 anos Crises de falta de ar acompanhada de chiado no peito há 5 anos, 5 vezes por semana, com episódios noturnos 2 vezes por semana. Piora com mudança climática. Rinorréia frequente. Sem outras queixas. Tabagismo 5 cigarros/dia por 2 anos. Crises de bronquite na infância até os 10 anos de idade. Mãe conta ter bronquite Exame Físico: MV presente com sibilos bilaterais, FR: 24 rpm, sem outras alterações dignas de nota. * * ASMA – diagnóstico Prova espirométrica com broncoprovocação inespecífica: Metacolina Histamina Carbacol Dosagem de IgE Prick-test ácaros Dermatophagoides pteronyssinus pêlo de gato e cachorro * ASMA - tratamento exposição a alérgenos inflamação Corticosteróides por Via inalatória / Via oral / Via intravenosa Inibidores de leucotrienos (montelucaste) Antagonistas de IgE (anticorpo monoclonal) Omalizumabe Cromoglicato de sódio Metrotrexate (muito pouco usado atual/) * ASMA - tratamento Corticosteróides inalatórios beclometasona budesonida ciclesonida flunisolida fluticasona mometasona triancinolona * ASMA - tratamento FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO INALATÓRIA Aerossóis CFC (clorofluorcarbono) HFA (hidrofluoralcano) Aerossóis + Espaçadores Inaladores de pó seco * Propelentes gasosos * Leach CL.Targeting Inhaled Steroids. Eur. Res. J. 7(41): 35-36, 1997. * Leach CL.Targeting Inhaled Steroids. Eur. Res. J. 7(41): 35-36, 1997. * Espaçadores melhoram o desempenho dos propelentes gasosos Selecionam partículas menores, mais respiráveis Diminuem a velocidade do fluxo do gás * * Inaladores de pó seco * ASMA - tratamento Broncodilatadores Xantinas (VO ou IV) Teofilina (aminofilina) Ação CURTA (resgate da crise – inalatório ou IV) Estimulantes receptor β adrenérgico Salbutamol Fenoterol Terbutalina - Bambuterol Ação PROLONGADA (“profilaxia” da crise - inalatório) Formoterol Salmeterol Eduardo Mello De Capitani - Teofilina: inibição da fosfodiesterase com consequente aumento de AMP cíclico no músculo liso + inibição de prostaglandinas e da liberação de leucotrienos e histamina = broncodilatação. * ASMA - tratamento Anticolinérgicos (inalatórios) Brometo de Ipatrópio (solução para inalação) Brometo de Tiotrópio (pó seco inalatório) Eduardo Mello De Capitani - Teofilina: inibição da fosfodiesterase com consequente aumento de AMP cíclico no músculo liso + inibição de prostaglandinas e da liberação de leucotrienos e histamina = broncodilatação. * DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Obstrução crônica permanente das vias aéreas BRONQUITE CRÔNICA ENFISEMA * BRONQUITE CRÔNICA Exposição a irritantes TABAGISMO Ambiente de trabalho Poluição urbana ? / Fogão a lenha secreção brônquica clearance muco-ciliar Inflamação / infecção / metaplasia epitélio Remodelamento das vias aéreas Broncoconstrição permanente * BRONQUITE CRÔNICA * * * BRONQUITE CRÔNICA Tosse crônica Expectoração AMARELADA Matinal mais abundante Durante todo o dia Dispnéia com chiadeira Cianose * BRONQUITE CRÔNICA TRATAMENTO Parar de fumar Broncodilatadores Anticolinérgicos Brometo de ipatrópio e tiotrópio Corticosteróides? Antibióticos Sangrias Fisioterapia respiratória OXIGÊNIO-TERAPIA DOMICILIAR * ENFISEMA Hiperinsuflação dos espaços aéreos + Destruição de tecido pulmonar * ENFISEMA TABAGISMO Exposições Ocupacionais (CARVÃO) Desequilíbrio sistema PROTEASE-ANTIPROTEASE Deficiência de alfa-1-antitripsina * * * * TUBERCULOSE PULMONAR Causada pelo Bacilo de Koch (BAAR) Mycobacterium tuberculosis Contágio por via inalatória Transmissão direta Doente não doente Aerossóis contaminados Via digestiva: M. bovis Pode ser sistêmica (disseminada) Imunidade celular * Perdigotos: Longa persistência em suspensão no ar Resistência à dessecação = poeira contaminante * TBC - epidemiologia Doença milenar Mortalidade elevada até o século XX Relação estreita com pobreza e imunossupressão Descontrole mundial atual Alto índice global de migração / AIDS (?) Incidência aumentando: Ásia Leste europeu África subsaariana América latina * TBC - epidemiologia 8 milhões de casos novos / ano 1/3 da população mundial infectada 3 milhões de mortes / ano * TBC - Coeficiente de Incidência /100.000 hab Fonte: Sinan – GTSinan/ Cenepi Funasa- MS e SES (2002) ** 2001 e 2002 dados parciais. ■ 45,2 (2004) * TBC - Classificação TBC Infecção Complexo primário (lesão granulomatosa [Ghon] + adenopatia) = cura espontânea ou Primária crianças Pós-primária Miliar (disseminação hematogênica) Broncogênica Pneumonia caseosa * Tuberculose primária e pós-primária Primária: Predominante em crianças Complexo primário (Ranke) = nódulo ou foco de Ghon + adenopatia regional cura latente progressiva pós-primária reativação - Pneumonia caseosa - Pleural - Miliar=outros órgãos - Meningite Re-infecção * “Too late” – William Lindsay Windus - 1858 Munch * * * * * 25 anos ADA = 97,3 TB pleural * * * * TBC – prevenção / tratamento PPD (Mantoux) = infecção por TBC Vacinação com BCG Protege contra formas graves de TBC incidência meningite por TBC Quimioprofilaxia Isoniazida 300 mg/dia/6 m Imunossuprimidos com PPD forte reator Tratamento Multidroga + tempo prolongado * Aerobiose Multiplicação lenta Alta proporção de mutantes resistentes Mycobacterium tuberculosis Características relevantes para a quimioterapia multidroga tempo prolongado * TBC – tratamento (até final 2009) Programa Nacional de Controle da TBC Esquema I Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida = 6 meses Esquema IR [RMP + INZ + PZA] + Etambutol = 6 meses Esquema III Estreptomicina + Isoniazida + Etambutol +Etionamida = 1 ano * TBC - Esquema Básico para adultos e adolescentes (Janeiro 2010) Aumento da resistência às drogas ao longo dos anos Baixa adesão por efeitos colaterais devido a doses elevadas de INH e RMP Inclusão de quarta droga nos primeiros 2 m (EMB) Redução das doses de INH, PZA e EMB Comprimido com as 4 drogas nos primeiros 2 meses Tratamento supervisionado * TBC - Esquema Básico para adultos e adolescentes (Janeiro 2010) 96% dos caso de multirresistência são SECUNDÁRIAS * TBC – tratamento a partir de janeiro 2010 Programa Nacional de Controle da TBC Esquema 1 (comprimido único) Rifampicina + Isoniazida + Etambutol + Pirazinamida = 2 meses Rifampicina + Isoniazida + Etambutol = 4 meses Esquema 2 = multi-resistência Estreptomicina (Amicacina) Terizidona Ofloxacino Etionamida * * TBC – tratamento Esquemas Intermitentes DOT = esquema de administração supervisionada em todos os pacientes * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar