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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Campus: Ubajara Curso: Tecnologia em Agroindústria Disciplina: Operações unitárias Professor: Maria Jacqueline Nascimento TRANSFERÊNCIA DE MASSA/ TRANSFERÊNCIA DE CALOR Ana Beatriz Silva Rodrigues Ubajara-CE Março de 2017 INTRODUÇÃO A transferência de massa é o processo de transporte onde existe a migração de uma ou mais espécies químicas em um dado meio, podendo esse ser sólido, líquido ou gasoso. Em física, transferência, transmissão ou propagação de calor, algumas vezes citada como propagação ou transferência térmica, é a transição de energia térmica de uma massa (corpo) mais quente para uma massa mais fria. A banana é uma das frutas mais populares no mundo: ela é nutritiva, contém fibras e antioxidantes. No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre a banana, devido ao seu alto teor de açúcar e carboidratos. Quando a banana é verde, ela é rica amido resistente. Quando amadurece, esse amido se transforma em açúcar. Por isso, mais de 90% da composição das bananas são carboidratos, e ela acaba tendo baixos níveis de proteínas e gorduras. Os açucares da banana — sacarose, frutose e glicose — quando combinados com sua fibra, promovem grande energia ao corpo. Desidratação osmótica consiste na imersão das frutas em uma solução de sacarose para a perda de água e ganho de sólidos. É um método apropriado para a preparação de frutas tipo “passa”, pois, além de proporcionar perda de água, acarreta ganho de sólidos, fator desejável principalmente para frutos com baixo teor de sólidos solúveis. Na qual algumas Vantagens da desidratação osmótica: aumento do período de vida útil dos alimentos, permite o abastecimento em zonas mais restritas e não tem grandes exigências quanto a condições de armazenamento (temperatura); E as desvantagens são: redução de algumas qualidades organoléticas do alimento, dependendo do método, custos elevados e sendo queo produto final mais caro. Sob o ponto de vista biológico, a banana apresenta uma das maiores perdas na produção, devido à decomposição pós-colheita. Sendo extremamente perecível não permite o uso do frio para o armazenamento. Tal fato sugere a industrialização como alternativa para melhorar o aproveitamento da produção. Dentre os processos industriais de aproveitamento da fruta, a produção de banana passa merece destaque devido ao baixo investimento inicial e perspectiva de lucratividade compatível com o investimento. Além disso, o mercado permite a absorção de grande volume do produto em relação à oferta real (SILVA, 1995). OBJETIVOS Avaliar a perda e ganho de massa durante o processo de desidratação. MATERIAS E MÉTODOS Materiais utilizados: 12 bananas cortadas (formato regulares) 2 facas 2 tábuas 4 placas de Petri 1 panela 2 garfos 1 caixa de fósforo 1 régua 1 litro de água Sacarose (açúcar- 1 kg) Brix inicial 50ºBrix Estufa Refratômetro Métodos utilizados: Procedimento básico: A- No experimento 1, formular concentração de grau Brix e imergir os frutos, colocar na estufa (temperatura aproximada 103ºC), por 3 horas. B- Verificar o grau Brix e temperatura a cada 60 minutos, anotar na tabela. Bananas selecionadas tinham alguns aspectos a ser seguido, no qual incluíam a cor (amarelas sem pontos pretos), a uniformidade, o grau de maturação (estágio ¾ gorda) e a isenção de defeitos. Em seguida, os frutos foram lavados por imersão. As bananas foram descascadas manualmente, e cortadas em fatias rodelas nas espessuras de 1,0; 1,25; 1,5 e 1,75mm as pontas para se evitar adstringência devido à grande concentração de taninos nas extremidades da fruta. Em seguida, os frutos foram submetidos a branqueamento com vapor saturado a 100° C por 2 minutos e à desidratação osmótica. A cada pesagem das amostras, essas eram retiradas da solução e colocadas em um papel absorvente para retirada do excesso de solução osmótica, sendo, em seguida, pesada e devolvida ao recipiente que contém a solução osmótica. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tempo 0 min Desidratação: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 1,56 g e seu Brix foi 63º. Tempo 60 min Desidratação: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 3,76 g e seu Brix foi 80º. Osmótica: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 3,61 g e seu Brix foi 79º. Tempo 120 min Desidratação: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 1,06 g e seu Brix foi 45, 5º. Osmótica: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 2,08 g e seu Brix foi 40, 5º. Tempo 180 min Desidratação: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 0,9 g e seu Brix foi 49, 5º. Osmótica: a média dos pesos dados no refratômetro foi de 1,88 g e seu Brix foi 45, 5º. Brix são uma escala numérica de índice de refração (o quanto a luz desvia em relação ao desvio provocado por água destilada) de uma solução, comumente utilizada para determinar, de forma indireta, a quantidade de compostos solúveis numa solução de sacarose, utilizada geralmente para suco de fruta. Durante a osmose, a matéria-prima não está sujeita a alta temperatura por tempo prolongado, assim, danos no sabor e na cor podem ser minimizados. A alta concentração de açúcar que cerca a matéria prima impede a descoloração enzimática ou escurecimento oxidativo. Como a água é removida por osmose, alguns ácidos presentes na fruta podem ser removidos junto com a água, produzindo um sabor mais suave (Speirs e Coote, 1986). CONCLUSÃO Neste trabalho, foi estudado a avaliação da perda e do ganho de massa durante o processo de desidratação. Desidratação é de modo geral, realizada por um processo que remover parte ou quase a totalidade da água das frutas, pois além de proporcionar aumento da vida-de-prateleira intensifica algumas propriedades já contidas no alimento, como, por exemplo, a concentração dos açúcares melhorando o sabor e aroma. REFERÊNCIAS SILVA, C.A.B. (Coord.). Produção de banana passa. Brasília: Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, Secretaria do Desenvolvimento Rural, 1995. 32 p. (Série Perfis Agroindustriais, v. 5). https://www.researchgate.net/profile/Maria_Borges10/publication/287519110_AVALI ACAO_DE_PRODUTOS_OBTIDOS_PELA_DESIDRATACAO_OSMOTICA_DE_B ANANA_SEGUIDA_DE_SECAGEM/links/56a62d3e08ae6c437c1ae08d.pdf SPEIRS, C.I.; COOTE, H.C. 1986. Solar drying: Practical methods of food preservation. Geneva, International Labour Office, 144 p. file:///C:/Users/Micro%20Ware/Downloads/5498-17227-1-SM%20(2).pdf
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