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FILOSOFIA DO DIREITO - Claudia Albagli - Resumo para 1ª Prova

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FILOSOFIA DO DIREITO
Aluno: João Felipe Cabral Fagundes Pereira
FUNÇÃO DA FILOSOFIA DO DIREITO NA SOCIEDADE - A Filosofia do Direito na contemporaneidade tem que estar na frente da atualidade, podendo assim estabelecer um pensamento crítico diante da realidade do Direito, ao analisar casos, situações e conceitos vigentes na sociedade, além de trazer a pessoa humana para o centro da preocupação do Direito.
 A filosofia é um saber universalista porque, em regra, a filosofia trabalha com elementos conceituais que independem do local onde o indivíduo esteja, pois não se estude apenas o ordenamento de certo país, mas sim conceitos e fundamentos de diversas localidades, que podem ser universais e aplicados/interpretados de formas diferenciadas ao redor do mundo. A Dignidade da Pessoa Humana, por exemplo, passa por um contraponto entre universal e particular.
 Tércio Sampaio acredita que a filosofia deve ser tratada e seguida como se fosse uma pergunta infantil, pois, assim como uma criança, devemos questionar com frequência o mundo ao nosso redor, ou seja, um filósofo do direito deve ser um eterno questionador da ciência do Direito.
 A Filosofia do Direito não pode ser considerada um conhecimento histórico, pois certos conceitos e fundamentos filosóficos estabelecidos no Direito transcendem o tempo e a história, tendo como exemplo a sanção, que existe desde que o direito é direito. Já o conhecimento histórico está atrelado a fatos.
 Boaventura usa o termo conhecimento emancipatório para fazer uma proposta de ciência, que juntamente com o conhecimento propicie uma emancipação do sujeito. Ou seja, enquanto o ser humano se submeter a verdades e dogmas, ele não terá capacidade de se libertar, devendo assim buscar um conhecimento em que o mesmo busque sempre o questionamento, formando seu conhecimento de maneira autônoma.
DIREITO COMO JUSTIÇA/JUSNATURALISMO – Conceito do Direito idealizado no período da Grécia Antiga, onde a ideia do Direito estava associada à Justiça, um direito justo como a verdadeira definição do Direito. Consiste na ideia de um Direito natural e justo, que deve e há de ser aplicado à todos os seus humanos, onde antes de se aplicar as normas, deve-se analisar a justiça.
 O termo Direito Natural, nos remete a percepção de algo do qual o homem não participa diretamente com a sua vontade, ou seja, o Direito Natural está condicionado à existência humana, independendo da vontade humana. Podemos concluir que por ser um humano, o indivíduo é detentor de um Direito Natural.
 O jusnaturalismo não nega o direito escrito e muito menos o direito positivado, mas para o jusnaturalismo, o Direito Natural estará sempre acima da lei, ou seja, o julgador sempre deverá se submeter primariamente ao Direito Natural e depois às “leis do homem”/leis escritas, como pode ser notado na fase do Jusnaturalismo Cosmológico e Teológico.
 O Jusnaturalismo perdura até hoje, com algumas nuances e alterações durante o passar dos séculos, entre eles são o Jusnaturalismo Cosmológico, Teológico, Racionalista e Moderno.
CARACTERÍSTICAS DO JUSNATURALISMO
-Universalidade: A ideia de universalidade do jusnaturalismo está ligada ao fato de seu auge ter durado até o Século XIX, onde o pensamento do mundo era homocêntrico, já que os pensadores, por serem todos europeus, analisavam o mundo de acordo com a Europa. O universalismo é uma forma de explicar que o Direito Natural está presente em qualquer ordenamento jurídico ao redor do mundo como sua Lei Superior.
-Imutabilidade: Acredita-se que durante cada fase do jusnaturalismo houve uma definição concreta e perdurante do que era o Direito Natural. A Igreja Católica manteve a imutabilidade do pensamento jusnaturalista teológico por séculos devido ao fato de que a instituição conseguiu dominar os três poderes, como a religião, a economia e a política.
-Leis Superiores: O jusnaturalismo trabalha com a existência de uma lei natural superior à lei do homem que não está acessível ao homem, não podendo controlá-la. O homem tentou ter acesso a lei natural, porém sempre houve algo que o afastou de tal acessibilidade, onde primeiramente foi a mitologia, posteriormente a Igreja Católica e, por fim, a Razão.
-Direito como produto de ideias: O Direito do jusnaturalismo não vem de algo controlável. No âmbito do jusnaturalismo o que não era palpável/materializado era o fator dominante, ou seja, o Direito era o resultado de ideias dominantes na época, enquanto no Direito Positivista, o Direito resulta das leis. 
-Valores como pressupostos: o ponto de partida do jusnaturalismo são os valores, dependendo do período histórico. Um exemplo disso é na antiguidade, onde o principal valor era a ética e a justiça. Já na fase do jusnaturalismo teológico, os valores eram a fé e a esperança.
JUSNATURALISMO COSMOLÓGICO (SÉC. IV A.C – V D.C) – Foi um momento do jusnaturalismo que possuía uma forte relação entre o Estado e a religião vigente na época (mitologia grega), onde a justiça era feita através da interferência dos Deuses na vida das pessoas. O primeiro momento de contribuição da Antiguidade Clássica foi a gênese da filosofia grega, voltada para a filosofia humana (ética, moral, o papel do homem no mundo) sendo um legado fundamental para a sociedade ocidental.
-Conceito de Pólis: A Pólis não é apenas uma unidade política (cidade) ou forma de expressão política, mas sim o local onde houve toda a reflexão sobre o ser humano na sociedade, onde os grandes filósofos desse período viviam na pólis pensavam a respeito da função do ser humano na pólis.
-Conceito de Virtude: Não é o conceito atualmente entendido como virtude. A virtude para a antiguidade clássica é o modo de um indivíduo agir, interagir e exercer sua função na pólis/sociedade, onde caso o indivíduo seja atuante e participativo na sociedade, ele acaba se tornando um ser virtuoso na pólis (sentido politizado de virtude).
-Conceito de Felicidade: A felicidade na Antiguidade Clássica está relacionada a plenitude quanto à existência social, sendo assim um objetivo a ser alcançado/uma realização pelos indivíduos na pólis. Pode-se concluir que ao agir de forma virtuosa, seremos indivíduos felizes. A prática da virtude leva à felicidade.
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO - O que marca o pensamento dos pré-socráticos é o intercâmbio direto entre natureza, conhecimento e justiça. Os Sofistas, indivíduos que viviam de questionar e descontruir as verdades através do discurso/argumento e usando a verdade como algo alterável e maleável de acordo com seu poder argumentativo, viveram durante o período dos pré-socráticos e na Era de Ouro, sendo chamados de “prostitutos do saber” por Sócrates, por cobrarem suas aulas. Os sofistas foram responsáveis por moldar e influenciar bastante o Direito, afinal, é uma área onde os juristas devem se utilizar do seu poderio argumentativo para questionar a verdade 
TRAGÉDIA DE ANTÍGONA: IMPLICAÇÕES PRÁTICAS - É um texto literário escrito por Sófocles, sendo uma das tragédias grandes que possui enorme representatividade nesse período, onde hoje o Complexo de Édipo se originou com essa obra. A tragédia trata da disputa pelo Reino de Tebas entre os filhos de Édipo, onde ao trair seu irmão, Poliníces foi assassinado e como punição, Creonte, irmão de Édipo que assume o poder resolve não enterrar Poliníces como lição para que nunca mais irmãos brigassem por poder. Mas essa lei entrava em conflito com uma lei divina que determinava que caso um família não enterrasse um de seus entes, eles sofreriam uma grave punição. Antígona, irmã de Poliníces passa pelo dilema de não enterrar o irmão e sofrer a punição divina ou enterrá-lo e ser sancionada com a pena de morte, onde, no final, Antígona acredita que a lei natural (lei dos Deuses) era superior, enterrando o seu irmão e sofrendo a pena de morte.
 Essa tragédia possui um enorme valor memorial, sendo escrita antes do período socrático, sendo a primeira situação onde temos um texto que tratasse da dicotomia entre o Direito Positivo x Direito Natural. 
 NaAntiguidade há uma diferença muito clara entre o que faz parte da vida pública e da vida privada, onde Antígona alega que a decisão de enterrar seu irmão é algo privado, não devendo o Estado tendo o direito público de decidir como Poliníces seria enterrado.
 Há nessa tragédia a noção de imperatividade da norma, ou seja, a norma é imposta, dizendo como você deve agir, lhe autorizando ou proibindo-o de fazer algo, aparecendo inicialmente quando Creonte cria a proibição do sepultamento de Poliníces (criando uma norma e uma consequente sanção para a mesma) e uma noção de desobediência civil (descumprir uma norma, que se justifica do indivíduo entender que houve uma arbitrariedade por parte do Estado), onde de maneira muito inicial, Antígona pratica um ato de desobediência civil.
SÓCRATES E O IMPÉRIO DO CONHECIMENTO: Sócrates inaugura uma era do pensamento grego, que se relaciona ao estudo das relações humanas, já que os pré-socráticos envolviam aspectos da natureza com questões existenciais. É uma filosofia que volta a discutir quais são os limites, obrigações e o que faz de um ser humano ético ou um ser ativo na política (parte da sociedade e do Estado). 
 Sócrates, através da “Maiêutica” ou parto das ideias (Segunda fase da dialética socrática), fazia com que o indivíduo desconstruísse seu conhecimento prévio sobre determinado assunto e permitia que o mesmo refletisse e buscasse através do questionamento a eterna busca pelo conhecimento, sendo o filósofo, aquele indivíduo que questiona e põe em dúvida tudo que está explicado. Adquirir conhecimento não era o fim do processo, afinal esse estado constante de busca deveria ser mantido. Felicidade, para Sócrates, é a satisfação por adquirir conhecimento.
 Os administradores da Pólis não aprovavam os métodos socráticos, devido ao fato de questionarem a política ateniense e incitar os jovens a questionarem tudo, sendo Sócrates punido através de envenenamento por cicuta. Platão era um dos jovens que seguia Sócrates e foi responsável por anotar tudo o que conhecemos de Sócrates, onde após sua morte, resolveu seguir os passos do seu mentor, criando uma escola para filósofos, a Akademia. 
PLATÃO - Platão, oriundo de influente família na política ateniense, acaba abandonando tudo depois de presenciar a morte de Sócrates e se dedica exclusivamente à filosofia e a preparação de filósofos, acreditando que assim, com o governo de filósofos, teríamos uma sociedade mais justa.
 -Idealismo Platônico: O principal traço de Platão é o idealismo platônico, pois toda sua filosofia é traçada a partir da ideia de um mundo ideal (mundo das ideias/inteligível) e mundo terreno (sensível), onde a filosofia teria como função fazer com que o indivíduo transcendesse das convenções sociais para o mundo inteligível. As formas do mundo terreno são distorcidas, onde a ideia genuína de cada coisa estaria presente no mundo das ideias (a ideia essencial de cada coisa). Isso seria uma “abertura dos olhos da alma”, tendo como principal referência a Alegoria da Caverna, onde a caverna era o mundo terreno, onde se viam apenas sombras e quando saíamos da caverna, chegávamos ao mundo das ideias, vendo as coisas como elas realmente são.
-Concepção de Justiça para Platão: Platão dividia a sociedade ideal em 3 classes: os filósofos (responsáveis por pensar e administrar a Pólis), os guerreiros (pessoas preparadas para a defesa da pólis) e os artesãos (trabalhariam com a parte manual). A concepção de justiça para Platão não é muito bem definido, pois há uma enorme ligação entre ideias diferentes, mas Platão considera que justiça é aquilo que é necessário para o bem estar coletivo, sendo um Estado justo aquele onde todos vivem felizes (felicidade é satisfazer aquilo que é essencial para o bem comum). O Direito estaria a discussão da ação coletiva.
-O Papel da Educação: A educação platônica tem como papel treinar a inteligência das pessoas para que elas sejam capazes de se desvencilhar dos aspectos sensíveis e alcancem os aspectos inteligíveis, através do domínio das paixões (mundo sensível e os sentimentos, consciência, etc). No livro “A República”, Platão diz que a educação deve ser dada apenas aos membros da elite, pois eles teriam tempo para que pudessem praticar e gozar do ócio. 
 A República ideal de Platão tem como ideia a manutenção da unidade política e territorial do Estado, onde os guerreiros surgem como uma classe necessária, não bastando apenas um rei filósofo. O Estado moderno deposita no Estado de Direito toda a responsabilidade pela manutenção desse Estado, já que Platão cria que além das leis normas, os cidadãos eram responsáveis por manter a consciência de unidade do Estado. Há também o estabelecimento de finalidades do Estado e do uso de recursos para melhoria da República. 
-“As Leis”: Sendo um livro mais realista do que o restante da obra platônica, esse texto de conotação mais pragmática viria para complementar alguns aspectos do livro “A República”. Platão define que existem critérios morais absolutos , estando acima de qualquer coisa, inclusive das normas, sendo inquestionáveis. Outro ponto foi a possibilidade de incorporação desses critérios nas próprias normas, havendo obediência absoluta às leis. 
ARISTÓTELES – Aristóteles é um daqueles que vem à Atenas para estudar na Escola de Platão, fundada após a desilusão política que Platão teve, atraindo a juventude da Atenas. Aristóteles é o único dos 3 pensadores que não é ateniense, sendo o mesmo oriundo da Macedônia. Futuramente, Aristóteles foi o mentor do futuro imperador, Alexandre O Grande. O pensamento aristotélico tratou de temas como ética, moral, justiça, matemática, física, e outras áreas de conhecimento, sendo um filósofo quase completo, dentre os 3 grandes filósofos o mais estudado atualmente. Aristóteles foi capaz de separar e classificar bastante as ideias através de sua ampla facilidade de conceituar e categorizar o conhecimento.
-Saber Teorético x Saber Prático: Aristóteles apesar de ser da Escola de Platão, acabou por se distanciar do idealismo platônico (o bom filósofo é aquele que distancia dos aspectos mundanos, nos aproximando das essências das coisas), dizendo que a boa filosofia é aquela que mergulha na ação prática e empírica do indivíduo. 
 Saber Teorético é tudo aquilo que independe da vontade humana para existir, como o dia, a noite, o vento, a chuva, independendo da vontade humana.
 Saber Prático é tudo aquilo que possui sua existência vinculada a vontade humana. Dentro do saber prático, há um subdivisão entre Práxis e a Técnica. (a) Práxis é toda forma de conhecimento que não se distingue do próprio homem, não se separando da pessoa humana, onde o individuo e a finalidade desejada por ele são uma coisa só (o agir honesto não se distingue do individuo honesta, assim como ao agirmos desonestamente, não podemos dizer que somos honestos). (b)Técnica é quando o conhecimento humana se separa e se distingue da própria pessoa, onde esse saber prático nos serve diariamente (quando se constrói um prédio, não é possível associar o agente do objeto, sendo o produto de uma técnica), se separando do agente (o objeto possui finalidades e funções independentes do ser humano que o criou).
 O estudo da Práxis gerou uma separação entre o conceito de ética e política, onde a (I) Política tratava das ações e relações do homem enquanto o mesmo é um membro pertencente de um grupo social (ao fazermos parte da sociedade, somos todos seres políticos); e a (II) Ética trata das ações do homem enquanto um indivíduo, definindo quem é o indivíduo.
OBS: Aristóteles cria que a Práxis era um dos objetos de estudo dos filósofos, sendo a Filosofia Marxista 
-A Experiência em Aristóteles: Aristóteles é um filósofo da experiência/ação, onde pensar as relações humanas só pode ser feito a partir do modo em que o indivíduo age no mundo, se desgarrando do ponto que era essencial da filosofia platônica (dicotomia entre mundo das ideias x mundo das coisas), onde para que se possa estudar o indivíduo, devemos mergulharna experiência. 
 Aristóteles usa a questão da finalidade, dizendo que a existência humana é teleológica (Telos = Finalidade), sendo a ação do homem voltada para fins, ou seja, agimos com um fim, não agindo por agir, havendo um espaço para compreender a própria finalidade do homem, que é a vida em sociedade (O homem é um animal político).
-Dialética da Potencialidade: Se a ação humana é voltada para fins, e a compreensão dos fins é dependente da experiência humana, é também da experiência onde se pode extrair as potencialidades humanas, onde todo ser humano carrega em si uma potencialidade (somos todos capazes), podendo ser desenvolvida (em diferentes graus) ou não de acordo com o ambiente ao redor do indivíduo.
 Aristóteles entende que essa potencialidade depende de um movimento, que é a ação do indivíduo e as experiências ao redor dele para que a potencialidade se desenvolva. Para que a potência se transforme em ato (Potência – Ato) é necessário um movimento.
 A partir da dialética de potencialidade foi possível a definição de três tipos de almas (alma no sentido de essência do indivíduo); Almas Vegetativas são aqueles indivíduos que apenas existem; Almas Sensíveis são aqueles que existem e sentem; e as Almas Racionais existem, sentem e pensem. A sua capacidade de usar da dialética da potencialidade é o que define a alma do indivíduo, sendo as Almas Racionais as que conseguiram transformar a potência em ato. 
-Virtude Como Meio Justo: Aristóteles dizia que toda ação é voltada a fins, onde tais finalidades que são responsáveis por tornar possíveis a potencialidade, tem como função alcançar o fim essencial do homem, que é a felicidade. O homem alcança a felicidade através da prática de virtudes, sendo a virtude uma prática, o modo como você age no mundo, que lhe torna virtuoso (diferentemente da visão platônica, que cria que virtuoso era o indivíduo capaz de alcançar do mundo das ideias. 
OBS: Aristóteles acreditava que a prudência/fronesis é uma espécie de mantra para o modo de agir do homem, pois agir de forma prudente, razoável e racional é uma virtude, sendo algo bastante revisitado do pensamento aristotélico.
 O agir virtuoso é o agir equilibrado, não cedendo aos extremos (corajoso x medroso, passivo x agressivo, excesso x ausência), onde a justiça para Aristóteles é a maior de todas as virtudes, sendo a perfeita expressão do equilíbrio. A busca pelo justo nem sempre está dentro da legalidade, ou seja, nem tudo que é justo é lícito.
-Concepção de Justiça para Aristóteles: No Livro V de Ética à Nicômaco, Aristóteles, além de equacionar a justiça (justiça = equidade/equilíbrio + alteridade, sendo a equidade o equilíbrio/consenso e alteridade o olhar sobre o outro, o convívio entre os diferentes), subdividiu a mesma em: 
 Justo Total (Político ou Geral), que é toda a justiça e a concepção da mesma entre o indivíduo e a sociedade, sendo a observância da lei pela sociedade (uma sociedade justa para Aristóteles é aquela que observa e cumpre as normas vigentes), se há uma harmonia entre as leis e os indivíduos; e o Justo Particular, que busca a relação de justiça entre os indivíduos.
 Já o Justo Distributivo, que é o que chamamos hoje de proporcionalidade (distribuição na medida da igualdade material), onde o indivíduo só receberá na proporção que contribuiu (visão meritocrática). E o Justo Corretivo, que é a justiça no sentido de recompensação e correção, subdividindo-o em (a) ações involuntárias (quando um dos sujeitos está de forma indesejada na situação, como na prática de um crime) e (b)ações voluntárias que é quando as partes desejam estar na situação, como em um contrato.
EPICURISMO – O termo epicurismo vem do filósofo Epicuro, que cria que o agir humano era condicionado a busca do prazer (não é necessariamente o prazer carnal, mas sim o prazer espiritual), sendo o homem cercado de sentimentos e emoções, que movimentam a própria política (Epicuro tinha descrença na política, já que esse momento foi o de decadência da sociedade ateniense, crendo que os políticos não pensavam no prazer como justo, mas no prazer egoísta). Na concepção de justiça de Epicuro, a ação humana, por se reunir em prazer tem como inverso a sua dor, ou seja, justo seria a ação que propõe o prazer (que completa e satisfaz o indivíduo). 
ESTOICISMO - No Estoicismo houve uma sequência de pensadores (Espinoza, Sêneca, Marco Túlio Cícero) que ofereceram uma gama de reflexões que nos permitem entender como a linha de pensamento filosófico progrediu do fim da Antiguidade Clássica até a fase do Jusnaturalismo Teológico (foi um movimento que se perpetuou em torno de cinco séculos). É um movimento que não possui uma característica.
-Estoicismo Antigo/Ético: É o período do Estoicismo mais próximo da Antiguidade Clássica, ainda possuindo muita influência dos pensadores clássicos, questionando o homem, a ética e a moral.
-Estoicismo Médio/Eclético: São uma série de filósofos e movimentos filosóficos com raízes diferentes. Durante esse período é chamada a atenção dos jurisconsultos, especialmente por duas razões, já que no Império Romano houve uma preocupação com a prática do Direito, onde a filosofia além de instrumento reflexivo se tornou um instrumento prático do Direito (técnica, defesa escrita), tendo como principal expoente Marco Túlio Cícero, que conceituou a Reta-Razão, que é a percepção de que o individuo carrega em si uma racionalidade capaz de leva-lo ao acerto, o que é correto. 
 Cícero conceitua o Direito Natural (além do ser humano, Lex Naturale) e o Direito da Gente (direito elaborado pelos humanos, havendo o início da atividade dos advogados, do Direito Civil, da República).
 Justiniano I, Imperador de Constantinopla, também foi responsável pela elaboração do Corpus Juris Civilis, que foi um conjunto dos textos do antigo Direito Romano elaborado pelos melhores jurisconsultos de Constantinopla.
-Estoicismo Novo/Religioso: Já alcança a fase em que a Igreja começa a se apresentar como uma força política. 
JUSNATURALISMO TEOLÓGICO(SÉC. V D.C – XVII D.C) – Vem do prefixo “Teo” (Deus), que indica o domínio na igreja durante a Idade Média, sendo uma instituição que exerceu poder além da religião e adentrando no campo político/jurídico, onde o pensamento jurídico foi fortemente influenciado pela Igreja Católica e a “moral cristã”. O discurso da ideia do justo como algo que vem de uma fonte inalcançável muda para o conceito de que o justo é a vontade de Deus espalhada e proferida pelos seus representantes na Terra. 
 A Igreja exerceu uma força e possuiu um legado que transcendeu o mundo ocidental (a moral cristã influencia diretamente grande parte dos indivíduos ocidentais, independentemente de sua religião), pois o mundo passou a ser pensado pelo viés cristão, se tornando o poder econômico, político e religioso. A ideia de direito hereditário, celibato, procriação apenas no casamento foram ideais implantados pela Igreja. 
A VERTICALIZAÇÃO DO CONCEITO DE JUSTIÇA - Hans Kelsen acredita que o conceito de justiça no Jusnaturalismo Teológico variou com o passar do tempo para poder angariar fiéis, onde o Direito se baseava em uma concepção de justiça altamente mutável. A grande mudança que houve foi o modo em como passa a se tratar a concepção de justo (na Antiguidade era uma relação de justiça horizontal, baseada na interação entre os indivíduos) de acordo com aquilo que está de acordo com a Lei de Deus, havendo assim a ideia de verticalização da justiça. 
 Um lado negativo é a impossibilidade de questionar a Lei de Deus (brecha para a Igreja exercer um poder quase absoluto), mas, podemos dizer que, o lado positivo, é o fato de o conceito de justiça estar de acordo com a Lei de Deus independe de aspectos econômicos e sociais, dependendo apenas da vontade e consciência do indivíduo, já que na Antiguidade, justos eram aqueles que eram os cidadãos livres. 
CONCEITOS LEGADOS DO JUSNATURALISMO TEOLÓGICO
-Virtude: A virtude, que na Antiguidade estava associada ao comportamento e modode agir na sociedade, passa a ser pensado e definido a partir do modo como o homem age diante das leis de Deus, onde virtuoso agora era ser um indivíduo que age de acordo com a Bíblia. Até hoje vemos que o conceito de virtuoso definido pela Igreja é o mais conhecido e usado, onde uma pessoa virtuosa é o indivíduo bondoso, caridoso e que ama Deus.
-Livre-Arbítrio: A ideia de livre-arbítrio quebra um paradigma onde o conceito de liberdade era condicionado exclusivamente à política. Com o Cristianismo, a ideia de liberdade passa a ser subjetiva, onde o indivíduo passa a possuir o livre-arbítrio de viver de acordo ou não conforme a Lei de Deus. É a ideia de que liberdade é conceituado pela vontade mas não pela política, onde através das escolhas será definido se o indivíduo é capaz de ser protegido pelas leis divinas.
-Dever: Está ligado ao conceito de virtude, onde dever é o cumprimento da lei de Deus pelos cristãos, sendo exemplos de deveres ter fé, ser bondoso, caridoso, benevolente e frequentar a Igreja. Alguns autores creem que o conceito de dever já existia (o cidadão deveria cumprir um dever diante de uma ordem acima dele).
-Intenção: O conceito de intenção atual não é o mesmo que a Igreja criou, mas, se não fosse a Igreja, não teríamos esse conceito. A intenção do Jusnaturalismo Teológico era a intenção que entendemos hoje, só que no plano do intelecto (o indivíduo desejar algo, mesmo que o indivíduo não cometa um crime, Deus estará ciente dos seus pensamentos), diferentemente de hoje em dia, que intenção (dolo, por exemplo) é o indivíduo executar/planejar com vontade o ato.
OBS: Há uma imprecisão sobre em que século houve o término do Jusnaturalismo Teológico, onde enquanto alguns creem que seu fim foi no Século XVII, outros creem que sua decadência teve início no Século XV, devido a publicação da obra “Doutora Ignorância”.
PONTOS NEGATIVOS E POSITIVOS DO JUSNATURALISMO TEOLÓGICO - O Jusnaturalismo Teológico contribuiu para o desenvolvimento do estudo da ética, da Dignidade da Pessoa Humana, a ideia de igualdade, sendo conceitos formulados dentro da filosofia teológica, que, apesar de usados inicialmente pela Igreja, são existentes até hoje. 
 Já os pontos negativos foram o monopólio da Igreja (a recusa de ser apenas um poder religioso, almejando o domínio da política e da economia) e a questão da “demonização” em relação a todo individuo que fosse contra os ideais da Igreja Católica, usando da violência para manter-se no topo (Tribunal da Santa Inquisição, a perseguição à Galileu).
PATRÍSTICA – É o período onde há uma relação mais forte entre o Estado e a Igreja, onde a Igreja chancelava e era um fator significante para a escolha dos Reis, coincidindo na fase da Idade Média Alta, onde a Igreja dominava o pensamento e, consequentemente, o discurso. O principal pensador da Patrística foi Santo Agostinho.
-Santo Agostinho: Viveu num período onde, em regra, as pessoas entravam na vida religiosa desde a infância, porém, Santo Agostinho viveu uma vida “pecadora” até os 32 anos, oriundo de Hipona (Atual Annaba, Argélia), onde o mesmo escreve “Confissões”, livro onde o mesmo expurga e relata seus pecados e “A Cidade de Deus”, já que pelo fato de Santo Agostinho ter vivido tardiamente a vida religiosa, ele acaba por criar uma visão maniqueísta (bem x mal), renegando seu passado e assumindo de forma assídua sua religiosidade. 
 O mesmo pensava de forma dicotômica, onde o bem seria o que é tratado pela Igreja, e o mal o que fosse contra a Igreja. Essa divisão dicotômica já é entendido como um resgate da filosofia platônica (neoplatonismo), sendo esse resgate mais acentuado com a obra “Cidade de Deus”, onde a Cidade de Deus seria o mundo das ideias (aquele lugar para onde vão as pessoas capazes de se distanciar da vida pecadora, seguindo as leis de Deus, onde a paz seria o fim absoluto) e a Cidade dos Homens seria o mundo sensível (os habitantes dessa cidade teriam apenas a visão de formas distorcidas e imprecisas dos ideais divinos). 
 Para Santo Agostinho, o homem deveria se libertar dos pecados (Cidade dos Homens era suscetível aos pecados), agindo conforme a Lei de Deus, alcançando a Cidade de Deus. Santo Agostinho também faz uma diferenciação entre:
(i) Lei Eterna, que é a expressão da razão divina do homem. É uma Lei Eterna, pois não está suscetível ao tempo ou ao controle de nenhum indivíduo.
(ii) Lei Natural, que é aquela que nasce com indivíduo, sendo algo próprio da consciência humana, onde nascemos como detentores dessas leis naturais, sendo esse o Direito Natural na visão agostiniana. A nossa existência é uma expressão da existência de Deus. A ideia de Lei Natural é a reafirmação do livre-arbítrio, já que você é detentor da liberdade, porém, ao agir de forma pecadora, o indivíduo estará passível a punição da Igreja. 
OBS: O amor seria a força motriz da humanidade, onde da ideia de amor é possível a extração da ideia de igualdade.
ESCOLÁSTICA – Diferentemente da Patrística, a Escolástica surge num momento (Século XI) onde a Igreja passa a ter cisões (separação entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa, ‘Cisão do Oriente”), perca de fiéis, questionamento de seus dogmas, havendo então uma necessidade de rever/reformular seus dogmas (os textos católicos eram dotados de caráter metafórico e fantasioso) e modos de atuação. A Escolástica propõe um estudo da fé aliado à razão. 
OBS: Portugal e Espanha, por não viverem as revoluções liberais, continuaram sendo países monárquicos e fortemente influenciadas pela Igreja, perdurando por mais tempo a submissão do Estado com a Igreja.
-São Tomás de Aquino: Foi o principal filósofo, além de ter sido o principal pensador do Jusnaturalismo Teológico, já que seu pensamento teve capacidade de transcender o Jusnaturalismo Teológico, onde a Suma Teológica, sua principal obra, é revisitada com frequência atualmente e após a 2ª Guerra.
 Desde criança, São Tomás teve uma vida voltada à religião, diferentemente de Santo Agostinho, e após ser retirado do seminário para seguir sua vida comum, ele abdica de suas posses para seguir a vida religiosa, fazendo parte da Ordem Dominicana no seminário de Monte Casino.
 São Tomás de Aquino faz uma reinterpretação de Aristóteles, seguindo o neo-aristotelismo, adequando a filosofia aristotélica aos padrões cristãos, onde a ação humana é a forma de compreensão do pensamento e da racionalidade do homem. 
 A virtude para Aristóteles se constrói através do modo equilibrado de ação (virtuoso é quem age sem excessos), onde São Tomás acredita que a virtude se dá através do hábito, declarando que o indivíduo virtuoso é aquele que age de forma, caridosa, bondosa e seguindo os preceitos divinos com as suas ações e não apenas dentro da Igreja, entrando o componente razão. Além disso, São Tomás classifica as leis em quatro tipos diferentes
(i) Lei Eterna é a lei que rege o universo e que não está acessível aos homens, como o dia e a noite, o tempo, os fatos da natureza, sendo aquilo que Deus criou, onde não podemos controlar e desvendar esses fenômenos.
(ii) Lei Divina é a lei eterna revelada aos homens, que são as Sagradas Escrituras, sendo, no caso o Novo e o Velho Testamento.
(iii) Lei Natural é o reflexo da Lei Eterna na existência humana, onde nossa própria existência é a Lei Natural, a manifestação de Deus.
(iv) Lei Humana são as leis criadas pelos homens, estando submetidas à Lei Natural, sendo a Tese Fundamental do Jusnaturalismo, pois essa ideia de que existe um direito natural imanente, inato e universal hierarquicamente superior ao direito estabelecido pelos humanos, guiou o restante da vertente filosófica do Jusnaturalismo.
JUSNATURALISMO RACIONALISTA – É uma virada, havendo agora um predomínio da razão, onde o homem de instrumento de Deus vira um ser racional/dotado de razão, determinando sua forma de agir no mundo. Há divergências diante da origem e estabelecimento da vertente racionalista do jusnaturalismo, onde enquanto uns acreditam em seu estabelecimento no SéculoXV (obras que questionavam a Igreja) e outros no Século XVIII (“Crítica da Razão Pura” de Kant).
-Secularização do Direito: Há uma ruptura entre as doutrinas eclesiásticas e filosóficas, havendo a secularização entre Igreja e Estado, Religião e Direito, Política e Religião. O final da Santa Inquisição marca o processo da secularização, já que a Igreja perdeu um mecanismo de coação para adequar a sociedade a seus dogmas. 
-Antropocentrismo e Desenvolvimento das Ciências Humanas: As ciências humanas começam a sentir uma necessidade de aprimoração do seu campo científico, dando às ciências uma racionalidade que antes não existia, onde a solução foi tirar Deus do centro do pensamento e substituí-lo pelo homem como o foco do pensamento e estudo das ciências humanas (Virada Antropocêntrica). 
 Os movimentos racionalistas aconteceram nessa época, com Rene Descartes e Francis Bacon, representando o racionalismo aplicado nas ciências humanas. É nesse período onde surge a psiquiatria como especialidade da medicina, havendo na medicina uma linha que crê em patologias da razão, consequentemente, afirmando a razão.
-Reta Razão = Direito Natural: Para afirmar que há um direito natural universal, o jusnaturalista trás de volta o conceito de Reta Razão (capacidade de dirigir o homem a poder escolher e discernir entre o certo e errado, sendo a própria racionalidade), inicialmente conceituado por Marco Túlio Cícero, devido a redescoberta do Corpus Juris Civilis. A ideia do ser humano como ser racional é universal, onde a reta razão é utilizada para mostrar que o direito natural universal é a razão humana.
-Heranças para o Direito Moderno: A primeira contribuição foi a queda do Tribunal da Santa Inquisição, a separação definitiva entre Igreja e Estado e que, a partir do ponto do Jusnaturalismo Racionalista, há a tentativa inicial de estabelecer um objeto de estudo para a ciência do direito, mais tarde aprofundada por Hans Kelsen. O jusnaturalismo racionalista é muito mais um ponto de transição para o Positivismo Jurídico.
CONTRATUALISMO SOCIAL - Durante o Jusnaturalismo Racionalista, ocorrem as duas grandes revoluções liberais, que são a Revolução Francesa e a Independência dos EUA, fortemente inspiradas no contratualismo. A ideia fundamental do contrato social é de que para a formação do estado, deve haver rum pacto original entre os indivíduos que concordam viver em sociedade e aceitar se submeterem a certo Estado, legitimando-o, sendo, atualmente, um conceito fictício da Ciência Política. 
 Outro ponto central da teoria do contrato social é de que o mesmo é uma necessidade, pois caso não haja esse pacto não será possível a formação de uma sociedade civil, onde os indivíduos viveriam em um Estado de Natureza sem normas ou organização (homem é o lobo do homem). O Contrato Social é responsável por promover a transição de Estado de Natureza para a Sociedade Civil.
OBS: A CF/88 seria um exemplo de Contrato Social, pois é uma lei máxima que estrutura e organiza todo esse Estado.
-Os Contratualistas: Os contratualistas se subdividem em dois grupos: (i) os que creem que a natureza humana é essencialmente social, sendo a interatividade parte inerente a natureza humana, como Locke, Pufendorf e Hugo Grócio; e (ii) os que creem que a natureza humana é egoísta, onde os humanos seriam selvagens que não viveriam de forma tão harmoniosa, onde Hobbes e Rousseau acreditam que o homem precise do Estado para que o mesmo não guerreie com o seu semelhante.

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