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CCJ0019-WL-B-AMRP-02-Teoria da Constituição - Constitucionalismo -02

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AULA + 2 – DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
TEMA:TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS. 
 
Classificação das Normas Constitucionais 
 
Quando a doutrina estabelece a classificação das normas constitucionais, ela 
está preocupada quanto ao instituto jurídico aplicado à generalidade das 
normas conhecido como eficácia jurídica, ou seja, os efeitos que essas normas 
produzirão no ordenamento jurídico e social. Sendo assim, estabeleceremos, 
dentre as diversas classificações existentes, a mais famosa entre nossos 
doutrinadores, visto que é a adotada pelo Supremo Tribunal Federal – STF, 
que é de autoria de José Afonso da Silva, onde as normas constitucionais são 
classificadas como normas de eficácia plena, normas de eficácia contida e 
normas de eficácia limitada. 
 
1) Normas de eficácia plena – são aquelas que estão aptas a produzir todos 
os seus efeitos desde a entrada em vigor da Constituição. Desta forma, não 
necessitam de regulamentação infraconstitucional e possuem aplicabilidade 
imediata, direta e integral. Por exemplo: art. 5º, inciso II; 
2) Normas de eficácia contida – são aquelas que, assim como as de eficácia 
plena, produzem todos os seus efeitos. Entretanto, admitem serem restringidas 
ou contidas em seus efeitos por legislação infraconstitucional. Portanto, têm 
aplicabilidade imediata e direta, mas não integral, visto que admitem contenção 
em seus efeitos, como por exemplo a norma do art. 5º, inciso XIII; 
3) Normas de eficácia limitada – são aquelas que para a produção ampla de 
seus efeitos necessitam de norma infraconstitucional que as venham 
complementar. Assim sendo, enquanto não existir a legislação 
infraconstitucional elas não produzirão efeitos integrais, por isso, sua 
aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida. Por exemplo: art. 37, inciso VII. 
 
APLICABILIDADE DAS NORMAS DEFINIDORAS DE DIREITOS E 
GARANTIAS FUNDAMENTAIS: 
 Art. 5º, §1º, CF: aplicação imediata 
 Classificação de José Afonso da Silva: 
 Eficácia Plena 
 Eficácia Contida 
 Eficácia Limitada 
EFICÁCIA PLENA: 
 Aplicabilidade: 
 DIRETA 
 IMEDIATA 
 INTEGRAL 
EFICÁCIA CONTIDA: 
 Aplicabilidade: 
 DIRETA 
 IMEDIATA 
 POSSIVELMENTE NÃO INTEGRAL 
EFICÁCIA LIMITADA: 
 Aplicabilidade: 
 INDIRETA 
 MEDIATA 
 REDUZIDA 
 ESPÉCIES DE EFICÁCIA LIMITADA: 
 Princípio programático 
 Princípio institutivo 
 A eficácia mínima 
 O gradualismo eficacial 
 A presunção de aplicabilidade imediata 
 
O Fenômeno da Superveniência de Nova Constituição 
 
A doutrina aponta ainda como tópico importante para o estudo das normas 
constitucionais, o problema que é acarretado para o ordenamento jurídico em 
relação ao processo legislativo quando da superveniência de uma nova 
Constituição. Para tanto, ela aponta três possíveis fenômenos a fim de 
solucioná-lo. São eles: a recepção, a repristinação, e a 
desconstitucionalização: 
 
Recepção – Norma jurídica infraconstitucional criada na vigência do 
ordenamento constitucional anterior que é interpretada como compatível com a 
nova constituição. Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, mas que 
também é de economia legislativa, porque não há razão alguma para a 
retirada das normas em perfeita congruência com o ordenamento constitucional 
vigente. 
Repristinação – Ocorre uma espécie de ressurgimento ou restauração de 
vigência da norma jurídica anteriormente revogada, de maneira tácita, pela 
ordem constitucional pretérita, mas que agora foi substituída através de uma 
nova constituição escrita (art 2º § 3º Dec-lei 4657/42). 
Desconstitucionalização – Fenômeno ainda não inteiramente admitido pela 
doutrina, no qual algumas normas da constituição anterior permaneceriam em 
sua vigência, desta feita sob uma nova forma de lei ordinária.

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