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APOSTILA PORTUGUES PARTE 3

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CAPÍTULO VII
TIPOS DE TEXTOS:
Descritivo
Narrativo
Dissertativo
DESCRIÇÃO
A PALAVRA NÃO É A COISA
Vivemos basicamente em dois mundos. Um deles - o dos acontecimentos - nos chega diretamente, por meio dos sentidos (visão, tato, audição, olfato e paladar) e ocupa apenas uma pequena parte de nosso repertório de conhecimentos. O outro - o das informações - é adquirido de maneira indireta, por meio dos pais, dos amigos, das escolas, dos livros, dos meios de comunicação. Essas informações nos chegam através das palavras. Por isso pode-se afirmar que vivemos simultaneamente num mundo real e num mundo verbal.
A relação entre o mundo real e o mundo verbal é a mesma relação que existe entre um território e o mapa que o representa. Por mais bonito que seja um mapa, ele é totalmente inútil para o viajante se não mostrar exatamente a relação dos lugares entre si e a estrutura do território que representa. Se traçarmos, por exemplo, uma grande reentrância no contorno de um lago, só para que o desenho fique mais bonito, o mapa não terá nenhum valor. Mas se estivermos traçando um mapa apenas por diversão. Sem dar nenhuma atenção à estrutura real da região representada, não há nada no mundo que nos impeça de acrescentar todos os arabescos e desenhos que quisermos aos lagos, aos rios e às estradas. O problema começaria se alguém planejasse uma viagem baseada nesse mapa.
O mesmo acontece com a linguagem. Por meio de relatos imaginários, podemos inventar "realidades" que nada têm a ver com o mundo concreto. Nesse caso, também nenhum mal resultará. A menos que alguém cometa o engano de acreditar que tal "realidade" inventada com palavras representa, de fato, alguma coisa concreta e real. (HAYAKAWA, S. I. A linguagem no pensamento e na ação. 3.ed. São Paulo: Pioneira, 1997. P.35-36. Adaptação)
A leitura do texto permite concluir que, assim como um mapa representa um território, mas não é um território, a linguagem representa a realidade, mas não é a própria realidade.
Vamos comparar agora dois exemplos de representação da realidade.
B.
... era uma enorme cebola de ouro, suíço, pedras preciosas nos ponteiros, o tampo em filigramas, uma joia, uma antiguidade, uma relíquia, uma preciosidade. 
 
A.
O ser representado foi conhecido de maneira imediata
Assim que você olhou o desenho, percebeu que se tratava de um relógio
B.
Você identificou o ser representado aos poucos. não foi uma identificação imediata.
Quando você olhou para o texto, não percebeu logo de início que o objeto descrito era um relógio.
O QUE É DESCREVER
Na sequência aparecem quatro elementos da mesma espécie. Se for pedido que você identifique os quatro elementos ao mesmo tempo, utilizando apenas um substantivo, por certo você utilizará o termo cadeira.
 
Ao empregar esse substantivo, você ainda não descreveu nenhum dos quatro elementos. Você apenas os identificou, ou melhor, identificou a classe a que eles pertencem. Descrever é mais do que isso.
Vamos descrever oralmente o ser que aparece no terceiro desenho:
1-	De que tipo é?
2-	De que material ela é feita?
3-	Qual é o formato de seus pés?
Agora sim: a terceira cadeira distinguiu-se das demais, pois foi caracterizada através de detalhes que a diferenciam das outras três. Você indicou pormenores individualizantes da terceira cadeira, isto é, fez uma descrição.
"A descrição consiste na enumeração de caracteres próprios dos seres (animados e inanimados), coisas, cenários, ambientes e costumes sociais; de ruídos, odores, sabores e impressões tácteis." (MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 2.ed. São Paulo: Cultrix, 1978. p. 140.)
Note que a descrição não se confunde com a definição. A definição é uma "fórmula verbal através da qual se exprime a essência de uma coisa (ser, objeto, ideia)" (GARCIA, Othon M.)
Veja como o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda Ferreira define a palavra Cadeira:
 "Peça de mobiliário que consiste num assento com costas, e, às vezes, com braços, dobrável ou não, para uma pessoa" (Novo Dicionário da Língua Portuguesa. P. 248)
É importante saber que as coisas, individualmente, não admitem definição. Quando definimos estamos tratando de classes de espécies. Quando descrevemos, estamos detalhando indivíduos de uma espécie.
Compare:
	Definição de navio 
	Embarcação de grande porte 
	 descrição de um navio 
	“tinha o casco preto, baixo, um ar de navio fantasma, muito vagaroso.” (Marques Rebelo)
	Definição de mulher 
	Pessoas do sexo feminino, após a puberdade
	Descrição de uma mulher “
	Ela não era feia,, com os seus traços acanhados, o narizinho malfeito, mas galante, não muito baixa nem muito magra e sua aparência de bondade passiva, de indolência de corpo, de ideia e de sentidos.” (Lima Barreto)
Portanto: 
A definição é generalizante.
A descrição é particularizante.
A)	Valendo-se de um dicionário, defina em seu caderno:
1-	Cachoeira
__________________________________________________________________________________________________________________________________________
2-	Praça
__________________________________________________________________________________________________________________________________________
3-	Cavalo
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
B)	Agora, descreva em seu caderno:
1-	Uma cachoeira
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2-	Uma praça
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3-	Um cavalo
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Antes de fazer a descrição, examine bem (mentalmente, é claro) a coisa a ser descrita. Pense no seu tamanho, na sua cor, na textura, etc.
C)	Imagine o objeto que está contido nesta caixa. Descreva-o em seu caderno.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Basicamente, para uma descrição há dois enfoques possíveis:
Enfoque objetivo e subjetivo
Enfoque objetivo
Aqui, a descrição obedece à necessidade de representar o ser de maneira direta e objetiva. O autor deve se limitar à enumeração dos elementos que compõem o ser representado, sem expressar nenhum juízo de valor. O observador deve apenas relatar o objeto. 
Veja a descrição objetiva de um leque:
"Ele tem uma armação de madeira, formada por varetas achatadas, unidas entre si por um eixo colocado próximo a uma das extremidades. A armação é coberta por um pano muito fino, bordado no centro e rendado em uma das beiradas. Quando está fechado, é fino. Quando está aberto, oferece uma grande área lisa, sendo assim usado para as pessoas se abanarem." (FERREIRA, Fábio M.)
Existe um tipo especial de descrição objetiva: a descrição técnica, que recria um objeto utilizando uma linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é utilizado para descrever aparelhos, peças que compõem aparelhos, funcionamento de mecanismos,experiências, etc.
"Trata-se, basicamente, de um tubo reservatório cheio de tinta viscosa, com uma esfera aprisionada numa das extremidades. Essa esfera está colocada de tal maneira que pode girar livremente em todas as direções e, à medida que rol sobre uma superfície, vai arrastando a tinta do reservatório e depositando-a em um traço, por onde passa. (Como funciona. Enciclopédia de Ciência e Técnica." São Paulo: Ed. Abril, p. 175)
Considera-se também como descrição técnica aquela que reproduz o funcionamento de aparelhos ou determinados processos. Leia a descrição do processo empregado na fabricação de palitos de fósforos.
"Embora se possam utilizar vários produtos, entre os quais algodão coberto de cera, papel e cartolina, a madeira continua a ser o material mais comumente empregado na fabricação de palitos de fósforos. Para isso, a madeira deve ser branca e inodora, fácil de trabalhar e suficientemente porosa para absorver parafina. A extremidade do palito que contém a cabeça é previamente embebida em parafina quente, cuja função é transmitir a chama do material inflamável da cabeça para o palito. Sem ela, a chama se extinguiria tão rapidamente quanto o material combustível da cabeça. Os palitos são impregnados também com fosfato de amônia - agente de retardamento do fogo, que os impede de continuar a arder após terem sido jogados fora. A primeira etapa da fabricação dos palitos consiste em serrar toras de cerca de 3 metros de comprimento pesando 125kg, em pedaços de 0,5 m de comprimento. A seguir, esses pedaços são cortados em folhas numa máquina de descascar. As longas tiras de folheado, com cerca de 2, 3 milímetros de espessura, dirigem-se então aos talhadores, que as recortam em palitos. Essas máquinas são capazes de produzir cerca de 1 milhão de palitos em menos de cinco minutos. Depois de impregnados de fosfato de amônia, os palitos são submetidos à secagem, polimento e limpeza em tambores rotativos. Finalmente, são conduzidos por canos de aço para máquinas contínuas de fabricar fósforos. Operadas por apenas 8 pessoas, tais máquinas podem produzir e armazenar em caixas cerca de 20 milhões de fósforos por dia." (Como funciona. Enciclopédia de Ciência e Técnica. São Paulo: Ed. Abril, p. 628)
Enfoque subjetivo
Na descrição com enfoque subjetivo reflete-se, sobretudo, o estado de espírito, o sentimento do observador diante da coisa observada. O objeto pode ser encarado com ódio, carinho, rancor, prevenção, etc.
Observe como o personagem Paulo Honório, do romance São Bernardo, se vê e descreve num momento em que sente profundo rancor por si mesmo:
"Sou aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes." (RAMOS, Graciliano)
Nesse caso, o observador interpreta o ser observado. Veja outros exemplos de descrição subjetiva:
"O sujeitão que parecia um carro de boi cruzando com trem de ferro, já entrou soltando fogo pela folga do dente de ouro." (CARVALHO, José Cândido de)
"Prédio sinistro aquele. Basta olhar-lhe a fachada. Errado desde a construção. Sem sol, sem água, sem alma. Sempre da mesma cor: ou sangue coagulado ou amarelo bilioso. Edifício infeliz." (MACHADO, Aníbal)
Na descrição subjetiva, o risco que se corre é o de ver apenas aquilo que se deseja, e não aquilo que realmente existe para ser visto. O objetivo do emissor, nesse caso, não é apenas transmitir ao receptor a imagem do ser, mas também provocar emoção. Claro está que, nesse tipo de descrição, predomina a linguagem conotativa.
Atividades
A)	Leia as descrições seguintes e identifique o enfoque utilizado: enfoque subjetivo ou objetivo?
1-	""Conservo uma lâmpada apagada, a afetuosa lembrança de tia Regina, a mais nova das irmãs Veríssimo. Ela me aparece na memória baixinha e fornida, com um jeito macio e emplumado de pomba-rola, a mover-se silenciosa pelas salas do Sobrado, os pés diminutos metidos em belas chinelas negras bordadas a fio dourado. (VERÍSSIMO, Érico)	
______________________________________________________________________
2-	"Dali conseguia ver o prédio de 12 andares. A fachada toda de vidro, caixilhos pintados de preto. Apenas algumas janelas tinham cortinas, de várias cores. No topo do edifício uma antena de televisão ameaçava cair."
______________________________________________________________________
3-	"A gaita de boca é formada por um conjunto de palhetas fixas de um lado e livres do outro. Impulsionadas pelo ar soprado pelo executante, essas palhetas vibram produzindo som. A frequência do som emitido por cada uma das palhetas é estabelecida pelo seu comprimento." (Como funciona. Enciclopédia de Ciência e Técnica. São Paulo: Ed. Abril, p. 480)
______________________________________________________________________
4-	"Desapareceu ontem de sua residência o menor A. T. J., de seis anos, louro, cabelos encaracolados, olhos azuis, 1,05. O mesmo trajava calça azul-marinho e camisa amarela. Notícias de seu paradeiro pelo telefone ......, com Idalina."
______________________________________________________________________
B)	Escolha um objeto qualquer em sua casa e faça duas descrições desse objeto: uma com enfoque objetivo e outra com enfoque subjetivo.
Descrição objetiva: ______________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Descrição subjetiva: _____________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
C)	Leia a descrição dessa paisagem. Faça a descrição da personagem que estaria adequada a ela.
"A paisagem era mais ou menos desse jeito - a cidade de cá, o rio no meio e do outro lado a encosta que parecia querer esbarrar no céu sem fundo.
Na beira do rio, tinha uma porção de árvore sempre verdes, mas que se cobriam de roxo, branco, amarelo, conforme a estação do ano. Elas floriam. No meio da encosta crescia um capão, por onde passava uma estrada alva e torta que levava para qualquer parte do mundo.
O campo era verde demais. Manhã tão clara que havia uma névoa azulada para adoçar mornamente os contornos vertiginosos da paisagem bronca. Manhã de mel." (ELLIS, Bernardo. Seleta. 2. ed. Rio de Janeiro: liv. José Olympio, 1976, p. 32)
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
LEITURA COMPLEMENTAR
Ao descrever um determinado ser, tendemos sempre a acentuar alguns aspectos, de acordo com a reação que esse ser provoca em nós. Ao enfatizar tais aspectos, corremos o risco de acentuar qualidades negativas ou positivas. Mesmo usando linguagem científica, que é imparcial, a tarefa de descrever objetivamente é bastante difícil. Apesar dessa dificuldade, poderemos atingir um grau satisfatório de imparcialidade se nos tornarmos conscientes dos sentimentos favoráveis ou desfavoráveis que as coisas podem provocar em nós. A consciência disso habilitará a confrontar e equilibrar os julgamentos favoráveis ou desfavoráveis. Um bom exercício consiste em fazer dois levantamentos sobre a coisa que deveremos descrever: o primeiro contendo características tendentes a enfatizar aspectos positivos; o segundo, a enfatizar aspectos negativos. Por exemplo, ao descrever uma mesma pessoa, podem surgir dois relatos: um a favor e outro contra.
A este processo de selecionar pormenores favoráveis ou desfavoráveis ao ser descrito poderemos chamar ponto de vista. (HAYAKAWA, S. I. Alinguagem no pensamento e na ação. 3. ed. São Paulo: liv. Pioneira, 1977, p. 54)
A NARRAÇÃO
Narrar é representar fatos reais ou fictícios utilizando signos verbais e não verbais.
Quem narra - Foco Narrativo (ou ponto de vista do narrador)
Narrador personagem ou participante - foco Narrativo em 1ª pessoa. (verbos e pronomes são empregados na 1ª pessoa) - eu, me, comigo
Narrador observador - foco narrativo em 3ª pessoa (verbos e pronomes de 3ª pessoa) - ele, ela, se - 
Narrador onisciente - foco narrativo em 3ª pessoa.
O narrador interrompe a narrativas e insere reflexões ou pensamentos das personagens.
	O escritor Henry James, em seu O retrato de uma senhora, faz a seguinte afirmação: "Há um milhão de janelas através das quais se pode contar uma história". E é isso mesmo o que acontece. Leia os dois textos seguintes, do escritor Rubem Fonseca, e como ele utiliza diferentes narradores.
No primeiro trecho, o narrador é uma mulher. No segundo, quem narra é um homem.
1-	Decidi abandonar meu marido. Não posso mais viver com ele. Talvez ele não se incomode muito com isso, não creio que ele goste de mim. Não somos sequer amigos, no sentido trivial da palavra. Ele não se interessa pelo meu bem-estar, não quer saber se estou feliz ou infeliz e quando estou doente me trata com impaciência, como se seu tivesse cometido algum crime. Nunca me levou para ver um filme que eu quisesse ver; só gosta de filme de cowboy, até dos piores, com artistas desconhecidos e histórias idiotas, sem o menor interesse a não ser para um menino de oito anos. Eu me incomodaria se ele fosse um menino de oito anos. Mas ele nada tem de menino, é um homem, de pele grossa, gordo; e pensar que já foi magro alguns anos atrás. (FONSECA, Rubem. A colheita do grão, 2ed.Rio de Janeiro: Ed. Codeeri, 1979.p.42.3)
2-	 Teve mesmo um dia que aconteceu uma coisa que nunca pensei acontecer comigo! Eu estava sozinho. Em determinado momento fiquei pensando em Norma com tal intensidade que comecei a ficar sem ar, com a sensação de que o meu coração ia parar, o que devem sentir as pessoas prestes a morrer. Então subitamente comecei a chorar. Havia uns trinta anos que eu não chorava; é uma coisa estranha que preciso contar em detalhes. Após algum tempo os olhos se fecham; você sente as lágrimas molhando o seu rosto e uma sensação de alívio como se você fosse um homem envenenado e uma veia se abrisse e lentamente pusesse para fora todo o sangue ruim, fazendo-o sentir-se melhor a cada gota que saísse - mais leve, mais bom, mais puro, mais digno, mais feliz na sua automisericórdia. (idem, p. 64.)
	
Quem escreveu os dois textos foi uma só pessoa: Rubem Fonseca.
Qualquer escritor pode narrar um fato fictício, sob diversos pontos de vista. Portanto, antes de mais nada é necessário fazer uma distinção entre escritor e narrador.
O escritor, no caso, é Rubem Fonseca, que também é jornalista e mora no Rio de Janeiro.
Os narradores em que ele se desdobrou foram: uma mulher (no primeiro texto) e um homem (no segundo texto).
Quando se trata de uma narrativa de ficção, o escritor tem liberdade de se desdobrar em qualquer narrador, isto é, de contar a história sob o ângulo que quiser. Veja como o mesmo escritor pode assumir o papel de inúmeros narradores.
1-	 Eu não sou tão pesado assim. Pelo contrário: tantos dias exposto ao ar livre, o sol reduziu-me bastante, curtindo-me as carnes...
Na ponte provisória, um dos homens falseia o pé, e meu corpo rola. Vão pescá-lo mais adiante. Tive receio de que o deixassem seguir com as águas. Já começo a ser menos indiferente ao destino de minha carcaça...
Agora, sim, compreendo por que e sei para onde me estão carregando: fizeram cemitério nalgum lugar, mas faltou defunto para inaugurá-lo. Daí o pedido às redondezas. Que cemitério será? ... Os curiosos foram chegando. Descobriram-me a cara. Era a primeira vez que viam defunto.
 (MACHADO, Anibal. O defunto Inaugural. In : A morte porta-estandarte e outras histórias. 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. P. 56-9.)
2-	 Logo que me empreguei de ascensorista, o que mais me aborrecia era ouvir conversa em língua estrangeir. Outro dia, dois sujeitos olhavam para as minhas muletas sem que eu pudesse saber se falavam bem ou mal delas. Nem em que língua. 
 (Idem. O Ascensorista. P. 69.)
3-	Desde muito me vinha preocupando o problema de minha altura. Os anos passavam e para cima eu não ia. Aos quinze, encalhei para sempre em um metro e quarenta e cinco. Tinha apenas essa idade e altura, quando meus pais me largaram no mundo. Morreram quase ao mesmo tempo.
 (Idem. O Homem Alto. p. 113)
A)	Nos textos que você leu, o autor, Aníbal Machado, desdobrou-se em três narradores. Identifique-os. Quem são os narradores?
1-
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- ____________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
B)	O texto seguinte é narrado em 3ª pessoa. Você vai passá-lo para a 1ª pessoa:
“Era sábado. Zé Pequeno colou figurinhas no seu álbum, jantou, andou pela casa, arrumou seus livros de histórias, brincou com uma bola de borracha, fez o dever do colégio, ouviu o jogo de futebol pelo rádio e foi deitar na hora que sua mãe mandou.
Mas não dormiu logo. Nem figurinha, nem bola, nem livro de história, nem jogo de futebol e muito menos o dever da escola tinham conseguido afastar suas preocupações. Ele precisava fazer alguma coisa. Então ficou muito forte. Primeiro quase igual e depois igual ao primo. Vergou uma barra de ferro; prendeu um ladrão armado de faca que entrou na casa de tia Ermelinda; salvou Zé Grande do ataque de oito vagabundos; a família toda se reuniu para ouvir a sua palavra; e ele falou e todos responderam "é isso mesmo, é isso mesmo, tu tens razão", e satisfeitos puseram-se a cantar, acompanhados por sua mãe ao bandolim”. (FONSECA, Rubem. A coleira do cão. 2. ed. Rio de Janeiro: Codeeri, 1979, p. 105.)
C)	Agora vamos fazer o contrário; passar o foco narrativo de 1ª para a 3ª pessoa:
“Naquele dia de abril andava eu pelas ruas numa espécie de sonambulismo, com a impressão de que o outono era uma opala dentro da qual estava embutida a minha cidade com as suas gentes, casas, ruas, parques e monumentos, bem como esses navios de vidrilhos coloridos que os presidiários constroem pacientemente, pedacinho a pedacinho, dentro das garrafas. Veio-me então o desejo de compor uma sonata para a tarde. Comecei com um andantino melancólico e brinquei com ele durante duas quadras, com a atenção dividida entre a música e o mundo. De súbito as mãos sardentas de um de meus alunos puseram-se a tocar escalas dentro do meu crânio, com uma violência atroz, e lá se foi o andantino... Fiquei a pensar contrariado nas lições que tinha de dar no dia seguinte. Ah! A monotonia dos exercícios, a obtusidade da maioria dos discípulos, a incompreensão e a impertinência dos pais! Devo confessar que não gostava da minha profissão e que, se não a abandonava, era porque não saberia fazer outra coisa para ganhar a vida, pois me repugnava a ideia de tocar músicas vulgares nessas casas públicas onde se dança, come e bebe à noite”. (VERÍSSIMO, Érico. Sonata. In Contos. Porto Alegre: Globo, 1978. P. 61.
Partes da Narração:
a) Exposição: apresentação do assunto ou tema;
b) Complicação: desenrolar dos acontecimentos - ação das personagens - situação;
c) Clímax: conflito - ponto culminante da história;
d) Desfecho: resolução do conflito, comentário generalizado.
Elementos da Narração:
a) Foco Narrativo
b) Enredo
c) Personagens
d) Cenário
e) Tempo
Paranarrar uma história, é preciso considerar os elementos: espaço, tempo e personagens. O poema a seguir é um texto narrativo e foi publicado em Libertinagem, livro que Manoel Bandeira lançou em 1930.
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro.
Bebeu.
Cantou.
Dançou.
Depois se jogou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Responda, considerando a leitura do poema:
a)	O que aconteceu?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
b)	Quem é a personagem da história?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
c)	Onde acontece a história?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
d)	Quando aconteceu a história?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________
C. DISSERTAÇÃO
A dissertação é o ato de discorrer sobre um tema de forma cuidadosa e profunda. É sobretudo raciocinar, refletir e argumentar de modo crítico a respeito de um assunto ou tema. Os argumentos na dissertação devem ser convincentes além de um espelho da realidade. Toda dissertação consta de:
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Argumentação
A base de uma dissertação é a fundamentação de seu ponto de vista, sua opinião sobre o assunto. Para tanto, deve-se atentar para as relações de causa-consequência e pontos favoráveis e desfavoráveis, muito usadas nesse processo.
Algumas expressões indicadoras de causa e consequência 
causa : por causa de, graças a, em virtude de, em vista de, devido a, por motivo de
consequência : consequentemente, em decorrência, como resultado, efeito de
Algumas expressões que podem ser usadas para abordar temas com divergência de opiniões: em contrapartida, se por um lado... / por outro... , xxx é um fenômeno ambíguo, enquanto uns afirmam... / outros dizem que...
Exemplo de argumentação para a tese de que as abelhas são insetos extraordinários:
porque tem instinto muito apurado
porque são organizadas em repúblicas disciplinadas
porque fornecem ao homem cera e mel
apesar de seus ferrões e de sua força quando constituem um enxame mostram total harmonia, organização e poder.
A base de uma dissertação é a fundamentação de seu ponto de vista, sua opinião sobre o assunto. Para tanto, deve-se atentar para as relações de causa-consequência e pontos favoráveis e desfavoráveis, muito usadas nesse processo.
Assunto/Tema
Delimitar um aspecto do tema. Essa delimitação deve ser feita na introdução e, a partir daí, o leitor sabe que aquele aspecto será explorado no decorrer do texto e a conclusão fará menção direta a ele. Observe alguns exemplos:
televisão - a violência na televisão / a televisão e a opinião pública
a vida nas grandes cidades - a vida social dos jovens nas grandes cidades / os problemas das grandes cidades
preconceitos - preconceitos raciais / causas do preconceito racial
progresso - vantagens e desvantagens sociais do progresso / progresso e evolução humana
Introdução
Apresenta-se o tema ao leitor, expondo o problema a ser desenvolvido no decorre.
Desenvolvimento
A divisão em parágrafos é indicativa de que o leitor encontrará, em cada um deles, um tópico do que o autor pretende transmitir.
Lembrar-se de que, ao redigir, não se deve esquecer de: anotar todas as ideias, frases, palavras, sensações que surgirem sobre o tema; fazer uma seleção das ideias que surgiram; pensar num plano para o texto, estruturando-o em introdução, desenvolvimento e conclusão; revisar no rascunho, ao final, a grafia das palavras, a pontuação das frases e a eufonia das palavras usadas, assim como a adequação vocabular ao contexto.
Dar lógica e sentido ao texto e suas partes é algo que o autor do texto deve sempre ter em mente. Algumas palavras e expressões facilitam a ligação entre as ideias, estejam elas num mesmo parágrafo ou não. Seguem algumas sugestões e suas respectivas relações:
assim, desse modo - têm valor exemplificativo e complementar. A sequência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar e complementar o que se disse anteriormente.
ainda - serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão; ou para incluir um elemento a mais dentro de um conjunto de ideias qualquer.
aliás, além do mais, além de tudo, além disso - introduzem um argumento decisivo, apresentado como acréscimo. Pode ser usado para dar um "golpe final" num argumento contrário.
mas, porém, todavia, contudo, entretanto (conj. adversativas) - marcam oposição entre dois enunciados.
embora, ainda que, mesmo que - servem para admitir um dado contrário para depois negar seu valor de argumento, diminuir sua importância. Trata-se de um recurso dissertativo muito bom, pois sem negar as possíveis objeções, afirma-se um ponto de vista contrário.
este, esse e aquele - são chamados termos anafóricos e podem fazer referência a termos anteriormente expressos, inclusive para estabelecer semelhanças e/ou diferenças entre eles.
Conclusão
Fazer uma reafirmação do tema, dar-lhe um fecho e apresentar possíveis soluções para o problema apresentado.
Para melhor entender a dissertação: Leia os três textos:
1.	O relógio "era uma enorme cebola de ouro, suíço, pedras preciosas nos ponteiros, o tampo em filigranas, uma joia, uma antiguidade, uma relíquia, uma preciosidade".
(FESTER, Ribeiro. O Relógio do avô)
Trata-se de uma descrição de um relógio.
2.	"Tinha 6 ou 7 anos, nunca se lembrou bem. Foi até o criado-mudo, a pedido do pai, apanhar o relógio. Relógio do avô... No ato de pegar, deixou-o cair. Relógio quebrado. Surra. Uma surra violentíssima, inesquecível". (FESTER, Ribeiro. O Relógio do avô)
Trata-se de uma narração de um fato relacionado a um relógio.
3.	"O homem ocidental civilizado vive em um mundo que gira de acordo com os símbolos mecânicos e matemáticos das horas marcadas pelo relógio. É ele que vai determinar seus movimentos e dificultar suas ações. O relógio transformou o tempo, transformando-o de um processo natural em uma mercadoria que pode ser comprada, vendida e medida como um sabonete ou um punhado de passas de uvas. E, pelo simples fato de que, se não houvesse um meio para marcar as horas com exatidão, o capitalismo industrial nunca poderia ter se desenvolvido, nem teria continuado a explorar os trabalhadores, o relógio representa um elemento de ditadura mecânica na vida do homem moderno, mais poderosos do que qualquer outro explorador isolado ou do que qualquer outra máquina." (WOODCOCK, George. A ditadura do relógio)
Trata-se de uma dissertação, pois o autor expõe ideias a respeito da influencia do relógio na vida do homem.
Observe que no terceiro texto não se descreveu nada, nem se contou nenhum fato. O autor apenas expôs suas ideias a respeito de um determinado assunto. O texto é um trecho de uma dissertação.
Dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação de determinada ideia.
A dissertação, por isso, pressupõe:
Exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever;
Raciocínio;
Clareza, coerência e objetividade de exposição
Leia o texto que segue:
A ELITE E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação social constituem, paradoxalmente, meios de elite e de massas.
Como instrumentos mecânicos e eletrônicos que difundem mensagens de acesso potencial a todos os indivíduos da sociedade, eles são meios que atingem as massas, atuando como intermediários entre elas e o mundo. Na verdade, é através da imprensa, do rádio, da TV e do cinema que os indivíduos se informam cotidianamente, sobre os fatos da atualidade, se divertem, e se mantêm sintonizadoscom o meio ambiente de que participam.
Evidentemente, o acesso direto aos meios de comunicação esta relacionado com o fenômeno da capacidade aquisitiva ou da distribuição do produto social, pois a compra de exemplares de jornais e revistas, de um ingresso de cinema ou a posse de aparelhos receptores de rádio e TV, ou computadores, implica um dispêndio financeiro que nem sempre está ao alcance de todos os cidadãos. Mas, indiretamente, toda a sociedade está ao alcance dos meios de comunicação, porque o processo de transmissão das mensagens que veiculam obedece a um fluxo em dois estágios. No segundo estágio, a difusão se faz através dos meios informais, assegurando uma penetração massiva em toda a comunidade que está no raio de audiência do instrumento formal de comunicação.
No entanto, é preciso considerar que, embora atingindo a massa (público heterogêneo, anônimo, disperso), os meios de comunicação social são meios de elite. Ou seja, são meios controlados pela elite.
Quer na estrutura capitalista, que na socialista, os meios de comunicação estão sob o domínio da elite dirigente. No primeiro caso, pertencem aos grupos econômicos que os exploram como organizações industriais, produtoras de bens de consumo. No segundo caso, estão sob a influência do Estado, o que corresponde a dizer que se encontram nas mãos da elite política que detém o poder. (MELO, José Marques de)
Examinando esse texto, vamos estudar a estrutura de uma dissertação. Responda ás seguintes questões:
Responda às questões
A ideia central do primeiro parágrafo é:
(A) Os meios de comunicação da massa são meios de elite.
(B) Os meios de comunicação social, apesar da contradição, são meios de elite e de massa.
(C) Os meios de comunicação são populares.
(D) Os meios de comunicação social constituem, logicamente, meios de elite e de massa.
Qual a ideia central do segundo parágrafo?
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No segundo parágrafo, aparecem outras frases que explicitam a ideia central. Identifique-as
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Relendo o segundo parágrafo, cite quais são as três funções dos meios de comunicação de massa.
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Assinale, na relação abaixo, as ideias que aparecem no terceiro parágrafo:
a.	O acesso aos meios de comunicação de massa está relacionado com o poder aquisitivo dos indivíduos.
b.	O fenômeno do poder aquisitivo dos indivíduos tem muito pouco a ver com o acesso direto aos meios de comunicação de massa.
c.	O acesso aos meios de comunicação de massa pode ser direto ou indireto.
d.	Indiretamente toda a sociedade está ao alcance dos meios de comunicação de massa.
e.	Toda a sociedade tem acesso direto aos meios de comunicação de massa.
f.	Toda a sociedade, direta ou indiretamente, está ao alcance dos meios de comunicação de massa.
Na relação acima, qual a ideia principal do terceiro parágrafo?
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Qual a ideia central do quarto parágrafo?
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Entre o terceiro e o quarto parágrafos há uma relação de:
(A)	Causa
(B)	Consequência
(C)	Oposição
(D)	Explicação
Qual a conjunção que denota essa ideia?
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No quinto parágrafo, qual é a ideia central?
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O texto analisado permite a seguinte esquematização:
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BIBLIOGRAFIA:
ABREU, Antonio Suarez. Curso de Redação. São Paulo: Ática, 2003.
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FARACO, Carlos; MOURA, Francisco. Para gostar de escrever. São Paulo: Ática, 1984.
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VIANA, Antonio Carlos (coord.). Roteiro de Redação: Lendo e Argumentando. São Paulo: Scipione,
VAL, M. G. C Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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