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CCJ0013-WL-D-AMMA-16-Modalidades das Obrigações VI-02

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 16
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES -
PAGAMENTO 
AULA 16
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES - PAGAMENTO
1. Pagamento – generalidades:
a) Quem deve pagar
b) A quem se deve pagar
c) Objeto do pagamento e sua prova
d) Pagamento por terceiro interessado e não 
interessado. 
• CASO CONCRETO 1
Salim Rockfeller milionário solteirão, fez fortuna como empresário 
do setor de seguros. Seu único parente conhecido é Bernardinho, 
filho de seu meio-irmão, já falecido. Ao saber do falecimento do 
tio num acidente automobilístico, Bernardinho tratou de dar 
entrada em seu inventário para poder botar a mão na grana do 
velho tio. Do mesmo modo, Sr. João de Deus que devia grande 
quantia em dinheiro ao falecido Sr. Salim, procurou o sobrinho 
deste e promoveu o imediato pagamento.
Algum tempo aberto o testamento do falecido, descobriu-se que 
o “de cujus”, em disposição de última vontade, nomeou outra 
pessoa, seu fiel mordomo Charles, como seu herdeiro 
testamentário. Após a leitura, responda:
a)Por haver pago indevidamente a Bernardinho, Sr. João de Deus 
está em débito junto ao herdeiro testamentário, mordomo 
Charles?
b)Por que Bernardinho é um credor putativo?
CASO CONCRETO 2
- É importante observar a quem se deve pagar na hora de efetuar 
o pagamento, pois “quem paga mal, paga duas vezes.” Estas 
foram as palavras de Marcelo Cantareira ao seu vizinho José 
Honório quando este alegou em Juízo que já havia quitado a 
dívida que tinha junto a Marcelo, tendo entregue o dinheiro a 
Marcelinho Cantareira Jr., conhecido como Juninho e filho do 
requerente. Ocorre que Juninho depositou o dinheiro na conta 
bancária do pai e o advogado de José Honório apresentou em 
Juízo o recibo do depósito como prova do pagamento.
a) Diante desta situação, você, como juiz dessa causa, o que 
decidiria?
c)Quais as consequências o caso do credor ratificar o 
pagamento?
d)E se o recibo do depósito não fosse apresentado?
QUESTÃO OBJETIVA
Com relação ao pagamento, analise as afirmativas a seguir.
I. Terceiros não interessados podem pagar a dívida em seu 
próprio nome, desde que esteja vencida.
II. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que 
lhe é devida, a não ser que seja substancialmente mais valiosa.
III. O pagamento cientemente feito a credor incapaz de quitar não 
vale, a não ser que o devedor prove que o pagamento 
efetivamente reverteu em benefício do credor.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa III estiver correta.
Uma obrigação é um fenômeno jurídico que ocorre a todo 
momento, que nasce e se extingue a todo instante. 
Enquanto estamos aqui, há inúmeras obrigações, 
contratos, atos ilícitos, etc., acontecendo por aí afora. 
Algum de vocês hoje, por exemplo, celebrou algum 
contrato, assumiu alguma obrigação, comprou alguma 
coisa, tomou algo emprestado, usou o telefone? Creio que 
sim, então vocês hoje fizeram acontecer uma obrigação 
jurídica.
Veremos nesta unidade do curso de Direito Civil II, os 
diferentes modos pelos quais as obrigações se extinguem, 
e o primeiro e principal desses modos é o pagamento.
Extinção das Obrigações: 
• As obrigações extinguem-se pelo pagamento 
espontâneo, quando efetuado por iniciativa do devedor, 
ou compulsório, quando por intermédio de execução 
forçada, judicial. 
• Sem pagamento, ocorre a extinção das obrigações pela 
prescrição, pela impossibilidade de execução, por lei ou 
pela modificação da natureza da obrigação.
Pagamento 
• É a execução 
voluntária e exata, 
por parte do devedor, 
da prestação devida 
ao credor, no tempo, 
forma e lugar 
previstos no titulo 
constitutivo.
• Num conceito mais simples, pagamento é o término 
natural da obrigação, ou a realização real da obrigação, 
mas nem sempre em dinheiro (ex: A paga a B para 
pintar um quadro, de modo que a obrigação de B será 
fazer o quadro, o pagamento de B será realizar o 
serviço). 
• O leigo tende a achar que todo pagamento é em 
dinheiro, mas nem sempre, pois em linguagem jurídica 
pagar é executar a obrigação, seja essa obrigação de 
dar uma coisa, de fazer um serviço ou de se abster de 
alguma conduta (não-fazer).
Num conceito mais 
completo, pagamento é o ato 
jurídico formal, unilateral, que 
corresponde à 
execução voluntária e 
exata por parte do devedor 
da prestação devida ao 
credor, no tempo, modo e 
lugar previstos no título 
constitutivo.
Vamos entender este conceito:
• FORMAL: o pagamento é 
formal pois a prova do 
pagamento é o recibo; tal 
recibo em direito é chamado 
de quitação, e deve atender 
às formalidade do art. 320.
• Muitas vezes, em pequenos 
contratos, não se pede recibo 
pra não perder tempo, é um 
hábito que temos e todos 
sabem que o costume é 
também uma fonte do direito. 
• Falaremos mais da quitação 
adiante.
- UNILATERAL: pois é de iniciativa do 
devedor, que é o sujeito passivo da 
obrigação.
• - VOLUNTÁRIO E EXATO: lembrem-se sempre disso, 
pagamento é voluntário e exato; se o devedor só paga 
após ser judicialmente executado, tecnicamente isto não 
é pagamento pois foi feito sob intervenção judicial, ao 
penhorar/tomar bens do devedor; além de voluntário, o 
pagamento deve ser exato.
• Então se A deve cinquenta a B e paga com um livro, 
tecnicamente isto não foi pagamento. 
• De qualquer modo, em ambos os casos, mesmo 
pagando sob força judicial, ou pagando coisa diferente 
da devida, se o credor aceitou e se satisfez, isto é o que 
importa. 
• Mas tecnicamente, em linguagem jurídica, pagamento é 
aquele voluntário e exato.
Clóvis Beviláqua faz a seguinte diferenciação: 
pagamento lato sensu e pagamento strito sensu.
- para este doutrinador pagamento, em sentido 
amplo (lato sensu) , é toda forma de satisfação das 
obrigações, sejam estas de dar, fazer ou de não fazer.
- e, em sentido estrito (sticto sensu), é o 
cumprimento das obrigações de dar, especificamente 
dinheiro (o que é o conhecimento comum). 
Elementos essenciais do pagamento:
• A existência de vínculo obrigacional; intenção de solver 
este vínculo, cumprimento da prestação, presença da 
pessoa que efetua o pagamento (solvens); presença 
daquele que recebe o pagamento (accipiens).
• Assim, todo pagamento possui três elementos, e todos 
devem estar presentes para que produza seu principal 
efeito, que é o de extinguir a obrigação. São eles:
•“Accipiens” – é aquele que vai receber o pagamento (que 
pode não ser o credor)
•“Solvens” – é aquele que vai pagar (também pode não ser 
o devedor).
•Vínculo obrigacional – que é o que legitima o pagamento, 
isto é, a obrigação. 
No momento em que ocorre o pagamento, a relação
“acipiens / solvens”, inverte-se. Posto que, a pessoa que
recebe torna-se devedora da quitação. O devedor é o
solvens por excelência.
Características do objeto do pagamento:
- artigo 313;
- artigo 314;
- artigo 315;
- artigo 316 (ex.: IGPM);
obs.: artigo 317: será estudado no próximo semestre –
Resolução por Onerosidade Excessiva.
- artigo 318.
Condições Subjetivas do Pagamento.
• a. Quem deve Pagar? Artigo 304 e seguintes.
• b. A quem deve pagar? Artigo 308 e seguintes.
• - ao próprio credor;
• - ao representante: legal ou convencional.
• - a terceiro: é possível que o pagamento seja feito a uma 
terceira pessoa que não represente os interesses do 
credor, mas se a quantia não for revertida o credor, este 
terá o direito de cobrar do devedor a quantia pactuada 
(quem paga mal paga duas vezes). 
Pagamento pelo terceiro interessado
O pagamento da dívidacompete ao 
devedor que é o maior interessado. 
Mas, o terceiro interessado é 
equiparado ao devedor, pois tem 
legítimo interesse na solução da 
obrigação. 
Assim, o terceiro interessado tem o 
direito de efetuar o pagamento, 
independentemente da vontade do 
devedor ou do credor. Caso o credor 
não queira receber o pagamento, a lei 
assegura ao terceiro interessado valer-
se de ações judiciais próprias, como a 
consignação em pagamento. 
“Qualquer interessado na extinção 
da dívida pode pagá-la, usando, se 
o credor se opuser, dos meios 
conducentes à exoneração do 
devedor” (CC, Art. 304).
O terceiro é interessado quando o 
descumprimento da obrigação 
pode afetar o seu patrimônio, 
efetiva ou potencialmente, ou seja, 
é aquele que está juridicamente 
vinculado. 
O terceiro interessado é o fiador, o 
avalista, o solidariamente obrigado, 
o herdeiro, etc...
• O terceiro, em razão de ter interesse 
patrimonial na extinção da obrigação e 
direito de pagar, cumpre a obrigação em 
nome próprio e não do sujeito passivo. 
Assim, o terceiro, sub-roga-se, pleno jure, 
nos direitos do credor (CC, Art. 346, III), 
ou seja, são transferidos todos os direitos, 
ações, garantias e privilégios do credor 
primitivo.
Terceiro não interessado: 
“Art. 304 (...)
• Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não 
interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, 
salvo oposição deste”.
• O terceiro não interessado 
é completamente alheio à 
relação obrigacional 
existente entre o devedor 
e o credor. O interesse 
dele (terceiro), portanto, 
não é jurídico, mas outra 
espécie de interesse, 
como o moral, o 
decorrente de amizade.
• O terceiro não interessado paga a dívida 
em nome e por conta do devedor, que, 
neste caso, não tem, em princípio, o 
direito de cobrar o valor que desembolsou 
para solver a dívida, pois não o fez por 
interesse patrimonial. A sua motivação foi 
filantrópica e pode, inclusive, lançar mão 
dos meios conducentes à exoneração do 
devedor.
• Porém, pode ocorrer do 
terceiro não interessado 
ser impedido pelo devedor 
de efetuar o pagamento. E 
para que este pagamento 
seja válido há necessidade 
de que o devedor tenha 
ciência da intenção do 
terceiro e que a ela não se 
oponha. 
• Opondo-se o devedor à 
intenção do terceiro não 
interessado, o credor deve 
ser comunicado para que 
não receba tal pagamento, 
pois estará praticando ato 
contrário à lei e poderá ser 
responsabilizado 
civilmente pelos danos, 
inclusive morais, que o 
devedor sofrer com o ato. 
Neste caso, a oposição do 
devedor não vale como 
proibição, mas retira do 
terceiro a legitimidade para 
consignar. 
• Por outro lado, o credor pode 
aceitar validamente o 
pagamento porque é da sua 
conveniência e não há motivo 
para que a oposição do 
devedor iniba a satisfação do 
seu crédito. Neste caso, ao 
terceiro aplica-se a regra do 
Art. 306. 
• O terceiro não interessado 
paga a dívida em nome próprio, 
tem o direito de reaver o que 
pagou, embora não se sub-
rogue nos direitos do credor. 
• O terceiro não interessado quando efetua o pagamento 
da dívida que não é sua, em nome próprio, demonstra o 
propósito de ajudar o devedor e de obter o reembolso do 
valor desembolsado. 
• O terceiro não interessado que efetua o pagamento em 
nome próprio, necessita da anuência do devedor, pois 
não tem assegurado na lei os mesmos direitos dos 
terceiro interessado e do terceiro não interessado que 
paga em nome e por conta do devedor.
• Por fim, não cabe o 
pagamento da 
obrigação por terceiro 
quando ela tiver por 
objeto uma prestação 
personalíssima. Pois 
o sujeito passivo é 
insubstituível e a 
obrigação só pode ser 
cumprida por ele. 
Credor putativo
• É aquele que parece o credor mas não o é (ex: Ana deve 
a Bruno, mas Bruno morre e deixa um testamento 
nomeando Carlos seu herdeiro, então Ana paga a Carlos, 
mas depois o Juiz anula o testamento, Ana não vai 
precisar pagar novamente pois pagou a um credor 
putativo; Carlos é que vai ter que devolver o dinheiro ao 
verdadeiro herdeiro de Bruno, art. 309).
Obs.: Credor Putativo: 
• Então é válido o pagamento feito a credor 
putativo? 
Sim, desde que obedeça aos seguintes requisitos 
proposto pela doutrina:
• - boa-fé do devedor: boa-fé subjetiva.
• - escusabilidade (perdoável) do erro.
• O mesmo acontece no caso do art. 311, 
pois se considera um representante do 
credor aquele que está com o recibo, 
embora depois se prove que tal accipiens 
furtou o recibo do credor; neste caso o 
devedor não vai pagar outra vez, o credor 
deverá buscar o pagamento do accipiens 
falso. 
Por hoje é só!
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula e 
de fazer os exercícios que estão na webaula.

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