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CCJ0014-WL-C-PP-Aula 10-Isete Evangelista Albuquerque

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Isete Evangelista Albuquerque
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Isete Evangelista Albuquerque
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	De acordo com Gagliano e Pamplona Filho (2010, p. 305), o inadimplemento absoluto é:
	[...] aquele que impossibilita o credor de receber a prestação devida [...], seja de maneira total, seja parcialmente [...], convertendo-se a obrigação, na falta de tutela jurídica específica, em obrigação de indenizar.
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 		É aquele que ocorre em duas situações:
*Impossibilidade de cumprimento ou recebimento da prestação devida.
	Ex.: compra de um veículo que deveria ser entregue hoje. Ocorre que, no percurso da entrega, o carro colidiu em outro, ocasionando a perda total. 
* Inutilidade da prestação por perda do interesse do credor.
	Ex. vestido da noiva entregue somente após o casamento.
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 Gagliano e Pamplona Filho (2010, p. 303) destaca que:
	Se o descumprimento decorreu de desídia, negligência ou, mais gravemente, por dolo do devedor, estaremos diante de uma situação de inadimplemento culposo no cumprimento da obrigação, que determinará o consequente dever de indenizar a parte prejudicada. Por outro lado, se a inexecução obrigacional derivou de fato não imputável ao devedor, enquadrável na categoria de caso fortuito ou força maior, configurar-se-á o inadimplemento fortuito da obrigação, sem consequências indenizatórias para qualquer das partes.
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 # Classificação quanto à responsabilidade:
A) INADIMPLEMENTO FORTUITO → é aquele não resultante de ação dolosa ou culposa do devedor. Não há culpa do devedor. 
É sinônimo de inadimplemento não culposo.
Previsão legal: art. 393 do CC. 
Efeito: não gera, em princípio, a obrigação de reparar o dano, SALVO se o devedor expressamente houver assumido a obrigação de indenizar, mesmo diante de inadimplemento fortuito.
 
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 B) INADIMPLEMENTO CULPOSO OU IMPUTÁVEL → é o resultante de ato culposo do devedor, impondo-se a ele o dever de indenizar a parte prejudicada. Há culpa do devedor.
Previsão legal: art. 389 do CC. 
Efeito: gera a obrigação de reparar o dano. 
O devedor que culposamente não cumprir a obrigação responderá por perdas e danos, juros, atualização monetária e honorários advocatícios.
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Isete Evangelista Albuquerque
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 O retardamento culposo no cumprimento de obrigação ainda realizável caracteriza a mora, que pode ser do devedor (mora solvendi) ou do credor (mora accipiendi).
Previsão legal: art. 394 e ss. do CC.
Possibilidade e utilidade do cumprimento tardio da prestação, apesar da inobservância do tempo, modo e lugar convencionados: a prestação ainda é possível de ser cumprida e ainda há interesse do credor no cumprimento (é útil ao credor), sem prejuízo de exigir uma compensação pelo atraso.
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Mora do devedor 
(debendi, debitoris ou solvendi):
	Ocorre quando o devedor retarda culposamente o cumprimento da obrigação.
	O devedor somente responde pelo seu atraso se restar comprovado que agiu com culpa. 
A responsabilidade do devedor depende da análise da culpa em sentido amplo – negligência, imprudência, imperícia, e dolo.
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Requisitos da mora do devedor:
	* Existência de dívida líquida (certa e determinada) e vencida.
		Um devedor da quantia de R$100,00 a ser cumprida no dia 10 deste mês; chegado o vencimento e não paga, incorrerá em mora.
		Dívida vencida torna-se exigível, de modo que o retardamento culposo caracteriza a mora.
	* Culpa do devedor. – art. 396 do CC.	
		Se o devedor provar que foi por caso fortuito ou força maior, exclui-se a mora do devedor.
	* Viabilidade do cumprimento tardio.
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Espécies da mora do devedor:
* Mora ex re (ou de pleno direito):
		É aquela em que o fato que a ocasiona está previsto objetivamente na lei.
		A mora é automática. Ocorrido o fato, configurada a mora. Ex.: obrigação com vencimento certo. Arts. 397 e 398 do CC.
* Mora ex persona (ou de por ato da parte):
		É aquela que depende de providência por parte do credor para que se caracterize a mora do devedor. 
		Art. 219 do CC: trata-se das obrigações perfeitas, em que, por não haver vencimento, a mora depende de notificação. 
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Mora do credor
(credendi, creditoris ou mora accipiendi):
	Ocorre quando o credor recusa-se a receber a prestação no tempo, lugar e forma convencionados. 
Não se analisa se o credor teve ou não culpa pelo atraso. Simplesmente deve ser provado o próprio atraso.
O ônus da prova da mora do credor é do devedor.
Previsão legal: art. 400 do CC.
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Requisitos da mora do credor:
	* Existência de dívida líquida (certa e determinada) e vencida.
	* Estado de solvabilidade do devedor.
 	* Oferta real e regular da prestação devida pelo devedor; e
	* Recusa injustificada, expressa ou tácita, em receber o pagamento pelo credor.
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	Os efeitos estão no art. 400 do CC.
Afasta do devedor isento de dolo a responsabilidade pela conservação da coisa.
Ex.: o devedor foi devolver o carro emprestado, e o credor estando em mora de receber, poderá o devedor proceder ao depósito judicial à custa do credor em mora. 
Devedor isento de dolo: o devedor somente terá responsabilidade civil se tiver agido com dolo. Ex.: devedor dolosamente abandonar o carro em via pública, a sua responsabilidade permanece.
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Obriga o credor a indenizar o devedor pelas despesas na conservação da coisa recusada. 
Ex.: se o devedor permanecer com o carro e fizer despesas, fará jus ao ressarcimento.
Obriga o credor a receber a coisa pelo preço mais favorável ao devedor. 
Se fosse possível pagar o preço mais favorável ao credor, estar-se-ia incentivando o inadimplemento contratual.
Ex.: se o devedor se obriga a transferir um carro num valor de R$40.000,00 em 10 de maio, e o credor causa o retardamento do recebimento, efetivando-se 10 dias após o convencionado, arcará o credor pelo pagamento de maior valor se o valor oscilar.
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Mora simultânea:
	É aquela em que ambas as partes (credor e devedor) estão em atraso na obrigação.	
	Para Maria Helena Diniz e Silvio Venosa, a mora de um anula a mora de outro. Assim, ninguém responderá pela mora de outro.
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 É a atitude voluntária da parte que tem por finalidade afastar ou neutralizar os efeitos decorrentes do atraso (do descumprimento da obrigação), ofertando a coisa devida (purgação do devedor) ou aceitando-a (purgação do credor).
		
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 A) Art. 401, I, do CC: 
	Em caso de mora do devedor, purga-se a mora por meio da oferta de: 
Prestação + juros de mora + correção monetária + multa, cláusula penal (se houver) + honorários advocatícios.
Mas, e se o atraso do devedor acarretar outros prejuízos ao credor?
Se o atraso ocasionou danos emergentes e lucros cessantes, ou seja, se gerou perdas e danos, também haverá a obrigação de repará-los para purgar a mora. Então, tem que ser um valor suficiente para purgar a mora.
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B) Art. 401, II, do CTN: 
		Em caso de mora do credor, purga-se a mora se:
O credor se oferecer a receber a prestação, sujeitando-se aos efeitos do art. 400 do CC decorrentes de sua mora, indenizando o devedor por todos os prejuízos que este tenha sofrido por conta do seu atraso.
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Incluem os danos emergentes e os lucros cessantes, conforme art. 402 do CC.
Dano emergente é o prejuízo causado à vítima, aquilo que efetivamente perdeu. Este dano acarreta a diminuição do patrimônio da vítima.
Lucro cessante é o que a pessoa razoavelmente deixou de lucrar. Há a certeza do ganho, mas não da quantia deste ganho (critério da razoabilidade). É exatamente o que deixou de acrescer ao patrimônio lesado. 
	
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Incluem os danos materiais (ou patrimoniais – descumprimento contratual) e os danos morais (extrapatrimoniais – violação da lei/ofensa a direitos da personalidade).
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 Trata-se dos juros moratórios.
 São os juros com caráter indenizatório pelo retardamento no cumprimento da obrigação.Caráter punitivo.
 Não se confundem com os juros remuneratórios/compensatórios – remuneração de capital emprestado.
Convenção de juros moratórios de até 12% ao ano ou, na falta de convencao, aplicação da taxa Selic (STJ).
 
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 É a obrigação acessória que incide caso uma das partes deixe de cumprir a obrigação principal. Ex.: fixação do pagamento de multa de 10% caso o aluguel não seja pago em dia.
É uma pena pecuniária decorrente da convenção entre as partes - “pena convencional”. 
Finalidades: 
Meio de coerção para incentivar o cumprimento fiel da obrigação, e
Prefixação de perdas e danos, independentemente de prova da existência de dano. 
 
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 Características da cláusula penal: 
Acessoriedade (art. 409 do CC); 
Condicionalidade (art. 408 do CC);
Compulsoriedade e subsidiariedade (arts. 410 e 411 do CC);
Ressarcibilidade por constituir prévia liquidação das perdas e danos (art. 412 do CC), e
Imutabilidade relativa (art. 413 do CC).
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 Espécies de cláusula penal:
Compensatória: é a estipulada em caso de inadimplemento total da obrigação. O credor só pode exigi-la, já que a prestação não pode mais ser cumprida.
Moratória ou compulsória: é a estipulada para evitar o retardamento culposo no cumprimento da obrigação ou para dar segurança especial a uma cláusula determinada. Neste caso, o credor pode exigir a prestação ainda realizável e a obrigação acessória.
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 Efeitos da cláusula penal:
a) a sua exigibilidade independe da alegação de prejuízo, bastando o inadimplemento;
b) o credor pode optar pela execução da prestação ao invés da pena, salvo se houver impossibilidade: art. 411 do CC.
c) aplicação do art. 414, parágrafo único, do CC no caso de pluralidade de devedores
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 É o bem entregue por um dos contratantes ao outro, como confirmação do contrato e princípio de pagamento, que só se aperfeiçoa com a entrega do dinheiro ou da coisa).
 Espécies:
Confirmatórias: são as utilizadas para confirmar o negócio jurídico. Servem de prefixação de perdas e danos. Se quem as pagar desistir, ficará sem elas. Se quem as receber desistir, devolvê-las-á em dobro. Cabe indenização suplementar.
Penitencias: também servem de prefixação de perdas e danos. Não cabe pedido de indenização suplementar.
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