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Aulas Direito Constitucional I 2ª prova

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Fernanda Kraychete – 2016.2
PODER CONSTITUINTE:
Processo de criação das constituições.
Emanuel Sieyès – obra fundamental, primeiro autor a destacar e fundamentar a dicotomia entre o Poder constituinte e os poderes constituídos. Separou dois momentos políticos: criação da constituição e modificação da constituição.
Breve história do autor: Sieyès vive em um momento próximo da Revolução Francesa (final do século XVIII), os votos não aconteciam por pessoa, mas sim por estados (1º - clero, 2º - nobreza e *3º estado – burguesia e o povo, cada estado correspondia a uma força política). Escreve um panfleto falando sobre o 3º estado, chamado de “O que o 3º estado? ” “O 3º estado é tudo, mas até o presente momento, tem sido nada. E pretende ser alguma coisa. “ 
O terceiro estado era tudo porque desempenhava todas as tarefas necessárias à vida de uma comunidade, reunindo todas as condições para constituir uma nação. Apesar disso, era nada, porque não contava com privilégios, haja vista que o clero e a nobreza, que nada faziam, concentravam os privilégios e usurpavam os direitos do povo. Assim, reagindo a essa situação, o Terceiro Estado apresentou uma pauta de reivindicações.
- Sieyès vai construir algumas ferramentas para tornar isso real: (I) nova constituição deveria partir do poder constituinte (momento de criação); a (II) nação francesa é titular desse poder constituinte, é a fonte que legitima esse poder. Mas não consegue fazer essa tarefa sozinha, precisa de (III) representantes extraordinários. 
ATUALMENTE: 
(I) PCO X PCD: duas categorias de poder constituinte. 
PCO – Poder Constituinte Originário. Cria uma nova constituição. 
PCD – Poder Constituinte Derivado. Atua dentro de uma ordem constitucional já criada. 
(II) Nação trocada pela palavra POVO. Todo poder emana do povo. (Art. 1º, parágrafo único). O poder tem como razão de sua legitimidade, o povo. 
(III) Representantes = parlamentar constituinte. Está voltado para a criação de uma nova constituição. 
LIVRO – poder constituinte é a expressão maior da vontade de um povo ou grupo destinada a estabelecer os fundamentos de organização de sua própria comunidade. É um poder político fundamental e supremo capaz de criar as normas constitucionais, organizando o Estado, delimitando seus poderes e fixando-lhes a competência e limites. 
Poder Constituinte Originário: Cria uma nova constituição e consequentemente uma nova ordem política. Mais importante que o derivado. 
Características:
Inicial – inaugura uma nova ordem jurídica. Atual ordem jurídica brasileira foi inaugurada dia 05/10/1988. 
EX: lei da anistia – 1979, reinterpretação da lei à luz da constituição, para ver se é conservada ou não. STF preserva a lei, por ser um acordo político de transição. 
EX: código penal, de 1940, art. 121 se adequa à constituição. 
Ilimitado - poder que não possui restrições no seu exercício, é soberano e não sofre qualquer limitação prévia do direito, exatamente pelo fato de que a este preexiste.
Incondicionado – poder que não possui restrições no seu exercício, não se sujeita a nenhum processo ou procedimento prefixado para a sua manifestação. 
Autônomo – poder que não possui restrições no seu exercício, só ao seu exercente cabe fixar os termos em que a nova Constituição será estabelecida e qual o Direito deverá ser implantado. 
*Na visão predominante, a constituição pode falar o que ela quiser falar, fazer o que quiser fazer. SOBERANIA.
Titularidade X Exercício do poder constituinte: 
Titularidade é a fonte que legitima o poder constituinte. Vínculo de confiança entre o titular e quem exerce. O titular do poder constituinte é o POVO (artigo 1º, parágrafo único. “Todo poder emana do povo” e preâmbulo da constituição). 
Exercício é daqueles que na prática vão desempenhar o poder. O exercício pode acontecer de algumas formas, as mais comuns são: 
Por meio de uma outorga (resultado na prática é uma constituição imposta, de cima para baixo, vontade unilateral do exercício do poder); 
Por meio de uma convenção (exercício democrático do poder constituinte, ANC – assembleia nacional constituinte, um grupo de porta-vozes para a criação da constituição). 
Poder constituinte Derivado: atua em uma ordem política já construída. Poder jurídico que tem por finalidade ou a reforma da obra constitucional ou a instituição de coletividades. Deriva da Constituição, é limitado e condicionado a ela. 
Características (extremo oposto ao poder constituinte originário) – poder de natureza secundária, limitado, condicionado e heterônoma.
Dividido em PCD reformador e PCD decorrente:
PCD REFORMADOR – pensado para modificar a Constituição Federal, trazer algum tipo de atualização. 93 emendas constitucionais. 
Exercício de emendas constitucionais (pensada para mudanças específicas em relação ao texto constitucional – art. 60 CF,) e revisão constitucionais (mudança de conjunto – art. 3º ADCT – uma apenas, dentro de 5 anos da promulgação da Constituição, em 1993. Maioria absoluta). 
Resultado prático da revisão de 1993 – 6 ECR’s, emenda constitucional de revisão. Mudanças não foram substanciais. 
OBS: previa uma revisão dentro de 5 anos, mas não há revisões periódicas. Não há base para fazer uma constituinte específica para revisão. As emendas sobraram para essa função. 
OBS** – PEC 241 sobre o novo regime fiscal pode virar EMENDA
Titularidade - continua repousando na figura do povo, não varia a titularidade. 
Exercício – para criar uma emenda constitucional é preciso ser aprovado pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado). O instrumento de legitimidade é o voto. A revisão constitucional já aconteceu, em 1993, em sessão unicameral, com maioria absoluta do Congresso nacional. 
PCD DECORRENTE – criar, modificar as constituições estaduais. 
*Federação – cada estado tem autonomia para ter sua própria constituição. 
Exemplo: Constituição da Bahia - 2 de julho como data magna estadual. 
Titularidade – não se altera, continua na figura do povo.
Exercício – órgão legislativo dos estados (Assembleia Legislativa – deputados estaduais. Art. 11 do ADCT). 
LIMITES DO PODER CONSTITUINTE: 
Poder Constituinte Originário – visão positivista: primeiro vêm a manifestação do fato social (criação da constituição), e depois seriam criadas as leis. 
Doutrina acredita que o PCO tem um poder de fato, ilimitado. Entretanto, alguns autores acreditam que existem algumas restrições, como os tratados internacionais (ordem internacional seria mais consolidada que as ordens nacionais) e o princípio do retrocesso social (caminhada evolutiva, progressivamente garantir os direitos fundamentais, e não retroceder, sendo impossível retroceder à escravidão, ou aos direitos das mulheres). 
*Para Gomes Canotilho, esse poder sofre limitações em face de certos princípios de justiça e aos princípios de direito internacional, quais sejam princípio da independência, princípio da autodeterminação e o princípio da observância dos direitos humanos. 
Doutrina brasileira – majoritariamente acredita que o poder constituinte é ilimitado, mas algumas doutrinas acreditam que existem restrições (tratados internacionais e princípio de retrocesso social). 
Poder Constituinte Derivado REFORMADOR:
LIMITES EXPRESSOS – limites ao poder reformador os quais a própria constituição menciona. Separados em:
Temporais – haveria um intervalo de tempo dentro do qual não seria possível a mudança constitucional. Constituição brasileira não traz essa categoria. 
Ex: CF 1824, não se pode alterar a constituição no limite de 4 anos. 
OBS: Alguns autores defendem um outro sentido para o limite temporal, que a revisão constitucional seria um limite expresso temporal (depois de 5 anos). Mas não é a doutrina majoritária. 
Circunstanciais – existem algumas situações de tamanha instabilidade constitucional que a constituição impede a sua própria mudança. São essas situações: 
- Intervenção Federal (IF): suspenção temporária da autonomia política de um ente da federação, Art. 34-36, 7 casos- Estado de Defesa (ID) e Estado de Sítio (IS), os dois são encontrados nos artigos 136-141, ambos traduzem situações em que são toleradas restrições à direitos fundamentais em nome da preservação do próprio Estado. EX: direito de reunião. 
*O Estado de Sítio é o mais rigoroso. Nele, é necessária a prévia autorização do Congresso, diferentemente do Estado de Defesa, que primeiro é decretado o Estado e depois há a autorização do Congresso. 
Formais – caminho de uma PEC para uma EC. Regras do processo legislativo de criação das Emendas Constitucionais. ETAPAS: 
I – Iniciativa: apresentada a proposta de emenda (PEC). Quem pode? Art. 60. 
**Um terço, no mínimo dos membros da câmara (171) ou do senado (27), o presidente da República, mais da metade das assembleias legislativas das unidades da federação, com maioria relativa dos seus membros (pelo menos 14 assembleias, cada uma delas com maioria relativa de seus membros)
II – Constitutiva: deliberação (discussão, votação) – quórum necessário para aprovar uma PEC: três quintos, no mínimo, dos membros da câmara e do senado, dois turnos em cada casa (308). OBS: se ligar na fração. (2/3 > 3/5). 
*OBS: § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (período anual). 
*OBS: As emendas não passam por sanção ou veto presidencial, como os projetos de lei. 
III – Complementar: promulgação e publicação de uma nova emenda. Promulgação é o certificado de nascimento da nova emenda, reconhecimento da regularidade do processo legislativo. 
Publicação é a divulgação da promulgação, divulgada em repositórios oficiais (diários oficiais) a nova emenda que acaba de ser aprovada.
Mesas (órgão de direção) da câmara e do senado fazem a promulgação e publicação. 
	1ª fase - art. 60
	2ª fase – art. 60 §2º
	3ª fase – art. 60 §3º
	1/3 dos deputados federais;
	Câmara dos Deputados:
	Promulgada pelas mesas:
	1/3 dos senadores;
	1º turno - 3/5; 2º turno - 3/5
	Câmara dos Deputados;
	Presidente da república;
	Senado Federal:
	Senado Federal.
	Mais de 1/2 das assembleias legislativas da Federação.
	1º turno - 3/5; 2º turno - 3/5
	
Materiais – CF88 protege alguns conteúdos. O nosso poder originário concedeu alguns conteúdos importantes e resolveu blindá-los (protegidos em sua essência). 
*Cláusulas pétreas – limite material explícito ao exercício do poder constituinte derivado reformador. Art. 60 §4. São proibidas as emendas tendentes a abolir: 
I) Forma federativa de Estado: respeitar a autonomia política dos entes que integram a federação: união, estados e municípios e distrito federal. 
II) Voto direto, secreto, universal e periódico: escolha sem intermediários, proteção da privacidade e liberdade da escolha, evitar a discriminação, alternância no exercício do voto, reiteração (princípio republicano, temporariedade dos mandatos) 
III) Separação dos poderes: tripartição de poderes (legislativo, executivo e judiciário). Separação de funções* Todos os poderes exercem ao mesmo tempo diversas funções, podendo ser típicas ou atípicas. A função típica é a principal e a atípica é a secundária ou acessória. 
EX: Impeachment – senado cumpre função atípica de julgamento do impeachment.
IV) Os direitos e as garantias individuais: apesar de expressamente trazer a expressão direitos individuais, que é uma espécie de direitos fundamentais, há o entendimento que todos os direitos fundamentais são cláusulas pétreas.
LIMITES IMPLÍCITOS – doutrina estabelece/sistematiza (*1954, livro O poder de reforma constitucional, professor Nelson Sampaio) e a jurisprudência endossa e acompanha. Limites ao poder reformador, jamais poderá dispor daquilo que não lhe pertence. O plano do originário está hierarquicamente acima do reformador. 
A lógica nos ajudaria a entender que 4 categorias que, mesmo sem previsão expressa constitucional, limitariam o poder de reforma, o reformador não pode mudar:
I) Normas relativas ao titular do PCO: o titular é o povo, não podendo o poder originário, alterá-lo. 
II) Normas relativas ao titular do PCD: não pode alterar o titular do poder, que também é o povo.
III) Normas relacionadas ao processo de mudança: a mudança constitucional já ocorreu 93 vezes + 6 emendas de revisão. É impossível alterar o processo de mudança, pois seria uma violação do próprio poder constituinte originário. Apenas seria possível se essa alteração fosse para torná-lo mais difícil. 
IV) Direitos e garantias fundamentais: assegurar direitos e garantias fundamentais deve se impor em todas as constituições, mesmo que não haja clausula pétrea. Ressalva, possibilidade de mexer nos direitos e garantias fundamentais desde que seja para amplia-los. 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE: 
Limites: 
PRINCÍPIO DA SIMETRIA – Art. 25. Cada estado deve observar os princípios da constituição federal. O princípio da simetria está diretamente ligado à obrigatoriedade, que os modelos previstos da CF devem ser repetidos em alguns assuntos pelas Constituições estaduais, repetição de alguns temas da CF e adaptação nas constituições estaduais. Conhecido como “mutatis mutandis”. Há outros temas que são franqueados para a autonomia política do estado. 
EX: CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, criada no Congresso Nacional. É possível criar uma CPI na Bahia, porém não no Congresso Nacional, mas na Assembleia Legislativa (repetição e adaptação da CF para a Constituição Estadual). 
 “PRINCÍPIOS SENSÍVEIS” – são tão importantes que, caso sejam desrespeitados, vão gerar a sanção de Intervenção Federal (suprimir temporariamente a sua autonomia política). Autor responsável pela criação da expressão “princípios sensíveis” – Francisco Cavalcante Pontes de Miranda. 
Art. 34, inciso XII: assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais – a) a forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta ou indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
PODER CONSTITUINTE DIFUSO 
Autor George Burdeau 
As mudanças na constituição surgem dos órgãos oficiais e da sociedade (a própria sociedade interpreta a constituição). Há um poder disseminado, fragmentado de interpretação da constituição. 
Participação indireta da sociedade: Mudança no sentido da constituição (procedimentos informais da mudança da constituição, não há mudança de texto). 
Exemplos: Mutação constitucional
- Casa é asilo inviolável – art. 5º, inc. XI: Residência e local de trabalho. 
- Casamento – art. 226 §3º: União homoafetiva. 
- Presunção de inocência – art. 5º, inc. LVII: trânsito em julgado, STF supera seu precedente em 2016 **
 A sociedade aberta de interprete da constituição – Peter Haberle 
Participação direta da sociedade: lei 9868/99 – lei que regula a ação direta de inconstitucionalidade (ADI). 
- “AMICUS CURIAE” (amigo da corte): órgão ou entidade que tenha representatividade pedem ao STF para que possam atuar como “amicus curiae” no procedimento de uma ação direta de inconstitucionalidade, já que tem interesse no julgamento (desejando interferir diretamente no julgamento, informações, etc.). 
 Benefícios – sustentação oral (direito de falar perante o supremo, expondo sua tese) e memoriais (juntar um parecer sobre a sua tese no processo). 
- AUDIÊNCIAS PÚBLICAS: supremo quem convoca a audiência pública por meio da publicação de edital eletrônico. Busca pessoas que tenham experiência e autoridade no tema da audiência. 
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL: 
Visão tradicional: 
Estado é o fenômeno político por excelência – Maquiavel (O príncipe) 
Estado - Povo, território e soberania (soberania tem caráter absoluto e perpétuo doestado - Jean Bodin).
Constituição – lei mais central de uma sociedade, final do sec. 18 (revolução Francesa e independência americana)
Visão de integração regional (internacional): Convive com a primeira visão
Art. 4º Parágrafo único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. (MERCOSUL)
Estados – pluralidade de estados.
Estados concordam em se submeter à esfera internacional. EX: Tribunal Penal Internacional, art. 5º §4º. Tribunal construído numa dimensão global para julgar crimes contra a humanidade, pode ser sujeito à pena de prisão perpétua. 
Constituições começam a conviver com os tratados ou acordos internacionais. Constituição única no futuro? Constituição europeia. 
OBS: Corte interamericana de direitos humanos (Corte IDH)
LEGISLAÇÃO ANTERIOR E NOVA CONSTITUIÇÃO (lei anterior à constituição atual)
Sempre que uma lei antiga (anterior) for comparada à nova constituição, ela pode ser:
Compatível: será recepcionada. Ex: art. 121 CP – “matar alguém” pela CF88. 
Incompatível: não recepção ou revogação. Ex: lei de imprensa (ditadura militar) – não foi recepcionada, pois não respeita os valores trazidos pela constituição de 1988. 
Em caso de dúvida, recorre ao poder judiciário. 
 	
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
Autor Carlos Maximiliano 
Conceitos:
Hermenêutica – “Teoria científica da arte de interpretar” 
Teoria que tem um objeto central da sua própria análise (interpretação). Organiza a interpretação, preocupação sistemática sobre um objeto. Conjunto sistematizado de conhecimentos voltados para um objeto. 
Interpretação – “atividade de descoberta do sentido e do alcance de enunciados”. Diferenciação entre texto e norma, texto é o material a ser interpretado e a partir de um texto, é um símbolo, há uma construção de significados. A norma é o produto da interpretação de um ou mais textos. 
EX: modais deônticos – permitem três categorias: o que é proibido, o que é permitido e o que é obrigado. Três ferramentas para que seja possível estruturar as normas: 
- Proibido: art. 121 CP – “matar alguém”
- Permitido: art. 136 CC, inc. I, alínea a – em estado de defesa, permitida a restrição ao direito de reunião.
- Obrigado: pagamento do imposto de renda. 
Espécies de norma – Robert Alexy 
	NORMA REGRA
	NORMA PRINCÍPIO
	Regida pelo dever definitivo
	Regida pelo dever prima face
	Efeitos definitivos e indiscutíveis- “tudo ou nada”
Ex. maioridade aos 18 anos
	“Efeitos de “prima face”, “À primeira vista”, “Conteúdo deve ser realizado na maior medida do possível”, “Mandamentos de otimização”
Ex. Liberdade de expressão 
	Em caso de conflitos
- Em caso de antinomia para qual saber qual norma deve ser utilizada se utilizam algumas regras (critério hierárquico, cronológico e de especialidade)
ou
- Uma regra precisa se tornar uma cláusula de exceção da outra.
	Em caso de conflito
- Ponderação de princípios. Em um caso concreto, um terá primazia em relação a outro.
Ex: pessoa com mais de 70 anos, necessariamente se casa no regime de separação absoluta de bens. Lei invade a autonomia privada? Proteção da propriedade X proteção da autonomia 
	O conflito entre regras se resolvem em uma dimensão de validez
	No conflito entre normas princípios cabe ao interprete ponderar os princípios, uma vez que não tem dimensão de validez, mas sim dimensão de peso 
Aplicação – “concretização da interpretação”, aplicação se subordina à LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), alteração do nome da Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) para LINDB. 
LINDB – como deve acontecer a aplicação do direito pelo juiz (artigo 5º)
Fins sociais da lei: objetivos da lei, metas que a lei quis alcançar (linha social). 
Ex: lei maria da penha, aplicação da lei para um homem vítima de violência de uma mulher. Reinterpretação
Exigências do bem comum: sensibilidade por parte do magistrado com relação à sociedade. 
Ex: Presunção de inocência – mudança de entendimento do supremo no tocante à presunção de inocência. Reinterpretação por uma exigência social. 
Lei como fonte principal – modelo de Civil Law aplicado no Brasil, porém, vem se modificando sensivelmente, não é um modelo puro, com interferência da jurisprudência. 
Quando a lei for omissa, cabe ao juiz recorrer: (artigo 4º LINDB)
Analogia: raciocínio por semelhança, adaptação, transposição.
Ex: greve do servidor público, mandado de injunção. Analogia do setor privado.
Costumes: práticas reiteradas.
Ex: cheque pré-datado 
Princípios gerais do direito: diretrizes para a boa aplicação do direito.
Ex: princípio da boa-fé, bons comportamentos guiam a boa aplicação jurídica (parâmetro para o juiz). 
Instrumentos práticos – MÉTODOS CLÁSSICOS para a boa interpretação do direito: 
- Autor: Savigny – 1840. Constrói quatro métodos clássicos para interpretação
1) Método gramatical: também chamado de literal ou filológico. Deve-se haver um grande cuidado com o significado das palavras contidas na lei (ferramenta de ponto de partida e limite de interpretação).
Ex: idade mínima de 30 anos para governador – não tem discussão. 
2) Método lógico-sistemático: preocupação com o próprio conjunto normativo a ser interpretado.
Ex: artigo 60, §4, inciso IV – preocupação com a cláusula pétrea: direitos e garantias individuais se estende aos direitos e garantias fundamentais em geral. 
3) Método histórico: atenção ao contexto histórico da construção da lei. Busca de atas parlamentares, anais parlamentares e entrevistas, pesquisas sobre a intenção do legislador na construção da lei. “Voluntas legislatoris”
Ex: Caso Ellwanger, um dos argumentos foi de que, no momento da criação do crime de racismo, o legislador pensou no contexto histórico brasileiro, de descriminação dos negros. Extensão da interpretação de racismo. 
4) Método teleológico: finalidade da própria lei. “Voluntas legis”. O que a lei em si quis fazer, independentemente da vontade do legislador.
Ex: Lei Maria da Penha protege a mulher transexual, mulher biologicamente e orientação psicológica. 
- Poliamor em cartório. 	
INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
PECULIARIDADES: 
Supremacia da constituição: patamar hierarquicamente privilegiado. Topo da pirâmide normativa. 
Caráter político mais acentuado: toda norma tem um caráter político (fruto de um debate parlamentar), mas os debates políticos constitucionais são mais acentuados). 
Ex: debate sobre república X monarquia e presidencialismo X parlamentarismo. 
Linguagem constitucional: termos mais abstratos (genérica, imprecisa) do que outras linguagens jurídicas. Propensa a debates políticos 
Ex: art. 5º igualdade: material X formal – formal (simplesmente de forma idêntica). Material (tratar desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade). 
NOVOS MÉTODOS (não excluem os clássicos, passando a conceder a constituição como um conjunto de normas que precisam evoluir em conjunto com a sociedade)
Concretizador: Gadamer. É preciso atentar para dois elementos na hermenêutica:
Pré-compreensão: compreensão do papel do intérprete, inclinações e opções no processo de interpretação. 
Círculo hermenêutico: interação recíproca entre o sujeito e objeto (sujeito também muda a partir da interpretação que faz do objeto). Preocupação com a “bagagem” que leva para a interpretação.
Obs. A interpretação está limitada e se inicia pelo texto. 
Tópico-problemático: Viehweg. 
Valorização do “TOPOI”: Ferramenta de raciocínio, premissas de argumentação. Ex: lei, constituição, costumes, princípios, valores. Interprete deve partir das premissas de argumentação. 
Problema concreto é a peça central no processo de interpretação: várias premissas que são invocadas para a interpretação de um caso concreto. Levantamento de um leque de argumentos para resolver o problema. 
Normativo-estruturante: Müller. 
Programa normativo:conteúdo que algum texto vai trazer no processo de interpretação (enunciado). 
Âmbito normativo: contexto que circunda o próprio texto (sociedade, época, valores, etc.
*O método também é concretista, a diferença é que a norma a ser concretizada não está inteiramente no texto, pois com este não se identifica. Ela é a confluência entre o texto e a realidade. Daí a razão que o interprete deve considerar os dados resultantes do texto e da realidade. 
Científico-espiritual: Smend. Cabe ao interprete estar preocupado com a integração política e social daquilo que se interpreta. 
*deve o interprete levar em consideração o sistema de valores que é subjacente ao texto constitucional e a realidade concreta da vida, tendo sempre presente a ideia de que a constituição é norma, mas também realidade, que é sempre mutável, devendo o intérprete-aplicador captar essa mudança de sentido. 
PRINCÍPIOS: Konrad Hesse – Gomes Canotilho *autor alemão, não toda a Alemanha
Supremacia da constituição: importância. Pirâmide de Kelsen. A partir da rigidez tem a supremacia constitucional como consequência. “Controle de constitucionalidade”. 
Presunção de constitucionalidade: princípio de interpretação e de controle. Quando uma lei surge no Brasil presume-se que ela respeita a constituição. A inconstitucionalidade é exceção.
É, porém, um princípio relativo, podendo ser afastado quando resultar inequívoca a desconformidade da norma legal com a constituição. Cumprindo ao juiz ou tribunal declarar a inconstitucionalidade da norma viciada, bloqueando a sua eficácia. A lei nasce presumidamente constitucional (relativa), mas pode ser provado o contrário. “JURIS TANTUM”. 
Interpretação conforme a constituição: Princípio de interpretação e de controle. Pluralidade de interpretações, STF escolhe a interpretação que a norma terá constitucionalidade. Expressão “desde que” interpretado da forma escolhida pelo STF. 
Ex: aborto de feto anencefálo – Código Penal; interpretação conforme a constituição, não há propriamente aborto (encerramento de uma vida que tem potencial). Prática permitida. 
Lei 9868/99 – Ação Direta de Inconstitucionalidade. Art. 28; parágrafo único – Consagra a interpretação conforme com efeito vinculante (eficácia obrigatória). 
Unidade da constituição: esforço em prol da harmonia da constituição. 
Teoria da norma constitucional inconstitucional: construída na Alemanha em 1951, Otto Bichof. Defesa que dentro da constituição existiria normas inconstitucionais. Não se confunde com a legislação ou emendas inconstitucionais (pensamento vertical). 
Supremo, mesmo sendo contraditórias as normas constitucionais devem conviver em harmonia. 
Ex: artigo 5º comparado ao artigo 14 e ao 45 (quantidade mínima (8) e máxima (70) de deputados federais). Colisão entre o princípio de igualdade, o voto com valor igual para todos e a regra do artigo 45. STF diz que o pedido é juridicamente impossível no Brasil, pois não é possível declarar a inconstitucionalidade, invocando o princípio da unidade da constituição, é papel do intérprete harmonizar. O supremo não é fiscal do poder constituinte originário. 
Máxima efetividade: o intérprete deve extrair a maior eficácia possível dos dispositivos constitucionais a serem interpretados. Crítica – Virgílio Afonso, princípio se aplica a todos as áreas do direito, não apenas a constituição. 
Efeito integrador: harmonia das normas constitucionais. Consequência do princípio da unidade. 
Força normativa: Hesse em seu livro “Força normativa da constituição”. Crítica à Lassale, concepção sociológica de constituição (ideia de que importava a sociedade e não a normatividade). Importância da sociedade não é negada, mas a normatividade também é importante, e deve acompanhada com a vontade de constituição (tornar efetiva a norma constitucional). Relação direta com a máxima efetividade. 
Concordância prática: bens e valores constitucionais em conflito, com uma inspiração na unidade, é preciso ponderar esse conflito. No caso concreto, qual prevalece. 
Ex: proibição da crueldade contra animais x manifestações culturais. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Lei 9868/99
Reunião de mecanismos voltados para a proteção da constituição
Pressupostos:
Rigidez constitucional: não se confunde com imutabilidade. Seu processo de mudança é mais rigoroso (mais solene) que o processo de mudança de outras leis (3/5 da Câmara e do Senado, em dois turnos). 
*Nem sempre a supremacia decorre da rigidez constitucional. Por exemplo, na Inglaterra não há constituição escrita, mas há supremacia.
Supremacia constitucional: princípio da supremacia da constituição (pirâmide de Kelsen).
 
Inconstitucionalidade: relação de incompatibilidade normativa. 
Espécies: 
Ação X Omissão: a inconstitucionalidade por ação é a criação de uma lei ou ato normativo que seja contrário à CF, Ex: lei municipal que proíbe o UBER, que fere a repartição de competências (quem cria as leis para esse assunto é a união, segundo à constituição). 
A inconstitucionalidade por omissão ocorre quando há uma promessa de criação de uma lei e não é criada. Ex: greve dos servidores públicos. 
Total X Parcial: Critério que classifica a inconstitucionalidade quanto a sua extensão. A inconstitucionalidade total é a situação mais gravosa, nada é aproveitado (toda a lei está irregular). Ex: se um deputado federal apresenta um projeto de lei que não tem competência de apresentar, toda a lei está “contaminada”. Na inconstitucionalidade parcial, pode-se aproveitar algum artigo ou inciso. 
Formal X Material: inconstitucionalidade formal é um vício no procedimento (alguma etapa no procedimento foi desrespeitada). Ex: apresentação de uma proposta de emenda constitucional por um professor, artigo 60. Ex2: O presidente da república não pode sancionar uma proposta de emenda constitucional, apenas propostas de lei. 
A inconstitucionalidade material diz respeito ao conteúdo da lei ou ato normativo. Ex: inconstitucionalidade da pena de morte; artigo 60. Ex2: regime de concentração de poder (abolição dos três poderes), artigo 60 §4º, inciso III. Ex3: voto pode deixar de ser obrigatório, não há nenhum impedimento constitucional. 
Modelo brasileiro
Preventivo: atinge projetos de lei ou propostas de emenda. Evitar que surja uma lei ou emenda constitucional. 
Legislativo: dentro da Câmara e Senado existe um órgão chamado Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se um projeto é apresentado, deve contar com o parecer da CCJ. Nem sempre tem a eficácia desejada. 
Executivo: presidente da república pode vetar, evocando o argumento que o projeto é inconstitucional. É chamado de veto jurídico. 
Judiciário: controle jurisdicional. Existe um “devido processo legal parlamentar”, o parlamentar tem direito a um processo legislativo hígido. O parlamentar pode provocar o supremo para corrigir algum erro formal durante a tramitação legislativa, usando o mandado de segurança.
Repressivo: incide em leis e atos normas ou emendas constitucionais. Controle difuso incidental X controle concentrado principal
- Controle difuso incidental: Eua, 1803 (Marbury x Madison). Legislação americana contra constituição americana com relação às competências da corte americana sobre nomeação de juízes de paz. Se há uma incompatibilidade entre a lei e a constituição, há uma prevalência da constituição. É dever do judiciário garantir a supremacia da constituição (juízes tem o poder de garantir a supremacia constitucional. 
A partir desse julgamento, os estados unidos criaram o controle difuso incidental. Qualquer juiz, qualquer tribunal tem o poder de dizer que uma lei é inconstitucional em um caso concreto. 
Em havendo divergência entre os juízes ou tribunais, aplica-se o princípio “Stare Decisis”: Força vinculante dos precedentes. Dominar a insegurança juridica, já que há centenas de juízes nos estados únicos. 
BRASIL: final do século XXI (1891), Iª constituição republicana. O controle difuso também envolvea inconstitucionalidade, mas não apenas ela.
Difuso – competência de controle disseminado, qualquer juiz ou tribunal pode dizer que uma lei é inconstitucional, em caso concreto. Na ordem juridica como um todo, a lei continua inconstitucional. A eficácia atinge as partes do processo. 
Incidental – acontece como um incidente dentro de um processo. Processo voltado para alguma finalidade. 
Casos concretos – é para as partes do caso concreto que se aplica o controle difuso. 
Questão prejudicial – antecede logicamente a solução principal do processo (inconstitucionalidade precedente). Ex: comprovação da paternidade é questão prejudicial para fixação de pensão alimentícia. No controle difuso, a inconstitucionalidade é uma questão prejudicial para alcançar a questão principal do processo. 
- CONTROLE DIFUSO PELO JUÍZ: Fundamentação, órgão monocrático (decisão da inconstitucionalidade é só dele). Se a parte entrar com recurso, a decisão passa para o tribunal. 
- CONTROLE DIFUSO PELOS TRIBUNAIS: Fundamentação, órgão colegiado (integrantes chamados de desembargadores). Votação de maioria absoluta do órgão mais importante do tribunal, chamado de Pleno, ou do órgão especial (pequeno plenário para tentar dinamizar o funcionamento dos tribunais maiores) para declarar a lei inconstitucional, art. 97.
- CONTROLE DIFUSO PELO STF: Fundamentação, se o supremo declara a inconstitucionalidade de uma lei, ele manda a decisão para o Senado, ficando a critério do senado suspender ou não a lei para todos (erga omnes). O senado tem discricionariedade (margem de liberdade usando critérios da conveniência e da oportunidade da decisão a ser tomada) para suspender para todos ou não o alcance de uma decisão tomada pelo supremo. 
A prerrogativa do art. 52, inciso X, só tem aplicabilidade no controle difuso. Há muitos críticos do art. 52, deveria o supremo ter vocação expressiva (não precisaria passar pelo senado). Ex. Reclamação constitucional 4335/AC – senado seria apenas uma casa de publitização da decisão do STF. Não ganhou o caso, mas o artigo 52, X, perde força a cada dia. 
- Controle concentrado principal: criado na Áustria, 1920. Hans Kelsen (constituição da Áustria). Crítica: qualquer juiz poder dizer se uma norma é constitucional, por conta da insegurança juridica. Para ele, somente algumas autoridades de natureza política devem ser os autores das ações de controle específica, que serão julgadas pelo tribunal de controle constitucional, valendo para todos (“erga omnes”. Não há a pluralidade do acesso às declarações de inconstitucionalidade.
BRASIL: ações de controle concentrado no STF (atua como se fosse o Tribunal Constitucional, no Brasil). Artigo 103 – pode propor a ADIO, ADI genérica, ADC e ADPF. Só o Procurador Geral da República pode propor a ADI interventiva. 
*Poder judiciário não propõe ação, é apenas provocado para julgá-lo. 
O controle concentrado examina a lei em tese, não o caso concreto (controle difuso). Abstrato. 
A inconstitucionalidade é a questão principal, e não questão prejudicial (como no controle difuso). EFEITO ERGA OMNES E VINCULANTE. 
HISTÓRICO: 
1934 – Criado o controle concentrado, ADI interventiva (também chamada de representação interventiva). 
1965 – Criação da ADI genérica
1988 – Criação da ADIO e ADPF 
1993 – ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade)
ADI GENÉRICA: Proposta pelos cargos previstos do artigo 103. 1965 – emenda 16. 
Artigo 102, inc. I, alínea “a” – competências ordinárias. Processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. 
Lei municipal – não contempla no objeto da ação direta genérica (“Silêncio eloquente”: “lacuna proposital”). 
Lei distrital (DF): considerado um ente híbrido. Traços estaduais e municipais. Precisa verificar se a lei foi criada por uma competência municipal ou estaduais. Art. 32. 
Lei anterior ao advento da constitucional não pode ser alvo da ação de inconstitucionalidade, a lei criada antes de 88 tem como parâmetro a constituição anterior. Se alguém propuser uma ADI contra uma lei anterior à constituição, será arquiva. Haverá controle por outros métodos (controle difuso ou ADPF). 
Regra da pertinência temática – alguns legitimados ativos (algumas autoridades presentes no artigo 103) precisavam mostrar uma relação especial entre o seu perfil deles e o objeto da ação proposta. Separou um conjunto de legitimados universais X legitimados especiais. 
Legitimado universal: 
- Governadores de estado ou DF
- Mesa de assembleia legislativa ou de câmara do DF
- Confederações sindicais
- Entidades de classes de âmbito nacional.

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