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Elementos Para a InterpretaElementos Para a Interpretaçção ão VisualVisual Perspectiva Local e RegionalPerspectiva Local e Regional • Fotografias aéreas e outros produtos de SeRe gravam uma versão da realidade detalhada mas muito reduzida; • Examinar a Terra de uma perspectiva aérea permite aos cientistas, e outros, identificar objetos, padrões e fazer inter-relações sobre feições humanas que talvez nunca poderiam ser completamente compreendidas se ficássemos restritos a uma perspectiva terrestre. • As imagens de SeRe fornecem informações espaciais que não seríamos capazes de adquirir e perceber de qualquer outra forma. • O termo interpretação visual é usado para designar um procedimento que nós empregamos para identificar (dizer o que é) qualquer coisa que está ao redor de nós, utilizando apenas a nossa visão. Por exemplo, quando nós analisamos uma fotografia, tirada no dia de nosso aniversário ou de outro evento qualquer, somos capazes de identificar todas as pessoas e objetos que estão na foto. O que estamos fazendo, na realidade, é uma interpretação visual. • Quando um objeto ou fenômeno que não conhecemos, isto é, que não temos no cérebro um “pacote” de informações sobre ele, é apresentado a nós para identificá-lo, simplesmente dizemos, NÃO SABEMOS O QUE É !!! • Por outro lado, quando se trata de imagens de satélite (dados orbitais), a primeira vista parece muito difícil identificar as coisas que estão nelas, porque não existe nada em nossos cérebros parecido, ou seja, não existe um “pacote” de informações armazenado em nossos cérebro, sobre cada coisa que existe na imagem. Entretanto, quando começamos analisar detalhadamente as feições (coisas existentes na imagens) existentes nas imagens, através de associações de formas, posição, tamanho, cor e/ou tonalidade, etc. com coisas que conhecemos no cotidiano nós percebemos que a identificação fica bem mais fácil. ContinuaContinuaçção....ão.... • O processo de interpretação desses produtos necessita que seja exercitado “o cuidado” pois o homem está acostumado a ver o mundo a partir de uma visão terrestre e não de uma visão oblíqua; • Da mesma forma, não estamos acostumados a olhar e interpretar grandes extensões de terra (< 1 km!). • Desta forma, uma análise regional de dados de sensoriamento remoto, oblíquos ou verticais, requer treino e prática. 3 D3 D • Sabemos, a partir das nossos experiências, que é importante não apenas saber o tamanho e forma de um objeto mas também sua altura, profundidade e volume, os quais nos permitem fazer um bom diagnóstico do meio; • Fotografias, ou imagens 3D => permitem esta compreensão e facilitam o processo de extração da informação; • Precisa-se de prática para extrair estas informações. Imagens HistImagens Históóricas e Detecricas e Detecçção ão de Mudande Mudanççasas • Um fotografia ou imagem capta da superfície da Terra um único momento no espaço e no tempo, que não se repete => valiosos documentos históricos; • Detecção de mudanças => dinâmica espacial e temporal fornecendo subsídios para análises; • O conhecimento da dinâmica espacial e temporal de fenômenos permitem-nos desenvolver modelos de sobre o que aconteceu e o que acontecerá; • A interpretação de imagens de sensoriamento remoto permite chegar a estes conhecimentos. Elementos de InterpretaElementos de Interpretaçção de ão de imagensimagens • Para compreender todos estes pontos, é comum utilizar-se de métodos, ou princípio de interpretação de imagens que foram desenvolvidos a partir de experiências empíricas por mais de 150 anos; • O mais fundamental destes princípios são os elementos de interpretação de imagens que são rotineiramente utilizados no processo de fotointerpretação; • Os elementos incluem: localização, tamanho, forma, sombra, tom e cor, textura, padrão, altura, profundidade e sítio, situação e associação. LocalizaLocalizaççãoão • Onde está? Esta é a pergunta que deve ser respondida neste momento; • Existem dois métodos para se obter as coordenadas precisas de um objeto: 1) levantamento de campo (teodolito ou GPS); 2) registro de uma imagem a uma base cartográfica; • Muitos cientistas utilizam GPS no campo; TamanhoTamanho • O tamanho do objeto é outra característica muito importante para auxiliar na fotointerpretação, e que sempre utilizamos no dia a dia para diferenciar uma coisa de outra. • Um exemplo muito comum, em que utilizamos o tamanho como critério de diferenciação de duas feições nas imagens de satélites, são as áreas plantadas com cana-de-açúcar e com reflorestamento num relevo plano. Nesta situação, tanto a cana-de-açúcar quanto o reflorestamento são plantados em talhões com formato retangulares. • Porém, os talhões de cana-de-açúcar, apesar de retangulares, não têm tamanhos definidos, isto é, alguns são grandes outros são pequenos. No entanto, nas áreas reflorestadas os talhões têm tamanhos muito parecido uns com os outros e de áreas padronizadas, ou seja, em torno de 6 ha cada um. TamanhoTamanho • O tamanho de um objeto é uma das características mais distinguíveis e também importante elemento de interpretação; • Medindo-se o tamanho de objetos conhecidos (carro, estrada etc) pode-se saber o tamanho de objetos desconhecidos; • É um importante parâmetro, associado à escala de trabalho, para se definir o que deve ser interpretado; • Tipos: pequeno, médio (intermediário) ou grande ExemplosExemplos FormaForma • A forma que um objeto apresenta na superfície da Terra é uma característica muito importante para auxiliar o analista na sua identificação, quando observado numa fotografia ou numa imagem de satélite. Entretanto, deve-se ter em mente que só a forma, muitas vezes, não é suficiente para identificá-lo. • Permite associar à origem do objeto: formas construídas pelo homem ou da natureza; • Tudo que existe sobre a superfície da Terra tem formas mais ou menos definidas. Por exemplo, áreas cultivadas, quando observadas de cima, elas apresentam formas mais ou menos retangulares ou quadradas. Áreas irrigadas pelo processo denominado de aspersão e com pivô central, quando vistas de cima, têm formas circular bem definidas, conforme é mostrado na Figura. • Constitui as características geométricas de um objeto; • Pode ser: linear, curvilínea, circular, elíptica, radial, quadrada, retangular, triangular, hexagonal, pentagonal, estrela, amorfa etc; • Existem muitas formas no mundo real, porém podemos fornecer poucos exemplos • Os rios e córregos são sinuosos (formas curvas, semelhante ao movimento de uma cobra). Se o rio for largo nós vamos enxergar além da sinuosidade a lâmina d’água e, na maioria das vezes, entre duas fileiras de árvores (mata de galeria). No entanto, os riachos, ribeirões, córregos o que veremos é apenas a fileira de mata de galeria, indicando que sob elas existe água. Conforme é mostrado no exemplo da Figura abaixo. • As cidades, quando vistas do alto, apresentam formas de um reticulado, formado pelas suas avenidas e ruas, conforme pode ser visto na Figura. Exemplos...Exemplos... SombraSombra • Silhueta causada pela iluminação solar de um lado; • A maioria dos dados de sensoriamento remoto é obtido 2 horas antes do ½ dia para evitar um efeito de sombreamento intenso na imagem; • Algumas vezes a sombra pode ser a única pista para se identificar um objeto, dar informações sobre altura, permite orientar a imagem, ter noção de relevo (altura); • Nas sombras,normalmente, tem-se informações sobre a superfície (menos em Radar, que aparecem totalmente escuras). • A sombra é outro atributo importante para nos ajudar a identificar diferentes alvos nas imagens de satélite. Por exemplo, se queremos separar,nas imagens de satélites, áreas ocupadas com reflorestamento e com mata natural, um dos atributos da fotointerpretação que utilizamos é o efeito do sombreamento. • Quando observarmos esta mata natural numa imagem colorida de satélite veremos que onde há sombra a cor fica mais escura. Isto provoca em nosso cérebro uma sensação de rugosidade, que nada mais é do que pontos escuro provocado pela sombra, fazendo com que a área de mata natural apresente com um aspecto rugoso. Deste modo, podemos diferenciar as duas florestas apesar de serem, ambas constituídas por árvores de grande porte. • Apesar da sombra ser útil na identificação de determinados alvos, quando nós estamos fazendo a interpretação visual de imagens de satélite, como foi dito no caso de áreas reflorestadas e mata natural, às vezes, ela pode ser muito prejudicial, quando o sombreamento é provocado pelo relevo ou por presença de nuvens no local de estudo. Mata Reflores- tamento ExemplosExemplos Tom e CorTom e Cor • Reflete a quantidade de energia refletida pelo alvo; • Tons de cinza: branco, cinza claro, cinza médio, cinza escuro ou preto; • Cor: RGB (processo aditivo e subtrativo de cores); • Os diferentes alvos sobre a superfície terrestre refletem a energia solar de maneira diferenciada. Por exemplo, um telhado de alumínio pode ser visto de longe, porque ele reflete muita energia que chega até ele. • Por outro lado, um pano preto reflete muito pouca luz por que ele absorve muito. Assim, se nós observarmos a natureza perceberemos que cada alvo reflete de uma maneira diferente do outro. • Para representar todas as diferentes quantidades de energias refletidas pelos alvos da superfície da Terra foi estabelecido valores que variam de Zero (muito escuro) a 255 (muito claro). Assim, cada número representa uma quantidade de ton de cinza. É muito comum dizermos “tonalidade alta ou baixa” para referir a um objeto bastante claro ou escuro. • A cor é muito empregada no lugar da tonalidade, porque nossos olhos estão mais habituados a enxergar coisas coloridas do que tons de cinza. ExemplosExemplos Radiação do Vermelho Radiação Infra Radiação do Verde TexturaTextura • Def: é o arranjo característico da repetição de tons e cores em uma imagem; • Pode ser: suave, “aveludada”, intermediária, rugosa, fina, grosseira; • A textura é função da escala. Um objeto pode apresentar uma textura lisa na escala 1:100.000 e textura rugosa, na escala 1:25.000; • Também é função da habilidade do fotointérprete. Exemplo...Exemplo... PadrãoPadrão • É o arranjo espacial de objetos na paisagem. Os objetos podem ser arranjados amostralmente ou sistematicamente; • O padrão é uma característica muito importante utilizada na interpretação visual de imagens de satélites. Em áreas vegetadas, um padrão bastante típico que serve para diferenciar áreas plantadas com cana-de-açúcar com áreas de pastagem é a presença de carreadores. • Outro padrão bastante característico é o da drenagem ( os rios e córregos existentes na área imageada). Geralmente, o padrão da drenagem lembra a distribuição dos vasos sangüíneos do corpo humano, conforme é mostrado na Figura. Os Tipos de Canais FluviaisOs Tipos de Canais Fluviais • Os tipos de canais correspondem ao modo de se padronizar o arranjo espacial que o leito apresenta ao longo do rio. • Não há uma classificação minuciosa dos tipos de canais: a) meandrante; b) anastomosado; e c) retilíneo. Alguns autores ainda consideram: deltaico, ramificado, reticulado e irregular. • Essa geometria resulta do ajuste do canal a sua seção transversal e reflete o interrelacionamento entre as variáveis descargas líquida, carga sedimentar, declive, largura e profundidade do canal, velocidade do fluxo e rugosidade do leito. • Ex: canais meândricos = altos teores de argila e silte; canais anastomosados = carga mais arenosa. Barra de sedimentos Local de agradação Margem convexa (agradação) Margem côncava (degradação) Canais RetilCanais Retilííneosneos • Os exemplos de canais retos são pouco freqüentes, representando trechos de canais curtos, à exceção daqueles controlados por linhas tectônicas (linhas de falhas, diáclases ou fraturas). • A condição básica para a existência de um canal reto está associada a um leito rochoso homogêneo que oferece igualdade de resistência à atuação das águas. Trechos retilíneos do Rio Paraíba do Sul Canais AnastomosadosCanais Anastomosados • O termo anastomose foi aplicado aos rios, pela 1a vez, por Jakson (1834) e a 1a descrição desse padrão foi realizada por Peale (1879), ao observar a maneira como os tributários se confluíam com o rio Verde, nos Estados Unidos. • Esses canais se caracterizam por apresentar grande volume de carga de fundo que ocasionam sucessivas ramificações, ou múltiplos canais que se subdividem e se reencontram, separados por ilhas assimétricas e barras arenosas. • As ilhas são fixas ao fundo do leito mas as barras arenosas são bancos de detritos móveis carregados pelos cursos de água e ficam submersos durante as cheias. • As variações do fluxo fluvial, que podem levar ao estabelecimento do padrão anastomosado, espelham as condições climáticas locais, a natureza do substrato, a cobertura vegetal (ausente ou rarefeita) e o gradiente. • As precipitações concentradas e os longos períodos de estiagem (clima árido ou semi- árido) e as pesadas nevadas e os degelos rápidos oferecem as melhores condições de clima local para o assentamento da drenagem anastomosada. Padrões de CanaisPadrões de Canais AnastomosadosAnastomosados Canais Canais MeândricosMeândricos • São encontrados com freqüência nas áreas úmidas cobertas por vegetação ciliar; • Descrevem curvas sinuosas e semelhantes entre si, possuem um único canal que transborda suas águas na época das cheias e são distintos dos outros padrões pelo valor do índice de sinuosidade igual ou inferior a 1,5. • Essas formas meandrantes representam um estado de estabilidade do canal. No entanto, este estado de equilíbrio, representado na formação dos meandros, poderá ser alterado pela ocorrência de um distúrbio na região, como a atuação do homem (plantio em áreas próximas aos meandros). Sinuosidade = 1,04 Sinuosidade = 1,57 Sinuosidade = 3,00O valor igual ou superior a 1,5 para o índice de sinuosidade, que representa a relação entre o comprimento do canal e a distância do eixo do vale, define o padrão meândrico de canal. • A parte da planície ocupada pelos meandros atuais e paleoformas é denominada faixa de meandros. • Colo de meandro é o esporão ou pedúnculo que separa os dois braços de meandro; quando as margens côncavas adjacentes sofrem intensa ação erosiva, essa zona pode ser estrangulada pela formação e desenvolvimento de bancos sedimentares (dique), desligando, assim, parte do curso que dará origem ao meandro abandonado. • Uma vez isolado, este meandro poderá formar lagoas ou pântanos. Meandros abandonados Rios Meândricos O Rio Japurá (AM) exibe padrão transicional entre anastomosado, com grandes ilhas cobertas por vegetação, meandrante de alta sinuosidade com canais abandonados, e trechos retilíneos, provavelmente controlados por estrutura do embasamento. Retilíneo Anastomosado Meandrante PadrãoPadrão • Podem ser artificiais (agricultura)ou naturais (padrão de drenagem); • É um diagnóstico de muitas feições; • Pode ser: randômica, sistemática, circular, centrípeta, oval, curvilínea, linear, radial, retangular, hexagonal, pentagonal, octagonal etc. Exemplo...Exemplo...
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