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Paradigimas da educação brasileira

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SUMÁRIO
3RESUMO	�
41	INTRODUÇÃO	�
52	DESENVOLVIMENTO	�
73	CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
8REFERÊNCIAS	�
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resumo
O objetivo do deste trabalho é nos fazer discutir algumas das principais questões relacionadas à Educação Especial, seus princípios e modalidades. Analisando alguns desafios sob a perspectiva de especialistas na área, juntamente com a contribuição da Declaração de Salamanca, verifica-se as inúmeras controvérsias existentes. O artigo focaliza as controvérsias entre dois princípios: integração e inclusão. Estes princípios, muitas vezes considerados sinônimos, revelam-se como sendo duas vertentes na Educação Especial. Conclui-se que, apesar da preferência pela educação inclusiva e sua realização em classes regulares, a realidade tende a favorecer o ingresso de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas ou classes especiais. Esta incoerência entre teoria e prática ocorre devido à falta de recursos e suporte pedagógico para a implementação e desenvolvimento da educação inclusiva de forma efetiva em classes regulares. 
Palavras-chave: Educação Especial, integração, inclusão.
INTRODUÇÃO
A Educação Especial no Brasil tem sido vista como um desafio para a nova geração de profissionais da educação, assim como para os profissionais que já atuam na área, que pretendem tornar a inclusão algo efetivo e com bons resultados. Apesar disso, no atual contexto educacional, predomina a falta de informação sobre as principais dificuldades dos alunos com necessidades educacionais especiais, a ausência de suporte pedagógico apropriado para acolhê-los adequadamente, além da precária adaptação do espaço físico. O princípio de “inclusão” encontrado em diversas instituições de ensino brasileiras ainda é considerado deficitário, difuso e muitas vezes incoerente com a proposta adequada. Visando esclarecer alguns aspectos relevantes da Educação Especial, este artigo pretende abordar os princípios fundamentais da Educação Especial, assim como algumas modalidades de atendimento e possíveis medidas para que a implementação da mesma possa ser alcançada.
DESENVOLVIMENTO
Para abonar a leitura que fazem deste cenário destacam que, inicialmente, a Educação Especial baseava-se em suporte à escola regular, configurando-se como um sistema paralelo de ensino que não contemplava de forma enfática as várias possibilidades de desenvolvimento intelectual dos indivíduos. Nessa busca progressiva por uma afirmação teórica e prática, a Educação Especial procurou garantir acesso à escola aos portadores de deficiências, inicialmente de forma clínica já que a deficiência era encarada como doença e seu viés, portanto, terapêutico, com o rigor dos exames médicos e psicológicos. Havia, então, pouco investimento na atividade acadêmica. 
Num segundo momento (nos anos 70), a institucionalização dessa educação, aspirando aos avanços da Pedagogia e da Psicologia da Aprendizagem, enfoca o aspecto comportamental, mudando o paradigma de modelo médico para o modelo educacional. A ênfase não está mais na deficiência do individuo em si, mas em seu meio, por não proporcionar as condições necessárias ao seu desenvolvimento. A metodologia da análise aplicada do comportamento indica o momento dos ‘métodos e técnicas’ e da consequente segregação do ensino regular na rede pública.
Nesta busca de recursos e métodos mais eficazes, a história da Educação Especial no país entra nos anos 80 acompanhando a tendência mundial de combate às desigualdades, e instituí-se como filosofia da Integração e Normatização. Com isso, o modelo segregador passou a ser questionado, buscando-se, assim, alternativas pedagógicas de inserção, preferencialmente no sistema regular de ensino, modelo que prevalece ainda hoje, visando preparar alunos oriundos das classes e escolas especiais para a integração em classes regulares.
Essa nova mentalidade ganhou força no processo de redemocratização, resultando em transformação das políticas públicas, dos objetivos e da qualidade dessa educação. Entram em cena, nesta filosofia da integração, o construtivismo de Piaget e Emília Ferrero, e o sociointeracionismo de Vigotsky, que entende ser viável construir-se conhecimento na interação social. Enquanto isso, outra vertente teórica, voltada para os aspectos psicossociais, investiga as relações interação social / marginalização / socialização, que promovem a segregação, buscando entendê-las.
A educação inclusiva é uma questão de direitos humanos e implica a definição de políticas públicas, traduzidas nas ações institucionalmente planejadas, implementadas e avaliadas. A concepção que orienta as principais opiniões acerca da educação inclusiva é de que a escola é um dos espaços de ação e de transformação, que conjuga a ideia de políticas educacionais e políticas sociais amplas que garantam os direitos da população. 
A educação especial, como fator de inclusão, tem como prioridade a expansão da oferta de atendimento educacional especializado em todos os níveis e modalidades da educação, efetivando a proposta de preparar todas as escolas para o atendimento, na sua comunidade, de todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos, a despeito de suas características, desvantagens ou dificuldades, desenvolvendo competências e habilidades para educar na diversidade.
Torna-se imprescindível, portanto, investir na criação de uma política de formação continuada para os professores e profissionais da educação e a partir dessa orientação, é possível a abertura de espaços de reflexão sistemática entre grupos interdisciplinares e interinstitucionais, dispostos a acompanhar, sustentar e interagir com os docentes. Segundo Jerusalinsky e Páez, (2001) “são poucas as experiências onde se desenvolvem os recursos docentes e técnicos e o apoio específico necessário para adequar as instituições escolares e os procedimentos pedagógico-didáticos às novas condições de inclusão”.
Trata-se, portanto, de desenvolver sistemas educacionais inclusivos, com escolas de ensino regular capazes de responder à diversidade de forma efetiva, que exerçam seu papel social frente aos grupos mais vulneráveis, que têm experimentado exclusão, discriminação, segregação, entre outras. Dessa forma, a equidade é representada pelo reconhecimento de que pessoas e grupos em situações desfavoráveis necessitam de atenção e condições especiais, de modo a possibilitar aos que apresentam maior dificuldade de participação condições favoráveis para superar essa desvantagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que se tem por certo é que os princípios relacionados à Educação Especial ainda apresentam contradições que impedem o avanço da inclusão. A falta de relação entre a teoria sugerida como ideal e a realidade ineficiente praticada na rede regular de ensino, refletem este grande desafio. Além disso, é preciso ultrapassar outras barreiras que envolvem a sociedade numa teia: o preconceito e a discriminação, resultado da falta de informação e solidariedade com os seres humanos que nela estão inseridos. Até que ponto a dita normalidade pode ser utilizada como pedestal para que indivíduos tidos como “normais” ignorem aqueles que necessitam de apoio para serem aceitos e tratados com o devido respeito que merecem? Se esta sociedade visa o progresso e a igualdade, 61 seus membros devem fazer o possível para que estes ideais aconteçam, proporcionando aos que necessitam de uma educação especial um ensino de qualidade que os auxilie a ir além, superar seus limites e conquistar novos espaços neste país dito “para todos”. Como conclusão deste debate, vale ressaltar a seguinte passagem da Declaração de Salamanca, uma verdadeira reflexão sobre o ideal de igualdade: O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagensseveras. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.4).
REFERÊNCIAS
MEC - Ministério de Educação - Secretaria de Educação Especial. ​Política Nacional de Educação Especial, Brasília MEC - SEEDSP 1994.
MONTOAM, Maria Tereza Eglér e colaboradores, Integração de Pessoas Com Deficiência - editora Memnon edições científicas Itda, 1997.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA - Declaração de Salamanca e Linha de Ação Sobre Necessidades Educativas Especiais - Brasília, corde, 1997.
CONGRESSO NACIONAL - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.
CONGRESSO NACIONAL - Constituição da República Federativa do Brasil ​Brasília - Senado Federal, 1988.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - Câmara de Educação Básica ​Resolução CNE/CNB n.2 de 11 de setembro de 2001 - Brasília.
ARANHA, Maria Salete Fábio. Inclusão Social e Municipalização. In: Eduardo José Manzini (Org.). Educação Especial: temas atuais. 1ª Edição. Marília: Unesp Marília Publicações, p. 1- 10, 2000.
SILVA, Rosana A. da. A Trajetória da Educação Especial Brasileira: das Propostas de Segregação à Proposta Inclusiva: O Olhar da Cidade de Mairiporã. Monografia apresentada para conclusão do curso de Especialização Latu Sensu “A Educação Inclusiva na Deficiência Mental”, PUC, São Paulo, 2003.
BUENO, José Geraldo Silveira. Educação Especial Brasileira: integração / segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC, 1993.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: sobre Princípios, Política e Práticas em Educação Especial. Espanha, 1994.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
educação física 1º semestre
elias grigorio de laia
integração e inclusão
Colatina
2015
ELIAS GRIGORIO DE LAIA
integração e inclusão
Trabalho apresentado ao Curso de Educação Física 1º Semestre da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Sociedade Educação e Cultura, Educação Inclusiva, Língua Brasileira de Sinais – Libras, Seminário da Prática I, Educação a Distância.
Professores: Wilson Sanches, Mariana de Oliveira, Regina Celia Adamuz, Rosely Cardoso Montagnini, Sandra C. Malzinoti Vedoato, Mari Clair Moro Nascimento, Vilze Vidotte Costa.
 
Colatina
2015

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