Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hematologia P1 – Leucemias Caracterizado por: proliferação excessiva de células, sobrevivência e diferenciação anormal. Decorrente de: mutação em uma única célula tronco Classificação quanto: a) Origem – linfoide (afeta tecidos linfóides) e mielóide (semelhante da MO) b) Maturidade – aguda (células imaturas como blastos) e crônica (células maduras com granulócito com função comprometida) Linhagem mieloide (monócitos e macrófagos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos, eritrócitos, megacariócitos/plaquetas, células dendríticas) Linhagem linfoide (linfócitos T, linfócitos B, célula NK). Fatores etiológicos: quimioterápicos, radiação ionizante, vírus... Aspectos clínicos: Anemias, neutropenias, infecções, sangramentos espontâneos →devido a alta proliferação de células anormais que tomam os nutrientes das células normais ocasionando sua morte. Quando as células anormais atingem órgãos pode levar a insuficiência renal, adenomegalias, sudorese noturna por causa do hipermetabolismo, alta leucometria etc. Exames essenciais: morfologia das células, Citogenética para ver as translocações, imonofenotipagem... Leucemia Mielóide Crônica – LMC Há maturação celular e proliferação de Granulócito com função comprometida Predominante em homens, avança de forma lenta por isso muitas vezes assintomático Fases: a) Crônica – Os pacientes nesta fase têm menos do que 10% de blastos (2%) nas amostras de sangue ou medula óssea. Estes pacientes geralmente apresentam sintomas leves (se existirem) e geralmente respondem ao tratamento padrão. A maioria dos pacientes é diagnosticada na fase crônica. b) Acelerada – Os pacientes são considerados em fase acelerada, se qualquer um dos seguintes for verdadeiro: Amostras de sangue ou da medula óssea com mais de 10% e menos do que 20% de blastos. Alta taxa de basófilos no sangue (pelo menos, 20% das células brancas do sangue). Alta taxa de glóbulos brancos, que não diminui com o tratamento. Contagem de plaquetas muito alta ou muito baixa, não causadas pelo tratamento. Novas alterações cromossômicas nas células leucêmicas. Os pacientes com leucemia mieloide crônica em fase acelerada podem apresentar sintomas como febre, falta de apetite e perda de peso. c) Blástica – Nesta fase têm mais de 20% de blastos. As células blásticas frequentemente se espalham para tecidos e órgãos além da medula óssea. Esses pacientes geralmente apresentam sintomas, como febre, falta de apetite e perda de peso. Pode ser tornar uma LLA ou LMA. Diagnóstico típico de LMC a) Eritrograma: Hb diminuída (anemia) b) Leucograma: Leucocitose (altos leucócitos) > 25000, desvio a esquerda (aumento da produção de neutrófilos jovens – bastonetes), baixos basófilos e eosinófilos. Mieloblastos <2% (célula sanguínea imatura que é precursora do promielócito que mais tarde vira basófilo, neutrófilo ou eosinófilo). Aumento do número de monócitos (macrófagos) no sangue. c) Citogenética ou BM: translocação 9;22 (BCR/ABL) Reação Leucemoide Pode ser confundida com uma LMC mas é uma infecção bacteriana. Aspectos úteis para diferenciar uma leucemia e uma reação leucemoide: Na RC tem presença de granulações tóxicas, vacuolização, neutrofilia, corpúsculo de dohle, ausência de eosinófilos, raramente blastos (<2%), assim como células mais maduras. (Se forem observados bastões de Auer nas células blásticas, pode-se fazer com segurança o diagnóstico de leucemia ou síndrome mielodisplásica.) Quando não der para distinguir fazer citogenética (porque se tiver presença de t 9;22 é LMC) Leucemia Mielóide Aguda – LMA Há um bloqueio na maturação e diferenciação ocasionando na proliferação de células imaturas como blastos. (Se caracteriza pela rápida proliferação de células anormais e malignas – os blastos – que não amadurecem, não desempenham sua função e ainda se acumulam na medula óssea, interferindo na produção normal de outras células sanguíneas.) Afeta adultos, e sua incidência aumenta com o envelhecimento. Diagnóstico: a) Hemograma: Hb baixa (anemia), plaquetopenia e neutropenias b) Leucometria: mais de 20% de blastos, presença de bastonete de auer c) Citogenética – translocação 8;21 e 16;16 d) Citoquímica – mieloperoxidase (MPO) positivo / sudam black + e) Imunofenotipagem – obrigatório realizar esse exame. Linhagem mieloide (LMA) – CD33, CD13 Linhagem B (LMA B) – CD19 e CD22 Linhagem T (LMA T) – CD3 Células jovens (blastos) – CD34 (ex. Mais de 20% de CD34 é LMA) Leucemia promielocítica Aguda – LPA É um subtipo da LMA Ocorre um acumulo anormal de granulócitos imaturos chamados de promielócitos (da origem ao mielócito). Caracterizada pela translocação 15;17 Presença de faggot cells indica uma LPA Leucemia Linfocítica Aguda – LLA É um câncer das células brancas (leucócitos) do sangue caracterizada pela produção maligna de linfócitos imaturos (linfoblastos) na medula óssea. É o câncer infantil mais frequente, apresentando um pico de incidência entre os 2 e 5 anos de idade. A incidência volta a aumentar após os 60 anos. Leucemia Linfocítica Crônica – LLC A LLC afeta o linfócito B, que se origina na medula óssea e está presente nos linfonodos. Diagnóstico: O diagnóstico da leucemia linfoide crônica envolve a comprovação do aumento de linfócitos no sangue periférico determinado por hemograma seriado; aumento de linfócitos na medula óssea por meio do mielograma; prevalência de uma população anômala de linfócitos pela citometria de fluxo. a) Eritrograma – Hb diminuída ou normal (anemia) b) Leucograma – aumento do número de leucócitos. Grande número de linfócitos (>5000 nos últimos 3 meses) Pode ter pró-linf mas é menos de 10% e tricoleucemia (células “cabeludas”) Restos de grumprecht Não tem presença de blastos
Compartilhar