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Leucemias e Linfomas

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Definição: 
Iniciam-se por causas intrínsecas ou externas. É uma 
transformação maligna de uma célula hematopoiética, 
diferenciada para determinada linhagem (mielóide ou 
linfoide), gerando duas características básicas: 
 Perda total ou parcial da capacidade de 
amadurecimento 
 Proliferação intensa e descontrolada 
Célula jovem (blasto) da linhagem mielóide ou linfoide. 
Uma célula jovem, indiferenciada passa a se multiplicar 
de forma desordenada – ela para a diferenciação na 
etapa jovem e começa a se multiplicar intensamente. 
Isso vai gerara o câncer. 
 
 
 
 
Essa célula acometida não é uma Stem-cell. Essa célula 
já está diferenciada para uma determinada linhagem 
(mielóide ou linfoide). 
Essas células acometidas, que estão se proliferando 
intensamente na medula, são liberadas na corrente 
sanguínea. 
Blastos= células grandes, baixa relação citoplasma-
núcleo (núcleo grande e citoplasma pequeno) 
Pode afetar as duas linhagens ou apenas uma. 
Classificação: 
 Leucemia Mielóide Aguda 
 Leucemia Mielóide Crônica 
 Leucemia Linfoide Aguda 
 Leucemia Linfoide Crônica 
Ainda podem se subdividir (fenótipos). Vai fazer a 
biópsia pelo aspirado e pela remoção de um pedaço 
óssea. Assim, vai conseguir classificar e subdividir. 
 
 
 
LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA 
Leucemia AGUDAS: 
Definição laboratorial 
 Nº de blastos na medula óssea for ≥ 30% (FAB) 
 Nº de blastos na medula óssea for ≥ 20% (OMS) 
Esse conceito independe do número de blastos e da 
contagem global de leucócitos no sangue periférico! 
Avaliar o número de blastos na medula, e não no sangue 
periférico! Visto que os blastos podem não ter migrado 
ainda para o sangue periférico. 
Características da LMA: 
 Grupo heterogêneo de doenças que se 
caracteriza pelo aumento de blastos na medula 
óssea e no sangue periférico 
 Ocupação progressiva da medula óssea pelos 
blastos 
 Redução gradual de eritrócitos, neutropenia e 
plaquetopenia 
 Clone neoplásico pode disseminar: fígado, 
baço, mucosa, pele, linfonodos e SNC. A 
disseminação no fígado vai causar 
hepatomegalia. A disseminação no baço vai 
causar esplenomegalia 
 Anemias, infecções e sangramentos. 
Sangramento constante ocorre pela 
plaquetopenia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leucemias agudas e crônicas possuem sintomas 
parecidos. Linfonodomegalia também apresenta 
sintomatologia semelhante. 
Dor nos ossos – sintoma importante! Ocorre, pois, a 
proliferação intensa ocorre no osso (medula óssea). 
Etiologia e dados epidemiológicos: 
 Primária e sem causa aparente 
 Secundária a partir de uma estado pré-
leucêmico de mielodisplasia 
Anemia megaloblástica gera mielodisplasia = 
fator de risco para LMA 
 Secundária após o tratamento de alguma outra 
neoplasia 
 REPRESENTA 80% das leucemias agudas no 
adulto – comum no ADULTO JOVEM. 
 A incidência aumenta com a idade 
Etiologia: 
Na maioria dos casos, a LA surge sem motivos 
aparentes, embora algumas vezes possam se identificar 
possíveis causas, como: 
 Radiação ionizante; 
 Vírus oncogênicos: (HTLV-I) 
 Fatores genéticos e congênitos 
 Algumas substâncias químicas e fármacos 
(benzenos e agentes alquilantes – usado no 
tratamento de câncer) 
 Predisposição a doenças hematológicas 
Características Clínicas da LMA: 
 Palidez – por conta da anemia 
 Hepatomegalia e esplenomegalia, pois as 
células viajam pela via hematogênica e se 
instalam no fígado e baço. 
 Faringite – infecções recorrentes 
 Hemorragia – devido a plaquetopenia 
 Dor óssea 
 Infecções cutâneas – pústulas 
 Anemia 
 Plaquetopenia 
 Presença de blastos 
 Neutropenia = susceptível a infecções 
recorrentes 
 Leucopenia (20 a 30% dos casos) ou leucócitos 
normais (20 a 30% dos casos) ou leucocitose 
(mais comum). 
 Normocrômica e normocítica 
 Tromobocitopenia (plaquetopenia) pode ser 
severa 
Diagnóstico da LMA: 
Presença de Blastos no hemograma. Descrever o 
Blasto: 
 Nucléolo evidente 
 Cromatina frouxa 
 Relação citoplasma-núcleo reduzida 
 Organizados em CLAUSTER (unidos) 
Não há como diferenciar se o blasto é mielóide ou 
linfoide. Para isso deve fazer imunofenotipagem, 
imunocitogenético e procurar cromossomo Philadelfia. 
 Leucocitose (50.000/mm3), anemia e 
plaquetopenia 
Leuco normal em 20 a 30% dos casos 
Leuco diminuído em 20 a 30% dos casos 
Hiperleucocitose > 100.000/mm3em cerca de 
20% dos casos 
Bastão de Auer: agregado de lisossomos presente no 
citoplasma do blasto. É muito comum nas LMA, mas 
não é 100% confirmatório. Pode ocorrer na Leucemia 
linfoide aguda também. 
 
OBS: Blasto em excesso (hiperleucocitose) é fator de 
risco para IAM e para AVC, pois devido ao seu tamanho 
pode entupir um vaso. 
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 
Não é uma evolução da aguda! Difere 
da LMA pela forma de instalação e 
fisiopatologia. 
 Cromossomo Philadelfia (Phy) presente em 
95% dos casos 
 Exposição a radiação, pode induzir ao 
aparecimento do cromossomo Phy. 
 Fases: crônica, acelerada e blástica 
 Comum em adultos, mas também ocorre em 
crianças 
Fisiopatologia: 
Ocorre uma translocação entre braços longos do 
cromossomo 22 e 9. Esse novo cromossomo formado 
será o chamado Philadelfia. 
A troca do DNA entre os cromossomos leva à formação 
do oncogene BCR-22 e ABL-9 que produzem a proteína 
BCR-ABL, denominada tirosina quinase. Esta proteína 
faz com que células da leucemia mieloide crônica 
cresçam e se reproduzam fora de controle. 
A mutação na via da Tirosina Quinase deixa ela 
altamente ativada. Logo, há uma proliferação celular 
intensa – células começam a se dividir 
desordenadamente e ainda inibe a um possível estímulo 
de apoptose  Formação de Blastos. 
O tratamento se 
baseia em inibir o 
receptor da 
Tirosina Quinase 
para não ocorrer 
essa proliferação. 
 
FASES: 
Fase crônica: excessiva proliferação da linhagem 
mieloide 
Fase de aceleração: mais agressiva. Aumento do 
número de leucócitos, aumento da basofilia e 
eosinofilia, aumento de blastos e promielócitos. Perda 
progressiva da diferenciação. 
Atenção para presença de eosinófilos = quadro mais 
grave e mais acelerado! 
Fase blástica: transformação em leucemia aguda 
caracterizada por mais de 30% de blastos. Ocorre em 
média de 2 a 5 anos após a fase crônica. 
Pode agudizar para uma Leucemia Linfoide Aguda (LLA) 
em 2-4% dos casos. Visto que a LLA pode ter como 
causa também o cromossomo Phy  Pior prognóstico. 
Hemograma: 
 Blastos 
 Anemia 
 Plaquetopenia 
 Redução de neutrófilos 
 CLAUSTER 
Porém, essas alterações no hemograma são menos 
expressivas do que na aguda. 
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA 
 Etiologia variada 
 Distribuição: 5 a 50 anos, sendo incomum em 
adolescentes e adultos jovens. Acomete mais 
crianças e adultos a partir de 45 anos. 
 Infância: danos cromossômicos ocorridos na 
fase intra-útero. Por exemplo, mãe que bebe, 
fuma, utiliza muitos remédios. 
 Adultos: fatores ambientais e ocupacionais 
 Tabagismo: crianças filhas de pais fumantes 
 OMS: ≥ 20% de blastos na medula óssea para o 
diagnóstico de LLA, e pesquisar cromossomo 
Philadelphia (Phy) 
Fisiopatologia: 
 Philadelphia (Phy) 
 Predomina nos adultos mais de 50 anos, em 
cerca de 25% dos casos, e está associada a uma 
menor sobrevida livre de doença (10 a 20%) 
configurando fator de mau prognóstico 
 Imunofenotipagem para identificar se o 
acometimento está no linfócito T ou B 
 25% linhagem T e 75% linhagem B 
 Citogenética para identificar cromossomo Phy 
 Necessário fazer biologia molecular para 
classificar o subtipo 
LLA em Adultos: 
Hemograma (35 a 45% dos casos): 
 Hb > 10,0g/dL – não há anemia 
 Leuco < 10.000mm3 – leucócitos normais 
 Plaquetas entre 50.000 e 150.000/mm3 – 
plaquetopenia 
 Alta porcentagem de blastos na M.O. – pode 
não ver os blastosno sangue periférico, apenas 
na medula. 
LLA em Crianças: 
Hemograma: 
 LLA T contagens de leucócitos ≥ 100.000/mm3 
 LLA B contagens de leucócitos ≈ 11.700/mm3 – 
linfócito B prolifera menos 
 Presença de blastos ou não 
 Avaliar mais linfócitos T e B 
LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA 
Neoplasia hematológica linfoproliferativa que se 
caracteriza por acúmulo progressivo de linfócitos B 
monoclonoais funcionalmente incompententes. 
 Afeta mais linfócitos B! Dessa forma, torna o 
paciente susceptível a infecções. 
 Representa cerca de 1/3 de todas as leucemias, 
sendo a mais comum em adultos – incidência 
elevada 
 Taxa de incidência das leucemias linfoides é 
superior no sexo masculino e aumenta com a 
idade. 
Fator de risco: Exposição a níveis elevados de radiação, 
benzeno ou farmaldeído. 
Contudo, a maioria das pessoas que desenvolvem não 
apresentam fator de risco. 
Progressão da doença: 
As células imaturas proliferam e invadem o espaço que 
antes era ocupado por células normais. Ao “tomar” a 
medula por completo, pode cursar com reações 
mielóides também (plaquetopenia, anemia...) 
Surge: 
 Dor nos ossos 
 Trombocitopenia, causada por infiltração da 
medula óssea, esplenomegalia ou fenômenos 
imunes. 
 Anemia pode ser secundária à infiltração da 
medula óssea, à esplenomegalia ou hemólise 
 Linfócitos B alterados podem desenvolver 
autoanticorpos contra as hemácias  hemólise 
disseminada que pode levar ao óbito. 
Hemograma: 
 A contagem absoluta de linfócitos no momento 
do diagnóstico varia entre 10.000 e 200.000, 
mas pode exceder 500.000 (valores normais 
entre 1.000 e 4.800) – LINFOCITOSE 
IMPORTANTE 
 Os linfócitos, morfologicamente, aparentam 
uma maturação normal 
 Algumas células rompem-se facilmente 
durante a preparação do esfregaço de sangue e 
produzem as típicas células esmagadas 
(“Manchas de Gumprecht”) 
Ocorre, pois, as células estão frágeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINFOMA DE HODGKIN 
Alteração que ocorre nos gânglios linfáticos  
multiplicação exacerbada. 
Linfoma Não-Hodgkin é mais agressivo e mais 
frequente. 
Origem nos linfonodos 
 Linfócitos B começam a se multiplicar 
desordenadamente 
 Mais comum entre adolescentes e adultos 
jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e 
idosos (75 anos ou mais). 
 Homem > mulheres 
 Presença de infecções de repetição! 
Etiologia e fisiopatologia incertas: 
Subtipos histológicos: 
 Linfócitos predominantes 
Esclerose nodular: mais comum em adultos jovens e em 
25% dos pacientes encontra-se com o vírus Epstein-Barr 
no núcleo das células de Reed-Sternberg 
Associado ao vírus do Epstein-Barr (herpes), pois gera 
mononucleose. 
 Celularidade mista 
 Depleção de linfócitos 
 
Célula de Reed-Sternberg: Presente em pequeno 
número nos linfonodos acometidos e é cercada por 
células T policlonais benignas. 
 Célula binucleada ou 
multinucleada 
 Nucléolos grandes e eosinófilos 
 Citoplasma abundante e 
eosinófilo 
Diagnóstico: 
Biópsia do linfonodo – buscamos encontrar a presença 
das células de Reed-Sternberg (unidas e cercadas por 
linfócitos) 
No hemograma não há muitas alterações, mas 
podemos encontrar: 
 Anemia pode ser um sinal da doença de 
Hodgkin avançada 
 Leucocitose é um sinal possível, embora 
também possa ser causada por uma infecção 
 Velocidade de hemossedimentação: aumentada 
Exames de Imagem: 
 RX de tórax 
 Tomografia 
 RNM 
 PET scan – usado para avaliar a progressão, 
distribuição. Permite estadiamento. 
 Cintilografia óssea 
Os exames de imagem permitem o estadiamento! 
O diagnóstico vai ser através da biópsia do 
linfonodo. 
 
 
 
 
 
Estágio I e II tem melhor prognóstico! 
Não possui dor óssea. 
LINFOMA NÃO-HODGKIN 
Neoplasias das células B e T que podem se originar em 
qualquer tecido linfoide. As células neoplásicas B e T 
migram para os linfonodos, colonizando. Então os 
linfócitos B tendem a proliferar nas áreas de células B 
do linfonodo, enquanto os linfócitos T se alojam nas 
áreas paracorticais de células T. 
Classificado de acordo com seu comportamento clínico/ 
biológico: 
Essa classificação vai estar relacionada com a 
localização dos linfócitos no linfonodo. Regiões do 
linfonodo: 
 Zona folicular/ de célula B 
 Zona do manto/ cortical/ de célula T 
 Zona marginal/ cortical 
A depender da zona e da célula que está se 
proliferando, você pode ter um linfoma indolente, 
agressivo ou altamente agressivo 
 Proliferações malignas clonais de células linfoide 
do tipo B ou T 
 Entre os linfomas, é o mais incidente na 
infância. Os homens são mais predispostos do 
que as mulheres. 
 O número de casos praticamente duplicou nos 
últimos 25 anos. 
 Risco aumentado: uso de drogas 
imunossupressora, portadores de HIV, Epstein-
Barr, HTLV1 e Helicobacter pylori 
Gastrite gerada por H. pylori não tratada = fator 
de risco 
 Agrotóxicos 
 Tabalhadores do setor de transporte rodoviário 
e ferroviário, trabalhadores em laboratórios 
fotográficos, galvanizadores, agricultores, 
trabalhadores da indústria do couro e calçados, 
borracha e plástico, cerâmica e porcelana, 
petroquímica e lavagem a seco. 
Trabalhadores rodoviários, ferroviários = 
expostos a poluição, diesel. 
 Não há células de Reed-Sternberg! 
 Linfócitos grandes e difusos

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