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Evolução da legislação protetiva do consumidor

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A proteção jurídica do consumidor iniciou-se na Europa a partir da segunda metade do século XVIII, após a Revolução Industrial.
O liberalismo econômico, com o desenvolvimento do capitalismo, perdeu espaço para grupos, como as sociedades comerciais e os monopólios, que passaram a dominar o mercado de consumo.
Com a produção, o consumo e a contratação massificados, o consumidor ficara em desvantagem diante de um fornecedor fortalecido técnica e economicamente. Assim, houve a eliminação do poder de escolha da parte hipossuficiente.
A sociedade de consumo, portanto, justifica a existência do direito consumerista, destinado a regular as trocas econômicas massificadas, protegendo a parte vulnerável, qual seja, aquela que adquire produtos ou utiliza serviços.
A Carta Magna de 1988, de forma explícita em alguns artigos e implícita em outros, não só inovou o ordenamento jurídico interno ao consagrar a proteção ao consumidor, como também a tratou com importância ímpar, uma vez que, se antes as relações de consumo eram regidas por leis civis e comerciais, a partir dela o legislador constituinte acabou por construir um novo ramo do direito nas relações de consumo, 
O Código de Defesa do Consumidor constitui esse microssistema de direitos e deveres relativos às relações de consumo e surgiu por expressa determinação constitucional, Art. 48 do ADCT. 
O prazo do supracitado artigo não foi cumprido, vez que a Carta Magna foi promulgada em 05.10.1988 e o Código somente entrou em vigor quase três anos depois, em 11 de março de 1991.
O art. 1º do CDC[10] também faz remissão expressa à Constituição, mais especificamente ao art. 5º, XXXII[11], regulamentando, consoante comando constitucional, através da Lei nº. 8.078/90, a defesa do consumidor como direito fundamental.
A Constituição Federal, em seu art. 170, V[12], do Título VII da Ordem Econômica e Financeira, ao traçar os princípios gerais da atividade econômica, a qual se funda na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tendo por fim assegurar a todos existência digna, conforme ditames da justiça social, também instituiu, como princípio, a defesa do consumidor, proporcionando a este certa segurança.
O art. 24, incisos V e VIII da CF[14], por sua vez, atribui competência concorrente à União, Estados e Distrito Federal para legislar sobre produção e consumo e a responsabilidade por dano ao consumidor.
Outros dispositivos constitucionais também devem ser mencionados, como o art. 150, § 5º 
O legislador constituinte não prescreveu o conceito de consumidor, mas, como demonstrado, conferiu à lei ordinária – o Código de Defesa do Consumidor- sua proteção. A definição de consumidor, desta forma, encontra-se no art. 2º do CDC:
Logo, em interpretação literal, o consumidor pode ser pessoa física, pessoa jurídica ou coletividade de pessoas (consumidor por equiparação), desde que adquira produto ou serviço como destinatário final.
Apesar desta definição legal aparentemente simples e objetiva, o conceito de consumidor é de difícil identificação no caso concreto, tanto que a doutrina estabeleceu duas correntes para orientar a aplicação do Código do Consumidor: a maximalista e a finalista.
Para a doutrina finalista (ou subjetiva), consumidor é aquele que retira definitivamente de circulação o produto ou o serviço do mercado.
Já a doutrina maximalista entende que, para ser considerado consumidor, basta que este utilize ou adquira produto ou serviço na condição de destinatário final, não interessando o uso particular ou empresarial do bem.
Em seguida, é preciso expor o conceito de fornecedor, pois este é a parte contrária da relação de consumo, como também a noção de produto e serviço, todos assim definidos pelo CDC, Art. 3° § 1°§ 2° .
Observam-se duas importantes conseqüências, quais sejam, que o Código de Defesa do Consumidor surge como instrumento para dar efetividade, no plano ordinário e no âmbito das relações de consumo, ao princípio da dignidade humana, e que sua edição representou um passo relevante para a concretização desse princípio constitucional.
Constituição Federal de 1988 consagrou os direitos e garantias individuais como cláusula pétrea em seu art. 60, §4ª, inc. IV[25]. Logo, qualquer proposta de emenda tendente a prejudicar ou abolir direitos dos consumidores será inconstitucional. Em suma, o princípio da proteção ao consumidor, por caracterizar-se como norma fundamental, não pode ser abolido.
Diante de uma proteção constitucional tão abrangente, o sistema judiciário, portanto, tem que se adaptar ao novo ramo do Direito, qual seja, o Direito das Relações de Consumo, criado pela CF/88, de maneira a acompanhar a evolução da sociedade.
O juiz deve, de tal modo, adaptar-se à nova realidade, especialmente quanto aos interesses e direito difusos e coletivos, como o meio ambiente e o consumidor, visto que esses novos direitos, diante de uma sociedade massificada e informatizada, exigem novas soluções e o abandono dos institutos jurídicos ortodoxos e individualistas.
O Direito do Consumidor, como já destacado, é obra relativamente recente na Doutrina e na Legislação. Seu surgimento, como ramo do Direito, deu-se, principalmente, na metade do século passado. Entretanto, indiretamente, podem ser encontrados seus contornos, de forma esparsa, em diversas normas, jurisprudências e costumes dos mais variados países. Porém, o direito consumerista não era concebido como uma categoria jurídica distinta e, também, não recebia a denominação que hoje se apresenta.
Um dos primeiros instrumentos de que se tem conhecimento em relação à tutela do consumidor, foi o Código de Hamurabi (2300 a.C.) que protegia o consumidor nos casos de serviços deficientes e procurava evitar o enriquecimento sem causa dos vendedores. Também o Código de Manu, vigente na Mesopotâmia, no Egito Antigo e na Índia do século XII a.C., protegia os consumidores indiretamente ao tentar regular as trocas comerciais.
A Lei das XII Tábuas, por sua vez, já exigia do vendedor uma obrigação de transparência, exigindo que ele definisse as qualidades essenciais dos produtos e proibindo-o de fazer publicidade mentirosa:
“Tábua VI - Da propriedade e da posse
1. Se alguém empenhar a sua coisa ou vender em presença de testemunhas, o que prometeu terá força de lei.
2. Se não cumprir o que prometeu, que seja condenado em dobro.”[26]
Vigentes no Brasil Colônia, as Ordenações Filipinas (1603) puniam a usura.
No século XIX e nas primeiras décadas do século XX, os ideais do Estado Liberal e da sociedade capitalista impregnaram o referido período com os princípios da livre concorrência, da autonomia da vontade e do pacta sunt servanda, trazendo reflexos na área jurídica, a qual continuava não reconhecendo o consumidor como categoria.
Como já dito, foi a partir da década de 70 do século XX que as relações de consumo se tornaram objeto de um ramo jurídico autônomo, em decorrência das grandes alterações provocadas pelas revoluções industriais, urbanização, concentração capitalista, massificação social e dos contratos.
Com a união dos países em blocos para reduzir barreiras tarifárias e desenvolver o comercio internacional com o fito de competir no mundo globalizado e a sedimentação do comércio eletrônico, os consumidores passam a ter facilidade de adquirir produtos e serviços originários de qualquer parte do mundo.
Todavia, esta facilidade também veio acompanhada de uma série de dificuldades, entre as quais os métodos agressivos de marketing e a hiperssuficiência do fornecedor, que demonstraram a fragilidade do consumidor diante desta nova realidade
Foi através do crescimento de grupos de defesa do consumidor e um longo período de mobilização da opinião pública que os legisladores passaram a adotar medidas protetivas e a considerar o consumidor como sujeito de direitos.
Entretanto, o marco histórico na defesa do consumidor foi a mensagem do Presidente Kennedy ao Congresso dos Estados Unidos da América em 15 de março de 1962, conhecida como “Declaração dos Direitos Essenciais do Consumidor”.Faz-se necessário averiguar a evolução histórica do direito do consumidor em outros países porque o Código de Defesa do Consumidor foi inspirado em textos estrangeiros, a exemplo da Resolução nº. 2542 de dezembro de 1969, em seus arts. 5º e 10º, que reconheceu os direitos do consumidor internacionalmente, da Organização das Nações Unidas.
Em Genebra, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, em sua 29ª Sessão, em 1973, defendeu os chamados Direitos Fundamentais do Consumidor, quais sejam, o direito a segurança, a integridade física e a dignidade humana dos consumidores.
A Carta de Proteção dos Consumidores, elaborada pela Assembléia Constitutiva do Conselho da Europa, em sua resolução número 543 de 1973, serviu de base para a resolução do Conselho da Comunidade Européia em abril de 1975, introduzindo os primeiros passos para a prevenção e reparação dos danos causados aos consumidores. Essa resolução do Conselho da Comunidade Européia dividiu os Direitos do Consumidor em cinco categorias fundamentais: proteção da saúde e da segurança, proteção dos interesses econômicos, reparação dos prejuízos, informação, educação e representação (direito de ser ouvido).
A Resolução 39/248 de 1985 da ONU também previu normas acerca da proteção ao consumidor que cuidaram detalhadamente do tema, de forma a reconhecer a vulnerabilidade daquele diante dos desequilíbrios de aspectos econômicos, educacionais e de poder aquisitivo.
A supracitada resolução reconheceu, também, direitos básicos do consumidor, no âmbito mundial, estabelecendo objetivos, princípios e normas para que as nações aplicassem políticas firmes de proteção ao consumidor.
No Brasil, as primeiras normas de cunho protecionista surgiram na década de 30, a exemplo do Decreto 22.626/1933, que previa a repressão da usura e dos arts. 115 e 117 da Constituição de 1934[30], que versavam sobre uma ordem econômica voltada para existência digna de todos.
Outras normas nesse sentido foram a Lei de Economia Popular de 1951, a Lei de Repressão ao Abuso do Poder Econômico (Lei nº. 4.137/1962), que visava intervir no domínio econômico para assegurar a livre distribuição de produtos necessários ao consumo do povo, e a Lei da Ação Popular (Lei 4.717/1965).
Na década de 70, emergiu de forma mais enfática a preocupação com o tema, através dos discursos pioneiros do deputado Raimundo Nina Ribeiro que cobravam a necessidade de atuação mais enérgica no setor. Nesta época foi criado o primeiro PROCON, em 1978, no Estado de São Paulo.
Em âmbito federal, foi criado o Conselho Nacional de Defesa o Consumidor em 1985, o qual foi extinto no governo Collor e substituído pelo Departamento Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor.
Todavia, a conquista mais relevante para a proteção do consumidor no Brasil ocorreu com o advento da constituição de 1988, a qual inclui dispositivos específicos sobre o tema, conforme descrito no tópico 2.1 supra.
Seguindo esta tendência, após o supracitado comando constitucional do art. 48 do ato de Disposições Transitórias, empreenderam-se estudos e discussões que culminaram com a edição da Lei 8.078/90, o Código de Defesa do Consumidor.
O CDC é, hodiernamente, reconhecido como uma legislação das mais avançadas na defesa e proteção dos direitos dos consumidores, além de ter sido um instrumento que trouxe mudanças repentinas nas relações de consumo, tutelando assim, a hipossuficiência do consumidor na relação de compra e venda.
Vale mencionar, ademais, o Decreto nº. 2.181/97 que dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, estabelecendo normas gerais de aplicação das sanções administrativas previstas no CDC.
O art. 1º do CDC confirma a natureza jurídica de suas normas. A simples leitura deste artigo aponta que o Código de Defesa do Consumidor está imbuído de princípios imperativos e de magnitude ímpar, sobretudo por ancorar-se na própria origem constitucional do código.
Uma vez estabelecido que as normas inseridas no CDC sejam de ordem pública e de interesse social[36], conforme supracitado artigo, o diploma consumerista passa a deter natureza de norma cogente, provocando sua incidência independentemente da vontade das partes, o que permite sua aplicação de ofício pelo julgador, além de impossibilitar, no caso concreto, a alteração das situações jurídicas regulada por tal Código.
Logo, sendo uma norma de natureza cogente, de ordem pública e interesse social, o CDC tem caráter de comando ou proibição e objetiva preservar a segurança jurídica, além de ser inderrogável.
Destarte, quando o art. 1º do CDC dispôs que as suas normas são de ordem pública e de interesse social, demonstra, claramente, que a Lei 8.078/90 é uma lei de função social.
Interessa esclarecer que os preceitos da Lei 8.078/90 devem ser interpretados de acordo de acordo com a finalidade daquela, qual seja, restabelecer ou garantir o equilíbrio entre as partes (consumidor e fornecedor)
Registre-se que o CDC, como lei de função social, nasceu com o intuito de transformar uma realidade social e de conduzir as relações consumeristas a um novo patamar de harmonia.
A doutrina constitucional alemã prega, consoante a autora, que os direitos fundamentais, os quais são direitos subjetivos dos cidadãos, também influenciam as relações privadas[39].
A tutela dos interesses dos consumidores pelo Estado é um direito fundamental, como também um direito subjetivo público geral, pois aquele deve atuar positivamente neste sentindo em todos os seus poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo).
No ordenamento jurídico brasileiro, a eficácia horizontal dos direitos fundamentais nas relações privadas, passou a ser desenvolvido propriamente com o surgimento do Código de Defesa do Consumidor em 1990, justamente por ser lei infraconstitucional, reguladora das relações jurídicas privadas entre o fornecedor e o consumidor.
Neste diapasão, os contratos de consumo estariam enquadrados neste ponto de encontro de direitos individuais constitucionais, uma vez que a Carta Magna, como já explicado supra, elegeu os consumidores como agentes vulneráveis a serem tutelados pelo Estado e foi ainda mais longe ao ordenar o aperfeiçoamento desta proteção ao legislador infraconstitucional, através da elaboração do Código de Defesa do Consumidor.
A Constituição Federal de 1988, ao incluir a defesa do consumidor como direito fundamental, estabeleceu uma garantia constitucional deste Direito Privado, vinculando o Estado e os operadores do direito a reconhecer sua existência e efetividade.
Em relação à expressão força normativa de Hesse, conclui-se, através da mesma, que os direitos fundamentais previstos nas Constituições não constituem normas meramente programáticas, mas trata-se de dispositivos que têm força de norma executável e exigível.
O direito do consumidor, protetor deste sujeito mais vulnerável na relação consumerista, integra o mencionado novo direito privado, o qual está orientado pela função social emanada dos valores e das disposições constitucionais propagadores da eficácia dos direitos fundamentais lá prescritos.
Em outras palavras, restou evidente o interesse do legislador constituinte brasileiro em assegurar que o Direito do Consumidor, ramo do Direito Privado que é, seja moldado como direito fundamental humano.
Além do mais, a Carta Política de 1988 incluiu, como já explicitado, a defesa do consumidor no rol dos direitos e garantias fundamentais em seu art. 5º, inc. XXXII, Título II, Capítulo I, o qual enumera “os direitos e deveres individuais e coletivos”, possibilitando o exercício do direito do consumidor de forma individual ou coletiva.
De igual forma, o art. 81 do CDC estabelece que a defesa dos consumidores pode se dar individual ou coletivamente e define o que vem a ser direitos difusos, coletivos e individual homogêneos.
Quanto ao art. 81 do CDC supra, observa-se que há três critérios para definir e distinguir os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, quais sejam, o critério subjetivo (titularidade do direito material), o objetivo(divisibilidade do direito material) e de origem (origem do direito material).
No tocante à titularidade, os direitos difusos envolvem uma coletividade que não pode ser identificada ou determinada. Em realidade, conforme aduz Garcia, “os titulares dos direitos difusos não são somente pessoas indeterminadas, mas também indetermináveis” [51].
Quanto ao critério objetivo, os direitos difusos têm como característica a indivisibilidade, uma vez que os mesmos pertencem a todos os titulares indistinta e simultaneamente.
Os interesses difusos, em relação à sua origem, diferentemente dos direitos interesses coletivos, não pressupõem uma relação jurídica-base, pois é a circunstância fática que unifica seus titulares.
Nos chamados direitos coletivos, os interesses são indivisíveis e os titulares são indeterminados, mas determináveis, ligados por uma relação jurídica-base (origem do direito material), a qual pode se dar entre membros de grupo, categoria ou classe ou com a parte contrária, desde que anterior à lesão.
Por fim, nos direitos individuais homogêneos, os titulares do direito, que estão ligados entre si por uma situação de fato ou de direito comum, são determinados ou determináveis e os direitos são divisíveis.
O interesse de se delimitar o conceito dos direitos individuais homogêneos decorre da necessidade de se averiguar como se dá sua tutela, pois uma conduta lesiva pode causar dano tanto na esfera coletiva, como individual.
Ao lado desta discussão, a tutela dos consumidores reflete que a urgência e a globalização criam a necessidade da atuação estatal para a proteção não só do indivíduo, mas, conseqüentemente, da sociedade nas relações de consumo, já que a produção e a comercialização massificada de bens e serviços acarretam demanda de proteção também apta.
O presente capítulo finda com o conclusão de que o enfoque dado aos interesses difusos pelo Código de Defesa do Consumidor é de extrema importância para o presente estudo, vez que a sua tutela vem responder à demanda da sociedade massificada, que necessitava de um instrumento legislativo para a solução dos novos conflitos advindos da Era da Informação.
4. Considerações Finais
O presente estudo procurou demonstrar que a tutela ao direito do consumidor surgiu como resposta à massificação social, denotando-se daí o seu caráter intervencionista, uma vez que busca proteger a parte hipossuficiente do fornecedor representado pelas grandes corporações.
Diante deste quadro de vulnerabilidade do particular, a defesa ao consumidor foi erigida pelo legislador constituinte à categoria de direito fundamental, com o fito de trazer equilíbrio à relação consumerista.
Conclui-se, portanto, que os dispositivos legais que prescrevem a defesa e a proteção ao consumidor são verdadeiras normas de ordem pública e interesse social, de forma que sua aplicação e observância são obrigatórias.

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