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Antecedentes da Metafísica (versão ppt 2003)

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Antecedentes da Metafísica
Contexto histórico 
O que perguntavam os primeiros filósofos:
 Por que os seres nascem e morrem? 
Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra árvore, de um cão nasce outro cão, de uma mulher nasce uma criança? 
Por que os diferentes também parecem fazer surgir os diferentes: o dia parece fazer nascer a noite, o inverno parece fazer surgir a primavera, um objeto escuro clareia com o passar do tempo, um objeto claro escurece com o passar do tempo? _______________________________ 
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Por que as coisas se tornam opostas ao que eram? A água do copo, tão 
Por que nada permanece idêntico a si mesmo? 
De onde vêm os seres? Para onde vão, quando desaparecem? Por que se transformam? Por que se diferenciam uns dos outros? 
Mas também, por que tudo parece repetir-se? Depois do dia, a noite; depois da noite, o dia. Depois do inverno, a primavera, depois da primavera, o verão, depois deste, o outono e depois deste, novamente o inverno. De dia, o sol; à noite, a lua e as estrelas. Na primavera, o mar é tranqüilo e propício à navegação; no inverno, tempestuoso e inimigo dos homens. O calor leva as águas para o céu e as traz de volta pelas chuvas. Ninguém nasce adulto ou velho, mas sempre criança, que se torna adulto e velho. 
Foram perguntas como essas que os primeiros filósofos fizeram e para elas buscaram respostas. 
Filosofia: data e local de nascimento: final do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), na cidade de Mileto. 
Primeiro filósofo: Tales de Mileto. 
Conteúdo preciso ao nascer: uma cosmologia. 
A palavra cosmologia composta de duas outras: cosmos(mundo ordenado e organizado), e (logia, palavra logos, pensamento racional, discurso racional, conhecimento). 
Assim, filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza, donde, cosmologia. 
Principais características da Filosofia nascente
 O pensamento filosófico - traços principais: 
tendência à racionalidade (uso da razão);
tendência a oferecer respostas conclusivas para os problemas, isto é, colocado um problema, sua solução é submetida à análise, à crítica, à discussão e à demonstração, nunca sendo aceita como uma verdade, se não for provado racionalmente que é verdadeira;
 exigência de que o pensamento apresente suas regras de funcionamento. ( idéias segue regras universais do pensamento);
recusa de explicações preestabelecidas: para cada problema investigado deve ser encontrada a solução própria exigida por ele;
tendência à generalização: uma explicação deve ter a validade para todos os casos.
 Começo da Filosofia - origem da palavra razão oposta a quatro outras atitudes mentais:
1. ao conhecimento ilusório: ao conhecimento da mera aparência das coisas que não alcança a realidade ou a verdade delas;
 2. às emoções, aos sentimentos, às paixões (cegas, caóticas, desordenadas, contrárias umas às outras, ora dizendo “sim” a alguma coisa, ora dizendo “não” a essa mesma coisa);
3. à crença religiosa (verdade pela fé numa revelação divina, não dependendo do trabalho de conhecimento realizado pela nossa inteligência ou pelo nosso intelecto);
 4. ao êxtase místico, (espírito mergulha nas profundezas do divino e participa dele, sem qualquer intervenção do intelecto ou da inteligência, nem da vontade);
 
Os princípios racionais :
 Princípio da identidade, “A é A” ou “O que é, é”. ( condição do pensamento e sem ele não podemos pensar).
Não- contradição - coisas e idéias contraditórias impensáveis e impossíveis.
Princípio do terceiro-excluído, cujo enunciado é: “Ou A é x ou é y e não há terceira possibilidade”. Por exemplo: “Ou este homem é Sócrates ou não é Sócrates”; “Ou faremos a guerra ou faremos a paz”. Este princípio define a decisão de um dilema - “ou isto ou aquilo” - e exige que apenas uma das alternativas seja verdadeira.
 Princípio da razão suficiente (tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão (causa ou motivo) para existir ou para acontecer, e que tal razão (causa ou motivo) pode ser conhecida pela nossa razão. 
Características importantes dos princípios da Razão:
Ausência de um conteúdo determinado, pois são formas: indicam como as coisas devem ser e como devemos pensar, mas não nos dizem quais coisas são, nem quais os conteúdos que devemos ou vamos pensar; ?
Validade universal, (nos seres humanos e nas coisas, nos fatos e nos acontecimentos), em todo o tempo e em todo lugar, tais princípios são verdadeiros e empregados por todos (os humanos) e obedecidos por todos (coisas, fatos, acontecimentos);
Necessários ( indispensáveis para o pensamento e para a vontade, indispensáveis para as coisas, os fatos e os acontecimentos)
As indagações metafísicas 
Por que há seres em vez do nada?
Por que uma coisa pode mudar e, no entanto, conservar sua identidade individual, de tal maneira que podemos dizer que é a mesma coisa, ainda que a vejamos diferente do que fora antes?
 Como sabemos que uma determinada roseira é a mesma que, no ano passado, não passava de um ramo com poucas folhas e sem flor?
Como sabemos que Paulo, hoje adulto, é o mesmo Paulo que conhecemos criança?
Por que sinto que sei que sou diferente das coisas?
Por que eu e o outro podemos ver de modo diferente, sentir e gostar de modo diferente, discordar sobre tantas coisas, fazer coisas diferentes e, no entanto, ambos admitimos, sem sombra de dúvida, que um triângulo, o número 5, o círculo, os arcos do palácio da Alvorada, ou as pirâmides do Egito são exatamente as mesmas coisas para ele e para mim?
O que é uma coisa? E um objeto? O que é a subjetividade? O que é o corpo humano? E uma consciência?
Perguntas : campo da metafísica. 
A metafísica: investigação filosófica “O que é?”
“dois sentidos:
1. “existe”, refere-se à existência da realidade e pode ser transcrita como: “O que existe?”;
2. significa “natureza própria de alguma coisa”, a pergunta se refere à essência da realidade, podendo ser transcrita como: “Qual é a essência daquilo que existe?”
 Existência e essência da realidade: múltiplos aspectos temas principais da metafísica( investiga os fundamentos, as causas e o ser íntimo de todas as coisas, indagando por que existem e por que são o que são).
História da metafísica três grandes períodos:
1. período que vai de Platão e Aristóteles (séculos IV e III a.C.) até David Hume (século XVIII d.C.);
2. período que vai de Kant (século XVIII) até a fenomenologia de Husserl (século XX);
3. metafísica ou ontologia contemporânea, dos anos 20 aos anos 70 do século passado (XX). Características da metafísica em seus períodos 
Primeiro período - as seguintes características:
Investigação daquilo que é ou existe, a realidade em si; ? é um conhecimento racional apriorístico, isto é, não se baseia nos dados conhecidos diretamente pela experiência sensível ou sensorial (nos dados empíricos), mas nos puros conceitos formulados pelo pensamento puro ou pelo intelecto; 
Um conhecimento sistemático, isto é, cada conceito depende de outros e se relaciona com outros, formando um sistema coerente de idéias ligadas entre si;
Exige a distinção entre ser e parecer ou entre realidade e aparência, seja porque para alguns filósofos a aparência é irreal e falsa, seja porque para certos filósofos a aparência só pode ser compreendida e explicada pelo conhecimento da realidade que subjaz a ela.
 
O segundo período: centro na filosofia de Kant ( demonstra a impossibilidade dos conceitos tradicionais da metafísica para alcançar e conhecer a realidade em si das coisas).
Kant - proposição ( metafísica conhecimento de nossa própria capacidade de conhecer – seja uma crítica da razão pura teórica – tomando a realidade como aquilo que existe para nós enquanto somos o sujeito do conhecimento).
A metafísica poderá continuar usando o mesmo vocabulário que usava tradicionalmente,
mas o sentido conceitual das palavras mudará totalmente, pois não se referem ao que existe em si e por si, mas ao que existe para nós e é organizado por nossa razão.
A metafísica contemporânea: chamada de ontologia ( procura superar tanto a antiga metafísica (conhecimento da realidade em si, independente de nós), quanto a concepção kantiana (conhecimento da realidade como aquilo que é para nós, porque posto por nossa razão).

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