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JORNALISMO 
O QUE É? 
Vera França (2012, p.335-336) vê o jornalismo como 
uma prática comunicativa que, voltada para a leitura 
e a interpretação de um mundo amplo e diverso, “é 
nucleada pela noção de notícia. O jornalismo se 
constitui como a palavra que traduz e disponibiliza 
as ocorrências ou fatos relevantes da vida 
cotidiana – os acontecimentos formados, por esta 
palavra, em notícias”. 
Os pesquisadores e autores da obra Os elementos 
do Jornalismo: o que os jornalistas devem saber e o 
público exigir, Bill Kovach e Tom Rosenstiel (2004), 
defendem que os princípios e a finalidade do 
jornalismo são definidos pela função exercida pelas 
notícias na vida das pessoas. 
Para eles, “precisamos de notícias para viver nossas 
vidas, para nos proteger, para nos ligarmos uns aos 
outros, identificar amigos e inimigos. O jornalismo é 
simplesmente o sistema criado pelas sociedades 
para fornecer essas notícias” (KOVACH; 
ROSENSTIEL, 2004, p.18). 
“As pessoas precisam de informação por causa de 
um instinto básico do ser humano, que chamamos 
de Instinto de Percepção. Elas precisam saber o que 
acontece do outro lado do país e do mundo, 
precisam estar a par de fatos que vão além de sua 
própria experiência. O conhecimento do 
desconhecido lhes dá segurança, permite-lhes 
planejar e administrar suas próprias vidas. Trocar 
figurinhas com essa informação se converte na base 
para a criação da comunidade, propiciando as 
ligações entre as pessoas” (KOVACH; ROSENSTIEL, 
2004, p.36). 
Felipe Pena (2010) diz, também, que a natureza do 
jornalismo reside no desejo de se conhecer o 
desconhecido – pois o desconhecido provoca 
medo. É esse “medo” que leva o homem, segundo 
ele, a querer conhecer. Para isso, é necessário ousar, 
transpor limites. 
“Entretanto, não basta produzir cientistas e filósofos 
ou incentivar navegadores, astronautas e outros 
viajantes. Também é preciso que eles façam os tais 
relatos e reportem informações a outros membros 
da comunidade que buscam a segurança e a 
estabilidade do ‘conhecimento’. A isso, sob certas 
circunstâncias éticas e estéticas, posso denominar 
jornalismo” (PENA, 2010, p.23). 
 
 
“O jornalismo, afinal, fornece um elemento muito 
especial, único, a uma determinada cultura: 
informação independente, confiável, precisa e 
compreensível, elementos importantes para que o 
cidadão seja livre. O jornalismo destinado a 
fornecer outras coisas diferentes acaba subvertendo 
a cultura democrática” 
(KOVACH; ROSENSTIEL, 2004, p.20). 
 
 
Os autores Bill Kovach e Tom Rosenstiel, que lideraram as 
pesquisas e escreveram a obra, chegaram à conclusão de 
que a finalidade do jornalismo é fornecer informação às 
pessoas para que estas sejam livres e capazes de se 
autogovernar. Para tanto, seria necessário observar nove 
princípios ou elementos, que não incluem, por exemplo, 
os conceitos de “isenção” e “equilíbrio”, pois são 
considerados muito vagos para serem incluídos entre os 
elementos essenciais da profissão. 
 
 
A primeira obrigação do jornalismo é com a verdade 
Sua primeira lealdade é com os cidadãos 
Sua essência é a disciplina de verificação 
Seus praticantes devem manter independência daqueles a 
quem cobrem 
O jornalismo deve ser um monitor independente do poder 
O jornalismo deve abrir espaço para a crítica e o 
compromisso público 
O jornalismo deve empenhar-se para apresentar o que é 
significativo de forma interessante e relevante 
O jornalismo deve apresentar as notícias de forma 
compreensível e proporcional 
Os jornalistas devem ser livres para trabalhar de acordo 
com sua consciência (KOVACH; ROSENSTIEL, 2004, p.22-23). 
 
 
“Embora os jornalistas se sintam incomodados em 
definir o que fazem, eles concordam em um ponto 
fundamental, que é a finalidade do que fazem” 
(KOVACH; ROSENSTIEL, 2004, p.33). 
 
 
“A finalidade do jornalismo não é definida pela 
tecnologia, pelos jornalistas ou pelas técnicas utilizadas 
no dia-a-dia. [...] os princípios e a finalidade do 
jornalismo são definidos por alguma coisa mais 
elementar – a função exercida pelas notícias na vida das 
pessoas” (p.30). 
 
 
 
“Notícia é aquela parte da comunicação que nos 
mantém informados dos fatos em andamento, 
temas e figuras do mundo exterior” (KOVACH; 
ROSENSTIEL, 2004, p.36). 
 
Desafio: 
compreender como os jornalistas, em meio a tantos 
acontecimentos, fazem a seleção do que vai ser 
reportado ao público como notícia. 
Jornalismo, Mediação e Notícia 
Valores-notícia 
“Os valores-notícia se referem duplamente às 
expectativas da sociedade (e, por consequência, 
dos receptores de um dado veículo) e à 
responsabilidade social do jornalismo (que, no 
modelo de jornalismo que adotamos tem a ver 
com a noção de compromisso com o interesse 
público e com as prerrogativas básicas para o 
exercício profissional, a liberdade de expressão e 
de informação)” (GOMES, 2007, p.7). 
Segundo o pesquisador português Nelson Traquina 
(2005), os critérios de noticiabilidade são um 
aspecto fundamental da cultura profissional dos 
jornalistas e podem ser definidos como “o conjunto 
de valores-notícia que determinam se um 
acontecimento, ou assunto, é susceptível de se 
tornar notícia, isto é, de ser julgado como 
merecedor de ser transformado em matéria 
noticiável” (TRAQUINA, 2005, p. 63). 
O autor (2005) afirma que esses critérios não 
são imutáveis, uma vez que sofrem mudanças de 
uma época para outra, também podem variar de 
uma empresa jornalística para a outra (porque 
refletem as particularidades de cada política 
editorial) e não há regras que indiquem quais têm 
prioridade sobre os outros. 
Mediadores, testemunhas e tradutores 
 
 
A menos que nós próprios sejamos os 
protagonistas, os eventos surgem para nós, 
espectadores, mediados através de repórteres 
(literalmente: aqueles que reportam, aqueles que 
contam o que viram), porta-vozes, testemunhas 
oculares e toda uma multidão de sujeitos falantes 
considerados competentes para construir “versões” 
do que acontece (MACHADO, 2009, p.102). 
 
Segundo descrição de Pedro Bial (1996, p.25), “na 
rua ou mesmo na redação, o repórter é ‘o sujeito’. 
Vai lá, atua, escuta, interpreta, organiza, informa. 
Toma as decisões que lhe cabe tomar, exerce os seus 
parcos e ilusórios momentos de poder”. 
Esse sujeito repórter, a partir da possibilidade de 
estar presente nos lugares onde os fatos 
acontecem e de ter acesso privilegiado a 
informações, articulando diversas competências, 
entre elas, a capacidade de traduzir e 
 contextualizar as notícias para o público, constrói 
versões da realidade como um profissional que 
reporta o que vê e ouve, um mediador que faz a 
ponte entre diferentes realidades. 
O repórter são os olhos e ouvidos do veículo que 
representa e do público que tem acesso ao que 
acontece em qualquer parte por meio de seus 
relatos, testemunhos...

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