Buscar

Curso de Direito Processual Civil - Processo do Conhecimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula de Direito Processual Civil – Processo do Conhecimento
Professor Rafael Carneiro
02/08/2016
Processo de Conhecimento = Proposição de uma Petição Inicial, Resposta do Réu, Provas e Sentença.
04/08/2016
Processo do Conhecimento é estruturalmente simples. Ele serve para conhecer ou reconhecer quem tem o direito. No Processo de Conhecimento, o autor vai ao juiz pedir alguma coisa em face de alguém, que dará uma resposta. O Juiz vai conhecer dos fatos para produzir uma segurança jurídica no sentido de decidir quem tem razão. Finalidade do Processo de Conhecimento é a Sentença certificação de quem tem razão sentença produz a norma aplicável ao caso concreto Ponto sensível. O Processo de Conhecimento tem uma estrutura: Petição Inicial Resposta Prova Sentença (Coisa Julgada).
A Fase Probatória é opcional, mas os documentos têm que vir anexados desde o início do processo. Autor faz petição inicial, e o juiz cita o réu. Juiz tem que ver quem está falando a verdade. Após a resposta do Réu, pode ter a sentença. O Juiz pode demandar uma Fase Probatória para analisar as alegações de ambas as partes. O Juiz vai certificar quem tem razão dentro dessa lide, dentro do conflito de interesse.
Faz-se o uso do Estado porque não se tem a Autotutela nas sociedades “civilizadas” de hoje. Hoje, é preciso pedir a um 3º (Estado) para que se tenha a solução Heterocomposição.
Se houver interposição de Recurso após a sentença não tem Coisa Julgada. Coisa Julgada para o autor o Autor tem que fazer o Processo de Execução, que é um Processo de Satisfação, e não de Conhecimento.
A Sentença Transitada em Julgado é um Título Executivo (Judicial) tem convenção executiva se tem o reconhecimento de um direito presunção legal do reconhecimento de um direito. 
Existem apenas dois processos: Processos de Conhecimento e de Execução.
Rito = protocolo sequência de certos procedimentos que, no CPC, é o Procedimento Comum (mais amplo/profundo, regulando subsidiariamente os outros). Ex. O Juizado Especial tem um Procedimento específico, assim como a Lei do Mandado de Segurança, Lei da Ação Civil Pública, Ação Possessória... Existem os Procedimentos Especiais.
Art. 318 CPC. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
O Processo nasce com a Propositura da Ação. Ela se considera proposta com o Protocolo.
Art. 312 CPC. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
Ex. Advogado faz uma Petição Inicial, junta a ela os documentos essenciais: uma cópia para si, uma Copia da Petição para o Réu ( Contrafé) e a Cópia que ficará na Vara normalmente faz-se 3 cópias. 
Ele vai no Setor de Distribuição: cola-se um número na petição inicial. Demora um tempo para saber qual foi a vara para qual foi distribuída a petição. Para efeito de distribuição, vale a data do protocolo Se a proposição da ação for feita no último dia do prazo, e o réu só for citado 6 meses, a data retroage até o dia do protocolo o advogado fez a proposição correta, pois ele não tem controle sobre a data da distribuição da ação.
Parte = Quem pede ou contra quem se pede. 
1) Sentença de Procedência autor ganha a ação (parâmetro da sentença é o pedido do autor). 
2) Sentença de Improcedência réu ganhou a ação. 
3) Sentença Parcialmente Procedente autor não ganhou tudo o que quis.
1ª coisa que se escreve em um Petição Inicial é o Endereçamento da Petição a quem se dirige a petição preciso saber a competência do juiz. Ex. “Excelentíssimo senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal de Ceilândia...”.
Após o Endereçamento, dá-se um espaço para que se tenha o adesivo do protocolo. Em seguida, se dá a Qualificação do Autor X, solteiro, devidamente domiciliado.... Em outras petições, pode-se usar a expressão “o autor, já qualificado nos autos”.
Art. 319 CPC. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa. Em caso de Pedido meramente Declaratório, coloca-se um valor baixo. Ex. Ação Negativa de Declaração de Relação Jurídica Tributária (declarar que o autor não precisa pagar o tributo); Ação Declaratória de que X foi torturado 40 atrás por Y. O juiz mandará emendar caso a Petição não tenha valor.
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Inovação do CPC, que foi montado em plataforma que induz a transação das partes mais célere e menos trabalho para o Judiciário. O Réu é citado para comparecer na Audiência de Conciliação e Mediação (ACM). 
§1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Na Petição Inicial, é possível ver:
I – Dos Fatos: o Juiz não pode alterar os Fatos trazidos pelo autor. O Réu pode contestar os Fatos, e tornar-se revel caso não o faça.
II – Do Direito: Fundamentar de acordo com o Art. errado não tem problema também. Essa estrutura é dispensável porque é só um costume. Em tese, o juiz sabe do Direito “Dê-me os fatos e lhe dou o Direito”. Coloca-se isso para convencer o juiz a concordar com o seu ponto de vista. Também não tem problema errar porque o réu vai contestar essa fundamentação jurídica. Em outros ordenamentos jurídicos, é preciso acertar a fundamentação jurídica, como no da Itália.
Causa de Pedir = Aquilo em razão pela qual se pede algo Origem da Pretensão. Ex. X bateu no carro de Y Y quer remuneração. Ex. X é pai da criança se tem um Pedido de constituir nova relação jurídica.
	Causa de Pedir Remota ou Fática
	Descrição do fato que originou a lide.
	Causa de Pedir Próxima ou Jurídica
	Fundamento Jurídico pelo qual se deduz o Pedido Fundamento no Direito pelo qual se quer o pedido próprio direito. Após a descrição fática e feita aplicação do direito, a retirada da norma do abstrato para o caso concreto substancia o pedido do autor.
	Teoria da Substanciação da Causa de Pedir (Teoria adotada no Brasil)
	Importa os fatos (Causa Remota), em preponderância ao fundamento jurídico (Causa Próxima): Iuria Novit Curia a Corte conhece o Direito. 
A teoria exige os fatos e os fundamentos jurídicos como elementos da Causa de Pedir. Ela pressupõe que o magistrado conhece o direito e que o importante é uma discrição fática correta porque o juiz decidirá sobre o direito posto Fundamentação legal apresentada pelo autor não vincula o juiz, que poderá tomar a decisão através de sua livre convicção jurídica sobre o caso apresentado pelo autor.
	Teoria da Individualização da Causa de Pedir
	O fundamento jurídico prepondera sobre o fundamento fático, vinculando o julgador. Não há o requisito da Causa de Pedir Remota não requer os fatos, só necessita da apresentação dos fundamentos jurídicos do pedido. 
Ver Agravo Regimento no AREsp (Agravo em Recurso Especial) 674.850/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, 2ª Turma, STJ.
III – Do Pedido. Ele podeser:
1) Declaratório: Busca de uma declaração de existência ou inexistência de uma relação jurídica ou de um fato juridicamente relevante. Gera uma Sentença Declaratória. Ex. Reconhecimento de uma Usucapião.
2) Constitutivo: Há a criação, modificação ou extinção de uma relação ou situação jurídica. Gera uma Sentença Constitutiva. Ex. X entra com uma Petição Inicial cujo Pedido é o reconhecimento de uma União Estável.
3) Condenatório. Existe violação do Direito Material, com a consequente condenação. Gera uma Sentença Condenatória. Ex. X entra com uma Ação cujo Pedido é uma reparação de danos por causa de uma ofensa.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
Segundo o CPC, era preciso pedir, desde o início, um pedido de prova testemunhal, pericial... Mas na prática, isso não funciona. Ex. Réu revel, ou então confirma certos fatos... Na Prática: “protesta por todos os meios de Direito” pode demandar para anexar documentos após a propositura da petição inicial.
Art. 321 CPC (Emenda da Petição Inicial). O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos art. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Juiz pede a Emenda da Petição Inicial quando esta não preenche os requisitos do Art. 319, 320 ou quando tiver defeitos que possam dificultar o julgamento de mérito. Ex. Falta na Petição um Pressuposto Processual. Ex. Emenda da petição quando não se tem a procuração do advogado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Pressupostos Processuais = Requisitos de Existência/Validade da Relação Jurídico-processual. Os requisitos mais comuns adotados pela Doutrina são: 
a) Investidura do Juiz: O juiz que julgará deve estar previamente investido na jurisdição preenche os requisitos previstos na lei constitucional/infraconstitucional para o exercício da magistratura.
b) Demanda Regularmente Formulada: Demanda contém requisitos legais do Art. 319 CPC.
Os Pressupostos de Validade são:
a) Competência Material: Órgão jurisdicional julgador deve ser competente em razão da matéria. Sem o juiz com competência material processo nulo.
b) Imparcialidade do Juiz: Impedimento Nulidade do Processo. Suspeição Anulabilidade do Processo.
c) Capacidades das Partes: As partes devem ter Capacidade Civil Plena para ser parte e estar em juízo. Os absolutamente incapazes serão representados em juízo por seus pais, tutores ou curadores. Os relativamente incapazes serão assistidos em juízo. 
Capacidade de Postular em Juízo Jus Postulandi pertence aos advogados regularmente habilitados na OAB.
A lei admite que a parte possa postular em juízo sem a necessidade de advogado se for advogado, no juizado especial civil, para as causas de até 20 salários mínimos (Lei n. 9.099/95) e, na Justiça do Trabalho, quando a controvérsia envolver empregados e empregadores (Art. 791 CLT).
d) Inexistência de Fatos Extintivos da Relação Jurídica Processual (Pressupostos Processuais Negativos): Inexistência de Perempção, Litispendência, Convenção de Arbitragem...
e) Respeito às Formalidades do Processo: Os atos processuais devem ser praticados em consonância com os requisitos previstos em lei, sob consequência de nulidade.
09/08/2016
Pedido da Petição Inicial: Todas as Petições têm um Pedido. Só existem 3 tipos de Pedido (5 para a corrente mais moderno): Condenatório, Constitutivo ou Declaratório. A Doutrina faz uma classificação no que toca os Pedidos:
	1) Pedido Imediato
	Providência jurisdicional que a parte quer desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional. Ex. Condenação em obrigação de fazer, entregar coisa; declarar existência de relação jurídica; constituir nova relação jurídica Pedidos Condenatório, Constitutivo ou Declaratório. 
	2) Pedido Mediato
	Bem da Vida o que o autor procura no caso concreto. A tradução desse pedido é feita pelo Pedido Imediato. É o objeto da ação propriamente dito desejo do autor contra o réu sobre o bem jurídico pretendido. Ex. Pede-se que se pague o dano do acidente de carro ( Pedido Condenatório).
Critérios do Pedido:
Art. 322. O pedido deve ser certo Não se tem Pedido Incerto.
Pedido Certo é aquele feito de forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito a norma-padrão desacolhe pedido feito de forma implícita, tácita, velada... Contudo, a regra em questão abre exceção no tocante aos pedidos referentes aos Juros Legais, Correção Monetária e as Verbas de Sucumbência, incluídos os Honorários Advocatícios. Esses são considerados implicitamente pedidos pela parte autora.
Certeza do Pedido se refere à providência jurisdicional se refere ao Pedido Imediato. 
Pedido Determinado se refere ao Bem da Vida aquele definido quanto à Quantidade e Qualidade pretensão jurisdicional da parte é precisa, delimitada. Ex. Quanto se quer ganhar. Seu inverso é o Pedido Genérico ou Indeterminado. Pedido Determinado = Pedido Líquido = Pedido que tem um valor específico.
É possível que o juiz conceda um Pedido que não foi deduzido da inicial? Via de regra, não (prática pode ser diferente). Quando o juiz, via de regra, concede um benefício não requerido pelo autor violação ao princípio da Congruência. Não se pode dar aquilo que não foi requerido (violação ao Princípio da Inércia). Contudo, existem casos em que o juiz pode conceder benefícios que não foram requeridos na Petição Inicial Pedidos Implícitos.
§1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. 
Ex. Pedido confuso na Petição Inicial. O juiz tem que interpretar o pedido.
Pedidos Implícitos: Art. 322, §1º CPC e Art. 323.
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Caso de Obrigações Continuadas ou de Tratos Sucessivos obrigação com pagamento de prestação mensal. Ex. PA (revisto a cada mês). O pai deixa de pagar em Maio, Junho e Julho. A Mãe entra com uma ação alegando a falta de pagamento o juiz cita o réu. Vamos supor que a sentença só saiu em Dezembro, e o pai ainda não pagou nenhuma prestação. O juiz deve incluir essas prestações que venceram no curso do processo. As prestação, sendo inadimplidas, podem ser incluídas na condenação, embora fora do Pedido na Petição Inicial.
Súmula 54 STJ: Os Juros Moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de Responsabilidade Extracontratual.
Art. 324. O pedido deve ser determinado ( regra).
§1º É lícito, porém, formular pedido genérico ( exceção da regra com necessidade de amparo legal):
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; Casos de Universalidade de Fato ou Universalidade de Direito.
	Universalidade de Fato
	Pluralidade de bens singulares pertencentes a uma mesma pessoa ou a ela vinculados, porém dotados de uma só destinação econômica ou jurídica. Ex. uma biblioteca, um rebanho, uma floresta... Apenas um objeto em questão. Art. 90 CC.
	Universalidade de Direito
	Complexo de relações jurídicas economicamente apreciáveis e pertencentes a uma pessoa. Ex. patrimônio, massa falida, herança... Art. 91 CC.
Ex. X morre bens aos herdeiros. Contudo, não se sabe quais são os bens, apesar de poder discutir o quinhão não se consegue individuar a herança.As Ações Universais podem ser Ações Coletivas.
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; Não se sabe o valor quanto se faz a Petição. 
Ex. Pedido de Condenação que precisa de uma análise pericial complexa. No caso, é preciso refazer um prédio necessidade de saber o valor após a análise de um perito.
Ex. Decorrente da batida, o autor para no hospital e vai ter sequelas o pedido do pagamento para o tratamento das sequelas é Genérico (o tratamento do hospital é Determinado).
Ex. Condenação em valores que não se sabe ainda. 
O Juiz pode proferir uma sentença genérica ilíquida necessidade de fazer uma Liquidação de Sentença. Ex. “Condeno o réu a pagar o autor os danos materiais” Liquidação de Sentença procedimento que várias etapas. Ainda que o Pedido seja Genérico, a sentença tem que ser, via de regra, Determinada. Existem Sentenças Genéricas: Ex. “Condeno o réu ao pagamento de Dano Moral a ser definido na corregedoria do tribunal”.
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
Ex. Batida de carro Discussão sobre quem tem a culpa, se houve batida... Autor pede Ação de Danos Materiais:
1º Pedido: Declarar que o Réu bateu com culpa (pode ter culpa do réu) An Debeatur discussão sobre o Mérito se é ou não devido.
2º Pedido: Responsabilidade Subjetiva Autor tem que provar a culpa do réu. O autor diz que, ao reconhecer a culpa do réu, o juiz deve condenar em 3.500,00 Quantum Debeatur valor do Pedido o quanto se deve. Só se vê a quantidade quando se tem uma análise do mérito. 
No Pedido Determinado, sabe-se o An Debeatur e o Quantum Debeatur.
 
No Pedido Genérico, pede-se o An Debeatur, mas o Quantum Debeatur é impreciso não se sabe dele no momento da propositura da ação. 
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Caso de Pedido Alternativo Obrigação Alternativa: consequência lógica do próprio objeto contratual.
Cumulação de Pedidos
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
Caput = Cumulação Simples Cumulação de Pedidos independentes entre si. Ex. Cumulação de Danos Materiais (batida de carro) e Danos Morais (morte do ente na batida), embora se nasceram do mesmo fato são conexos.
Ex. X cobra cheque de 100,00 de Y em relação à venda de uma TV. Meses depois, X cobra cheque de 500,00 de Y por causa de uma geladeira esses contratos não têm relação entre si. Existe possibilidade de Cumulação Simples apesar de serem pedidos desconexos por causa do Princípio da Economia Processual É possível ter a cumulação de pedidos desconexos.
§1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si; 
Posse e anular concurso não são compatíveis. Se em vez de “e” colocar o “ou” já pode
Aqui é relativo. Vale só para cumulação própria porque na impropria pode não ser compatíveis. 
A incompatibilidade só admite na formulação impropria 
Na Cumulação Sucessiva e na Subsidiária, um pedido depende do outro. 
	Cumulação Sucessiva (Sucessória)
	Análise do 2º pedido se o 1º for procedente. 
Ex. Só se vê quantidade a se pagar se o juiz achar que houve a batida por parte do réu juiz só entra no mérito de pagar se houve batida com culpa. Se achar que não houve culpa sem análise do custo da condenação Impossível ter Pedidos Contraditórios, Ilógicos, Incompatíveis.
	Cumulação Subsidiária
	Na improcedência do pedido principal, pede-se um Pedido Subsidiário (Substituto), e este pode ser incompatível com o principal. Ainda é uma Cumulação de Pedidos, mas o acolhimento do Posterior depende da improcedência do 1º existe uma Interdependência entre os pedidos, como no Sucessivo.
Ex. Contestação do Réu: 1º Pedido: “Não tive culpa, não bati no carro...”. No 2º momento, o réu discute o quanto ele deve: “Devo apenas 3.000,00”. O 2º Pedido pressupõe que o réu bateu Pedidos Incompatíveis.
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
Ex. Não é possível a cumulação quando um juízo é Estadual e o outro é Federal.
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
Existem diversos ritos de procedimento. Existem Pedidos próprios para serem deduzidos sobre ritos Processuais específicos. 
Ex. Autor quer cumular o Pedido Possessório (Rito Especial) de uma terra com pedido de Danos Materiais. Ele pode cumular desde que traga o pedido do rito especial para o rito geral (mais profundo, demorado, complexo). No procedimento comum, se for compatível deferir os pedidos, é possível fazê-lo É possível a procedência de uma Ação Possessória dentro do Procedimento Comum.
§2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Tem ritos especiais que mudam algumas coisas dos ritos gerais, essas são falsos ritos especiais. Possessória tem alguns detalhes que a transformem em especial. Se quiser juntar tudo pode, se seguir o procedimento comum. Pode abrir mão dos ritos especiais e seguir como procedimento comum
§3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior (Pedido Subsidiário na tabela acima).
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Pedido Alternativo: O autor pede para que o juiz escolha se vai condenar o réu a um dos dois Pedidos. Ex. Autor pede um farol ou então 500,00. O Pedido Alternativo (relação de responsabilidade civil) é diferente do Pedido Alternativo de uma Obrigação Alternativa (depende do contrato anterior relação contratual).
	Cumulação Inicial
	Cumulação veiculada na demanda inicial.
	Cumulação Ulterior
	Parte agrega novo pedido ao processo após a postulação inicial. Ex. Art. 329, I CPC, Art. 430 CPC.
	Cumulação Homogênea
	Cumulação feita pela mesma parte.
	Cumulação Heterogênea (Contrastante)
	Pedidos são feitos por partes distintas. Ex. Cumulação pela Reconvenção ou pela Denunciação da Lide promovida pelo réu.
11/08/2016
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
É possível, após propositura da ação, o autor querer adicionar alguns fatos, fundamentos, causa de pedir... O Réu é citado para comparecer na Audiência de Conciliação e Mediação. 
Com a citação válida, forma-se a Angularização Processual. A Citação continua a ser um meio de integrar o réu na relação jurídica processual. Sem citação válida sem processo até a citação válida, o autor pode alterar o pedido sem o consentimento do réu. 
Entre a Citação e a Fase de Saneamento, o autor pode alterar com o consentimento do réu. O Pedido de Aditamento da Petição Inicial é o Pedido do Autor para fazer a adicionarda Causa de Pedir ou do Pedido. Após a citação, o juiz faz vistas ao réu para que ele veja se consente ou não.
STJ diz que essa eventual negativa do Aditamento da Petição Inicial deve ser fundamentada, mas não é uma orientação forte.
	Aditar
	Adicionar. Aditar a petição inicial (ou aditar o libelo) acrescentar mais pedido e/ou mais causa de pedir, mantendo-se incólumes o pedido e a causa de pedir originariamente indicados.
	Modificar
	Mudar Alterar. Modificar a petição inicial (ou modificar o libelo) mudar o pedido e/ou a causa de pedir, de uma maneira tal que o pedido e/ou a causa de pedir originários passam a ser outros.
	Emendar
	Corrigir, Consertar emenda-se a inicial para retirar dela alguma incorreção.
	Completar
	Completa-se o que não está inteiro petição inicial precisa ser completada se nela estiver faltando algo que deveria estar presente suprir falta preencher lacuna.
É diferente de emendar, já que a emenda se faz necessária não para preencher uma lacuna, mas para corrigir uma imperfeição cometida.
Fase de Saneamento é a fase que o juiz saneia o processo. Ele vê se está tudo certo para dar a sentença análise de nulidades, ele vê se terá fase probatória...
Na Fase de Saneamento, ocorre a Estabilização do Processo porque não se pode mais alterar o Pedido ou a Causa de Pedir apesar do consentimento do réu, o autor não pode mais alterar nada no Pedido e na Causa Pedir nessa Fase.
Após negar pode haver conexão de um outro pedido que foi feito por detectação de conexão e distribuição, mas isso só ocorre antes da sentença.
Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
A e B litigam sobre uma vaca e C (um dos credores). Devedor pode executar ou ter um processo de conhecimento
Um credor que não participa do processo (não contratou advogado, não correu atrás do crédito...) receberá a sua parte em razão de outro credor ter proposto a ação. 
Obrigação Divisível: Devedor deve prestações para cada credor cada credor cobra a sua parte existem “3 relações jurídicas” 3 fundamentos jurídicos.
Obrigação Indivisível: Devedor deve prestação para todos 1 fundamento jurídico um credor pode cobrar a dívida. Se o devedor pagar os outros poderão receber, apesar de não participar do processo. Os credores que não estão no processo podem pedir a cota para o credor que ganhou ou então podem entrar Processo de Execução.
Ex. Sem Art. 328: 1º credor cobra e ganha. 2º credor cobra e perde uma mesma relação não pode dar resultados diferentes.
Súmula 235 STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado. Fundamento da Súmula: Apesar do processo materialmente conexo, ele não o é formalmente. Após a sentença, o juiz encerra a sua atividade ou tem Apelação ou tem Trânsito em Julgado.
Legitimidade Ordinária: Autor pleiteia, em nome próprio, um direito próprio.
Legitimidade Extraordinária (Substituição Processual): Autor pleiteia, em nome próprio, direito alheio. Ex. Sindicato defende os direitos dos sindicalizados se Sindicato ganhar a ação, o benefício é para os sindicalizados. Ex. MP tem Legitimidade Extraordinária para pedir alimentos para uma criança.
	Legitimidade Ad Causam (Capacidade de ser Parte)
	Legitimidade para agir numa demanda judicial pertinência subjetiva da demanda. Ex. Menor de 16 tem legitimidade Ad Causam para propor ação contra seu suposto pai, mas não tem Legitimidade Ad Processum, por não ter capacidade para estar em juízo, devendo ser representado.
Capacidade de Ser Parte = personalidade judiciária, a aptidão para ser sujeito de uma relação jurídica processual ou assumir uma situação jurídica processual: autor, réu, assistente, excipiente.... Ela começa a existir a partir do momento em que a pessoa adquire a capacidade de direito. 
	Legitimidade Ad Processum (Capacidade de Estar em Juízo ou Capacidade Processual)
	Aptidão para a prática dos atos processuais, independentemente de assistência ou representação os atos podem ser praticados pessoalmente ou por representantes indicados em lei. A Capacidade Processual não se confunde com a Capacidade de Ser Parte.
Nesse caso da Obrigação Indivisível, quando apenas um credor pleiteia, este não tem Legitimidade Extraordinária porque ele pleiteia, em nome próprio, coisa comum. O credor que entrou na Justiça não defende direito alheio, mas um direito próprio que é compartilhado.
Indeferimento da Petição Inicial: Juiz pode indeferir a Petição Inicial porque a lei o permite.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima; Legitimidade Ad Causam
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos art. 106 e 321.
Todo pedido tem duas análises: Análise de Admissibilidade Análise de Pressupostos Processuais e Análise de Mérito. Sem Pressupostos Processuais Juiz deve pedir emenda à Inicial Aditamento da Inicial na forma do Art. 312, sempre que o vício for sanável dever do juiz de oportunizar essa emenda com base no Art. 6º CPC (Princípio da Cooperação), pois juiz é sujeito do processo para que se tenha uma sentença de mérito.
Em caso de vício sanável juiz deve mandar emendar. Apenas o II e o III são insanáveis causa de extinção do processo Juiz intima as partes para evitar decisões surpresas. Existe outra corrente que diz que o juiz pode indeferir a petição sem intimar as partes.
Inepta = falta pedido ou causa de pedir. 
§1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado (sendo possível determinar a quantia econômica que se quer, o autor deixa de fazê-lo), ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; Ex. Companheira diz ao juiz que se separou do companheiro, e que ela precisa uma quantia para alimentos, faz o cálculo, e pede divórcio. 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter (discutir), além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§3º Na hipótese do §2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Condições da Ação (CPC 1973): Possibilidade Jurídica do Pedido, Interesse de Agir e Legitimidade das Partes. CPC 1973 adotou a teoria segundo a qual o processo precisa das Condições da Ação. O Novo CPC não utiliza o termo “Condições da Ação” divergência doutrinária se existe as condições da ação no ordenamento jurídico processual. Uns falam que elas permanecem pela sua importância, outros dizem que não porque não se tem mais a previsão desses requisitos de Admissibilidade do processo. Parte da Doutrina diz que as antigas Condições da Ação se tornaram para “meros Pressupostos Processuais”.
No novo CPC, não se tem mais Possibilidade Jurídica do Pedido. CPC o fez porque no CPC antigo, criticava-se essa condição. Em 1973, se tinha um Judiciário “juiz boca de lei” olhar na lei e ver se pedido estava na lei. Com CF e expansão do Judiciário não faz sentido o juiz olhar no ordenamento para ver se o pedido tinha previsão legal. Se não tiver previsão legal, o juiz usa princípios, analogia... Pode-se fazer pedido sem previsão legal Essa condição da ação não era causa de extinção da ação. O legislador acatou essas críticas da Doutrina. O Interesse de Agir e a Legitimidade foram para os Pressupostos Processuais.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobrea qual deva decidir de ofício. Evita as decisões surpresa. 
Ex. Se juiz ver que as partes não são legitimados ele tem que avisar às partes. Se Juiz acha que tem prescrição tem que intimar as partes para se manifestar. Ex. Matéria de Ordem Pública juiz pode falar de ofício (caso de Pressupostos Processuais). Mas antes de decidir, ele deve intimar as partes. Em qualquer ponto em que não houve debate juiz tem que intimar as partes para a manifestação.
Indeferimento da Petição Inicial Extinção/Arquivamento do Processo sem julgamento de mérito. Ex. Faltou procuração juiz indefere após intimação e não cumprimento pela parte extinção do processo sem resolução de mérito.
Indeferimento da Petição Inicial só ocorre antes da Citação do Réu. Se uma das causas for notada depois da Citação do réu intimação das partes e Extinção do Processo sem Julgamento de Mérito. O Juiz pode extinguir o processo sem julgamento de mérito em qualquer momento, mas antes da Citação, essa Extinção chama-se de Indeferimento da Petição Inicial. Após a Citação, tem-se a Extinção do Processo sem Julgamento de Mérito.
Indeferimento da Petição Inicial ocorre em razão de vícios processuais requisitos de Juízo de Admissibilidade com análise dos pressupostos processuais. Se forem vícios sanáveis, o juiz manda emendar (se o autor não sanar juiz indefere a Inicial). Se os vícios forem insanáveis, o juiz extingue sem resolução de mérito após intimação das partes. 
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
16/08/2016
Improcedência Liminar do Pedido: O Juiz faz um julgamento com mérito, no qual ele não dá o bem da vida que o autor requereu Juízo de Mérito. 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória (1ª condição), o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
Juiz pode julgar improcedente o pedido mesmo antes de citar o réu em casos específicos. A lei não permite a Procedência liminar do pedido porque ofende o Contraditório. Na Improcedência Liminar do Pedido, a sentença é favorável ao réu Contraditório se torna “inútil”.
Doutrina tradicional classifica Ausência de Contraditório como Vício Insanável Nulidade do Processo. A Doutrina mais moderna entende que essa ausência causa a Inexistência do Processo Não existe julgamento de mérito procedente do pedido sem contraditório. Nos casos da Tutela Provisória, o contraditório acontecerá depois. 
Pedido do autor deve ser totalmente de direito. Existem pedidos que demandam análise de fatos, provas (testemunha, depoimento, documentos...) Demanda Instrução Probatória, a não ser que o processo já venha instruído (nem sempre análise de fato demanda Instrução Probatória, mas são casos excepcionais: Ex. Questão de fato é demonstrado com documentos já anexados na Petição Inicial). Ex. Batida de carro, briga entre vizinhos, ações em Direito de Família, Dano Moral... Esses casos demandam Instrução Probatória.
 Em casos que tenham só questões de Direito, o juiz analisa o pedido do autor e o confronta com o ordenamento jurídico sem fase instrutória. Ex. Servidor quer receber tal benefício precisa-se saber se ele pode. Ex. Banco pode cobrar uma taxa específica...
I - enunciado de súmula do STF ou STJ; qualquer súmula.
II - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; É um procedimento diferenciado para julgamento de processos múltiplos mesma questão de direito para inúmeros processos dentro de um tribunal. Ex. Taxa de banco, plano de saúde... Ex. STJ escolhe um recurso e o julga, sendo que este será o julgamento paradigma que terá força vinculante, sendo aplicado aos demais processos. Apenas o STF e o STJ têm Recursos Repetitivos.
III - entendimento firmado em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas ou de Assunção de Competência;
IRDR, IAC e Repercussão Geral são julgamentos vinculantes mistura de sistema civil e common law. Art. 927 CPC. Esses institutos facilitam a diminuição de processos e aumenta a segurança jurídica. Ex. Tribunal julga um processo. Esse julgamento é de aplicação obrigatória para todos os outros juiz tem que seguir o precedente obrigatório (CPC 1973 não tinha isso).
	IRDR: Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas.
	Incidente instaurado nas hipóteses em que houver discussão judicial sobre matérias com potencial de gerar relevante multiplicação de processos fundados em idêntica questão de direito; ou, com potencial de causar profunda insegurança jurídica devido ao risco de decisões conflitantes. Art. 976-987 CPC.
	IAC: Incidente de Assunção de Competência (Afetação)
	Deslocamento da competência funcional de órgão fracionário que seria originariamente competente para apreciar o recurso, processo de competência originário do Tribunal ou remessa necessária, para um órgão colegiado de maior composição, devendo a lide ser isolada e envolver situação de relevante questão de direito com repercussão social Apesar de relacionado aos recursos, ele se aplica também à remessa necessária e aos processos de competência originária dos Tribunais. 
Esses institutos dizem respeito à atividade jurisdicional das Cortes, e visam seu melhoramento. O acórdão proferido pelo órgão colegiado consubstanciará em um precedente que vinculará todos os órgãos daquele tribunal, que diante de outro caso igual não poderão decidir de maneira diversa. Art. 947 CPC.
Ex. O relator propõe que o recurso seja julgado por outro órgão colegiado, que não aquele que ele compõe. Ele é da 1ª Turma do STJ. O “normal” é que o RESP seja julgado monocraticamente pelo próprio relator, ou pelo “seu” colegiado (1ª Turma). O IAC permite que o relator leve o RESP para a 1ª Seção (1ª Turma + 2ª Turma de direito público) ou para a Corte Especial. Esse “deslocamento de competência” previne ou compõe divergências jurisprudenciais internas. Prevenir antes que surjam as divergências, e compor depois que elas já existem após o julgamento desse RESP, não se terá mais divergência, ainda que não se tenha decisão unânime.
	Repercussão Geral
	Requisito especial para a admissão do Recurso Extraordinário ( apenas no STF): “o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros”.
IV - enunciado de súmula de TJ sobre direito local. 
§1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
Maioria Doutrina entende que §1º não está nos incisos do caput é possível que haja demanda de produção de provas ele não se vincula aos requisitos do caput. Ex. Responsabilidade Civil prescreve em 3 anos. Se autor entra depois de 4 anos, o juiz nem faz o Juízo de mérito.
§2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
Se autor não apelou, o réu será intimado (e não citado) sobre a sentença de improcedência liminar do pedido.
§3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
O autor pode recorrer da sentença que julga liminarmente a improcedência do pedido. Autor faz Apelação, e o Juiz vê que se equivocou (não teve prescrição, não se podia aplicar a súmula...) faz Juízo de Retratação corrige o seu erro.
Juízo de Retratação: Possibilidade do juiz modificar a decisão que tomou anteriormente em razão da argumentação da parte. Ex. X apresenta recurso apelando de uma sentença, e o juiznega seguimento ao recurso alegando que X não recolheu as custas pertinentes. Contudo, as custas foram recolhidas, mas por lapso o juiz não viu X apresenta petição informando que os comprovantes estão junto do recurso. O juiz verifica que é verdade e que houve um erro e muda a decisão que negou seguimento ao recurso.
§4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões (resposta ao recurso), no prazo de 15 (quinze) dias.
Nos casos em que o juiz recebeu a petição adequada ( não manda emendar) e não se tem caso de improcedência liminar do pedido, o juiz fará o Despacho Citatório. A Citação é o ato processual que chama o réu para formar a Angularização Processual. A Citação ao réu é feita para que ele compareça à ACM.
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias (Prazo Impróprio pode ser maior), devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência (Prazo Peremptório não pode ser menor porque é relacionado à defesa do réu se for menor, pode haver nulidade em caso de prejuízo).
§1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na ACM, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
Conciliador: Art. 165, §2º CPC: O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
Mediador: Art. 165, §3º CPC: O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
§2º  Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
O Juiz marca a data no Despacho Citatório (em tese). Intima-se o Advogado por meio do Diário Oficial Eletrônico.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas ( os 2) as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
Ex. Autor não quer ACM, mas o juiz vai marcar e o autor vai ser intimado. Se o réu falar, com até 10 dias de antecedência, que não quer a ACM ACM cancelada. Se uma das partes quiser vai ter a ACM.
II - quando não se admitir a autocomposição.
Heterocomposição é feita por 3º (Juiz ou Árbitro). Os Direitos Indisponíveis não podem ser transacionados. Ex. Direito Ambiental, da Criança, do Estado é indisponível. Ex. X bateu no carro do Ministério da Saúde: prejuízo de 20.000,00. União não pode dizer que faz uma ACM na qual X paga 14.000,00.
 não se pode dispor de direitos indisponíveis, mas não implica que não se tenha autocomposição nos direitos indisponíveis. No caso do carro do Ministério da Saúde: pode pagar em dinheiro de uma vez, pode pagar em parcelas...
Os Direitos da Personalidade são Indisponíveis, mas o ressarcimento pela violação é disponível. Ex. negociação do dano moral entre 5.000,00 ou 500.000,00.
§5o  O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
Se autor e réu não falam nada, então terá ACM. Alguns Doutrinadores não gostam desse “força-barra” da ACM. 
§6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
Ex. A, B e C (réus): A e B não querem, mas C quer e expressou manifestamente ou não manifestou se terá ACM. Não necessariamente se terá mais de uma petição, pois A, B e C podem ter o mesmo advogado ou serem representados pelo mesmo escritório.
No Litisconsórcio Simples, as partes podem transacionar, visto que a sentença será diferente para os litisconsortes alguns podem ter resultado frutífero na ACM, enquanto que outros não.
No Litisconsórcio Unitário, é preciso de um consenso unânime entre todos os litisconsortes, visto que a sentença é para todos os litisconsortes. Se um quiser a ACM ou não falar nada terá a ACM. Contudo, o acordo precisa ser aceito por todos, pois todos devem estar dispostos a transacionar para chegar ao acordo.
§7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
Caso se tenha justificativa, o juiz pode remarcar ou apenas não dar a multa.
§9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 
Por serem Direitos Disponíveis, as partes podem escolher ou não esse assessoramento técnico a parte não é obrigada a ter um advogado na ACM sem advogado, ainda pode ter ACM. O termo “devem” precisa ser entendido como “é interessante, mas facultativo, estar acompanha de um especialista da área”.
§10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (realizar acordo).
§11.  A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§12.  A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
Contestação começa depois da ACM, ou então no momento em que o réu diz que não quer a ACM “dia zero” é o dia no qual réu leva a petição alegando que não quer a ACM Prazo de contestação se inicia com ACM infrutífera. A ACM = Audiência Desarmada porque as partes não deveriam ir com advogado para não ter o gasto de contestação, visto que é possível a conciliação.
18/08/2016
Se houve conciliação na ACM processo acabou, faltando apenas a homologação da sentença e a execução. Se não houve acordo na ACM ou não teve ACM Defesa do réu. Para réu se defender na Fase Postulatória, existem vários tipos de defesa:
1) Sob a Análise da Natureza da própria Defesa:
	a) Defesa Processual 
	Também chamada de Defesa de Admissibilidade.
Alegar que o autor incorreu em algum vício processual intuito de inviabilizar o conhecimento de mérito pelo juiz sem Juízo de Mérito. São as defesas cujo objeto são os requisitos de admissibilidade da causa (condições da ação/pressupostos processuais) puramente processuais e questionam a viabilidade da análise de mérito pelo juiz. Ex. X não apresentou procuração, não tem capacidade postulatória... Ex. Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no Art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.
	b) Defesa Meritória ou de Mérito
	Visa o julgamento da improcedência de mérito do pedido Juiz nega o pedido do autor no Juízo de Mérito. São aquelas que o demandado se opõe contra a pretensão deduzida em juízo pelo demandante, com o intuito de neutralizar os seus efeitos, retardar a produção dos mesmos efeitos (exceções dilatórias de mérito), para extingui-los ou para negá-los peremptoriamente.
Ex. Caso de batida de carro: X contesta alegando que não bateu no carro. Ex. Exceção Substancial, Pagamento, Decadência...
2) Sob a Análise de Consideração ao Tempo do Processo:
	a) Defesa PeremptóriaImpedimento do exame do mérito (a processual pode ou não impedir) objetiva perimir (por fim) o exercício da pretensão. Elas podem ser alegadas a qualquer tempo. 
Ex. Prescrição, Pagamento, Compensação, Coisa Julgada se juiz acatar essa defesa, ele extingue o processo sem resolução de mérito.
	b) Defesa Dilatória
	Aumentar o tempo do processo Dilatar no tempo o conhecimento do mérito, o exercício de determinada pretensão. Ela retarda o exame, o acolhimento ou a eficácia do direito do demandante.
Ex. Nulidade de Citação, Conexão, Incompetência do Juízo (salvo Art. 51, III Lei nº 9.099/95), Exceção do Contrato não cumprido...
3) Sob a Análise do Tipo de Defesa
	a) Defesa Direta
	Réu faz negação frontal à pretensão do autor. O demandado se limita a:
Negar existência dos FJ constitutivos do Direito do autor.
Negar consequências jurídicas que o autor pretende retirar dos fatos que aduz réu reconhece os fatos, mas nega-lhes a eficácia jurídica pretendida pelo autor. Ex. Questão contratual de Inadimplemento: o autor acha que o prejuízo de 10.000,00. O réu discute a quantidade do prejuízo, achando que este é de 4.000,00, mas não o inadimplemento em si.
 Réu não traz fato novo ao processo sem necessidade de Réplica. Art. 350-351 CPC. Ex. Batida de carro: o réu alega que não bateu no carro. A Defesa Direta é apenas de Mérito, pois as processuais são sempre Indiretas.
	b) Defesa Indireta
	Réu reconhece alguns fatos ou o fato alegados pelo autor, mas ele alega fato novo que extingue ou modifica a pretensão do Autor réu agrega ao processo fato novo que impede, modifica ou extingue o direito do autor necessidade de réplica.
Art. 350 CPC
A Defesa Indireta Art. 373, II CPC e na possibilidade de cisão da confissão, que a princípio é indivisível Art. 395 CPC.
Ex. Batida de carro: o réu alega que bateu no carro do autor, mas já houve prescrição, a culpa foi do autor...
4) Classificação adicional do Didier:
	a) Defesa Instrumental 
	A apreciação da defesa formulação de um instrumento autônomo e apensado aos autos principais: autos próprios, conjunto de documentos... Ex. Alegação de Suspeição e Impedimento do Juiz.
	b) Defesa Interna
	Aquela que pode ser formulada no bojo dos autos em que está sendo demandado o réu. Maioria das defesas podem ser formuladas internamente.
É possível misturar esses tipos porque eles focam em análises diferentes sobre o objeto da defesa.
Ex. Defesa Processual-Peremptória: Litispendência.
Ex. Defesa Processual-Dilatória: Incompetência.
Ex. Defesa Meritória-Peremptória: Prescrição, Decadência.
Ex. Defesa Meritória-Dilatória: Contrato pendente de condição suspensiva, Exceção do contrato não cumprido.
 
Essas Classificações dos Tipos de Defesas são diferentes da Peça Processual. O réu oferece resposta quando a ACM foi infrutífera. O réu tem o ônus (e não obrigação) de apresentar uma resposta. 
O Ônus depende do próprio réu, e o réu arca com os seus próprios prejuízos responsabilidade é do réu, que também arca com os custos da Revelia. A Prova também é um ônus porque o autor tem que provar a sua pretensão.
A Obrigação responsabilidade em caso de inadimplemento na obrigação, a responsabilidade para implementar a pretensão de alguém é de outra pessoa. Se essa pessoa não faz a parte dela uso do processo para submeter a vontade do credor perante o devedor. 
No ônus: Para ter pretensão não depende de outra pessoa. Depende de apenas uma pessoa 
No caso de réu ser omisso, será revel
Alguns autores, como o Didier, fazem uma diferença entre Defesas-Exceção e Defesas-Objeção.
	1) Exceção
	Em latu sensu, Sinônimo de Defesa. 
Em stricto sensu, Exceção = alegação de defesa que precisa ser arguida pelo interessado para que o juiz a conheça peças que o juiz não conhece de ofício. Existem Exceções stricto sensu Substanciais (Compensação. Não podem ser conhecidas ex-officio, salvo a Prescrição – Art. 487, II CPC) e Processuais (Incompetência Relativa, Convenção de Arbitragem).
	2) Objeção
	Matéria de defesa que pode ser conhecida ex-officio pelo magistrado defesas que podem ser cognoscíveis de ofício ainda que o réu não fale nada, o juiz conhece uma defesa em favor do réu. 
Existem Objeções Substanciais (Decadência Legal, Pagamento, Causas de Nulidade Absoluta do NJ – Art. 168 e 424 CC) e Processuais (Pressupostos Processuais: Interesse de Agir, Inépcia da Petição Inicial – Art. 485, §3º CPC). Art. 342, II e 493 CPC.
Existem 3 tipos de resposta que o réu pode oferecer:
	1) Contestação
	Instrumento de exceção exercida pelo réu para o seu direito de defesa “petição inicial do réu” embutida na defesa.
	2) Reconvenção
	Contra ataque do réu que enseja o processamento simultâneo da ação principal e da ação reconvencional, a fim de que o juiz resolva as duas lides na mesma sentença tecnicamente falando, é mais um pedido que uma resposta é demanda nova em processo já existente não é processo incidente. Réu = Reconvinte e Autor = Reconvindo.
Ex. Autor alega que sofreu danos materiais. O Réu alega que ele não deve nada ao autor, e na verdade, quem deve é o Autor Réu entra com um processo, mas se teria Conexão CPC, de acordo com os Princípios da Economia e Celeridade Processuais, permite que quando o Réu apresente a Contestação, ele proponha a Reconvenção “Ação dentro de uma Ação” dentro de um processo, existem duas demandas, dois litígios Uma sentença para cada um, uma fase probatória para ambos... 
A Jurisprudência admite que, dentro da Contestação, o réu faça um pedido para que o juiz conclua que se trata de Reconvenção. Nesse caso, o pedido procede, apesar de, pela técnica processual, ser melhor a elaboração de duas peças.
	3) Exceção de Suspeição ou Impedimento do juiz/MP
	Essa exceção forma um processo a parte. Ela seria julgada pelo tribunal. Não existe mais Exceção de Incompetência no novo CPC (uso de um barbante que era anexado ao processo principal): alega-se a incompetência em uma preliminar da Contestação. É a forma estabelecida em lei para afastar o juiz ou MP da causa por lhe faltar imparcialidade. O impedimento/suspeição dizem respeito à pessoa do juiz/MP, que é réu no incidente (alegação de incompetência se refere ao juízo).
Pode-se pedir o 1, 2 e 3 ao mesmo tempo. O Réu pode apresentar apenas a Reconvenção e sem a Contestação por ex., mas se terá a Revelia.
replica
23/08/2016
A Contestação tem três princípios. São regras que o CPC traz, mas a Doutrina os chama de princípios:
1) Da Eventualidade
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Imaginar que vai perder nas principais e vai alegar nas subsidiarias, achando coisas novas. Defesa para cada caso, estratégia de pedido e de causa
O réu tem que deduzir as defesas, considerando que as defesas principais não serão acatadas. Ex. Argumento da Lei 1 não vai ser analisado se o juiz acatar a prescrição, sendo que a Prescrição não será analisada se o juiz acatar as preliminares processuais (caso de extinção do processo sem julgamento de mérito) relação de subsidiariedade É preciso alegar toda a matéria de defesa, o que inclui as defesas eventuais, subsidiárias (// com Pedido Subsidiário). O princípio da Eventualidade está contido no princípio da Concentração.
2) Da Concentração
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Princípio da Concentração determina que o réu deve deduzir toda a matéria de defesa na contestação pensar em todos os tipos de defesa possíveis e deduzir na contestação. 
Ex. X, servidor público, processa a União para obter o pagamento de benefício. Não houve nenhuma conciliação. X diz que Lei 1 dá o benefício dele. A União diz que essa pretensãoestá prescrita, que a Lei 1 não concedeu o benefício. União ainda fala que, caso o juiz ache que a Lei concede o benefício, então o juros, a correção monetária, o cálculo e a data inicial não correspondem ao que X falou. Por outro lado, A União fala tudo o que pode nas preliminares processuais (falta de capacidade processual, falta de legitimidade...) é preciso alegar, concentrar toda a matéria de defesa na Contestação. Caso o réu não alegue tudo o que deveria, ele não pode fazê-lo nas alegações finais da sentença.
Ex. União alega somente a prescrição, e o juiz não acata esse argumento. Nas alegações finais, a União fala que a Lei 1 não concede o benefício, e que os cálculos estão errados. Depois da contestação, não se tem mais a oportunidade de deduzir novas, inéditas alegações, salvo em certos casos.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
Ex. União fala que a Lei 1 foi revogada após a contestação.
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Algumas questões são Questões de Matéria de Ordem Pública, que visam a preservação de direitos públicos juiz pode conhecer de ofício a qualquer tempo e grau de jurisdição, e as partes podem alegar a qualquer tempo e grau de jurisdição.
Ex. Caso da União: a prescrição é razão de divergência doutrinária sobre ser matéria de ordem pública. Se o juiz conhecer a prescrição de ofício, ele retira da parte a possibilidade de renúncia da prescrição (Art. 191 CC) divergência sobre o juiz poder reconhecer de ofício essa prescrição. A Jurisprudência não se manifestou.
Contudo, os Pressupostos Processuais são matéria de Ordem Pública (salvo 2 exceções no Art. 337). Se as preliminares não forem alegadas na contestação, o juiz pode conhecer da legitimidade de uma das partes ex-officio na sentença.
3) Da Impugnação Específica: Exceção ao Princípio da Concentração.
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão (Ex. Ação versa sobre Direitos Indisponíveis não é possível pena de confesso);
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; Ex. Contrato de compra e venda de imóvel escritura pública é necessária acima de 30 salários mínimos. Se o autor não juntou a escritura pública o réu, ainda que faça contestação genérica, não sofrerá pena de confissão porque o instrumento público é essencial para o ato de compra e venda de imóvel acima de 30 salários mínimos.
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Ex. União impugnou que não devia, e depois fala que sobre o cálculo. O juiz não vai presumir que por estar alegando o cálculo, a União confessa que deve para X não causa a pena de confissão.
 A defesa tem que ser específica, e não geral ela deve ser precisa.
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
 Pena de Confesso: presumir verdadeiro os fatos alegados pelo autor.
Ex. X aciona R na Justiça por Dano Moral: R deixou lixo na porta dele, o xingou e arranhou o carro dele. Na contestação, se R escrever “não fiz nada”, ele fez uma defesa genérica quando a lei pede uma defesa especificada Pena de Confesso ou Confissão Ficta na contestação genérica, ela é equiparada à ausência de contestação a Impugnação deve ser Específica sob pena de haver Confissão.
Caso R faça uma defesa específica sobre o carro apenas existe a pena de confesso para os dois primeiros argumentos. Apesar da contestação ser genérica, é possível não aplicar a pena de confesso nos incisos do Art. 341. A Contestação, no novo CPC, começa após a ACM infrutífera. 
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da ACM, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do Art. 334, §4º, inciso I;
O réu pode desistir da ACM. No dia que o réu protocolar a rejeição da ACM este é o “dia zero” excluído na contagem do prazo.
III - prevista no Art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, §6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. 
Ex. Autor não quis ACM. Os réus X, Y e W também não quiseram cada réu tem um termo inicial diferente (a Jurisprudência deverá se posicionar sobre esse tópico). Contudo, W pode querer a ACM, e X e Y podem não saber da vontade do W problema, pois o prazo de X e Y já tinha começado a contar desde o seu pedido de cancelamento da ACM pode inviabilizar o contraditório.
Ex. W diz que não quer a ACM 16 dias após o pedido de cancelamento de Y na prática, o advogado do réu deve tomar cuidado
§2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, §4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.
Novo CPC: Casos sem ACM prazo começa a partir da juntada do mandado de citação último réu. Da decisão que homologa a desistência do autor perante a citação do réu, começa a correr o prazo de 15 dias.
Todo Pedido tem duas análises:
Juízo de Admissibilidade (Preliminares de Pressupostos Processuais): Juiz pode conhecer o mérito saber se o processo tem vícios processuais que quebram garantias legais ou constitucionais.
Preliminares do Conhecimento de Mérito antes da defesa de mérito visa impedir o julgamento de mérito ou dilatar o tempo. 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar (Preliminares do Conhecimento de Mérito. Art. 337 trata das Preliminares, mas nem todos são Pressupostos Processuais. Estes estão exclusivamente no Art. 485):
I - inexistência ou nulidade da citação; 
Caso ocorrer a nulidade da citação processo volta do 0, mas não será extinto sem julgamento de mérito.
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
Importante porque a regência dos honorários advocatícios sucumbenciais mudou. Ex. Autor A pede 50.000,00 de dano moral em face dos réus, e ele perde A pagará ao advogado dos réus (supondo que seja apenas 1) 10% do valor das causas em sede de honorários sucumbenciais a depender do valor da causa, os honorários sucumbenciais mudam muito.
Se o juiz der a procedência parcial do processo o juiz não pode compensar os honorários sucumbenciais. Se A só ganhou 25.000,00 A dá ao advogado dos réus 10% do valor ganho e os réus dão ao advogado de A 10% do que eles deixaram de perder.
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
Art. 486, §3º CPC: Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.
VI - litispendência; Caso de ter duas ações com a tríplice identidade (Pedido, Partes e Causa de Pedir) reprodução de ação ainda em andamento extinção do processo sem julgamento de mérito. 
VII - coisa julgada; Reprodução de uma ação quando a mesma já transitou em julgado suscita-se a preliminar de Coisa de Julgada. Ex. O Réu alega que essa ação já foi julgada em tal processo extinção do processo sem julgamento de mérito.
VIII - conexão; Duas ações com as mesmas partescom mesmo Pedido e/ou Causa de Pedir. A Conexão faz com que as ações conexas se reúnam no Juízo Prevento reunião no Juízo que 1º conheceu da causa. Vale lembrar que a Conexão é Defesa Dilatória não impede o julgamento de mérito.
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
Incapacidade da Parte:
	Direito Material
	Direito Processual
	Capacidade de Direito (qualquer pessoa, física ou PJ)
	Capacidade de ser parte
*Não há perfeita simetria. Alguns entes despersonalizados têm capacidade de serem parte. Ex. CN (não tem personalidade jurídica, pois quem a tem é a União) pode impetrar Mandato de Segurança defendendo seus interesses institucionais.
	Capacidade de Fato
	Capacidade Processual Capacidade de Estar em Juízo/Legitimidade Ad Processum
Não há perfeita simetria – Art. 8º Lei 9.099 (pessoas que não podem ser autoras em Juizados Especiais sem Capacidade de ser parte nos Juizados Especiais).
	
	Capacidade Postulatória (Defeito de Representação – Art. 75 CPC)
Defeito de Representação: Relacionado com a Capacidade Postulatória do advogado não se teve uma procuração, ou então uma procuração sem os poderes específicos para fazer determinados atos. Existe também Ex. Art. 75 CPC.
Falta de Autorização: Art. 73 CPC. Trata-se de uma Legitimidade Processual (Ad Processum) específica, na qual é preciso de uma autorização que versa sobre direitos imobiliários Outorga Uxória ou Outorga Marital.
X - convenção de arbitragem;
As partes fazem um contrato no qual eles dizem que, se ocorrer um litígio, este será decidido no Juízo Arbitral. Houve briga uma das partes foi para a Justiça Estatal. A Parte ré pode alegar a Convenção de Arbitragem. Se ela não alegar a convenção Art. 337, §6º CPC O Réu pode fazer a renúncia da Convenção de Arbitragem.
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Ausência de Carência de Ação = Ausência de uma condição da Ação (Interesse de Agir ou Legitimidade), apesar de parte da Doutrina achar que elas foram extintas.
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
Ex. PJ ou Pessoa Física que não mora no Brasil quer litigar no Brasil precisa apresentar uma Caução. O réu pode alegar essa falta de caução. Deixar caucionado para pagamento de custas 
Ex. Impugnação da parte autora sobre o benefício da gratuidade da Justiça. O réu diz que o autor é capaz de arcar com os custos.
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. 
Salvo estas exceções, as outras preliminares são de Ordem Pública.
§6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
25/08/2016
O autor pode errar ao indicar o réu indica a pessoa errada. Ex. Autor entra contra X da Silva, mas era outra pessoa com o mesmo nome do verdadeiro réu. Ex. Autor faz uma Ação Possessória, mas ele entra contra o caseiro da casa necessidade de correção do polo passivo autor deve consertar isso, indicando o réu correto.
A Nomeação à Autoria foi extinta no novo CPC e substituída pelos Art. 338 e 339 CPC com o procedimento de correção do polo passivo. 
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu.
Se réu alegar, levantar a Preliminar de Ilegitimidade, o juiz vai demandar ao autor se ele quer trocar o réu.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, §8º.
Ex. Se o autor reconhece que o réu estava errado pede para tirar este e pede nova citação. O autor pagará de 3-5% de Honorários Sucumbenciais ao advogado do antigo réu.
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
Em caso de Homonímia, o réu não sabe quem é a pessoa com o mesmo nome que o dele. Mas no caso do Caseiro, ele sabe quem é o Posseiro deve indicar o verdadeiro sujeito passivo legítimo, sob pena de arcar com o prejuízo (o autor deve provar o prejuízo).
§1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338.
§2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
Quando o réu levanta a Preliminar de Ilegitimidade, o autor escolhe se quer alterar o polo passivo (réu não escolhe se ele é ou não na ação). Quando o réu alega Ilegitimidade autor tem risco. Se ele concordar com o réu troca de réu depois de pagar os honorários, e pede a citação do novo réu.
Se o autor não quer fazer a substituição, ele tem essa liberdade, mas corre o risco do polo passivo ser o errado Extinção do Processo sem Julgamento de Mérito e pagamento dos honorários em 10% do valor da causa.
O autor também pode demandar a citação de um novo réu para fazer formar um Litisconsórcio Passivo.
 Nos 3 casos, o autor tem um risco com a sua estratégia, pois é ele quem escolhe com quem quer litigar. Se o autor perder e tiver mudado o réu também pagará 10% em honorários de sucumbência ao advogado do novo réu. Contudo, quem decide se a Alegação de Legitimidade é correta ou não é o Juiz.
Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta (e não prova concreta), a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
No CPC 1973, existia a Exceção de Incompetência (processo a parte sobre Competência). No CPC 2015, não existe mais isso porque se tem a Preliminar de Contestação.
Ex. Em Samambaia, A brigou com R. Ambos moram em Samambaia. A pode ajuizar Ação na Vara Brasília (apesar de não ser o mais adequado). Essa ação pode prosseguir em Brasília se não haver alegação de incompetência territorial (a competência será prorrogada).
Mas o Réu também pode alegar a Alegação de Incompetência Territorial na Contestação, mas esta será distribuída na Vara de Brasília (Vara na qual a Inicial foi distribuída). Contudo, o réu também entrar com essa contestação em Samambaia. O juiz da causa (de Brasília) vai decidir sobre a preliminar de Incompetência.
§1º A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa.
§2º Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
§3º Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§4º Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação.
Reconvenção (outra Resposta do Réu)
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvençãopara manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Ex. A entra contra R. R é citado, mas na verdade ele diz que A é quem deve. Ao invés de R entrar com uma Ação, R faz uma Reconvenção. Esta é um Pedido, uma Pretensão deduzida em juízo, uma nova ação no mesmo processo, existe duas ações, duas D, para respeitar os princípios da Economia/Celeridade Processuais.
Pedido dentro da contestação, coloca a segunda ação dentro da contestação da primeira 
Divergência: Parte da Doutrina entende que a Reconvenção pode ser um tópico da Contestação por causa da Instrumentalidade das Formas. Outra parte entende que é preciso fazer uma peça separada para a Reconvenção.
Vão ter duas contestações, duas réplicas. Decididos na mesma sentença 
Ex. Contrato com 10 Cláusulas. Autor quer discutir apenas a 1ª cláusula, e o Réu quer debater a 5ª e 7ª Cláusula pretensão conexa no que tange o fundamento de defesa. Contudo, se as cláusulas são muito específicas, é possível não ter a Reconvenção porque as duas cláusulas podem não ter nenhuma conexão.
A Reconvenção tem que ser no prazo da contestação. Se for após o prazo, ou o juiz não acatar a Reconvenção, o Reconvinte (R) ajuíza uma ação perante o Reconvindo (A).
É preciso de uma Conexão, mas esta é especial, pois pode-se ter a ligação também com um fundamento da defesa conexão mais ampla. Obviamente o Juízo deve ser competente para a Apresentação de Reconvenção.
§1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias ( sem citação porque já tem ação).
§2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
As ações poderiam ser ajuizadas de forma distinta a desistência do autor não impede a Reconvenção do Reconvinte.
§3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
Ex. Réu poderia fazer ação separada contra A e L na Reconvenção, R também pode processar L e o Reconvindo A Reconvenção é tratada como Autônoma pode ter no polo passivo 3º e Reconvindo.
§4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
 Réu pode formar um Litisconsórcio Ativo porque na ação em separada, poderia ser incluído 3º no polo ativo.
§5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.
Hipótese de tutela coletiva
Substituição Processual = Legitimidade Extraordinário. De acordo com o 5º, pode-se litigar contra um Substituto Processual (Sindicato, MP...).
§6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação (mas nesse caso, ele será Revel).
30/08/2016
Citação é o ato que se chama o réu para ele comparecer à ACM. Se não tiver conciliação, e depois de 15 dias, ele não apresentou contestação, o réu será Revel todas as presunções fáticas do autor serão consideradas verdadeiras Pena de Confesso ou Confissão Ficta Efeito Material da Revelia.
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Algumas vezes a Revelia não causa o seu Efeito Material. Uma coisa é a Revelia, outra coisa são os seus efeitos Processual e Material. Art. 344 é uma Presunção Relativa Juris Tantum.
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
Ex. A é autor contra R, W e Y. Não houve acordo na ACM. Apenas W apresentou contestação haverá Efeito Material da Revelia para R e Y.
Interpretação Sistemática desse inciso: nem sempre quando somente um dos réus apresenta contestação que o efeito material da revelia não ocorrerá para os outros réus. Art. 117. So se aplica ao litisconsórcio unitário
Mas tem outra interpretação que diz que quando 
Se apenas um réu contestar, este será revel (só vale se for defesa comum). Contudo, haverá Efeito Material para Y e R porque, via de regra, tem-se o Litisconsórcio Simples partes são consideradas distintas dentro da relação.
Quando algum fundamento na defesa reduzida na contestação apresentada por W puder beneficiar, aproveitar também os demais réus que não contestaram, então não será aplicada a Pena de Confesso para aquele determinado ponto/fundamento (mas Y e R ainda entraram em Revelia).
O Fundamento da defesa se aplica para os outros réus a depender de cada caso. No Litisconsórcio Unitário, isso costuma acontecer sempre porque a sentença tem que ser uniforme para todos os réus. 
 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
Direitos Indisponíveis não admitem diminuição de sua amplitude. Pode-se transacionar na forma de pagamento de 100% do direito existe possibilidade da Autocomposição, mas não se pode ter a diminuição dos Direitos Indisponíveis. Em ação tratando desses tipos de Direitos (questões de direito mais coletivo), se o réu se tornar revel, não se aplicará a Pena de Confesso porque o Juiz tem que ter certeza, para Direitos Indisponíveis, que o fato é verdadeiro não vale essa presunção, essa Confissão Ficta. Ex. Não há efeito material de revelia para a Administração Pública.
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
Ex. Contrato de Compra e Venda de Imóvel que precisa de escritura pública. Se o autor não juntar o instrumento público que é da essência do ato não será aplicado o Efeito Material da Revelia ao Réu.
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Caso no qual o autor alega fatos que parecem mentira ou que estão em contradição com documentos nos autos (autor os trouxe ou o juiz os pediu).
Quando apresenta-se contestação, o réu deve contratar um advogado. Este deve anexar a procuração do advogado. O servidor cadastrará o nome do advogado no sistema para que as futuras intimações dos atos processuais sejam feitas em nome do advogado do réu por meio de publicação no Diário Oficial de Justiça único ato que é na pessoa do réu é a Citação. Se houver mudança de advogado, pede-se para a juntada aos autos da nova procuração ou em Substabelecimento. 
Quando o réu é revel, as intimações dos atos processuais posteriores serão publicadas no Diário Oficial de Justiça normalmente Efeito Processual da Revelia o réu não será intimado dos próximos atos processuais (pelo menos não pessoalmente).
Ele so não pode voltar atrás. Ele vai começar de onde parou
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
O réu pode entrar no processo no momento que ele quiser, inclusive no momento de cumprimento de sentença, após o trânsito em julgado. Mas o processo não para e nem volta atrás. 
Caso o réu constituir advogado antes da sentença, a publicação da mesma constará com o nome do advogado pode-se ter Apelação dentro do prazo de 15 dias, mas não se pede a produção de provas porque o processo não volta atrás. Se o réu constituir advogado antes do Despacho de Provas, a publicação no DOJ terá o nome do advogado, podendo se ter a produção de provas.
Ex. Réu só constituiu advogado 5 dias da publicação do DOJ sobre o trânsito em julgado advogado só tem o resto do prazo para apresentar apelação.
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.
Se apresentar reconvenção, mas não fizer contestação. Ele continuará sendo revel 
Encerra-se aqui a Fase Postulatória (Fase de

Continue navegando