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Proteinas

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Prof.Dsc. Leonardo Gama
Proteínas
            As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células e perfazem 50% ou mais de seu peso seco. São encontradas em todas as partes de todas as células, uma vez que são fundamentais sob todos os aspectos da estrutura e função celulares. Existem muitas espécies diferentes de proteínas, cada uma especializada para uma função biológica diversa. Além disso, a maior parte da informação genética é expressa pelas proteínas.
            Pertencem à classe dos peptídeos, pois são formadas por aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas. Uma ligação peptídica é a união do grupo amino (-NH 2 ) de um aminoácido com o grupo carboxila (-COOH) de outro aminoácido, através da formação de uma amida.
	São os constituintes básicos da vida: tanto que seu nome deriva da palavra grega "proteios", que significa "em primeiro lugar". Nos animais, as proteínas correspondem a cerca de 80% do peso dos músculos desidratados, cerca de 70% da pele e 90% do sangue seco. Mesmo nos vegetais as proteínas estão presentes.
            A importância das proteínas, entretanto, está relacionada com suas funções no organismo, e não com sua quantidade. Todas as enzimas conhecidas, por exemplo, são proteínas; muitas vezes, as enzimas existem em porções muito pequenas. Mesmo assim, estas substâncias catalisam todas as reações metabólicas e capacitam aos organismos a construção de outras moléculas - proteínas, ácidos nucléicos, carboidratos e lipídios - que são necessárias para a vida.
COMPOSIÇÃO 
            Todas contêm carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio, e quase todas contêm enxofre. Algumas proteínas contêm elementos adicionais, particularmente fósforo, ferro, zinco e cobre. Seu peso molecular é extremamente elevado.
            Todas as proteínas, independentemente de sua função ou espécie de origem, são construídas a partir de um conjunto básico de vinte aminoácidos, arranjados em várias seqüências específicas.
FUNÇÕES 
            - Catalisadores (enzimas);
            - Elementos estruturais (colágeno e elastina) e sistemas contráteis;
            - Armazenamento (ferritina); 
            - Veículos de transporte (hemoglobina); 
            - Hormônios; 
            - Anti-infecciosas (imunoglobulina);
            - Enzimáticas (lipases);
            - Nutricional (caseína);
            - Agentes protetores e cicatriciais
 	- composição muscular
Devido às proteínas exercerem uma grande variedade de funções na célula, estas podem ser divididas em dois grandes grupos:
            - Dinâmicas - Transporte, defesa, catálise de reações, controle do metabolismo e contração, por exemplo; 
            - Estruturais - Proteínas como o colágeno e elastina, por exemplo, que promovem a sustentação estrutural da célula e dos tecidos.
Os aminoácidos são as unidades formadoras das proteínas e a quantidade dos mesmos em uma proteína pode variar drasticamente. Os aminoácidos que intervêm na composição das proteínas (existem outros seuncudários, ex; taurina) são número de 20 e obedecem à estrutura geral representada na figura abaixo:
ESTRUTURA QUÍMICA GERAL
            - Os 20 aminoácidos possuem características estruturais em comum, tais como:
            A presença de um carbono central, quase sempre assimétrico.
            Ligados a este carbono central, um grupamento carboxila, um grupamento amina e um átomo de hidrogênio.
            O quarto ligante é um radical chamado genericamente de "R", responsável pela diferenciação entre os 20 aminoácidos. É a cadeia lateral dos aminoácidos. É o radical "R" quem define uma série de características dos aminoácidos, tais como polaridade e grau de ionização em solução aquosa.
	Dos vinte aminoácidos da natureza, nove não são produzidos pelo metabolismo dos mamíferos e devem ser obtidos na alimentação. São os chamados aminoácidos essenciais:
Isoleucina
Leucina
Lisina
Metionina
Fenilalanina
Treonina
Triptofano
Valina
Histidina (considerado semi-essencial).
Sem eles, o organismo de um humano não é capaz de se manter por muito tempo. Fontes de proteína animal, como carne, peixes, ovos e leite proveem todos os aminoácidos essenciais. Daí a importância de variar a dieta e misturar várias fontes de proteínas. Até mesmo dietas estritamente vegetarianas podem suprir facilmente as necessidades protéicas de qualquer indivíduo, basta que se combine alimentos ricos em proteínas - por exemplo, arroz contém poucas quantidades de alguns aminoácidos (lisina) que são encontrados em boas quantidades no feijão. De forma similar, feijão contém poucas quantidades de alguns aminoácidos (metionina) dos quais o arroz é rico. Juntos, feijão e arroz fornecem quantidades adequadas de todos os aminoácidos essenciais.
Aminoácidos não essenciais:
Um Aminoácido não essencial é aquele que o organismo considerado (normalmente, o humano) é capaz de sintetizar para o seu funcionamento. O organismo humano é capaz de sintetizar cerca de metade dos vinte aminoácidos comuns. Tem então de obter o restante através da dieta, pela ingestão de alimentos ricos em proteínas.
Os aminoácidos não essenciais são também necessários para o funcionamento do organismo, mas podem ser sintetizados in vivo a partir de determinados metabolitos.
Existem aminoácidos não-essenciais que são essenciais apenas em determinadas situações patológicas ou em organismos jovens ou em desenvolvimento. A estes convencionou-se a designação "condicionalmente essenciais". Estes aminoácidos são normalmente fonte de divisão entre os cientistas, havendo os que consideram estes como essenciais e os que não os consideram como essenciais.
Alanina
Arginina
Ácido aspártico
Cisteína
Ácido glutâmico
Glutamina
Glicina
Prolina
Serina
Asparagina
Pirrolisina
A dosagem de proteínas em um dado alimento é chamado aminograma, como vê-se abaixo na análise da OVA
Esta terminologia também é utilizada na comparação entre proteínas para se avaliar o Valor Biológico das mesmas. A comparação é realizada com a proteína considerada padrão na natureza, a Ovalbumina (OVA).
O mesmo termo tem sido utilizado na avaliação plasmática de atletas para avaliar-se o grau de rendimento biológico de um dada proteína, ou seja, a proteína é administrada a um ou mais indivíduos e em prazos de tempo variados o soro é avaliado em termos de concentração de aminoácidos:
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