Buscar

Estudo sobre os tipos de dispersão de sementes nativas na região do Morro do Paxixi, Aquidauana, MS, Brasil

Prévia do material em texto

Síndromes de dispersão de sementes de uma área do Morro do Paxixi, 
Aquidauana, MS, Brasil 
 
Adriana Takahasi1; Bruna Gardenal Fina2 
 
1Profa. Assistente, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal. 
Departamento Ciências do Ambiente. Corumbá, MS. Email: takahasi@ceuc.ufms.br 
2Profa. Assistente, UFMS, Campus de Aquidauana, MS. 
 
Resumo 
O presente trabalho classificou as espécies arbóreo-arbustivas de uma área de mata 
semidecídua e cerrado na Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Mato 
Grosso do Sul (UEMS), em Aquidauana, quanto as síndromes de dispersão de 
diásporos. Foram amostradas 59 espécies arbóreo-arbustivas, onde houve o predomínio 
de espécies zoocóricas (58%) com frutos carnosos indeiscentes (n=22), seguido por 
espécies anemocóricas (30,5%) com frutos secos deiscentes (n=12), além de espécies 
autocóricas (7%). A vegetação estudada apresentou recursos variados aos animais 
frugívoros e dispersores de sementes mas, em função da sazonalidade climática da 
região e do predomínio de plantas de cerrado, as espécies anemocóricas ganham uma 
maior importância como vetor de transporte de sementes em comparação a florestas 
tropicais úmidas. 
 
Termos para indexação: anemocoria, autocoria, cerrado, diásporos, floresta 
semidecídua, zoocoria. 
 
Abstract 
This paper described seed dispersal syndromes of tree and shrub species at a 
semideciduous forest and savanna at Fazenda Experimental of the Universidade 
Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Aquidauana municipality, Mato Grosso do 
Sul State, Brazil. Were identified fifty nine species of plants, most of them were 
zoochoric species (58%) with fleshy indeiscent fruits (n=22), anemochoric species 
(30,5%) with dry deiscent fruits (n=12) and autochoric species (7%). Community 
studied had variety of rewards to frugivores and dispersers seeds but anemochoric 
species had a greater importance than wet tropical forests because this region had a 
seasonal climate and predominated savanna species plants. 
 
Index terms: anemochory, autochory, diaspore dispersal, savanna, semideciduous forest, 
zoochory. 
 
 
Introdução 
A reprodução de plantas tropicais depende, essencialmente, da interação com 
animais polinizadores e/ou dispersores de sementes, uma vez que as angiospermas 
dependem dos animais para o transporte de pólen ou de sementes. Por outro lado, as 
plantas oferecem recursos alimentares para estes animais: pólen, néctar, óleo, frutos e 
sementes com polpas suculentas e nutritivas (MORELLATO & LEITÃO FILHO, 
1992). As florestas tropicais possuem alta porcentagem de espécies arbóreo-arbustivas 
 
 
 
 
 
 
(50 a 90%) que apresentam frutos carnosos, sejam drupas, bagas ou formas ariladas 
(FRANKIE et al., 1974; FLEMING, 1979). 
As plantas apresentam diferentes estratégias fenológicas para garantir a atração de 
animais dispersores de sementes e, consequentemente, a efetiva dispersão: frutificação 
massiva por um período curto do ano ou poucos frutos maduros por dia durante um 
período longo (FLEMING, 1979). 
A floração de espécies tropicais nem sempre é seguida pela produção de frutos 
devido a um intenso aborto de frutos jovens (BAKER et al., 1983), sendo que nestes 
casos a planta pode atuar como doador de pólen (PIJL, 1982) já que do total de flores 
produzidas pode-se chegar apenas a 1% de formação de frutos (BAKER et al., 1983). 
Assim, o processo de dispersão de sementes é um processo crucial para a 
reprodução das plantas pois a semente deve chegar a um local propício para germinar, 
suficientemente longe da planta-mãe, a fim de escapar da competição com ela e também 
de predadores de sementes e plântulas que ficam nas proximidades da planta-mãe 
(JANZEN, 1970; HOWE, 1993) o que, por sua vez, acaba influenciando a distribuição 
espacial dessas plantas (HUBBELL, 1979; HOWE & SMALLWOOD,1982; HOWE 
1990). 
Vários estudos sobre a dispersão de sementes vêm sendo desenvolvidos nos 
trópicos, especialmente estudos de frugivoria, entretanto pouco se conhece sobre as 
interações animais-plantas nas florestas do Estado de Mato Grosso do Sul. 
O presente trabalho teve como objetivo caracterizar o modo de dispersão de 
sementes de espécies arbóreo-arbustivas que ocorrem no Morro do Paxixi, na Fazenda 
Experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em 
Aquidauana, MS. 
 
Material e Métodos 
O presente estudo foi desenvolvido na área da Fazenda Experimental da UEMS, 
Unidade de Ensino Aquidauana, no município de Aquidauana, MS. Esta Fazenda possui 
uma área de preservação permanente de cerca de 160 hectares. Neste local tem-se 
acesso a Serra de Maracaju, localmente denominada Serra de Aquidauana, marcando a 
linha de contato ocidental entre o planalto e a planície do Pantanal (BRASIL, 1997). As 
altitudes dos topos do relevo encontram-se entre 300 e 600 m (BRASIL, 1997). Os 
principais litotipos relacionam-se a Bacia Sedimentar do Paraná, localmente 
representadas pelas Formações Furnas, Aquidauana e Ponta Grossa (BRASIL, 1997). 
Na região da área de estudo encontram-se solos podzólico vermelho-amarelo distrófico, 
litólicos distrófico e latossolo vermelho-escuro álico na Serra de Aquidauana (BRASIL, 
1982). A vegetação predominante é savana arbórea densa (cerrado) e ocorre o contato 
savana-floresta estacional (BRASIL, 1982). 
Foram amostradas espécies arbóreo-arbustivas ao longo de trilhas de acesso a 
sítios arqueológicos e ao alto da morraria no interior da Fazenda Experimental em 
coletas mensais realizadas entre novembro de 2001 e novembro de 2002. A partir da 
caracterização taxonômica das espécies de plantas que ocorreram nos diferentes 
ambientes (mata semidecídua e cerrado), iniciou-se a classificação das espécies quanto 
às síndromes de dispersão de sementes baseada nas características morfológicas dos 
diásporos descritos por PIJL (1982), além de consulta a material bibliográfico. 
Os frutos foram classificados em três grupos: frutos zoocóricos (diásporos 
adaptados à dispersão por animais, como aves e mamíferos, com polpas adocicadas, 
sementes com arilos, etc.); frutos anemocóricos (diásporos adaptados à dispersão por 
 
 
 
 
 
 
vento, com plumas, alas, etc.) e frutos autocóricos (diásporos sem características 
morfológicas que podem ser agrupadas nos tipos anteriores, incluindo a dispersão pela 
gravidade e dispersão explosiva). Cada tipo morfológico foi caracterizado em frutos 
secos ou carnosos e sua deiscência (deiscente ou indeiscente). 
 
Resultados e Discussão 
De um total de 59 espécies arbóreo-arbustivas amostradas observou-se o 
predomínio de espécies zoocóricas (34), seguida por espécies anemocóricas (18) e 
autocóricas (4), além de 3 espécies indeterminadas (Tabela 1). Resultados semelhantes 
foram observados em florestas semidecídua e de altitude em Jundiaí, SP, quanto às 
espécies zoocóricas (70%) e valores um pouco menores do que os obtidos no presente 
trabalho (cerca de 25%) de espécies anemocóricas (MORELLATO & LEITÃO FILHO, 
1992). 
Dentre as espécies zoocóricas (Tabela 1), houve predomínio de frutos carnosos 
(26) sobre frutos secos (6), sendo a maior parte frutos carnosos indeiscentes (22). 
MIKICH & SILVA (2001) também observaram uma maior número de espécies com 
frutos zoocóricos carnosos indeiscentes e menor proporção de frutos secos deiscentes e 
carnosos deiscentes em florestas semideciduais no Paraná. Algumas espécies com frutos 
carnosos indeiscentes, como Cecropia pachystachya, Piper spp e Miconia spp, possuem 
sementes muito pequenas envolvidas por polpas nutritivas e adocicadas que 
proporcionam a endozoocoria. Em outras espécies dispersadas por animais, os frutos 
secos expõem sementes ariladas (p.e. Copaifera langsdorffii, Trichilia pallida, Virola 
sebifera) ou cores vistosas e contrastantes entre a semente e o fruto (Xylopia aromatica) 
como atrativos aosdispersores. 
Espécies anemocóricas apresentaram somente frutos secos (18) sendo, a maior 
parte, secos deiscentes (12), onde pode-se observar tanto a presença de sementes aladas 
ou leves (p.e. Myracrodruon urundeuva, Jacaranda cuspidifolia, Aspidosperma 
tomentosum) quanto de frutos alados, como em Pterogyne nitens (Tabela 1). 
O predomínio de frutos carnosos em florestas tropicais vem sendo corroborado 
por diversos estudos (FRANKIE et al., 1974; HILTY, 1980; MORELLATO & LEITÃO 
FILHO, 1992), onde a maior proporção deste tipo de síndrome de dispersão parece estar 
relacionado tanto a um menor grau de sazonalidade climática da floresta quanto a 
variações na precipitação e intensidade da estação seca (MORELLATO & LEITÃO 
FILHO, 1992). Entretanto, existem dificuldades em se classificar os tipos de síndromes 
zoocóricas pois a morfologia dos diásporos proporciona o consumo por grupos de 
animais muito diferentes. Isto reflete o fato de que animais frugívoros tendem a ser 
generalistas e as relações mutualísticas entre frugívoros/dispersores e plantas serem 
mais difusas do que o observado em relação aos polinizadores. 
Quando avaliou-se a relação entre síndrome de dispersão e deciduidade das 
plantas (Tabela 1) observou-se que entre as espécies decíduas a maior parte apresentou 
frutos anemocóricos (11), e pequena parcela contribuiu com frutos zoocóricos (5) ou 
autocóricos (1). Várias destas espécies decíduas apresentaram frutos maduros na época 
seca, a fim de facilitar a dispersão de suas sementes, como: Myracrodruon urundeuva, 
Pterogyne nitens e Magonia pubescens. Dentre as espécies semidecíduas a maior parte 
apresentou frutos zoocóricos (9) e apenas 2 frutos anemocóricos, enquanto espécies 
perenes apresentaram somente frutos zoocóricos (Tabela 1). A deciduidade de plantas 
de florestas sazonais está relacionada a intensidade da estação seca, mas no caso da área 
estudada parece relacionar-se também a uma maior visibilidade aos polinizadores (p.e. 
 
 
 
 
 
 
Jacaranda cuspidifolia, Tabebuia impetiginosa) e ao modo de dispersão de diásporos 
(p.e. Qualea grandiflora, Enterolobium contortisiliquum). 
As espécies do estrato superior, árvores com mais de 10 m de altura, (Tabela 1) 
apresentaram o mesmo número de espécies anemocóricas e zoocóricas (10 espécies 
cada), enquanto o estrato inferior (menor que 10m) apresentaram maior número de 
espécies com frutos zoocóricos (21) do que anemocóricos (6). Florestas semidecídua e 
de altitude em Jundiaí, SP apresentaram mais de 60% de espécies anemocóricas no 
estrato emergente, onde estas árvores são decíduas ou semidecíduas (MORELLATO & 
LEITÃO FILHO, 1992). Em florestas primárias a dispersão pelo vento está restrita a 
árvores do estrato superior ou emergentes já que a presença de ventos no subosque é 
muito pequena (BAKER et al., 1983). Entretanto, na área de estudo observou-se uma 
vegetação com dossel descontínuo e, portanto, sem uma relação nítida entre estrato 
vertical ocupado pela planta e o tipo de dispersão de sementes. 
 
Conclusões 
O presente trabalho mostra a variedade nos modos de dispersão de sementes de 
árvores e arbustos em floresta sazonal em Aquidauana, MS. Esta comunidade apresenta 
oferta de recursos variados aos animais frugívoros e dispersores de sementes que, por 
sua vez, aumentam as chances de germinação e sobrevivência de plântulas ao carregar 
os diásporos longe da planta-mãe. Em função da sazonalidade climática da região e do 
tipo de vegetação estabelecida as espécies anemocóricas ganham uma maior 
importância como vetor de transporte de sementes. 
 
 
Agradecimentos 
À Unidade de Ensino de Aquidauna por permitir o acesso a área de estudo e à 
PROPP/UEMS pelo financiamento do projeto, além do GEMAP pelo inestimável apoio. 
 
Referências Bibliográficas 
BAKER, H.G.; BAWA, K.S.; FRANKIE, G.W.; OPLER, P.A. Reproductive biology of 
plants in tropical forests. In: GOLLEY, F.B. (Ed.). Tropical rain forest 
ecossystems . Amsterdam: Elsevier Scientific Publishing Company, 1983, p.183-
215. 
BRASIL. Ministério das Minas e Energia, Secretaria Geral. Projeto RADAMBRASIL. 
Folha SE-21 Corumbá e parte da Folha SE-20; geologia, geomorfologia, pedologia, 
vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1982. 452p. 
BRASIL. Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai – PCBAP/Projeto 
Pantanal. Diagnóstico dos meios físico e biótico – meio biótico. Brasília: PNMA, 
1997. v. 2, t.3. 
FLEMING, T. H. Do tropical frugivores compete for food? American Zoologist, v.19, 
p.1157-1172, 1979. 
FRANKIE, G. M.; BAKER, H. G.; OPLER, P.A. Comparative phenological studies of 
trees in tropical lowland wet and dry forest sites of Costa Rica. Journal of 
Ecology, v.62, p.881-913, 1974. 
HILTY, S. L. Flowering and fruiting periodicity in a premontane rain forest in Pacific 
Colombia. Biotropica, v.12, n.4, p.292-306, 1980. 
HOWE, H. F. Seed dispersal by birds and mammals implications for seedling 
demography. In: BAWA, K.S.; HADLEY, M. (Eds.). Reproductive ecology of 
 
 
 
 
 
 
tropical forest plants. Man and the biosphere series, v.7. Paris: UNESCO & 
Parthenon Publishing Group, 1990. p.191-218,. 
HOWE, H. F. Aspects of variation in a neotropical seed dispersal system. Vegetatio, 
v.107/108, p.149-162, 1993. 
HOWE, H. F.; SMALWOOD, J. Ecology of seed dispersal. Annual Review of Ecology 
and Systematics, v.13, p.201-228, 1982. 
HUBBELL, S. P. Tree dispersion, abundance, and diversity in a tropical dry forest. 
Science, v.203, n.4387, p.1299-1309, 1979. 
JANZEN, D. H. Herbivores and the number of tree species in tropical forests. 
American Naturalist, v.104, p.501-528, 1970. 
MIKICH, S. B.; SILVA, S. M. Composição florística e fenologia das espécies 
zoocóricas de remanescentes de floresta estacional semidecidual no centro-oeste do 
Paraná, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v.15, n.1, p.89-113, 2001. 
MORELLATO, L. P. C.; LEITÃO FILHO, H. F. Padrões de frutificação e dispersão na 
Serra do Japi. In: MORELLATO, L. P. C. (Org.). História Natural da Serra do 
Japi: ecologia e preservação de uma área florestal no Sudeste do Brasil. 
Campinas: Ed. da UNICAMP/FAPESP, 1992. p.112-140 
PIJL, L.Van der. Principles of dispersal in higher plants. 3.ed. Berlim: Springer-
Verlag, 1982. 
 
Tabela 1. Lista de espécies arbóreo-arbustivas amostradas em cerrado e mata 
semidecídua no interior da Fazenda Experimental da UEMS, Aquidauana, MS, 
indicando o nome vulgar, deciduidade, síndrome de dispersão de sementes, tipo e 
deiscência do fruto e classe de altura. Anemo= anemocoria, Zoo= zoocoria, S= fruto 
seco, C= fruto carnoso, I= fruto indeiscente, D= fruto deiscente, classe de altura 1= 
planta com altura inferior a 10 m, 2= planta com altura igual ou superior a 10 m, -- sem 
informação. 
Família 
Espécie 
Nome vulgar Deciduidade 
da planta 
Síndrome 
dispersão 
Tipo 
fruto 
Deiscência 
fruto 
Classe 
altura 
Anacardiaceae 
Myracrodruon urundeuva Fr. 
All. 
Aroeira Decídua Anemo S I 2 
Annonaceae 
Annona sp. Araticum -- Zoo C I 1 
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Pindaíva Semidecídua Zoo C D 1 
Apocynaceae 
Aspidospema tomentosum Mart. Peroba-do-
campo 
Semidecídua Anemo S D 1 
Asteraceae 
Vernonia cf. ferruginea Less. -- -- Anemo S I 1 
Bignoniaceae 
Jacaranda cuspidifolia Mart. ex 
A.DC. 
Caroba Decídua Anemo S D 1 
Tabebuia aurea (Manso) Benth. 
& Hook.f.ex Moore 
Paratudo Decídua Anemo S D 2 
Tabebuia cf. impetiginosa 
(Mart.ex DC.) Standl. 
Ipê-roxo Decídua Anemo S D 2 
Burseraceae 
Protium heptaphyllum (Aubl.) 
March. 
Almécega Perene Zoo C D 2 
Cactaceae 
Cereus sp. Mandacaru -- Zoo C I 1 
Cecropiaceae 
Cecropia pachystachya Tréc. Embaúba Perene Zoo C I 1 
Chrysobalanaceae 
 
 
 
 
 
 
Hirtella sp. -- -- ZooC I 1 
Combretaceae 
cf. Combretum sp. -- -- Anemo S I 2 
Terminalia cf. brasiliensis 
(Camb.ex A.St.-Hil.) Eichler 
Capitão Decídua Anemo S I 2 
Dilleniaceae 
Curatella americana L. Lixeira Semidecídua Zoo S D 1 
Erythroxylaceae 
Erythroxylum deciduum A.St.-
Hil. 
-- semidecídua Zoo C I 1 
Euphorbiaceae 
Croton sp. -- -- Auto S D -- 
Croton urucurana Baill. Sangra-d’água Decídua Auto S D 2 
Sapium sp. Leiteira -- Zoo -- -- -- 
Flacourtiaceae 
Casearia sylvestris Sw. Guaçatonga Semidecídua 
a perene 
Zoo C D 1 
Leguminosae Caesalpinioideae 
Bauhinia cf. rufa (Bong.) Steud. Pata-de-vaca -- Auto S D 1 
Bauhinia sp. Pata-de-vaca -- Auto S D 1 
Cassia sp. -- -- -- -- -- 1 
Copaifera langsdorffii Desf. Copaíba Decídua a 
semidecídua 
Zoo S D 2 
Guibourtia hymenifolia Jatobá-mirim Semidecídua Zoo S D 2 
Hymenaea stigonocarpa Mart.ex 
Hayne 
Jatobá-do-
cerrado 
Decídua Zoo C I 1 
Pterogyne nitens Tul. amendoim bravo Decídua Anemo S I 2 
Leguminosae Faboideae 
Dipteryx alata Vog. Cumbaru Perene Zoo C I 2 
Machaerium sp. -- -- Anemo S I -- 
Leguminosae Mimosoideae 
Albizia saman (Jacq.) F.Muell. Farinha-seca Decídua Zoo S I 2 
Anadenanthera cf. colubrina 
(Vell.)Brenan 
Angico-branco Decídua Anemo S D 2 
Anadenanthera cf. falcata 
(Benth.) Speg. 
Angico-do-
cerrado 
Decídua Anemo S D 2 
Enterolobium contortisiliquum 
(Vell.) Morong. 
Ximbuva Decídua Zoo C I 2 
Inga marginata Willd. Ingá-feijão Semidecídua 
a perene 
Zoo C I 1 
Inga uruguensis Hook & Arn. Ingá Semidecídua Zoo C I 1 
Mimosa sp. -- -- -- -- -- -- 
Stryphnodendron adstringens 
(Mart.) Coville 
Barbatimão Decídua Zoo C I 1 
Malpighiaceae 
Byrsonima cf. verbascifolia (L.) 
DC. 
Murici Decídua Zoo C I 1 
Marcgraviaceae 
Norantea sp. -- -- Zoo C I 1 
Melastomataceae 
Miconia cf. prasina (Sw.) DC. -- -- Zoo C I 1 
Miconia sp. -- -- Zoo C I 1 
Meliaceae 
Guarea guidonia (L.) Sleumer Camboatã Perene Zoo C D 2 
Trichilia pallida Sw. -- Semidecídua Zoo S D -- 
Monimiaceae 
Siparuna guianensis Aubl. -- -- Zoo -- -- -- 
Myristicaceae 
Virola sebifera Aubl. Ucuúba Semidecídua Zoo S D 2 
Myrtaceae 
Eugenia sp. -- -- Zoo C I 1 
Ochnaceae 
Ouratea sp. -- -- Zoo C I 1 
Piperaceae 
 
 
 
 
 
 
Piper aduncum L. -- Perene Zoo C I 1 
Piper sp. -- -- Zoo C I 1 
Rubiaceae 
Genipa americana L. Jenipapo Semidecídua Zoo C I 2 
Psychotria carthagenensis Jacq. Erva-de-rato Perene Zoo C I 1 
Sapindaceae 
Magonia pubescens A.St.-Hil. Timbó Decídua Anemo S D 1 
Sapotaceae 
Pouteria cf. torta (Mart.) Radlk. Abiu Semidecídua Zoo C I 2 
Sterculiaceae 
Guazuma ulmifolia Lam. Chico-magro Semidecídua Anemo S D 2 
Helicteres cf. guazumiefolia 
Kunth 
Rosca -- Anemo S D -- 
Tiliaceae 
Apeiba tibourbou Aubl. Pente-de-macaco Perene -- S I 2 
Luehea paniculata Mart. Açoita-cavalo Decídua Anemo S D 2 
Vochysiaceae 
Qualea grandiflora Mart. Pau-terra-macho Decídua Anemo S D 1 
Qualea parviflora Mart. Pau-terra Semidecídua 
ou decídua 
Anemo S D 1

Continue navegando