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INTEGRAIS DUPLAS 1. CÁLCULO DE UMA INTEGRAL DUPLA POR INTEGRAIS ITERADAS 1a. APRESENTAÇÃO Um subconjunto de R2 é dito conexo, se dois quaisquer de seus pontos podem ser l igados por uma poligonal inteiramente contida no próprio conjunto. Como exemplo de conjunto conexo, podemos tomar aquele formado pelos elementos (𝑥, 𝑦) que satisfazem a desigualdade 𝑥2 + 𝑦2 ≤ 1. Evidentemente não é conexo o conjunto Ω = { (𝑥, 𝑦) ∈ R2 / 𝑥2 + 𝑦2 ≤ 1 } ∪ { (𝑥, 𝑦) ∈ R2 / 4 ≤ 𝑥2 + 𝑦2 ≤ 9 }. Sejam, então, D um conjunto conexo, fechado e l imitado em R2 e 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) uma função contínua em D . Se fizermos a descrição de D como o conjunto de pontos (𝑥, 𝑦) que satisfazem 𝑦1(𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝑦2(𝑥) , com 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, onde 𝑦1(𝑥) e 𝑦2(𝑥) são funções contínuas no intervalo [𝑎, 𝑏], então escrevemos ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ ( ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦 𝑦2(𝑥) 𝑦1(𝑥) ) 𝑑𝑥, 𝑏 𝑎𝐷 sendo ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 𝑦2(𝑥) 𝑦1(𝑥) a integral a ser calculada em primeiro lugar ( integral interna) , considerando-se 𝑥 como uma constante. Dizemos que a integral dupla, nesse caso, está sendo resolvida na ordem 𝑑𝑦𝑑𝑥. Se, al ternativamente, optarmos pela descrição de D como o conjunto de pontos (𝑥, 𝑦) que satisfazem 𝑥1(𝑦) ≤ 𝑥 ≤ 𝑥2(𝑦) , com 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑, onde 𝑥1(𝑦) e 𝑥2(𝑦) são funções contínuas no intervalo [𝑐, 𝑑], então escrevemos ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ ( ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 𝑥2(𝑦) 𝑥1(𝑦) ) 𝑑𝑦, 𝑑 𝑐𝐷 sendo ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 𝑥2(𝑦) 𝑥1(𝑦) a integral a ser calculada em primeiro lugar ( integral interna) , considerando-se 𝑦 como uma constante. Agora dizemos que a integral dupla está sendo resolvida na ordem 𝑑𝑥𝑑𝑦. Os resultados acima, que estabelecem procedimentos para o cálculo da integral dupla de uma função 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) dentro das hipóteses apresentadas, correspondem à versão generalizada, ou forte, do Teorema de Fubini (a versão particular , ou fraca, desse teorema supõe que D seja um retângulo) . A razão desses procedimentos serem i terativos decorre do fato de o resultado da integral dupla ser obtido após o cálculo de duas integrais em sequência, sendo objeto de integração da segunda o resultado advindo da primeira . 1b. ENCONTRANDO OS LIMITES DE INTEGRAÇÃO A maior dificuldade para a resolução de uma integral dupla reside, certamente, na determinação dos l imites de integração. Apresentamos, a seguir, uma orientação, que consideramos suficientemente abrangente, para estabelecimento desses l imites. a) Consideremos, inicialmente, o domínio de integração representado na forma 𝐷 = { (𝑥, 𝑦) ∈ R2 / 𝑦1(𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝑦2(𝑥), 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏}, ou seja, optemos por resolver primeiro a integral na variável 𝑦 para, depois, obtermos o valor numérico final da integral dupla resolvendo a segunda integral na variável 𝑥. Para compreensão do procedimento, f aça a lei tura do parágrafo aba ixo analisando a figura que o segue. A fim de determinarmos a variação de 𝑦, traçamos ao longo de toda a região D setas verticais que , apontando no sentido crescente do eixo Y , partem da curva que corresponde à fronteira inferior da região até atingirem a que corresponde a sua fronteira superior . A curva fronteira inferior será a função 𝑦1(𝑥) e a superior será a função 𝑦2(𝑥). Conhecidas , por tanto, as expressões que definem essas funções , a variação de 𝑦 em D estará determinada . Os l imites de integração da variável 𝑥 na integral dupla correspondem às abscissas dos pontos que se si tuam nas extremidades horizontais da região D . b) Se considerarmos o mesmo domínio de integração representado na forma contrária, isto é, 𝐷 = { (𝑥, 𝑦) ∈ R2 / 𝑥1(𝑦) ≤ 𝑥 ≤ 𝑥2(𝑦), 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑}, vamos determinar a variação de 𝑥 traçando ao longo de todo o domínio D setas horizontais que , apontando no sentido crescente do eixo X , vão percorrendo a região desde a curva que corresponde a sua fronteira esquerda até a que corresponde a sua fronteira direita . A curva fronteira esquerda será a função 𝑥1(𝑦) e a direita será a função 𝑥2(𝑦). Os l imites de integração da variável 𝑦 na integral dupla correspondem às ordenadas dos pontos que se si tua m nas extremidades verticais da região D . Analise a figura abaixo. 1c. DUAS OBSERVAÇÕES Existem casos em que somos obrigados a seccionar o domínio D para podermos obter os l imites de integração. A figura abaixo nos traz uma situação desse t ipo. Se optamos por resolver a integral dupla na ordem 𝑑𝑦𝑑𝑥, vemos, facilmente, que não é possível es tabelecer duas únicas funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) de modo a expressarmos a variação de 𝑦 em D , pois se 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, temos 𝑦1(𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝑦2(𝑥), mas para 𝑏 ≤ 𝑥 ≤ 𝑐 passamos a ter 𝑦3(𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝑦4(𝑥). Note que mesmo sendo invertida a ordem de integração , o problema persiste. Quando isso acontece, seccionamos o domínio de integração, respeitando as mudanças de variação de 𝑥 e de 𝑦 em D . Com relação à região apresentada nas figuras anteriores, escrevemos, respectivamente , ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ ( ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦 𝑦2(𝑥) 𝑦1(𝑥) ) 𝑑𝑥 + 𝑏 𝑎 ∫ ( ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦 𝑦4(𝑥) 𝑦3(𝑥) ) 𝑑𝑥, 𝑐 𝑏𝐷 e ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ ( ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 𝑥2(𝑦) 𝑥1(𝑦) ) 𝑑𝑦 + 𝑒 𝑑 ∫ ( ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 𝑥4(𝑦) 𝑥3(𝑦) ) 𝑑𝑦. 𝑓 𝑒𝐷 É importante observar , também, que apesar de havermos apresentado os l imites de integração da integral interna como funções da variável 𝑥 ou da variável 𝑦, dependendo da ordem de integração escolhida, há si tuações em que esses l imites devem ser expressos através de valores numéricos . Nessas si tuações, tais valores representam, nada mais, que uma espécie de função esp ecial: a das funções constantes . Graficamente, vemos que i sso ocorre quando algum setor da fronteira da região de integração D corresponde à seção de um dos eixos, ou a segmento de reta paralela a um dos eixos. As regiões esboçadas nas figuras abaixo auxil iam na compreensão dessa observação. Se em uma integral dupla todos os l imites de integração são valores numéricos, ou seja, se 𝐷 = { (𝑥, 𝑦) ∈ R2 / a ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑}, então, desde que consigamos escrever 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑔(𝑥). ℎ(𝑦), vamos poder concluir (prove isto!) que ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 . ∫ ℎ(𝑦)𝑑𝑦 𝑑 𝑐 . 𝐷 No caso da região retangular apresentada acima, escrevemos, portanto, ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 𝑎 0 . ∫ ℎ(𝑦)𝑑𝑦 𝑏 0 . 𝐷 EXEMPLOS 1. Resolução da integral dupla da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 2𝑦, sobre a região D determinada pelas curvas 𝑦 = 2𝑥 e 𝑦 = 𝑥2. Com base na figura ao lado, vemos que ∬(𝑥 + 2𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫( ∫ (𝑥 + 2𝑦) 𝑑𝑦) 𝑑𝑥 2𝑥 𝑥2 2 0𝐷 . Por outro lado, analisando a figura abaixo, escrevemos ∬(𝑥 + 2𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫( ∫ (𝑥 + 2𝑦) 𝑑𝑥) 𝑑𝑦 √𝑦 𝑦/2 4 0𝐷 . Optando, então, por resolver a integral duplana ordem 𝑑𝑦𝑑𝑥, temos ∫ (𝑥 + 2𝑦)𝑑𝑦 2𝑥 𝑥2 = ∫ 𝑥𝑑𝑦 2𝑥 𝑥2 + ∫ 2𝑦𝑑𝑦 2𝑥 𝑥2 = 𝑥 ∫ 𝑑𝑦 2𝑥 𝑥2 + 2 ∫ 𝑦𝑑𝑦 2𝑥 𝑥2 = 𝑥. 𝑦|𝑥2 2𝑥 + 2. 𝑦2 2 |𝑥2 2𝑥 = 𝑥(2𝑥 − 𝑥2) + (2𝑥)2 − (𝑥2)2 = 2𝑥2 − 𝑥3 + 4𝑥2 − 𝑥4 = 6𝑥2 − 𝑥3 − 𝑥4. Assim, ∬(𝑥 + 2𝑦) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = ∫(6𝑥2 − 𝑥3 − 𝑥4) 𝑑𝑥 = 28 5 2 0 . 𝐷 2. Resolução da integral dupla da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑥2𝑦, sobre a região do primeiro quadrante definida pelas desigualdades 0 ≤ 𝑥 ≤ 1, 0 ≤ 𝑦 ≤ 1. Considerando-se que as desigualdades 0 ≤ 𝑥 ≤ 1, 0 ≤ 𝑦 ≤ 1 definem o quadrado de vértices nos pontos (0, 0), (1, 0), (1, 1) e (0, 1), podemos uti l izar os resultados contidos na segunda das observações apresentadas em 1c. e, dessa forma, escrever ∬ 3𝑥2𝑦𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫(∫ 3𝑥2𝑦 𝑑𝑥) 𝑑𝑦 1 0 1 0 = ∫(∫ 3𝑥2𝑦 𝑑𝑦) 𝑑𝑥 1 0 = 3 ∫ 𝑥2𝑑𝑥 1 0 . ∫ 𝑦 𝑑𝑦 1 0 = 1 2 . 1 0𝐷 Veja a figura: 3. Resolução da integral dupla da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ), sobre a região triangular determinada pelas retas 𝑥 = 0, 𝑦 = 1 e 𝑦 = 𝑥 . De acordo com a região apresentada ( analise a f igura a seguir ) , para a resolução da integral proposta, podemos escolher entre as integrais duplas 𝐼1 = ∫ ( ∫ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 1 𝑥 𝑑𝑦) 𝑑𝑥 1 0 e 𝐼2 = ∫ ( ∫ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑦 0 𝑑𝑥) 𝑑𝑦 1 0 . Agora, devemos notar que: 1. Em 𝐼1 vamos precisar determinar uma primitiva para a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) e essa, certamente, não é uma tarefa fácil de ser cumprida. Em 𝐼2 a mesma função é uma constante na integral interna. 2. Resolvida a integral interna em 𝐼2, restará, para a conclusão do problema, obter a solução da integral ∫ 𝑦 1 0 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑑𝑦, o que não chega a ser complicado, considerando -se a uti l ização da substi tuição 𝑢 = 𝜋𝑦2 2 . Vamos, então, resolver a questão proposta através do cálculo de 𝐼2. Ficamos, assim, com ∬ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ ( ∫ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑦 0 𝑑𝑥) 𝑑𝑦 1 0 = 𝐷 ∫ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 1 0 (∫ 𝑑𝑥 𝑦 0 ) 𝑑𝑦 = ∫ 𝑦 1 0 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑑𝑦 = 1 𝜋 ∫ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝜋𝑦𝑑𝑦 1 0 , onde o produto de ∫ 𝑦 1 0 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑑𝑦 por 𝜋 e 1/𝜋 foi efetuado, a fim de que o termo 𝜋𝑦𝑑𝑦 passasse a constar do integrando correspondente. Dessa forma, 𝑢 = 𝜋𝑦2 2 ⇒ 𝑑𝑢 = 𝜋𝑦𝑑𝑦 e, além disso, 𝑦 = 0 ⇒ 𝑢 = 0 e 𝑦 = 1 ⇒ 𝑢 = 𝜋/2 . Portanto, ∬ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝐷 1 𝜋 ∫ 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋𝑦2 2 ) 𝜋𝑦𝑑𝑦 1 0 = 1 𝜋 ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑢 𝑑𝑢 𝜋/2 0 = 1 𝜋 𝑠𝑒𝑛 𝑢 |0 𝜋/2 = 1 𝜋 . 4. Resolução da integral dupla da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥, sobre a região D, do primeiro quadrante, dada por D = { (𝑥, 𝑦) ∈ R2 / 𝑥2 + 𝑦2 ≤ 4 , 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑦 } . A figura acima e a primeira das observações apresentadas em 1c. nos dizem que ∬ 𝑥𝑑𝑥𝑑𝑦 𝐷 = ∫ ( ∫ 𝑥 𝑑𝑦 √4 − 𝑥2 𝑥 ) 𝑑𝑥 √2 0 = ∫ (∫ 𝑥 𝑑𝑥 𝑦 0 ) 𝑑𝑦 √2 0 + ∫ ( ∫ 𝑥 𝑑𝑥 √4 − 𝑦2 0 ) 𝑑𝑦 2 √2 . Resolvendo, então, a integral dupla proposta na ordem dydx , temos ∫ ( ∫ 𝑥 𝑑𝑦 √4 − 𝑥2 𝑥 ) 𝑑𝑥 √2 0 = ∫ 𝑥 ( ∫ 𝑑𝑦 √4 − 𝑥2 𝑥 ) 𝑑𝑥 √2 0 = ∫ 𝑥 (√4 − 𝑥2 − 𝑥) 𝑑𝑥 √2 0 = ∫ (𝑥√4 − 𝑥2 − 𝑥2)𝑑𝑥 √2 0 = ∫ 𝑥√4 − 𝑥2 𝑑𝑥 − ∫ 𝑥2 √2 0 𝑑𝑥 √2 0 = ∫ 𝑥√4 − 𝑥2 𝑑𝑥 − 𝑥3 3 |0 √2 √2 0 = ∫ 𝑥√4 − 𝑥2 𝑑𝑥 − 2√2 3 √2 0 . Agora, fazendo 𝑢 = 4 − 𝑥2 na integral restante, concluímos que ∫ 𝑥√4 − 𝑥2 𝑑𝑥 √2 0 = − 1 2 ∫ √4 − 𝑥2 . −2𝑥 𝑑𝑥 √2 0 = − 1 2 ∫ √𝑢 𝑑𝑢 2 4 = 1 2 ∫ √𝑢 4 2 𝑑𝑢 = 1 2 . 2 3 𝑢√𝑢 |2 4 = 1 3 ( 8 − 2√2 ). Logo, ∫ ( ∫ 𝑥 𝑑𝑦 √4 − 𝑥2 𝑥 ) 𝑑𝑥 √2 0 = 1 3 ( 8 − 2√2 ) − 2√2 3 = 8 3 − 4 3 √2 . ____________________________________________________________________________
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