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TCC - Artigo Científico do Curso Bacharel em Ciências Contábeis

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ (UNESA) 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRED CARLOS QUINTANILHA BOTELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
08/2016
4 
 
FRED CARLOS QUINTANILHA BOTELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do grau de Bacharel em 
Ciências Contábeis, de Ciências 
Contábeis, da Universidade Estácio de 
Sá. 
 
Prof. Orientador(a): Ana Shirley de França 
Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
08/2016
1 
 
MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 
 
 
 
Fred Carlos Quintanilha Botelho 
201202091156 
fredquintanilha@yahoo.com.br 
 
 
RESUMO 
 
 
Com a Lei Complementar nº 128 de 19/12/2008 o trabalhador informal, aquele que 
não era legalizado, por tanto, não tinha o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
(CNPJ), com a referida lei, esse pequeno empresário ou empreendedor pode 
legalizar-se sem ter a necessidade de um sócio para abrir uma empresa, o MEI 
(Micro Empreendedor Individual) é um tipo de pessoa jurídica que você pode 
constituir sem ter um sócio. A abertura de um MEI é gratuita e feita eletronicamente 
pelo Portal do Empreendedor que é vinculado ao governo, sendo que qualquer 
alteração e baixa ocorre em ônus para quem queira deixar de ser Micro 
Empreendedor Individual. Mensalmente, terá que pagar o DAS (Documento de 
Arrecadação do Simples Nacional) e gerar o relatório mensal para ser utilizado na 
Declaração Anual. 
 
Palavras chave: Trabalho, Artigo Científico, Projeto, MEI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Estamos em um país que passa por uma grande crise política e econômica, 
com isso, o desemprego só aumenta e muitas pessoas não conseguem se recolocar 
no mercado de trabalho, mesmos os qualificados com nível superior não estão 
conseguindo ter uma oportunidade, ao ponto de aceitar trabalhos que não seja de 
sua área e com uma remuneração baixa. 
 
Essa situação faz muitos empreenderem, como uma forma de tentar obter 
algum dinheiro para pagar as suas contas, e muitos de forma informal, atuando no 
mercado sem estarem legalizados. Antes, para constituir uma empresa, você tinha 
que ter um sócio, a partir da Lei Complementar nº 128, essa história mudou, o 
governo permitiu que trabalhadores autônomos, os informais, legalizassem como 
Micro Empreendedor Individual, já sendo optante do Simples Nacional, essa pessoa 
jurídica está isenta de alguns tributos como IRPJ (Imposto Sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para 
o Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), sendo 
obrigado apenas a pagar o INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) e o ISS 
(Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ou ICMS (Imposto Sobre Circulação 
de Mercadorias e Serviços) dependendo de sua atividade, se é comércio vai pagar 
ICMS, já o prestador de serviço pagará ISS. 
 
A escolha desse tema é pelo fato de qualquer cidadão que tenha uma 
atividade remunerada, seja por comércio ou serviço, ter a oportunidade de ser tornar 
uma pessoa jurídica sem com isso ter um sócio. 
 
Como é possível um empreendedor ou autônomo se beneficiar constituindo 
um MEI, quais as vantagens garantidas ao mesmo e suas devidas obrigações? O 
Micro Empreendedor pode ser optante do Simples, ter sócio? 
 
Com vantagens de poder emitir notas fiscais, abrir conta bancária e obter 
empréstimos, quem tornar-se MEI, ainda terá o direito de ter auxílio maternidade (no 
3 
 
caso da mulher empreendedora), auxílio doença e o que mais tem feito muita gente 
obterem esse tipo de personalidade jurídica, o direito a aposentadoria que se 
pagasse como Contribuinte Individual (pessoa física) a alíquota seria maior para 
Previdência Social. 
 
O objetivo geral é demonstrar que hoje, uma pessoa possa se legalizar sem 
com isso ter um sócio e ter as vantagens de ter o CNPJ e ser optante do Simples. 
 
O objetivo específico é analisar as vantagens de um informal ou autônomo 
poder legalizar-se e ter benefícios garantidos, como emitir nota fiscal, ter facilidades 
em obter empréstimos e financiamentos com o CNPJ e contribuir para a previdência 
social, tendo uma aposentadoria garantida. 
 
A metodologia aplicada foi a legislação, livros e artigos, e a principal fonte de 
informação do MEI, o Portal do Empreendedor, que aborda abertura, alteração ou 
baixa dessa personalidade jurídica, com a legislação que guia o Micro 
Empreendedor Individual, no mesmo portal o interessado ou já MEI tem acesso a 
todas as atividades permitidas para torna-se um pequeno empresário legalizado, 
também há várias perguntas com respostas sobre quem está com dúvidas de como 
agir para formalizar-se com Micro Empreendedor Individual. 
 
Este trabalho sobre o MEI permitiu mais abrangência sobre como funciona 
essa personalidade jurídica que também será influenciada pela internacionalização 
da contabilidade. 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
Valdir Ribeiro Jr (2016) relata que o Micro Empreendedor Individual (MEI) é 
considerado a porta de entrada para o mundo empresarial. Sendo a maneira mais 
simples que uma pessoa poder constituir uma empresa no Brasil e tudo pode ser 
feito pelo próprio empreendedor; essa personalidade jurídica permitiu que muitos 
que eram autônomos, informais e em decorrência disso, não pagavam tributos para 
4 
 
o governo e não tinham garantidos uma previdência no caso de uma aposentadoria, 
com o MEI, o pequeno empresário pagar uma taxa de R$ 5,00 se for prestador de 
serviço e R$ 1,00 se for comércio ou indústria, se for um empreendimento que tenha 
tanto serviço como comércio, o Micro Empreendedor Individual terá que pagar as 
duas taxas, mais os 5% sobre o salário mínimo, mesmo assim a taxa compensa, já 
que se ele pagasse uma previdência como pessoa física, à alíquota do INSS seria 
de 20%. 
 
A Receita Federal a partir da Recomendação nº 5 de 08 de abril de 2016 
orienta que os entes federados a partir de 2016, haja multas relativas à falta de 
prestação ou à incorreção no cumprimento de obrigações acessórias, quando em 
valor fixo ou mínimo, para o Micro Empreendedor Individual (MEI), Micro Empresa 
(ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) optante pelo Simples Nacional. 
 
A Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, que alterou a Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 20016, a LC 123 instituiu o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. 
 
A lei mais recente sobre o assunto é o Decreto nº 8.538, de 6 de agosto de 2015 que 
pelo art. 1º diz: 
 
Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverá ser 
concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado 
para as microempresas e empresas de pequeno porte, agricultor 
familiar, produtor rural pessoa física, microempreendedor 
individual (MEI) e sociedades cooperativas de consumo, nos 
termos deste Decreto. 
 
O objetivo do 1º artigo do Decreto nº 8.538, que trata do MEI, é objetivar a 
promover o desenvolvimento econômico e social no âmbito local e regional; ampliar 
a eficiência das políticas públicas e incentivar a inovação tecnológica. No artigo 13, 
inciso IV, que fala dos termos do Micro Empreendedor Individual, através do § 1º do 
artigo 18-A daLei Complementar nº 123, de 2016 diz: 
 
O Microempreendedor Individual (MEI) poderá optar pelo 
recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo 
5 
 
Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente 
da receita bruta por ele anterior, de até R$ 60.000 (sessenta mil 
reais), optante do Simples Nacional e que não esteja impedido 
de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
 
No § 1º dessa LC 123, relata que o MEI tenha receita bruta de até R$ 
60.000,00, e que será optante do Simples Nacional. 
 
Claudemir Marques da Silva (2011, p. 18, 20, 23, 35 e 37) o Simples Nacional 
incide no recolhimento mensal com alíquota única de oito tributos, o Governo 
Federal pensou em reduzir tais tributos e conforme está disposto no art. 13º da Lei 
Complementar nº 123/2006, os quais são: Imposto Sobre a Renda da Pessoa 
Jurídica (IRPJ), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social 
Sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Para o Financiamento da Seguridade 
Social (COFINS), contribuição para PIS/PASEP, Contribuição Patronal 
Previdenciária (CPP), Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto Sobre Serviço de Qualquer 
Natureza (ISS). 
 
A REDESIM é uma rede de suma importância para o Simples Nacional, pois 
estabelece com a sua Lei nº 11.598/2007 as normas gerais para a simplificação do 
processo de registro e a legalização de empreendedores em pessoas jurídicas por 
meio eletrônico através do Portal do Empreendedor. 
 
Na visão de Chiavenato (2005) a ideia do que é empreendedorismo surgiu no 
século XVII e XIX por pensadores do Laissaz–Faire, no entanto outras ciências 
contribuíram para a compreensão do empreendedorismo. O surgimento vem de 
tempos remotos e um dos seus fatores mais importantes para o surgimento do 
mesmo bem como a sua evolução com o passar dos séculos foram à colaboração 
de vários pensadores que foram aperfeiçoando e difundindo o seu conceito durante 
a sua viagem até os dias atuais. 
 
Segundo Zanluca, 
 
6 
 
O Micro Empreendedor Individual optante pelo SIMEI não estará 
sujeito a incidência do IRPJ, do IPI, da CSLL, da COFINS, do 
PIS, e do INSS patronal. Por tanto, não estará sujeito ao 
recolhimento das alíquotas previstas nas tabelas do Simples 
Nacional. 
 
Os impostos cobrados nas tabelas do Simples não são cobrados ao Micro 
Empreendedor Individual, por ser um regime simplificado e próprio ao mesmo. O 
MEI é uma das maneiras de que o governo encontrou para diminuir o trabalho 
informal. O Micro Empreendedor Individual tem quase na sua totalidade os mesmos 
direitos para quem opta pelo Simples Nacional. Porém as vantagens e as 
desvantagens são diferentes dos demais regimes tributários. Uma das grandes 
vantagens entre várias do MEI é a proteção social, como o recolhimento do imposto 
previdenciário mensal, o empreendedor que trabalhava por conta própria passa a 
contar com um seguro social que garantirá a ele e sua família um salário mínimo em 
casos de doença, gravidez (mulher empreendedora), prisão, morte e velhice 
(SEBRAE). Uma das desvantagens é que o contribuinte não terá direito a 
aposentadoria por tempo de contribuição. 
 
Senado Federal (2013, p. 8) a formalização do Micro Empreendedor Individual 
pode ser feita, de forma gratuita por meio da internet, no Portal do Empreendedor. O 
procedimento é todo simplificado. Também pela internet, o empresário pode fechar 
negócios e preencher a declaração única exigida para comprovar o cumprimento de 
suas obrigações fiscais e tributárias. 
 
Cabe lembrar: nos dias de hoje, a contratração de um contabilista não é mais 
indispensável, muito embora o acesso ao computador passe a ser uma rotina diária 
na vida de qualquer Micro Empreendedor. 
 
O Portal do Empreendedor surgiu para modernizar as relações empresarias e 
fazer com que navegar pela legislação seja facilitada. Contudo, nossas leis fiscais e 
tributárias, como as de qualquer outro país, são complexas, repletas de detalhes que 
necessitam do disciplinamento das leis por outras leis, de mesma espécie ou de 
espécies diferentes. A velocidade do mundo dos negócios é outro fator que faz 
ocorrer ajustes na legislação. 
7 
 
 
O Brasil se consolida como um grande mercado. Sua economia tem 
incorporado novas classes consumidoras e exige que se adotem novas e modernas 
tecnologias em todos os setores para continuar sendo um país atrativo para o 
investidor. 
 
Daniel Moreira (2015) o Micro Empreendedor Individual está dispensado de 
escrituração fiscal e contábil, além de diversas obrigações acessórias às demais 
empresas, mas não pode ter um faturamento maior que R$ 60 mil por ano. Estão 
desobrigados de emitir nota fiscal, exceto se a venda ou serviço for para outra 
pessoa jurídica, entretanto pode não ser tão vantajoso. Isso porque sem nota fiscal e 
sem a contabilidade, pode existir descontrole e falta de transparência com receitas e 
despesas e, não sendo possível comprovar a renda de fato, esse falta de controle 
vai dificulta obter financiamentos. 
 
Embora seja a melhor opção de forma legal de empreendedorismo, o fator 
negativo relaciona-se ao baixo valor de faturamento que o governo permite. Mesmo 
com as crises econômicas, os MEIs faturam receitas superiores a R$ 5 mil mensais, 
ocasionando, assim, um desenquadramento deste regime, o que faz aumentar 
significativamente sua carga tributária. O maior desafio do Micro Empreendedor 
Individual, que deixou de ser informal, está na gestão e controle financeiro 
administrativo eficiente e eficaz de seu negócio, tendo atenção aos preenchimentos 
de formulários e guias. Para não correr riscos e problemas com o fisco, os MEIs 
devem consultar um escritório de contabilidade para ter uma orientação no momento 
de declarar seus rendimentos, patrimônio e, principalmente, sua movimentação 
bancária. 
 
Leandro Miotto Mendes (2010) diz que sobre a redução da carga tributária, 
nem sempre o recolhimento de impostos por meio do MEI será vantajoso para o 
Micro Empreendedor Individual, haverá mês que o negócio não realizou nenhum tipo 
de transação, ou seja, não houve receita, mesmo assim ele deverá recolher os 
impostos, como o INSS e o ISS ou ICMS, enquanto em outro regime de tributação o 
empresário só paga tributos nos meses em que houve vendas. 
 
8 
 
Por não ter tido divulgação nos meus de comunicação, por se tratar de uma 
enorme desvantagem. Nem todas as profissões podem optar em ser Micro 
Empreendedor Individual, além disso, o MEI é uma personalidade jurídica que não 
permiti ter sócios, e não poderá expandir seus negócios, pois este não poderá 
possuir mais de um estabelecimento, nem mesmo participação em outra empresa. 
 
Uma das principais propagandas enganosas do MEI, que é a desobrigação de 
contabilidade, o empreendedor individual terá muitas outras obrigações que iram 
depender da capacidade técnica de um contabilista. Além demais, a contabilidade 
deve ser utilizada como ferramenta gerencial, como afirma em nota o SEBRAE-SP: 
 
Cumpre destacar que a contabilidade não se resume no 
cumprimento das obrigações fiscais e tributárias, não sendo este 
o seu principal objetivo. A contabilidade é na verdade um 
instrumento gerencial, assim, imprescindível para a 
administração de qualquer tipo e porte do empreendimento. 
 
 
3. ANÁLISE 
 
 
Quando Valdir Ribeiro Jr diz que o MEI é a porta de entrada para o pequeno 
empresário, quer dizer que é o meio mais fácil de uma pessoa sair da informalidade, 
ilegalidade, como o processo é simples e eletrônico,não precisa da ajuda de um 
profissional da área para abrir um MEI, também não precisa ter sócio e um capital 
inicial para abri-la, como ocorre com a EIRELI. O MEI já está resguardo pela lei, 
como a Resolução nº 5 da RFB, e a Lei Complementar nº 123 e 147. 
 
Claudemir Marques da Silva foca nos tributos que foram unificados e 
vantagens de desvantagens em ser um MEI, antes do Simples Nacional, estes 8 
tributos não eram unificados, o governo unificou esses tributos, o que não quer dizer 
que diminuiu ou tirou impostos, muitas pessoas acham que optar pelo Simples 
Nacional, vai pagar menos impostos; entretanto, o MEI teve vantagens por não 
pagar todos esses tributos, ele apenas paga o INSS, ISS ou ICMS, INSS ele vai 
pagar independente de sua atividade, já o ISS é para quem presta serviço e o ICMS 
9 
 
para comércio e indústria. Quando Claudemir fala da proteção social, diz respeito ao 
fato que o MEI quando paga o INSS, está garantindo a sua aposentadoria, uma 
forma de aposentar-se como pessoa jurídica pagando menos do que como pessoa 
física, já que a alíquota do MEI é de 5%. O Micro Empreendedor Individual não 
poderá se aposentar pelo tempo de contribuição porque a previdência só permitir 
quando é feito a complementação dessa contribuição, o contribuinte do MEI recolhe 
mais 15% sobre o salário mínimo, acrescido de juros moratórios, e esse 
procedimento não é permitido de forma eletrônica, o empresário precisa comparecer 
em uma Agência da Previdência Social. 
 
O Senado Federal vendo a importância dessa nova personalidade jurídica 
elaborou um livro sobre Micro Empreendedor Individual, através de sua Livraria 
Virtual qualquer pesquisador, estudante, MEI pode comprar este livro. O Senado diz 
que além de você ter todo o processo de abertura de forma simplificada e eletrônica; 
também pela internet, o empresário pode fazer os seus negócios e entregar a 
Declaração Anual que é exigida para comprovar o cumprimento de suas obrigações 
fiscais e tributárias, independentemente, se sua empresa teve receita ou não, essa 
declaração é obrigatória. E ao contrario do que diz o SEBRAE, o Senado reconhecer 
que o trabalho do contabilista é essencial no momento atual, o empresário não tem o 
conhecimento específico para ter o controle de seus ganhos e gastos, é importante o 
controle fiscal, tributária e trabalhista. Ainda mais em um país que vem se 
transformando em um grande mercado, que precisa acompanhar novas e modernas 
tecnologias para continuar competitivo. 
 
Daniel Moreira lembra que o MEI não tem a obrigatoriedade de escrituração 
fiscal e contábil, como de várias obrigações acessórias, ele também lembra que o 
Micro Empreendedor Individual não precisa emitir nota fiscal para pessoa física, 
sendo exigido apenas para pessoa jurídica, só que essa desobrigação pode trazer 
um descontrole nas receitas e despesas incorridas todo mês na empresa, se ele não 
tiver um cuidado nos preenchimentos de formulários e guias, isso dificulta o 
empresário na obtenção de um futuro empréstimo ou financiamento em uma agência 
bancária. E lembra que mesmo no momento de recessão que o Brasil passa, muitos 
MEI’s têm um faturamento maior que os R$ 5 mil reais mensais, já que o governo 
limita o faturamento anual em até R$ 60 mil reais. Mais uma vez, o contabilista é 
10 
 
recomendado para o MEI, mostrando que seu trabalho é importante para o 
crescimento desse novo empresário. 
 
Leandro Miotto Mendes destaca que empresas optantes do Simples Nacional, 
quando não é MEI, só pagar tributos sobre venda, se o mês não teve faturamento, 
não há pagamento de tributos, essa é outra desvantagem do Micro Empreendedor 
Individual que mesmo nos meses que não tiver faturamento, ele está obrigado a 
pagar o INSS e ISS ou ICMS, ISS para atividade de serviço e ICMS para atividade 
comércio ou indústria. Também não permite todas as atividades, nem todos 
empresários poderão ser Micro Empreendedor Individual, como é o caso dos 
Advogados, sua atividade não está na lista de permitidas para ser Micro 
Empreendedor Individual. Pelo fato de um MEI não poder ter sócio, isso pode limitar 
o crescimento do negócio, também por não pode ter mais de um estabelecimento e 
nem ter sociedade com outra empresa, todas essas limitações, pode atrapalhar o 
crescimento de um Micro Empreendedor Individual. 
 
 
4 CONSIDERAÇÃO FINAIS 
 
 
O objetivo com esse artigo é mostrar os benefícios de tornar-se um MEI, em 
que o autônomo deixa ser informal para se formalizar como Micro Empreendedor 
Individual. 
 
Hoje no Brasil, é possível que o autônomo, informal, free-lance ou pequeno 
empresário possa constituir uma pessoa jurídica sem que haja a necessidade de ter 
um sócio para abrir uma empresa. 
 
Se a atividade está na lista de permitidas pela Receita Federal, ela pode 
formalizar-se com Micro Empreendedor Individual, com algumas restrições, que 
mesmo assim compensa ser um MEI, como não poder ultrapassar R$ 60 mil ao ano 
e contratar apenas um funcionário. 
 
11 
 
A informalidade para o empreendedor não permitia que tivesse algum 
incentivo para fazer crescer o negócio, já que muitos recorrem a empréstimos ou 
financiamentos, o que só é possível quando a empresa está constituída e legalizada. 
 
A informalidade também deixava de o país arrecadar mais tributos, como 
muitos eram informais, o governo não tinha o controle desses empreendimentos 
espalhados pelo país, grande parte de sua arrecadação vem de pequenos 
empresários, como é caso do Micro Empreendedor Individual que quando tem um 
funcionário, está fazendo girar a economia como um todo, se o seu funcionário tem 
uma família, ele tem gastos com moradia, alimentação, vestimenta, quem ganha 
mais é o país que faz a economia crescer com o consumo desses brasileiros. 
 
O país vem instituindo várias leis para empresas de pequeno porte, como 
EIRELI, ME e EPP, estimulando o crescimento dessas empresas, o governo dar um 
passo a frente para tirar muita gente da informalidade e aumentar a arrecadação de 
tributos no país. A formalização traz também um bem social pelos benefícios 
adquiridos, como ficar assegurado pela previdência social, o Micro Empreendedor 
Individual quando paga sua DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) 
não está pagando só o imposto municipal ou estadual, está pagando a previdência 
que depois de um tempo de contribuição, pela idade poderá se aposentar com um 
salário mínimo, em caso de sua morte, a esposa recebe pensão, resguardando toda 
a sua família, e vai poder contratar um funcionário registrado com todos os seus 
direitos. E quem ganha com isso é o país que arrecada mais tributos. 
 
O país passa por uma longa crise política e econômica, muitos que se 
encontram desempregados, estão empreendendo de forma formal, legalizada, 
através do MEI. As vantagens são tantas que o Micro Empreendedor Individual pode 
trabalhar em sua própria residência, não tem a obrigatoriedade de abrir um espaço 
físico ou alugar alguma sala comercial para o seu negócio, e também não existir 
restrição para um mesmo endereço ter mais de um CNPJ como MEI; por exemplo, 
caso uma família já tenha alguém como Micro Empreendedor Individual, essa 
pessoa é contabilista e constituiu um MEI, e seu irmão que trabalha como autônomo 
no ramo de carpintaria, ele poderá ser um MEI, já que é uma atividade permitida da 
lista que consta no Portal do Empreendedor, como também é possível que a sua 
12 
 
mãe ou esposa possam ser MEI, já que existe várias atividade específica de sua 
área ou similar, o interessado precisa ir à prefeitura de sua cidade para sanar essa 
dúvida, quando você vai à prefeitura, o atendimento empresarialdeixa claro que não 
tem impedimento para que outros da família também sejam MEI. Para abrir um MEI 
não há custos para o futuro Micro Empreendedor Individual, todo o processo é feito 
de forma eletrônica pelo Portal do Empreendedor. Sua alteração e até sua extinção 
é também pelo mesmo processo eletrônico. O governo abriu um leque de 
oportunidades para esses empreendedores, que crescendo de forma constante, elas 
podem mais tarde deixar de ser MEI para ser uma Microempresa ou até mesmo 
numa grande empresa do ramo. 
 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
 
DA SILVA, Claudemir Marques. Micro Empreendedor Individual: Um estudo de uma 
empresa de refrigeração. Sinop, Mato Grosso: Saraiva, 2011. 
 
 
MENDES, Leandro Miotto, Portal Contábeis. Desvantagens do MEI: Micro 
Empreendedor Individual. Disponível em: < 
http://www.contabeis.com.br/artigos/452/desvantagens-do-mei-micro-empreendedor-
individual/>. Acesso em 27 de agosto de 2016. 
 
 
MOREIRA, Daniel, Portal Jornal Contábil. Vantagens e Desafios do MEI. Disponível 
em: < http://www.jornalcontabil.com.br/artigo-vantagens-e-desafios-mei/>. Acesso 
em 28 de agosto de 2016. 
 
 
RIBEIRO JR, Valdir, Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Como se 
tornar em um Micro Empreendedor Individual (MEI). Disponível em: 
http://revistapegn.globo.com/MEI/noticia/2016/02/como-se-tornar-um-
microempreendedor-individual-mei.html>. Acesso em 10 de julho de 2016. 
 
 
SENADO FEDERAL. Micro Empreendedor Individual (MEI): Primeiro Degrau da 
Atividade Empresarial Legalizada. Brasília, Distrito Federal: Senado Federal, 2013.

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