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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ (UNESA) CIÊNCIAS CONTÁBEIS MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) FRED CARLOS QUINTANILHA BOTELHO NITERÓI 08/2016 4 FRED CARLOS QUINTANILHA BOTELHO MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, de Ciências Contábeis, da Universidade Estácio de Sá. Prof. Orientador(a): Ana Shirley de França Moraes NITERÓI 08/2016 1 MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Fred Carlos Quintanilha Botelho 201202091156 fredquintanilha@yahoo.com.br RESUMO Com a Lei Complementar nº 128 de 19/12/2008 o trabalhador informal, aquele que não era legalizado, por tanto, não tinha o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), com a referida lei, esse pequeno empresário ou empreendedor pode legalizar-se sem ter a necessidade de um sócio para abrir uma empresa, o MEI (Micro Empreendedor Individual) é um tipo de pessoa jurídica que você pode constituir sem ter um sócio. A abertura de um MEI é gratuita e feita eletronicamente pelo Portal do Empreendedor que é vinculado ao governo, sendo que qualquer alteração e baixa ocorre em ônus para quem queira deixar de ser Micro Empreendedor Individual. Mensalmente, terá que pagar o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) e gerar o relatório mensal para ser utilizado na Declaração Anual. Palavras chave: Trabalho, Artigo Científico, Projeto, MEI. 2 1 INTRODUÇÃO Estamos em um país que passa por uma grande crise política e econômica, com isso, o desemprego só aumenta e muitas pessoas não conseguem se recolocar no mercado de trabalho, mesmos os qualificados com nível superior não estão conseguindo ter uma oportunidade, ao ponto de aceitar trabalhos que não seja de sua área e com uma remuneração baixa. Essa situação faz muitos empreenderem, como uma forma de tentar obter algum dinheiro para pagar as suas contas, e muitos de forma informal, atuando no mercado sem estarem legalizados. Antes, para constituir uma empresa, você tinha que ter um sócio, a partir da Lei Complementar nº 128, essa história mudou, o governo permitiu que trabalhadores autônomos, os informais, legalizassem como Micro Empreendedor Individual, já sendo optante do Simples Nacional, essa pessoa jurídica está isenta de alguns tributos como IRPJ (Imposto Sobre a Renda da Pessoa Jurídica), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), sendo obrigado apenas a pagar o INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) e o ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ou ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dependendo de sua atividade, se é comércio vai pagar ICMS, já o prestador de serviço pagará ISS. A escolha desse tema é pelo fato de qualquer cidadão que tenha uma atividade remunerada, seja por comércio ou serviço, ter a oportunidade de ser tornar uma pessoa jurídica sem com isso ter um sócio. Como é possível um empreendedor ou autônomo se beneficiar constituindo um MEI, quais as vantagens garantidas ao mesmo e suas devidas obrigações? O Micro Empreendedor pode ser optante do Simples, ter sócio? Com vantagens de poder emitir notas fiscais, abrir conta bancária e obter empréstimos, quem tornar-se MEI, ainda terá o direito de ter auxílio maternidade (no 3 caso da mulher empreendedora), auxílio doença e o que mais tem feito muita gente obterem esse tipo de personalidade jurídica, o direito a aposentadoria que se pagasse como Contribuinte Individual (pessoa física) a alíquota seria maior para Previdência Social. O objetivo geral é demonstrar que hoje, uma pessoa possa se legalizar sem com isso ter um sócio e ter as vantagens de ter o CNPJ e ser optante do Simples. O objetivo específico é analisar as vantagens de um informal ou autônomo poder legalizar-se e ter benefícios garantidos, como emitir nota fiscal, ter facilidades em obter empréstimos e financiamentos com o CNPJ e contribuir para a previdência social, tendo uma aposentadoria garantida. A metodologia aplicada foi a legislação, livros e artigos, e a principal fonte de informação do MEI, o Portal do Empreendedor, que aborda abertura, alteração ou baixa dessa personalidade jurídica, com a legislação que guia o Micro Empreendedor Individual, no mesmo portal o interessado ou já MEI tem acesso a todas as atividades permitidas para torna-se um pequeno empresário legalizado, também há várias perguntas com respostas sobre quem está com dúvidas de como agir para formalizar-se com Micro Empreendedor Individual. Este trabalho sobre o MEI permitiu mais abrangência sobre como funciona essa personalidade jurídica que também será influenciada pela internacionalização da contabilidade. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Valdir Ribeiro Jr (2016) relata que o Micro Empreendedor Individual (MEI) é considerado a porta de entrada para o mundo empresarial. Sendo a maneira mais simples que uma pessoa poder constituir uma empresa no Brasil e tudo pode ser feito pelo próprio empreendedor; essa personalidade jurídica permitiu que muitos que eram autônomos, informais e em decorrência disso, não pagavam tributos para 4 o governo e não tinham garantidos uma previdência no caso de uma aposentadoria, com o MEI, o pequeno empresário pagar uma taxa de R$ 5,00 se for prestador de serviço e R$ 1,00 se for comércio ou indústria, se for um empreendimento que tenha tanto serviço como comércio, o Micro Empreendedor Individual terá que pagar as duas taxas, mais os 5% sobre o salário mínimo, mesmo assim a taxa compensa, já que se ele pagasse uma previdência como pessoa física, à alíquota do INSS seria de 20%. A Receita Federal a partir da Recomendação nº 5 de 08 de abril de 2016 orienta que os entes federados a partir de 2016, haja multas relativas à falta de prestação ou à incorreção no cumprimento de obrigações acessórias, quando em valor fixo ou mínimo, para o Micro Empreendedor Individual (MEI), Micro Empresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) optante pelo Simples Nacional. A Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, que alterou a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 20016, a LC 123 instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. A lei mais recente sobre o assunto é o Decreto nº 8.538, de 6 de agosto de 2015 que pelo art. 1º diz: Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverá ser concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, agricultor familiar, produtor rural pessoa física, microempreendedor individual (MEI) e sociedades cooperativas de consumo, nos termos deste Decreto. O objetivo do 1º artigo do Decreto nº 8.538, que trata do MEI, é objetivar a promover o desenvolvimento econômico e social no âmbito local e regional; ampliar a eficiência das políticas públicas e incentivar a inovação tecnológica. No artigo 13, inciso IV, que fala dos termos do Micro Empreendedor Individual, através do § 1º do artigo 18-A daLei Complementar nº 123, de 2016 diz: O Microempreendedor Individual (MEI) poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo 5 Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele anterior, de até R$ 60.000 (sessenta mil reais), optante do Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. No § 1º dessa LC 123, relata que o MEI tenha receita bruta de até R$ 60.000,00, e que será optante do Simples Nacional. Claudemir Marques da Silva (2011, p. 18, 20, 23, 35 e 37) o Simples Nacional incide no recolhimento mensal com alíquota única de oito tributos, o Governo Federal pensou em reduzir tais tributos e conforme está disposto no art. 13º da Lei Complementar nº 123/2006, os quais são: Imposto Sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), contribuição para PIS/PASEP, Contribuição Patronal Previdenciária (CPP), Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS). A REDESIM é uma rede de suma importância para o Simples Nacional, pois estabelece com a sua Lei nº 11.598/2007 as normas gerais para a simplificação do processo de registro e a legalização de empreendedores em pessoas jurídicas por meio eletrônico através do Portal do Empreendedor. Na visão de Chiavenato (2005) a ideia do que é empreendedorismo surgiu no século XVII e XIX por pensadores do Laissaz–Faire, no entanto outras ciências contribuíram para a compreensão do empreendedorismo. O surgimento vem de tempos remotos e um dos seus fatores mais importantes para o surgimento do mesmo bem como a sua evolução com o passar dos séculos foram à colaboração de vários pensadores que foram aperfeiçoando e difundindo o seu conceito durante a sua viagem até os dias atuais. Segundo Zanluca, 6 O Micro Empreendedor Individual optante pelo SIMEI não estará sujeito a incidência do IRPJ, do IPI, da CSLL, da COFINS, do PIS, e do INSS patronal. Por tanto, não estará sujeito ao recolhimento das alíquotas previstas nas tabelas do Simples Nacional. Os impostos cobrados nas tabelas do Simples não são cobrados ao Micro Empreendedor Individual, por ser um regime simplificado e próprio ao mesmo. O MEI é uma das maneiras de que o governo encontrou para diminuir o trabalho informal. O Micro Empreendedor Individual tem quase na sua totalidade os mesmos direitos para quem opta pelo Simples Nacional. Porém as vantagens e as desvantagens são diferentes dos demais regimes tributários. Uma das grandes vantagens entre várias do MEI é a proteção social, como o recolhimento do imposto previdenciário mensal, o empreendedor que trabalhava por conta própria passa a contar com um seguro social que garantirá a ele e sua família um salário mínimo em casos de doença, gravidez (mulher empreendedora), prisão, morte e velhice (SEBRAE). Uma das desvantagens é que o contribuinte não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição. Senado Federal (2013, p. 8) a formalização do Micro Empreendedor Individual pode ser feita, de forma gratuita por meio da internet, no Portal do Empreendedor. O procedimento é todo simplificado. Também pela internet, o empresário pode fechar negócios e preencher a declaração única exigida para comprovar o cumprimento de suas obrigações fiscais e tributárias. Cabe lembrar: nos dias de hoje, a contratração de um contabilista não é mais indispensável, muito embora o acesso ao computador passe a ser uma rotina diária na vida de qualquer Micro Empreendedor. O Portal do Empreendedor surgiu para modernizar as relações empresarias e fazer com que navegar pela legislação seja facilitada. Contudo, nossas leis fiscais e tributárias, como as de qualquer outro país, são complexas, repletas de detalhes que necessitam do disciplinamento das leis por outras leis, de mesma espécie ou de espécies diferentes. A velocidade do mundo dos negócios é outro fator que faz ocorrer ajustes na legislação. 7 O Brasil se consolida como um grande mercado. Sua economia tem incorporado novas classes consumidoras e exige que se adotem novas e modernas tecnologias em todos os setores para continuar sendo um país atrativo para o investidor. Daniel Moreira (2015) o Micro Empreendedor Individual está dispensado de escrituração fiscal e contábil, além de diversas obrigações acessórias às demais empresas, mas não pode ter um faturamento maior que R$ 60 mil por ano. Estão desobrigados de emitir nota fiscal, exceto se a venda ou serviço for para outra pessoa jurídica, entretanto pode não ser tão vantajoso. Isso porque sem nota fiscal e sem a contabilidade, pode existir descontrole e falta de transparência com receitas e despesas e, não sendo possível comprovar a renda de fato, esse falta de controle vai dificulta obter financiamentos. Embora seja a melhor opção de forma legal de empreendedorismo, o fator negativo relaciona-se ao baixo valor de faturamento que o governo permite. Mesmo com as crises econômicas, os MEIs faturam receitas superiores a R$ 5 mil mensais, ocasionando, assim, um desenquadramento deste regime, o que faz aumentar significativamente sua carga tributária. O maior desafio do Micro Empreendedor Individual, que deixou de ser informal, está na gestão e controle financeiro administrativo eficiente e eficaz de seu negócio, tendo atenção aos preenchimentos de formulários e guias. Para não correr riscos e problemas com o fisco, os MEIs devem consultar um escritório de contabilidade para ter uma orientação no momento de declarar seus rendimentos, patrimônio e, principalmente, sua movimentação bancária. Leandro Miotto Mendes (2010) diz que sobre a redução da carga tributária, nem sempre o recolhimento de impostos por meio do MEI será vantajoso para o Micro Empreendedor Individual, haverá mês que o negócio não realizou nenhum tipo de transação, ou seja, não houve receita, mesmo assim ele deverá recolher os impostos, como o INSS e o ISS ou ICMS, enquanto em outro regime de tributação o empresário só paga tributos nos meses em que houve vendas. 8 Por não ter tido divulgação nos meus de comunicação, por se tratar de uma enorme desvantagem. Nem todas as profissões podem optar em ser Micro Empreendedor Individual, além disso, o MEI é uma personalidade jurídica que não permiti ter sócios, e não poderá expandir seus negócios, pois este não poderá possuir mais de um estabelecimento, nem mesmo participação em outra empresa. Uma das principais propagandas enganosas do MEI, que é a desobrigação de contabilidade, o empreendedor individual terá muitas outras obrigações que iram depender da capacidade técnica de um contabilista. Além demais, a contabilidade deve ser utilizada como ferramenta gerencial, como afirma em nota o SEBRAE-SP: Cumpre destacar que a contabilidade não se resume no cumprimento das obrigações fiscais e tributárias, não sendo este o seu principal objetivo. A contabilidade é na verdade um instrumento gerencial, assim, imprescindível para a administração de qualquer tipo e porte do empreendimento. 3. ANÁLISE Quando Valdir Ribeiro Jr diz que o MEI é a porta de entrada para o pequeno empresário, quer dizer que é o meio mais fácil de uma pessoa sair da informalidade, ilegalidade, como o processo é simples e eletrônico,não precisa da ajuda de um profissional da área para abrir um MEI, também não precisa ter sócio e um capital inicial para abri-la, como ocorre com a EIRELI. O MEI já está resguardo pela lei, como a Resolução nº 5 da RFB, e a Lei Complementar nº 123 e 147. Claudemir Marques da Silva foca nos tributos que foram unificados e vantagens de desvantagens em ser um MEI, antes do Simples Nacional, estes 8 tributos não eram unificados, o governo unificou esses tributos, o que não quer dizer que diminuiu ou tirou impostos, muitas pessoas acham que optar pelo Simples Nacional, vai pagar menos impostos; entretanto, o MEI teve vantagens por não pagar todos esses tributos, ele apenas paga o INSS, ISS ou ICMS, INSS ele vai pagar independente de sua atividade, já o ISS é para quem presta serviço e o ICMS 9 para comércio e indústria. Quando Claudemir fala da proteção social, diz respeito ao fato que o MEI quando paga o INSS, está garantindo a sua aposentadoria, uma forma de aposentar-se como pessoa jurídica pagando menos do que como pessoa física, já que a alíquota do MEI é de 5%. O Micro Empreendedor Individual não poderá se aposentar pelo tempo de contribuição porque a previdência só permitir quando é feito a complementação dessa contribuição, o contribuinte do MEI recolhe mais 15% sobre o salário mínimo, acrescido de juros moratórios, e esse procedimento não é permitido de forma eletrônica, o empresário precisa comparecer em uma Agência da Previdência Social. O Senado Federal vendo a importância dessa nova personalidade jurídica elaborou um livro sobre Micro Empreendedor Individual, através de sua Livraria Virtual qualquer pesquisador, estudante, MEI pode comprar este livro. O Senado diz que além de você ter todo o processo de abertura de forma simplificada e eletrônica; também pela internet, o empresário pode fazer os seus negócios e entregar a Declaração Anual que é exigida para comprovar o cumprimento de suas obrigações fiscais e tributárias, independentemente, se sua empresa teve receita ou não, essa declaração é obrigatória. E ao contrario do que diz o SEBRAE, o Senado reconhecer que o trabalho do contabilista é essencial no momento atual, o empresário não tem o conhecimento específico para ter o controle de seus ganhos e gastos, é importante o controle fiscal, tributária e trabalhista. Ainda mais em um país que vem se transformando em um grande mercado, que precisa acompanhar novas e modernas tecnologias para continuar competitivo. Daniel Moreira lembra que o MEI não tem a obrigatoriedade de escrituração fiscal e contábil, como de várias obrigações acessórias, ele também lembra que o Micro Empreendedor Individual não precisa emitir nota fiscal para pessoa física, sendo exigido apenas para pessoa jurídica, só que essa desobrigação pode trazer um descontrole nas receitas e despesas incorridas todo mês na empresa, se ele não tiver um cuidado nos preenchimentos de formulários e guias, isso dificulta o empresário na obtenção de um futuro empréstimo ou financiamento em uma agência bancária. E lembra que mesmo no momento de recessão que o Brasil passa, muitos MEI’s têm um faturamento maior que os R$ 5 mil reais mensais, já que o governo limita o faturamento anual em até R$ 60 mil reais. Mais uma vez, o contabilista é 10 recomendado para o MEI, mostrando que seu trabalho é importante para o crescimento desse novo empresário. Leandro Miotto Mendes destaca que empresas optantes do Simples Nacional, quando não é MEI, só pagar tributos sobre venda, se o mês não teve faturamento, não há pagamento de tributos, essa é outra desvantagem do Micro Empreendedor Individual que mesmo nos meses que não tiver faturamento, ele está obrigado a pagar o INSS e ISS ou ICMS, ISS para atividade de serviço e ICMS para atividade comércio ou indústria. Também não permite todas as atividades, nem todos empresários poderão ser Micro Empreendedor Individual, como é o caso dos Advogados, sua atividade não está na lista de permitidas para ser Micro Empreendedor Individual. Pelo fato de um MEI não poder ter sócio, isso pode limitar o crescimento do negócio, também por não pode ter mais de um estabelecimento e nem ter sociedade com outra empresa, todas essas limitações, pode atrapalhar o crescimento de um Micro Empreendedor Individual. 4 CONSIDERAÇÃO FINAIS O objetivo com esse artigo é mostrar os benefícios de tornar-se um MEI, em que o autônomo deixa ser informal para se formalizar como Micro Empreendedor Individual. Hoje no Brasil, é possível que o autônomo, informal, free-lance ou pequeno empresário possa constituir uma pessoa jurídica sem que haja a necessidade de ter um sócio para abrir uma empresa. Se a atividade está na lista de permitidas pela Receita Federal, ela pode formalizar-se com Micro Empreendedor Individual, com algumas restrições, que mesmo assim compensa ser um MEI, como não poder ultrapassar R$ 60 mil ao ano e contratar apenas um funcionário. 11 A informalidade para o empreendedor não permitia que tivesse algum incentivo para fazer crescer o negócio, já que muitos recorrem a empréstimos ou financiamentos, o que só é possível quando a empresa está constituída e legalizada. A informalidade também deixava de o país arrecadar mais tributos, como muitos eram informais, o governo não tinha o controle desses empreendimentos espalhados pelo país, grande parte de sua arrecadação vem de pequenos empresários, como é caso do Micro Empreendedor Individual que quando tem um funcionário, está fazendo girar a economia como um todo, se o seu funcionário tem uma família, ele tem gastos com moradia, alimentação, vestimenta, quem ganha mais é o país que faz a economia crescer com o consumo desses brasileiros. O país vem instituindo várias leis para empresas de pequeno porte, como EIRELI, ME e EPP, estimulando o crescimento dessas empresas, o governo dar um passo a frente para tirar muita gente da informalidade e aumentar a arrecadação de tributos no país. A formalização traz também um bem social pelos benefícios adquiridos, como ficar assegurado pela previdência social, o Micro Empreendedor Individual quando paga sua DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) não está pagando só o imposto municipal ou estadual, está pagando a previdência que depois de um tempo de contribuição, pela idade poderá se aposentar com um salário mínimo, em caso de sua morte, a esposa recebe pensão, resguardando toda a sua família, e vai poder contratar um funcionário registrado com todos os seus direitos. E quem ganha com isso é o país que arrecada mais tributos. O país passa por uma longa crise política e econômica, muitos que se encontram desempregados, estão empreendendo de forma formal, legalizada, através do MEI. As vantagens são tantas que o Micro Empreendedor Individual pode trabalhar em sua própria residência, não tem a obrigatoriedade de abrir um espaço físico ou alugar alguma sala comercial para o seu negócio, e também não existir restrição para um mesmo endereço ter mais de um CNPJ como MEI; por exemplo, caso uma família já tenha alguém como Micro Empreendedor Individual, essa pessoa é contabilista e constituiu um MEI, e seu irmão que trabalha como autônomo no ramo de carpintaria, ele poderá ser um MEI, já que é uma atividade permitida da lista que consta no Portal do Empreendedor, como também é possível que a sua 12 mãe ou esposa possam ser MEI, já que existe várias atividade específica de sua área ou similar, o interessado precisa ir à prefeitura de sua cidade para sanar essa dúvida, quando você vai à prefeitura, o atendimento empresarialdeixa claro que não tem impedimento para que outros da família também sejam MEI. Para abrir um MEI não há custos para o futuro Micro Empreendedor Individual, todo o processo é feito de forma eletrônica pelo Portal do Empreendedor. Sua alteração e até sua extinção é também pelo mesmo processo eletrônico. O governo abriu um leque de oportunidades para esses empreendedores, que crescendo de forma constante, elas podem mais tarde deixar de ser MEI para ser uma Microempresa ou até mesmo numa grande empresa do ramo. 5 REFERÊNCIAS DA SILVA, Claudemir Marques. Micro Empreendedor Individual: Um estudo de uma empresa de refrigeração. Sinop, Mato Grosso: Saraiva, 2011. MENDES, Leandro Miotto, Portal Contábeis. Desvantagens do MEI: Micro Empreendedor Individual. Disponível em: < http://www.contabeis.com.br/artigos/452/desvantagens-do-mei-micro-empreendedor- individual/>. Acesso em 27 de agosto de 2016. MOREIRA, Daniel, Portal Jornal Contábil. Vantagens e Desafios do MEI. Disponível em: < http://www.jornalcontabil.com.br/artigo-vantagens-e-desafios-mei/>. Acesso em 28 de agosto de 2016. RIBEIRO JR, Valdir, Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Como se tornar em um Micro Empreendedor Individual (MEI). Disponível em: http://revistapegn.globo.com/MEI/noticia/2016/02/como-se-tornar-um- microempreendedor-individual-mei.html>. Acesso em 10 de julho de 2016. SENADO FEDERAL. Micro Empreendedor Individual (MEI): Primeiro Degrau da Atividade Empresarial Legalizada. Brasília, Distrito Federal: Senado Federal, 2013.
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