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Embrio aula 1

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EMBRIOLOGIA II 
Profª Kelen Salaroli 
Sistema Nervoso - aula 1
O SN tem divisões que vão seguir os critérios anatômicos: O SNC e o SNP. O SNC é protegido pelo esqueleto axial, crânio e coluna vertebral, dividido em encéfalo, na cavidade craniana, dividido cérebro, cerebelo e tronco encefálico, e a medula espinhal , protegida pela coluna vertebral, que é a porção caudal. 
As duas estruturas são originadas pelo tubo neural (TN), que se transforma. O encéfao se origina da porção anterior do TN e a medula da porção posterior. 
O SNP é originado pelas células da crista neural ( CN). As células da CN surgem na superfície dorsal do TN e migram para lateral para formar os gânglios e então o SNP. O SNP está fora do esqueleto axial, podendo ser dividido em nervos cranianos e nervos espinhais,
Os gânglios são dilatações nos nn. que possuem corpos celulares, havendo neurônios multipolares e pseudo unipolares, sendo sensitivos e motores viscerais. O gânglio é onde acontece a sinapse autônoma. 
Existe as terminações aferentes e eferentes:
Eferente: via Central -> Periférico
Aferente : via Periférico -> Central
	No embrião há 3 folhetos embrionários: o endoderma, o mesoderma e o ectoderma. Este último originará o SNC e o SNP, é a camada mais externa do embrião, como se fosse a primeira camada do embrião. As células do ectoderma origina epiderme, seus anexos e SN.
	Na 3ª semana os 3 folhetos são formados, o ectoderma sofre um espessamento na parte mediana, as células planas ficam cilíndricas, dando origem a placa neural, que se desenvolve e forma extremidades elevadas, o sulco neural aparece. Os lábios do sulco se fundem e forma o TN, onde o TN fechou-se, as células de cada lado formam a crista neural. Em baixo do Tn há a notocorda, extremamente importante para sinalização e formação da medula espinhal.
	O ectoderma continua se aproximando até haver a fusão, onde se forma o tubo neural e na porção dorsal do tubo encontra-se a crista neural. As células da CN vão sofrendo migração e formam as células do SNP. Entretanto, as células do ectoderma que formam o TN se chamarão neuroectoderma e formarão células nervosas. 
	A partir do 5º somito, começa a fusão das pregas neurais, inicia-se na porção medial e continua na direção céfalo-caudal. Havendo aberturas na porção cefálica e caudal: neuroporo caudal e neuroporo rostral. O neuroporo rostral se encontra aberto, o interior do tubo é preenchido por líquido amniótico, após a formação dos plexos coróides, ele passa a ser preenchido por líquido encéfalo raquidiano. 
	Depois do fechamento aparece as vesículas 1ª, que diferenciam em 2ª e posteriormente em estruturas neurais. 
	Esse tubo neural tem uma proliferação das células da sua parede , que se expressam permitindo a formação do encéfalo e medula espinhal. O canal da medula espinhal, entretanto, pode-se dizer que a cavidade do TN não se fecha. 
	A CN (formada por ectoderma) vai existir ao longo do TN e é contínua, na porção dorsal. Elas migram lateralmente ao TN e formam os gânglios do SNP, se modificam em neurônio pseudo unipolar, neurônios sensitivos. O corpo celular permanece no gânglio e seus prolongamentos vão em direção da medula e ao órgão. 
	Os elementos derivados da CN são:
gânglios sensitivos
gânglios do SNA
medula da glândula adrenal
paragânglios
melanócitos
células de Schwann
anfícitos e células C da tireóides
	 A fusão do TN acontece a partir do 5º somito, a fusão se torna lenta nas extremidades, onde encontra-se os neuroporos. 
		CN → SNP TN → SNC
	Essas células do TN são células indiferenciadas que se tornarão neurônios, possuem formato cilíndrico semelhante ao pseudoestratificado. A partir da diferenciação de neurônios, as células em contato com a luz são indiferenciadas em processo de divisão celular. Nos neuroblastos indiferenciados inicia um prolongamento citoplasmático formando um neurônio bipolar e sequencialmente um neurônio multipolar. 
	Após a diferenciação dos neurônios, os neuroblastos vão formar os glioblastos, estes, formarão os astrócitos e oligodendrócitos. Há outro tipo celular, células mesenquimais que formarão as células da micróglia, com função de fagocitar. 
		Essas células do neuroblasto e glioblasto migram para a porção mais externa do TN. Depois da formação de neuroblasto e glioblasto, há a diferenciação de células ependimárias, essas células na medula espinhal formam a parede interna do canal medular, no encéfalo, formam o plexo coróide, internamente nos ventrículos. As células ependimárias após a diferenciação permanecem na luz do TN.
	As células da CN migram formando gânglios sensitivos e autônomos, na porção lateral do TN. A célula da CN sofre diferenciação, também formando neuroblasto, se diferenciando para formação, principalmente, de pseudo unipolares. 
	Os eventos de diferenciação permitem que a partir da migração os neurônios desenvolvam prolongamentos em direção a medula e ao órgão. Os gânglios da raiz dorsal emitem axônios que chegam até a placa alar da medula e os axônios motores se prolongam da placa basal e se encontram com os outros sensitivos. A placa alar dá origem ao corno dorsal e a placa basal ao corno ventral. 
	Os neurônios sensitivos são diferenciados a partir da CN, enquanto os primeiros neurônios eferentes são originados pelo TN. 
A parede do TN sofre espessamento e a partir daí acontece a formação de duas placas alares, duas placas basais , uma placa do assoalho e uma placa de teto. 
O neuroepitélio do TN se divide, diferenciando em neuroblasto, glioblasto e células ependimárias. O espessamento obedece uma disposição, onde a placa alar se encontra na parede basal, em que os neurônios da CN chegam formando via sensitiva. Já a placa basal desenvolve na porção ventral do TN onde se desenvolve na porção ventral do TN, onde desenvolve prolongamentos de axônio em direção aos órgão efetores (via motora), músculo esquelético ou via autônoma até o gânglio e se comunica com o neurônio da CN e este vai até o órgão. 
Dividindo as 4 placas há o suco que limita as placas alares das placas basais e permite sua diferenciação. Na placa basal onde formará o corno ventral há o neurônio multipolar que se prolonga até o órgão efetor. No SNC a bainha de mielina é formada pelo oligodendrócito, quando sai da medula, é formada por células de Schwann. Uma vez que o SNP é formado por CN e as células da glia do SNP é formado pela CN, já o oligodendrócito é formado pelo TN.
As áreas próximas ao sulco possui neurônios pré ganglionares, enquanto as áreas mais afastadas forma neurônios motores. A luz do TN permanece, formando o canal central medular e os ventrículos.
A formação da bainha de mielina é extremamente importante para o SN e é diferente no SNC e no SNP. No SPC, os oligodendrócitos possuem prolongamentos que formam dobras em volta do axônio, enquanto as células de Schwann, no SNP, se dobra em volta do axônio, fazendo várias voltas com todo o corpo celular. Desta forma as células de Schwann formam uma bainha de mielina mais grossa, que irá melhor proteger o axônio. A bainha começa a se formar no período fetal e só se completa após um ano de nascimento.
As meninges serão formadas a partir das células da CN, na aracnóide haverá um espaço preenchido por líquido, o líquor só começa a ser produzido após a formação dos plexos coróides, na 5ª semana. 
Após a 4ª semana, o desenvolvimento da medula, coluna e dura-máter se diferenciam, uma vez que a dura-máter e a coluna vertebral terão desenvolvimento mais rápido do que a medula. Havendo assim um espaço entre o fim da medula e o fim do saco dural e coluna. Esse espaço é preenchido por nervos e líquido cefalorraquidiano, onde há a chamada cauda equina, e permite a realização de pulsão lombar de maneira segura, sem causar lesão na medula. 
Sinalização
A notocorda é importante nesse processo, uma vez que libera a substância SHH, que faz com que o TN se ventralise, formandoas pregas e o sulco. O neuroectoderma libera BMP, que induz a produção de SHH na parte ventral. As células do teto passam a produzir BMP, junto das células da epiderme, fora do TN. 
	A região dorsal produz BMP e a ventral produz SHH, o que permite a diferenciação das placas alares e basais. Com a ação do BMP, toda placa expressa o mesmo grupo de genes (PAX3,7), quando a parte ventral libera SHH, os sinalizadores vão inibir um grupo de genes e estimular outros. Entretanto, a parte ventral irá expressar outros genes ( NKX6). 
Essa diferença de gradiente permite a diferenciação, indo em direção opostas de gradiente de BMP e SHH. 
Na região dorsal há genes ativos que não são predominantes na região ventral. Conforme ocorre a diferença de gradiente encontram-se genes distintos. Mostrando que o grupo de genes em tais regiões são diferentes, pode-se entender como acontece a formação de uma placa basal motora e uma placa alar sensitiva. 
Ábila Dutra Oliveira
Med Red 002
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