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Introdução a Filosofia Aula 2 Apostila II

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Aula 2 – Introdução à Filosofia
I - As grandes partes da Filosofia – detalhes
1. A Lógica
- Ao executar uma tarefa, o homem normalmente experimento o instrumento de trabalho para saber como utilizá-lo da melhor maneira possível. Quer compreender o seu uso.
- E qual seria a tarefa de um filósofo? É conquistar o saber, a sabedoria, o conhecimento científico, como vimos, das causas mais elevadas da realidade. 
- E qual é o seu instrumento? É a razão, a luz natural da razão, em atitude reflexiva. 
- Portanto, é necessário que o filósofo, antes de começar o seu trabalho, examine a razão, a sua função (para determinar a maneira pela qual deverá ser utilizada).
- O estudo da RAZÃO, do ponto de vista de seu uso no conhecimento ou COMO MEIO DE CHEGAR À VERDADE, é o que se chama LÓGICA.
- Obs. A Lógica não chega a ser uma parte da Filosofia, mas uma ciência ou uma arte anterior, instrumental, de que nos servimos para filosofar, sendo assim introdutória à Filosofia. É o que conhecemos como propedêutica à Ciência. 
- Obs. As outras ciências também dependem dele para saber a maneira como proceder no saber.
- Obs. Antes de adquirir o saber, faz-se necessário possuir corretamente os instrumentos e meios dele.
- Obs. Por isso mesmo a Lógica é uma ciência que deve ser estudada como disciplina inicial; Aristóteles dizia que é absurdo procurar ao mesmo tempo a ciência e as condições da ciência ou o modo de proceder que ela deve empregar.
2. Filosofia Especulativa
- Apenas após isso pode o Filósofo se dedicar ao seu trabalho com segurança (adquirir a ciência das coisas pelos seus princípios supremos).
- Ao conquistar os princípios, podemos também fazer uso desse conhecimento para a nossa vida. Teríamos então duas ordens de conhecimento com o fim que foi proposto: contemplar pura e simplesmente os princípios supremos, e utilizá-los para o nosso bem.
- Assim, podemos usar a razão para conhecer as coisas e seus princípios supremos somente pelo prazer de conhecer, sem buscar nenhuma utilidade com isso. O conhecer como fim em si mesmo. 
- As ciências que adquirimos tendo como único fim O CONHECER POR CONHECER pertencem à ordem das ciências especulativas. 
- E se uma ciência especulativa pretender dar a razão das coisas PELOS PRINCÍPIOS SUPREMOS, TERÁ COMO FIM AS CAUSAS PRIMEIRAS DE TUDO O QUE É (CAUSAS PRIMEIRAS NATURALMENTE COGNOSCÍVEIS). A ISTO CHAMAMOS DE FILOSOFIA ESPECULATIVA.
3. Filosofia Prática (Mora ou Ética)
- Ou como dito podemos usar cientificamente a razão para o bem de nossa vida; quando buscamos o saber para ordenar a nossa vida (para obter por alguma ação o bem do homem) – ORDEM DAS CIÊNCIAS PRÁTICAS.
- Quando uma ciência prática regra a conduta do homem com base nos supremos princípios, terá como fim o que é princípio supremo na ordem prática: O BEM ABSOLUTO DO HOMEM (BEM ABSOLUTO NATURAL E NATURALMENTE COGNOSCÍVEL) – OBS. BEM SUPREMO DO HOMEM SE O HOMEM SÓ TIVESSE COMO FIM UMA FELICIDADE OU BEATITUDE NATURAL.
- E tal ciência prática será chamada FILOSOFIA PRÁTICA, ou FILOSOFIA MORAL OU ÉTICA.
- OBS. ALÉM DA MORAL OU ÉTICA, A MEDICINA, POR EXEMPLO, É UMA CIÊNCIA PRÁTICA, MAS ELA VISA APENAS ALCANÇAR A SAÚDE DO HOMEM (NÃO VISAM O BEM SOBERANO PURA E SIMPLESMENTE), MAS CERTOS BENS PARTICUARES.
- OBS. ÉTICA E MORAL É A ÚNICA CIÊNCIA QUE PODE SER CHAMADA DE FILOSOFIA.
- OBS. SENDO CIÊNCIA VERDADEIRA, CONTINUA SENDO ESPECUATIVA, PROQUE QUER CONHECER PARA CONHECER A VERDADE DAS COISAS; MAS ELA TAMBÉM VISA UM OUTRO BEM – QUE É A BEATITUDE OU FELICIDADE NATURAL DO HOMEM. QUANTO AO FIM, É UMA CIÊNCIA PRÁTICA, MAS QUANTO À SUA NATUREZA, CONTINUA SENDO ESPECULATIVA, PORQUE TAMBÉM BUSCA O CONHECER PELO CONHECER, MAS AGORA COM UMA APLICAÇÃO PRÁTICA. 
- A MORAL OU ÉTICA APLICA O CONHECIMENTO ADQUIRIDO ESPECULATIVAMENTE PARA O BEM DO HOMEM. 
- ENQUANTO CIÊNCIA, É ESPECULATIVA; ENQUANTO EM SEU FIM, É PRÁTICA. 
- OBS. AS CIÊNCIAS PURAMENTE ESPECULATIVAS SÃO SUPERIORES EM DIGNIDADE E POR ISSO AS PRÁTICAS SE SUBORDINAM A ELAS (MEDICINA SUPÕE A ANATOMIA); DEVEM EXISTIR ANTES DAS CIÊNCIAS PRÁTICAS; AS VERDADES ESTABELECIDAS POR ELAS DEVEM SER APLICADAS PELAS CIÊNCIAS PRÁTICAS; 
4. Os objetos formais da cada ciência
- Vimos os fins de cada ordem de ciências; vejamos agora os objetos:
a) A Filosofia Moral tem por objeto formal os atos humanos. Por quê? Porque o objeto de uma ciência que visa alcançar o bem soberano do homem é aquele do qual a obtenção desse bem depende. Para obter o supremo bem natural do homem, dependemos de quê? Dos nossos atos. Os atos humanos são o objeto da Filosofia Moral ou Ética.
b) E o objeto de uma ciência que busca conhecer por conhecer? Ou seja, que busca apenas conhecer os princípios supremos das coisas pelo prazer de conhecer? É aquilo que nas coisas depende diretamente destas causas. E o que depende diretamente das primeiras causas é aquilo que nas coisas têm de mais elevado, mais essencial (o seu ser) – porque está difundido em todas as coisas que existem (todas são). O objeto formal da Filosofia especulativa é o ser das coisas. 
OBS. O SER DAS COISAS POR SER ENCARADO E CONSIDERADO DE DIVERSAS MANEIRAS E PONTOS DE VISTA (GRAUS DE ABSTRAÇÃO), MAIS OU MENOS ELEVADOS: 1. O SER DAS COISAS COM AS PROPRIEDADES SENSÍVEIS DAS MESMAS (ENS MOBILE); 2) O SER DAS COISAS CONSIDERADO APENAS COM A PROPRIEDADE DA QUANTIDADE (ENS QUANTUM); 3) O SER DAS COISAS SÓ COM AS PROPRIEDADES DO SER (SER ENQUANTO SER – ENS IN QUANTUM ENS). POR ISSO A DIVISÃO DAS PRÓPRA FILOSOFIA ESPECULATIVA.
c) Qual deve ser o objeto formal de uma ciência que estuda a razão como instrumento para se chegar à verdade? É aquilo que manipulamos quando estamos no exato momento do raciocínio. São as próprias coisas pensadas. Quando dizemos “o homem é superior aos outros animais porque possui inteligência”, existe o homem (uma coisa retida pelo nosso espírito) e as outras duas coisas que atribuímos a ele (superioridade e inteligência). Este homem que está no nosso raciocínio não é exatamente o mesmo que vive concretamente no mundo, porque existem homens que não usam adequadamente a sua inteligência e por isso não são superiores aos animais. Portanto, há um MODO DE SER das coisas quando as pensamos que não pode existir na realidade concreta. Então, PARA PODERMOS RACIOCINAR AS COISAS DEVEM EXISITR EM NOSSO ESPÍRITO NO SEU MODO DE SER CONHECIDAS, PENSADAS, OU SEJA, ENQUANTO SÃO CONHECIDAS. Têm suas próprias leis que põem ordem nesse procedimento. A ciência que estuda a ordem que deve reinar nas coisas enquanto conhecidas no raciocínio, é o que chamamos de LÓGICA, e que nos conduz à verdade. E como não existe na realidade concreta, mas só enquanto raciocinamos, ou seja, só existe enquanto apreendida pelo espírito, chamaremos este objeto de entes de razão que dirigem o espírito para a verdade (determinando a ordem que de reinar entre os conceitos). PORTANTO, HÁ QUE SE ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE OS ENTES DE RAZÃO (GÊNEROS: ANIMAL, E ESPÉCIES: HOMEM E BRUTO) E OS ENTES REAIS (O ANIMAL, O HOMEM, A NATUREZA HUMANA). 
CONCLUSÃO: A FILOSOFIA DIVIDE-SE EM TRÊS GRANDES PARTES: A) A LÓGICA, QUE INTRODUZ À FILOSOFIA PROPRIAMENTE DITA, E CUJO OBJETO É O SER DE RAZÃO QUE DIRIGE NOSSO ESPÍRITO PARA A VERDADE; B) A FILOSOFIA ESPECULATIVA OU SIMPLESMENTE A FILOSOFIA, QUE TEM POR OBJETO O SER DAS COISAS (SER REAL); C) A FILOSOFIA PRÁTICA (MORAL OU ÉTICA) QUE TEM POR OBJETO OS ATOS HUMANOS.

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