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Universidade de Brasília 
Instituto de Ciência Política 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONITORIA DE INTRODUÇÃO À CIÊNCIA POLÍTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
Unidade I 
 
SCHMITTER 
 
1) A partir da leitura atenta do texto “Reflexões sobre o conceito de Política” de 
Philippe Schmitter, assinale a alternativa correta. 
 
a) De acordo com o autor, a definição de Política que ainda predomina no 
século XXI é a de Política como “a arte e a ciência do Estado ou do 
governo”. Dessa forma, a definição atual de política leva em consideração 
apenas as instituições constitucionais responsáveis pela tomada de decisões. 
 
b) Para explicar o conceito político “poder”, Schmitter usa estritamente a noção 
Weberiana. Nela afirma-se que o poder é o meio decisivo na política e que é 
representado pelo uso da violência. Dessa forma, o autor dá ênfase no 
fenômeno da coerção e no monopólio da força física pelo ator político como 
único recurso político importante. 
 
c) Os processos da política, segundo o autor, podem ser considerados como o 
processo de formulação de decisões sobre linhas de conduta coletivas. 
Segundo esta visão a tarefa da política seria a de analisar o funcionamento 
das instituições, ou seja, assegurar que Estado e Governo cumpram suas 
funções. 
 
d) O autor propõe que a política é a determinação de linhas de conduta pública, 
formuladas dentro do quadro social essencialmente autoritário que é o 
Estado. Limitando assim, o estudo da política à atividade de instituições, 
como o Estado. Dessa forma, o desempenho de sua função – resolver 
conflitos sem distinguir um dos partidos - se resume ao nível estatal e 
institucional apenas. 
 
e) De acordo com o autor, a política é responsável pela mediação do conflito de 
interesses e apesar de usarmos o termo “resolução”, os conflitos de que ela 
trata por vezes não têm fim. Na verdade, ele alega que os componentes 
políticos de uma sociedade por serem heterogêneos estão ao mesmo tempo 
em conflito e em interdependência. A principal função da política é então, 
conter todos esses interesses e atitudes que dão base a esses conflitos dentro 
de um quadro social comum. 
 
 
2) Julgue as sentenças abaixo de acordo com a leitura do texto “Reflexões sobre o 
conceito de Política” de Philippe Schmitter, assinale a alternativa incorreta. 
 
a) Segundo o texto, muitos estudiosos da política norte-americana rejeitam a 
ênfase no poder e põem-na variedade e na sutileza dos meios e recursos 
utilizados pelos atores políticos, ou seja, na influência. Entendendo dessa 
maneira que não se pode reduzir a Política a um só tipo de relação de 
dominância. 
 
 
 
b) Schmitter tratando da análise da política a partir de seus recursos, apresenta 
a teoria da Autoridade. Sob este ângulo de observação da ciência política, é 
possível inferir que a relação política em meio social se dá através de uma 
obediência voluntária. 
 
c) Schmitter diverge dos pensamentos de Duverger. Este explica que existe um 
ecletismo muito grande ao tratar dos três recursos importantes da política: o 
poder, a influência e a autoridade. Dessa forma, infere que há diversas 
definições e conceituações para um mesmo termo e por vezes, um dos 
termos é utilizado na explicação do outro. 
 
d) De acordo com Schmitter, para que um ato social seja político ele deve ser 
controverso, ou seja, indicar a existência de um conflito entre interesses ou 
atitudes expressas por diferentes indivíduos ou grupos. Além disso, para que 
esses conflitos sejam considerados políticos é necessário que os atores 
reconheçam reciprocamente suas limitações nas reivindicações de suas 
exigências. Sendo assim, o conflito político figura dentro de um quadro de 
restrições mútuas. 
 
e) De acordo com o autor, a função da política é o de “resolver” conflitos entre 
indivíduos e grupos, sem que este conflito destrua um dos partidos 
envolvidos. 
 
 
3) Assinale a alternativa incorreta de acordo com o texto “Reflexões sobre o 
conceito de Política” de Philippe Schmitter: 
 
a) De acordo com o autor, a Ciência Política contemporânea se distingue 
essencialmente por duas qualidades. A primeira é a sua vontade de ser 
científica, prezando por uma metodologia mais rigorosa, enquanto a segunda 
é a própria delimitação da disciplina, que pretende tratar de um setor 
particular do comportamento humano. 
 
b) De acordo com Schmitter, com essa segunda qualidade os “politistas” 
pretendem diferenciar a política ou as atividades políticas de outros 
fenômenos com características, relações e padrões distintos. 
 
c) Schmitter diverge da visão de Duverger, no sentido de que, este último, 
afirma que o politista antes de mais nada precisa considerar conscientemente 
essa pretensão de diferenciar a Ciência Política e, acima de tudo, explicitar o 
seu conceito de política. 
 
d) Segundo Schmitter, a política pode ser definida por quatro elementos. 
Seriam eles: o quadro social concreto e estabelecido dentro do qual 
participam os atores, os meios utilizados por estes, a atividade principal pela 
qual se consagram os atores e as consequências dessa atividade para a 
sociedade global a qual fazem parte. 
 
e) Dentro de uma tipologia geral, as definições específicas do campo de 
investigação da Política também podem ser resumidas em: Estado ou 
Governo, Poder Influência ou Autoridade, Decision-making, e Resolução 
não-violenta dos conflitos. 
 
WEBER 
 
1) “A Política como vocação” é a transcrição de uma conferência proferida pelo 
sociólogo alemão Max Weber, em 1919. A partir da leitura do texto, 
preencha as lacunas com V para os itens verdadeiros e F para os falsos. Em 
seguida, marque o item que apresenta a sequência correta. 
 
I) Para fins metodológicos, Weber utiliza o termo “política” em sentido 
amplo, englobando qualquer atividade diretiva autônoma. ( ) 
 
II) O Estado pode ser definido por sua única e exclusiva finalidade, qual 
seja deter o monopólio do uso legítimo da violência física. ( ) 
 
III) Weber defende que existem justificações internas para a dominação, 
isto é, razões pelas quais os comandos são obedecidos. Essas 
justificações são fundamentos de legitimidade que correspondem a 
um tipo de poder; assim, identificam-se poder tradicional, poder 
carismático e poder racional-legal. ( ) 
 
IV) Os tipos ideais de poder – tradicional, carismático e racional-legal – 
são, via de regra, encontrados em suas formas puras. No Estado 
moderno, predomina o parâmetro racional-legal, pois a obediência ao 
governante é amparada pelo respeito às normas e às competências 
racionalmente estabelecidas. ( ) 
 
V) Ao descrever a passagem para o Estado moderno, Weber expõe que 
houve uma mudança quanto às justificações externas. O fim do 
feudalismo ocorreria com a expropriação dos meios de gestão, que 
antes pertenciam integrantes do estado-maior administrativo. ( ) 
 
 
a) V – V – V – V – F. 
b) V – F – V – F – V. 
c) F – V – V – V – F. 
d) F – F – V – F – V. 
e) V – F – V – V – V. 
 
2) “Todo homem, que se entrega à política, aspira ao poder”. O trecho 
sintetiza o ímpeto weberiano de descrever a ação social a partir dos 
comportamentos manifestados por seus sujeitos. Tendo em vista tal temática, 
relacione a primeira coluna à segunda. 
 
1ª coluna 2ª coluna 
I. Viver da política; a) Orienta-se para a consideração das consequências 
quando da tomada de decisão; 
II. Viver para política; b) Seu objetivo inicial era prestar serviços ao príncipe; 
III. “Políticos profissionais”;c) A atividade política é exercida enquanto fonte 
primária de renda; 
IV. Ética da responsabilidade; d) As decisões são motivadas por uma “excitação 
estéril”, e as consequências não são ponderadas; 
V. Ética da convicção. e) A atividade política é exercida por indivíduos que 
são financeiramente independentes dela. 
 
a) I - a; II - b; III - c; IV - d; V - e. 
b) I - e; II - c; III - b; IV - d; V - a. 
c) I - c; II - e; III - b; IV - a; V - d. 
d) I - b; II - e; III - c; IV - a; V - d. 
e) I - d; II - a; III - b; IV - c; V - e. 
 
 
3) Considerando os aspectos gerais da obra em questão, marque o item incorreto. 
 
a) Conclui-se que os atributos do político por vocação são paixão, senso de 
responsabilidade e senso de proporção. O último pode ser entendido como o 
distanciamento em relação à situação para ponderar e encontrar a melhor 
solução, característica necessária para conciliar o fascínio pela causa (paixão) 
com o cálculo das consequências (responsabilidade). 
 
b) O fato de o governante de um dado Estado viver para a política implica que 
ele possui fortuna pessoal, portanto não depende da atividade pública 
para provisão de bens e de renda. Ainda assim, ele pode utilizar do 
prestígio do cargo para galgar vantagens pessoais. Weber defende que 
viver da e para política não se excluem mutuamente. 
 
c) O Estado moderno define-se como agrupamento de dominação com 
caráter institucional, que procurou monopolizar, nos limites de um 
território, a violência física legítima como instrumento de domínio, além 
de reunir nas mãos dos dirigentes os meios materiais de gestão. 
 
d) A fidelidade dos funcionários do estado-maior administrativo ao 
governante se dá por dois fatores: retribuição material e prestígio social. 
Contudo, o gozo dos benefícios do cargo deve ser feito com ponderação, 
haja vista que o autor aponta a vaidade como elemento que se contrapõe 
à vocação política. 
 
e) A parte final do texto é dedicada ao ethos a ser seguido pelo político por 
vocação. Weber defende que os paradoxos éticos são recorrentes quando 
estão em xeque o poder e, por conseguinte, o controle da violência. 
Nesse âmbito, é perfeitamente possível conformar a postura exigida pela 
atividade política à ética do Evangelho cristão. O que não seria passível 
de conciliação são as duas formas de ética, a da responsabilidade e a da 
convicção. 
 
ARENDT 
 
1) Baseando-se no texto “Sobre a violência” de Hannah Arendt, assinale a 
resposta correta: 
 
a) Segundo o que a autora expõe em seu texto, a cidade de Atenas 
contava com uma organização pautada numa obediência às leis e não aos 
homens. E como havia um consentimento pela população, essa obediência se 
tornava inquestionável. 
 
b) Hannah Arendt concorda com as definições de poder dentro da 
Ciência Política que o relacionam com uma dominação que pode contar com 
a força. 
 
c) Para Arendt, o poder não precisa de justificação, ele só precisa 
ser legitimado. 
 
d) Na visão da autora, a forma extrema do poder é Todos contra 
Um, e a forma extrema da violência é Um contra Todos. Um exemplo de 
forma extrema de violência, que se manifesta na prática, seria o 
totalitarismo. Podemos citar os regimes que ocorreram na Alemanha 
hitlerista. 
 
e) Para a autora, o poder e a violência são elementos tão opostos 
que, necessariamente, sempre caminham separados. 
 
2) Leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta: 
 
I - Por mais que os conflitos entre violência e poder tenham resultados 
facilmente previsíveis, existem alguns exemplos em que o poder prevaleceu. Um 
deles seria a resistência não-violenta de Mahatma Gandhi na Índia frente a 
Inglaterra. 
 
II - A violência tem caráter instrumental, enquanto o poder depende de números, 
mas também pode operar sem eles. 
 
III - Hannah Arendt afirma que a burocracia é um domínio de ninguém e é a 
dominação mais tirânica de todas 
 
a) I e II estão erradas 
b) Só a I está correta 
c) Todas estão erradas 
d) I e III estão corretas 
e) Só a III está correta 
 
 
 
 
 
3) De acordo com os conceitos de poder, violência, vigor, autoridade e força, 
assinale a alternativa correta: 
 
a) Poder é uma característica individual de liderança, que inspira pessoas e 
traz seguidores. 
 
b) A violência, além de ser particular pelo uso de instrumentos, também 
pode ser caracterizada por um reconhecimento inquestionável daqueles 
que lhe devem obediência. 
 
c) Força corresponde só às energias de movimentos físicos, ou seja, “forças 
da natureza” 
 
d) Vigor é uma característica individual, pertencente ao seu caráter. Pode 
ser provado nas relações com outras pessoas, por exemplo. 
 
e) Autoridade vem com um reconhecimento inquestionável e respeito a 
quem se deve obediência e pode-se usar de meios coercitivos para 
mantê-la caso seja necessário. 
 
BOBBIO 
 
1) Em sua obra A Teoria das formas de governo, Norberto Bobbio realiza uma 
análise comparada entre os dizeres de três autores- Platão, Aristóteles e Políbio – 
no que diz respeito à maneira como as formas de governo sucedem-se 
historicamente, e a como constituem, sob critérios específicos, boas ou más 
formas de organização política. Partindo dessa exposição, relacione 
corretamente as duas colunas a baixo dispostas. 
 
1ª coluna 2ª coluna 
I. Platão a) Sucessão contínua de formas boas e más; critério de 
distinção se dá mediante análise quantitativa e 
qualitativa, isto é, baseando-se em quem governa- um, 
poucos, muitos- e, em como governa – visando o bem 
coletivo, ou seus interesses individuais. (pg. 56-57) 
 II. Aristóteles b) Sucessão por decadência, explica-se, uma forma de 
governo dá origem a uma pior; critério de distinção 
investiga o binômio constituinte das bases do exercício 
de um governo, legalidade-consentimento, ou 
violência- ilegalidade. (pg. 47, 54) 
III. Políbio c) Sucessão contínua e alternada de formas boas e 
más; critério de distinção investiga as possíveis bases 
do exercício de um governo, legalidade-
consentimento, ou violência- ilegalidade. ( pg. 67) 
 
A) I-a; II-b; III-c. 
B) I-b; II-a; III-c. 
C) I-b; II-c; III-a. 
D) I-c; II-a; III- b. 
E) I-c; II-b; III- a. 
 
2) Análoga à discussão complexa que incorpora reflexões sobre critérios de 
separação e sucessão das constituições, há, num plano factual, específica 
classificação e delimitação das formas de governo de acordo com o texto. Tendo 
como base o exposto, e considerando os escritos de Norberto Bobbio, assinale a 
proposição que correlaciona corretamente o autor e a classificação das formas de 
governo enquanto boas ou más, ou, em termos semelhantes, corrompidas e não 
corrompidas; 
 
a) Platão; monarquia, oligarquia, boa democracia enquanto formas de 
governo não corrompidas; tirania, aristocracia e má democracia como 
formas corrompidas. 
b) Aristóteles; monarquia, aristocracia, politia enquanto constituições não 
corrompidas; democracia, oligarquia e tirania como representantes das 
constituições corrompidas. 
c) Políbio; monarquia, aristocracia e oclocracia na qualidade de boas 
formas de governo; tirania, oligarquia e democracia como formas de 
governo más. 
d) Aristóteles; monarquia, oligarquia, politia enquanto constituições boas; 
democracia, aristocracia e tirania como constituições más. 
e) Platão; monarquia, oligarquia, e politia enquanto formas de governo não 
corrompidas; tirania, aristocracia e oclocracia. 
3) Considerando o texto de Norberto Bobbio, julgue as afirmações abaixo como 
verdadeiras(V) ou falsas (F): 
 
I) Aristóteles, na obra “A política”, institui discussão que renova 
suas classificações anteriores à medida que assume como critério 
de distinção a estabilidade. Dessa forma, todas as constituições 
não derivadas da combinação de formas simples, e que 
consequentemente não atingem um controle recíproco dos 
poderes, passam a ser consideradas más. 
 
II) Políbio alicerça sua tese em três diretrizes principais. A primeira 
remete a um uso sistemático das formas de governo representado 
pela instituição de seis formas de governo, três boas e três más. A 
segunda trata da sucessão das formas de governo que remete a 
uma espécie de ciclo que se repete historicamente. E por fim, 
trabalha com a possibilidade de uma sétima constituição como 
resultada da síntese de formas boas de governo. 
 
 
III) Platão, dono de uma visão pessimista da história, não acreditava 
que formas ideais de governo existissem num plano factual, 
concreto, e distante do plano das ideias. 
A) I-V; II-V; III-V. 
B) I-V; II-F; III-V. 
C) I-F; II-V; III-F. 
D) I- F; II-F; III-F. 
E) I- F; II-V; III-V. 
 
MIGUEL 
1) De acordo com os conceitos de Maquiavel relacionados à concepção histórica 
e aos tipos de governo, julgue os itens a seguir em Certo (C) ou Errado (E) e 
marque a alternativa correta. 
 
a) Segundo as duas obras de Maquiavel, “Discorsi” e “O príncipe”, era 
necessário um príncipe virtuoso capaz de libertar a Itália dos 
usurpadores, já que o governo monárquico é a melhor forma de governo, 
evidente ao longo dos estudos históricos. 
 
b) Maquiavel adverte que a concentração de poder monárquico é excessiva 
e por isso corrompe a Monarquia ao longo do tempo, promovendo uma 
transformação na forma de governo do Estado. 
 
c) Para Maquiavel, as instituições republicanas são mais sólidas 
comparadas àquelas das monarquias, já que eliminam o caráter pessoal 
da promoção do bem estatal, o que reduz a degeneração governamental. 
 
d) Maquiavel apresenta uma concepção cíclica da história, em que as 
formas de governo se degeneram necessariamente ao longo do ciclo de 
gerações, já que a natureza humana é a mesma ao longo da história, 
corrupta e indisciplinada. 
 
e) A concepção histórica de Maquiavel diz respeito à capacidade dos 
estudos históricos em ensinar o governante, de modo a guiá-lo 
virtuosamente em ações do presente. 
 
A) C - C - E - C - C 
B) C - E - E - E - C 
C) E - E - C - C - E 
D) E - C - C - E - C 
E) C - E - C - C – E 
 
2) Relacione as colunas, de acordo com conceitos fundamentais das obras de 
Maquiavel: 
 
1 - Virtù I. ( ) Representa a possibilidade manifestada. Fortuna 
evidente para o governante de Virtù, de modo que lhe 
cabe apenas alcançá-la (p. 42). 
2 - Glória II. ( ) Atingida apenas pela consolidação ou ampliação da 
grandeza do Estado, ela corresponde ao prestígio, à 
permanência na memória e na estima das gerações 
futuras (p. 43-44). 
3 - Ocassione III. ( ) Diz respeito à promoção do bem do Estado que tem 
base em instituições com amplo poder, no governo 
republicano. Não se depende mais de indivíduos 
extraordinários (p. 45). 
4 - Virtude Cívica IV. ( ) Corresponde a ter capacidade para moldar o próprio 
devir, de adaptar a fortuna a si, para o bem do Estado (p. 
43). 
5 - Mecanização da 
Virtù 
V. ( ) Os cidadãos buscam o bem do Estado, por ações 
embasadas nas leis da República (p. 45). 
 
 
A) 1-I; 2-II; 3-IV; 4-III; 5-V. 
B) 1-IV; 2-II; 3-I; 4-V; 5-III. 
C) 1-IV; 2-I; 3-II; 4-III; 5-V. 
D) 1-I; 2-II; 3-IV; 4-V; 5-III. 
E) 1-IV; 2-V; 3-II; 4-III; 5-I. 
 
 
3) Em relação aos conceitos de Moral e Política e Reino das Aparências, presentes 
na obra de Maquiavel, julgue os itens em Certo (C) ou Errado (E) e marque a 
alternativa correta. 
 
a) De modo semelhante a Maquiavel, os pensadores clássicos articulam que 
os soberanos têm capacidade para desenvolver o curso de seus Estados, 
embora se diferenciem enquanto aos limites morais ou religiosos do 
soberano. 
 
b) Para a virtuosidade de seu governo, o soberano deve se adaptar ao 
relacionamento com seus súditos, como na adoção de um discurso moral 
religioso e outros padrões comportamentais. 
 
 
c) Embora seja necessário o bom relacionamento com a população, o 
soberano deve evitar ações marcadas por hipocrisia, para não prejudicar 
a virtuosidade de seu governo. 
 
d) A separação entre Moral e Política diz respeito à autonomia política do 
soberano. Este não deve ser limitado por questões morais, pois tem o 
direito de agir conforme seu interesse. A política é guiada por 
oportunidades reais e não por princípios valorativos e morais. 
 
e) A realidade humana, em Maquiavel, tem por consequência o caráter 
necessariamente maldoso da ação política, de modo que, com o propósito 
de atingir objetivos, a bondade estrita é ineficiente. Para o autor, o bem 
do Estado deve ser obtido a qualquer custo. 
 
A) E - C - E - E – C. 
B) C - C - E - C – E. 
C) E - E - C - C – C. 
D) E - C - C - C – E. 
E) C - C - E - E – E. 
 
MACFARLANE 
 
1) Com base no texto de L. J. Macfarlane sobre os pensadores políticos Thomas 
Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, assinale a alternativa incorreta. 
 
a) Para Hobbes, se o homem seguisse unicamente a sua natureza, a frase: “O 
homem é o lobo do homem” seria aplicada, já que, nessas condições, a busca 
de autorrealização e autogratificação, que estimulam a disputa por poder, se 
torna um impulso que prevalece sobre todo o resto. Porém, para Hobbes, 
dessa maneira não é possível que se obtenha mais poder, pois o homem se 
encontraria sozinho contra todos. Ele acrescenta então que o indivíduo deve 
utilizar a razão para reconhecer que a autorrealização, à custa de outros, 
significaria a anulação desse desejo. 
 
b) Para Locke, o Estado de natureza se caracteriza como um estado onde há 
perfeita liberdade, onde cada pessoa pode regular posses e pessoas como 
acham conveniente sem depender de ninguém. Nesse estado, existe 
propriedade, apesar de não haver entidade que a proteja, como juízes 
imparciais, leis estabelecidas e poderes que garantam justiça. Já no Estado 
civil, existe uma lei estabelecida, conhecida, recebida e aceita mediante 
consenso comum; juiz conhecido e indiferente com autoridade para resolver 
quaisquer questões; e, poder que apoie e sustente a sentença quando justa, 
dando-lhe a devida execução. 
 
c) Hobbes acredita que o estado de natureza equivale ao estado de guerra. Para 
evitar o estado de guerra, as pessoas em sociedade devem manter um Estado 
civil extremamente forte – o Leviatã, o qual impedirá que as pessoas caiam 
no abismo do estado de guerra, sem leis, justiça e propriedade. O Leviatã é 
uno e poderoso e o único que pode impedir os males que levam à dissolução 
da sociedade. 
 
d) Para Macfarlane existem alguns princípios básicos que permanecem 
constantes no pensamento de Rousseau. Rousseau pode ser considerado 
amoral, na medida em que discorre sobre a realidade em si, e não o plano 
ideal. Rousseau se baseia em casos reais para classificar o homem em seu 
estado natural como um ser destituído de razão, tímido e solitário, que se 
concentra unicamente em satisfazer suas necessidades básicas. Além disso, 
pode-se dizer que o homem natural possui dois instintos: autopreservação e 
compaixão. 
 
e) Para Locke, no Estado de natureza o homem é inerentemente racional, livre 
e não tenta prejudicar o outro, pois assim arriscaria a si próprio. O homem, 
porém, pode ser parcial, pois também visa defender seus interesses pessoais, 
o que constituium problema quando há ausência de leis e poderes 
reguladores. 
 
 
2) De acordo com o explicitado no capítulo Indivíduo e a Sociedade, de 
Macfarlane, assinale a alternativa correta. 
 
a) Hobbes objetiva utilizar o método científico para estudar a política. Para este 
pensador, os movimentos dos homens podem ser voluntários ou 
involuntários. Os voluntários seriam causados pela previsão positiva do fim 
ou consequência das coisas. Uma boa previsão levaria a um movimento de 
apetite e desejo. Já uma consequência negativa geraria um movimento 
involuntário de aversão ou ódio. Hobbes acredita que esses movimentos 
determinam as condutas dos homens, de modo que estes se ocupam em 
tentar satisfazer seus desejos (entre eles, o principal seria uma busca 
incessante por poder) e anular suas aversões. 
 
b) O estado de guerra, para Locke, pode existir tanto no estado natural quanto 
numa sociedade política. Locke discorda de Hobbes ao afirmar que aquele 
aplica a justiça pode cometer injustiças. Por outro lado, concorda ao 
acreditar que os indivíduos, no estado de guerra, têm o direito de aniquilar 
quem o ameaça. Sobre o estado de guerra, Locke explica que é mais fácil de 
ocorrer quando advém do estado natural, pois qualquer disputa pode gerá-lo. 
Mas também pode ocorrer dentro da sociedade civil, mas somente quando as 
autoridades se tornam ineficientes ou corruptas. No caso, Locke afirma que o 
pior dos dois casos ocorre quando o estado de natureza degenera ao estado 
de guerra, pois então não há chance de salvação. 
 
c) Rousseau acusa, na obra Discurso sobre a origem da desigualdade, que o 
autoaperfeiçoamento faz com que o homem evolua, mas no processo se 
corrompa, devido à instituição da propriedade privada. Porém, a corrupção 
não é uma situação permanente. Macfarlane afirma que pode existir uma 
sociedade ideal, em que o homem seja livre e que possua sua própria 
personalidade em consonância com a sociedade também livre. Para 
Rousseau, um bom homem deve ter o bem público como seu próprio bem. 
Portanto, às vezes deve se sacrificar em prol da totalidade (p. 30, 31 e 32). 
 
d) John Locke é o autor das obras Dois tratados sobre o governo. O primeiro 
tratado foi feito como uma oposição a Filmer, defensor do liberalismo. Já o 
segundo trata sobre os limites da autoridade política, apresentando as 
famosas teses políticas de caráter conservador do autor. 
 
e) Na obra Sobre a Origem da Desigualdade, Rousseau apresenta dois termos 
que poderiam exemplificar a relação entre o homem pré-racional e o 
racional. O amour de soi seria um autointeresse esclarecido, que constitui 
basicamente a vontade de viver, comum aos homens pré-racionais. Já o 
amour-propre é uma degeneração do amour de soi, pois neste interesse 
egoístico o homem busca vantagens se sobrepondo sobre os outros, situação 
mais presente no homem mais civilizado. Essa condição gera, para 
Rousseau, um estado de guerra hobbesiano mesmo em uma sociedade 
civilizada parecida com a apresentada por Locke. 
 
 
3) Ainda de acordo com a obra de Macfarlane, assinale a alternativa correta. 
 
a) Para Rousseau, pode existir uma sociedade tirânica. O pior dessa sociedade, 
baseada no interesse egoísta, é a opressão que os homens menos abastados 
sofrem nas mãos dos ricos. Uma sociedade ideal, porém, é impossível de 
existir, como o próprio Rousseau admite, pois exigiria a completa alienação 
do eu em favor da comunidade em um verdadeiro contrato social. 
 
b) Locke acredita que é aconselhável que os homens se unam em sociedade 
civil. Para isso, se submetem a um contrato, um acordo entre eles para 
garantir a vida e direitos. Esse ato voluntário autorizando o governo é o que 
daria autoridade a uma instituição governante. Locke demonstra que o início 
pacífico de todos os governos se baseia no consentimento do povo. O direito 
original dos poderes consiste na abdicação dos direitos individuais de cada 
homem, em favor da comunidade. Esta detém o monopólio da elaboração 
das leis, bem como o de sua execução. Locke destaca que o consentimento 
deve ser renovado a cada geração. 
 
c) De acordo com Thomas Hobbes, os indivíduos, instituídos pela razão, 
conseguem vislumbrar as “leis da natureza”, as quais permitem conservação 
e defesa de cada um. As 3 leis elaboradas por Hobbes são de caráter 
mandatório. A primeira delas estabelece que: “todos os homens devem 
buscar a paz, enquanto tiverem a esperança de obtê-la; quando não puderem 
alcançá-la, devem procurar, e utilizar, todos os auxílios e vantagens da 
guerra”. A segunda lei afirma que deve-se estar pronto a abandonar o direito 
às coisas em benefício da paz, contentando-se em ter a liberdade em relação 
ao outro igual a dele em relação a si. Já a terceira estabelece que todos os 
homens cumpram os contratos que celebram. 
 
d) O pensador Rousseau, para escapar de um estado de guerra, situação 
caracterizada “caótica”, por Macfarlane, os homens mais ricos e corruptos, 
persuadindo os pobres e miseráveis de que o estabelecimento de instituições 
políticas garantiria a paz e a justiça para todos, asseguraram sua própria 
posição como uma classe permanente de abastados, gerando uma sociedade 
baseada no amour de soi de alguns e não no amour-propre de todos, o que 
abre caminho para a tirania. 
 
e) Apesar de todo homem desejar a paz, os apetites individuais e diferenças de 
opinião levam aos conflitos. Por isso, com o estabelecimento dos teoremas 
sobre a conservação do homem, Hobbes deixa clara a sua intenção de que, 
para satisfazer seus desejos, é vantajoso que transfiram seus direitos a 
outrem, num ato voluntário que beneficia a todos os participantes. A 
sociedade civil é a melhor opção para que ocorra essa transferência de 
direitos, pois daria mais segurança aos acordos. Portanto, a terceira lei de 
Hobbes, “que os homens cumpram os contratos que fazem”, exige a pré-
existência de uma sociedade civil que torne isso possível. Por isso, Hobbes 
completa seu pensamento consistentemente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA PROVA ☺

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