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Gestão Financeira – ALEXandre Braz (2ª NOTA DE AULA – 2014.1)	� PAGE �4�
2 - EQULÍBRIO FINANCEIRO BÁSICO - RELAÇÃO RISCO/ RETORNO / LIQUIDEZ 
A decisão de financiamento é uma decorrência da decisão de investimento, pois entendidas como interdependentes em nossa abordagem. O investimento objetiva o maior retorno possível dentro do menor prazo alternativo, a um nível de risco aceitável. O financiamento objetiva o menor custo disponível no maior prazo alternativo, sem o comprometimento da capacidade de pagamento, ou seja, da liquidez. Assim, a liquidez é uma condição que não podemos enfocar de forma dissociada do risco e do retorno.
Como regra geral, as decisões financeiras são baseadas na comparação entre o risco e o retorno, onde o segundo é função do primeiro e não o contrário. Nesse tocante o retorno é medido pelas receitas menos os custos, enquanto o risco é medido pela probabilidade de a empresa tornar-se tecnicamente insolvente. 
0 lucro de uma empresa pode ser aumentado de dois modos: (1) através de um número maior de receitas ou (2) através da redução de custos. Os custos podem ser reduzidos, pagando-se menos por um item ou serviço, ou usando-se os recursos existentes de maneira mais eficiente. Qualquer redução nos custos contribui para o aumento do lucro de uma empresa. O lucro também pode aumentar investindo-se em ativos mais rentáveis, que possam gerar níveis mais elevados de receitas. É fundamental compreender como o lucro é aumentado e reduzido, para se ter idéia da relação risco-retorno.
Na abordagem da relação risco-retorno é importante pontuar algumas informações, tais como: (a) a natureza da empresa, (b) a capacidade de gerar lucros e (c) o custo do financiamento.
A empresa do tipo industrial, em geral, é a preferida pela literatura de finanças, dada a maior importância dos seus ativos permanentes, em comparação com empresas dos setores comercial e de serviços.
Quanto a capacidade de gerar retorno, espera-se que uma empresa industrial possa ganhar mais com seus ativos permanentes (imobilizado e investimentos), do que com os seus ativos circulantes, até porque, em geral, com exceção dos títulos negociáveis, os ativos circulantes não são rentáveis.
O custo do financiamento é função da estrutura da taxa de juros vigente. A empresa pode obter financiamento de duas formas: (1) através de passivos circulantes ou (2) recursos a longo prazo. Em teoria, as taxas de juros de longo prazo são mais altas que as de curto prazo. Este comportamento permite supor que os financiamentos por passivos circulantes são mais baratos à empresa do que os fundos de longo prazo. A diferença entre as taxas de juros de curto prazo e de longo prazo é justificada basicamente pelo risco presente na maturidade do empréstimo, pois um empréstimo de maior prazo de resgate atribui maior risco ao credor do que aquele que compromete a devolução do principal empregado num menor prazo.
Liquidez e Capital Circulante Líquido (CCL)
Uma das formas mais comuns de se mensurar a liquidez de uma empresa é através do risco de insolvência técnica, apurado pelo montante do CCL ou do índice de liquidez corrente. O montante de CCL é usado como uma medida, pois supõe-se que quanto maior o montante de CCL da empresa, menos risco ela apresenta, isto é, mais líquida ela será e menor é a probabilidade de insolvência. O oposto também é considerado. A níveis baixos de liquidez estão relacionados altos níveis de risco. A relação entre CCL, liquidez e risco é tal que, em geral, se o CCL ou a liquidez aumentarem, o risco da empresa diminuirá, e vice-versa.
O CCL é mais diretamente obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Reflete a folga financeira da empresa. Dentro de um conceito mais rigoroso, o CCL representa o volume de recursos de longo prazo ( exigibilidades e patrimônio líquido) que se encontra financiando os ativos correntes (de curto prazo).
Algebricamente, tem-se:
CCL = AC – PC ou CCL = (PL+ELP) – (AP+RLP) 
onde,
AC ( Ativo Circulante;
PC ( Passivo Circulante;
PL ( Patrimônio Líquido;
ELP ( Exigível a Longo Prazo;
AP ( Ativo Permanente;
RLP ( Realizável a Longo Prazo.
Considere as duas hipóteses de estrutura patrimonial de uma empresa, conforme demonstrativo abaixo. 
	ITENS PATRIMONIAIS
	1
	2
	ATIVO CIRCULANTE
	40.000
	20.000
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
	20.000
	10.000
	ATIVO PERMANENTE
	140.000
	70.000
	T O T A L
	200.000
	100.000
	PASSIVO CIRCULANTE
	20.000
	30.000
	EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
	60.000
	10.000
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	120.000
	60.000
Na situação 1, observamos que a empresa opera com um CCL positivo, caso em que parte dos recursos de longo prazo da estrutura do passivo se encontra financiando ativos de curto prazo. Na situação 2 ocorre o oposto, o valor do CCL é negativo, o que significa financiar parte dos ativos de longo prazo com recursos de curto prazo da estrutura de capital.
Como podemos observar nas equações pelas quais pode ser obtido o CCL, a maioria das empresas deve operar com CCL positivo, pois as saídas de caixa (pagamentos) são eventos tidos como líquidos e certos. Por outro lado, as entradas de caixa (recebimentos) são de natureza duvidosa, pois o recebimento do recurso depende do cumprimento de compromisso assumido por outro.
 
�
 EXERCÍCIOS 
Complete o Balanço Patrimonial abaixo, sabendo-se que o seu CCL importa em $ 200.000 e o exigível a longo prazo representa 15% dos recursos totais
	A T I V O
	P A S S I V O
	
Circulante ______________________ 
	
Circulante _____________________
	
	
Exigível L.P. _____________________ 
	Permanente 600.000
	
P. Líquido 650.000 
	
Total _______________________ 
	
Total _______________________
2) Considere as duas situações abaixo para uma empresa:
	
	Situação 1
	Situação 2
	Ativo Circulante
	$ 210
	$ 380
	Ativo Permanente
	$ 320
	$ 320
	 T o t a l
	$ 530
	$ 700
	Passivo Circulante
	$ 106
	$ 140
	Exigível a Longo Prazo
	$ 159
	$ 210
	Patrimônio Líquido
	$ 265
	$ 350
Sabendo-se que a empresa tem um ganho de 3% sobre os ativos circulantes e de 11% sobre os ativos permanentes. Pede-se, para as duas situações:
O CCL; 
O valor do retorno sobre o ativo total; 
A taxa do retorno sobre o ativo total;
Qual a situação de menor e a de maior risco? Justifique.
3) Considere as duas situações abaixo para uma empresa.
	
	Situação 1
	Situação 2
	Ativo Circulante
	$ 27.000
	$ 27.000
	Ativo Permanente
	$ 43.000
	$ 43.000
	 T o t a l
	$ 70.000
	$ 70.000
	Passivo Circulante
	$ 16.000
	$ 19.000
	Exigível a Longo Prazo
	$ 24.000
	$ 21.000
	Patrimônio Líquido
	$ 30.000
	$ 30.000
Sabendo-se que a empresa tem um custo de 4% sobre os passivos circulantes, enquanto o custo médio é de 8% sobre os seus recursos de longo prazo (ELP +PL). Pede-se, para as duas situações:
a) O CCL; 
O custo total (valor e taxa); 
A variação no ‘lucro líquido’;
d) Qual a situação de menor e a de maior risco? Justifique
4) Uma empresa ganha 10% sobre seus ativos circulantes e 25% sobre seus ativos permanentes. Tem um custo de 14% e 16% sobre seus passivos circulantes e recursos de longo prazo, respectivamente. Considere que a empresa transforme $ 1.000 de ativos permanentes para ativos circulantes e $ 500 de recursos a longo prazo para passivos circulantes. Tomando por base o demonstrativo a seguir, calcule para antes e após alterações citadas:
O retorno sobre o ativo. 
O custo do financiamento. 
O valor do lucro líquido. 
Analise as variações no risco, retorno e liquidez, em funçãodas alterações dos valores patrimoniais.
	ATIVO
	PASSIVO
	Ativo Circulante 6.000
	Passivo Circulante 2.000
	Ativo Permanente 14.000
	Recursos a longo prazo 18.000
	Total 20.000
	Total 20.000
Levando em consideração o seu entendimento sobre o trinômio risco, retorno e liquidez, o que determina o nível de estoques de ativos financeiros de um indíviduo ou empresa?
Qual o índice de liquidez corrente de uma empresa que, para honrar seus compromissos de curto prazo, necessita realizar (transformar em dinheiro) apenas 40% dos seus ativos circulantes?
7) PROVÃO 2003 – QUESTÃO 21
A empresa Vidros Teresina Ltda. possui ativo circulante de R$50.000,00, ativo permanente líquido de R$250.000,00, dívidas de curto prazo de R$35.000,00 e dívidas a longo prazo de R$100.000,00. Seu Patrimônio Líquido é:
(A) R$135.000,00 (B) R$165.000,00 (C) R$250.000,00 (D) R$300.000,00 (E) R$600.000,00
8) ENADE 2006 - QUESTÃO 24 
A Estelar Aérea S.A., uma das mais importantes empresas na vida empresarial recente do Brasil, Viveu, durante o ano de 2006, um processo de insolvência, como se pode observar pelos seguintes grupos de contas em seu Balanço de 31 de dezembro de 2005:
 em R$ milhões
Ativo Circulante ................................ 1.310
Realizável a Longo Prazo ................. 788
Ativo Permanente ............................. 238
Passivo Circulante ........................... 2.111
Exigível a Longo Prazo ..................... 8.146
O Patrimônio Líquido da Estelar Aérea S.A, em 31 de dezembro de 2005, em R$ milhões, era de:
(A) 12.593 (B) 7.921 (C) 2.336 (D) - 2.336 (E) - 7.921

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