A leitura dos textos - Metodologia Filosófica

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A LEITURA 
DOS TEXTOS
Apresentação do Capítulo I da obra “Metodologia Filosófica”, de 
Dominique Folscheid e Jean-Jacques Wunenburger.
Acadêmicos: Jefferson Sanchez
Iuri Buss
Gabriel Freytag
Frei Marco Aurélio
Frei Rondinele Passos
Instituição: Ifiteme
Disciplina: Metodologia Filosófica
Profa.: Sônia Gayer
02/03/2017 22:19
I. POR QUE LER TEXTOS FILOSÓFICOS?
“O estudante de filosofia não pode abster-se de uma
relação íntima, pessoal e constante com os textos.”
Porém, é necessário identificar com precisão a
natureza exata de tal relação, guiando-se por suas
exigências filosóficas
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I. POR QUE LER TEXTOS FILOSÓFICOS?
a) Uma relação necessária
• Compreensão evidente da relação direta e constante;
• Não ocultar o primário, constitutivo, essencial: o desenvolvimento de um pensamento
pela confrontação com os outros pensamentos já constituídos e acabados;
• O objetivo de questões metodológicas é facilitar uma atividade que todos devem
realizar por conta própria;
• Os textos são a estrada mestra da iniciação filosófica;
• A filosofia não escapa da regra comum da cultura de apoiar-se nos outros para se
alimentar e crescer;
• Lei da espécie: “O leitor como vampiro e o filósofo ser vampirizado.
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I. POR QUE LER TEXTOS FILOSÓFICOS?
b) Uma relação original
• A disciplina dedicada ao conhecimento e seu lugar, tempo, geografia e cronologia: a
história da filosofia;
• Requer leituras abundantes e constantes;
• Para ser praticada de acordo com o espírito da filosofia, é necessário preencher duas
condições fundamentais:
1. É preciso que a história da filosofia seja filosófica;
2. É preciso que o pensamento assimile sua presa.
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I. POR QUE LER TEXTOS FILOSÓFICOS?
c) Uma relação difícil
• A leitura dos textos filosóficos cumpre duas missões ao mesmo tempo, que jamais
devem ser separadas: não há “conhecimentos filosóficos sem iniciação filosófica, não
há iniciação sem retomada de pensamentos já advindos.
• A iniciação filosófica requer um percurso longo e difícil, que nos faz primeiro perceber
o que é mais evidente para nós, mesmo se isso não é o mais verdadeiro em si.
• Consciência: suas alegrias serão proporcionais às suas penas.
• “Se os textos filosóficos são de fato a mediação de nosso pensamento, sua
frequentação depende do trabalho intelectual. E, como todo trabalho, este tem suas
regras.”
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II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
a) A biblioteca
• Dispor dos livros;
• Desabituar-se da facilidade;
• Frequentar a biblioteca;
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II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
a) A biblioteca
A biblioteca pessoal
• Investimento necessário;
• Livros exigidos;
• Textos e autores fundamentais;
• Textos secundários;
• Livros de síntese;
• Nível de exigência;
• Língua original;
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II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
b) Que textos ler?
1. Os textos filosóficos e os outros
• Filósofos consagrados
• Forma mais importante que o conteúdo: não é filosófico
• Dados experimentais irredutíveis a conceitos: não é filosófico
• Exceções: textos literários com conteúdo filosófico (Man, Musil, Kafka, Freud)
• A literatura clássica enriquece a prática filosófica
• Distinguir gêneros
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2. Os textos de acompanhamento
• Primeira escolha: recomendação dos professores
• Preferências por estilos e épocas de pensamento: escolhas pessoais
• Todas as obras de todos os tempos: campo de ação
• Evitar ordem alfabética e cronológica na iniciação: preferir progressão de densidade
• Exercício regular da leitura filosófica
• Forçar o ritmo x adiar a prática: espiral viciosa
• Dificuldade depende da capacidade do leitor: evitar preconceitos
• Familiarizar-se e evoluir com o tempo: espiral virtuosa
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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c) A leitura em prática
Como não há máquina de aprender, é preciso passar à prática efetiva da leitura, a fim de,
com exercícios assíduos, aprender a ler os filósofos.
Existem quatro formas de leitura:
1. A leitura rápida, que tende a ser superficial, seletiva e descontínua.
2. A leitura aprofundada, que tende a ser explicação de texto instantânea.
3. A leitura normal, que corresponde ao ponto de equilíbrio.
4. A leitura mista, que permite a obtenção da melhor razão entre o tempo investido e o
resultado obtido.
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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d) Tomar nota
• Indispensável para concretizar seus esforços
• 2 Tipos de notas: 
 Direcionado para trabalhos escolares;
 Direcionado para uso pessoal;
1. Por que fichas?
 Possível esquecimento de textos lidos
 O verdadeiro lugar onde se depositam os pensamento é o papel
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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d) Tomar nota
2. Como fazer?
• Cunho pessoal! É necessário que o essencial seja escrito, articulações e
conceitos.
• Estabeleça seu método para abreviações.
• Recorra a cores diferentes.
• Habitue-se a anotar com precisão todas as referencias.
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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e) Caderno de vocabulário
• Leitura enriquecedora
• Assinalar e classificar conceitos
• Rentabilidade nos trabalhos
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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e) Caderno de vocabulário
• Saber organizar:
 Materialmente;
 Metodologicamente;
 Termos que não são propriamente filosóficos
 Termos filosóficos universalmente usados
 Termos específicos, impossíveis de retirar do seu contexto
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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e) Caderno de vocabulário
• PERIGO
 Confiar no dicionário ou definições da língua
 tem palavras e definições que por vezes há até reflexões filosóficas sobre ela
 todo termo tem uma função, e o sentido decorre disso, o sentido é o resultado
• VANTAGENS
 Algo construído por você, organizado e funcional. 
II. COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?
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FIM!!!
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as 
mais honestas pessoas dos séculos passados.”
(René Descartes)
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