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NOTA DE AULA 2 ORGAOS DA JUSTICA ELEITORAL (2)


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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Centro de Ciências Jurídicas
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO ELEITORAL
PROFESSOR: LUCIANO BEZERRA FURTADO
ALUNO ______________________________________________________
NOTA DE AULA 2
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O DIREITO ELEITORAL E NOSSO ESTUDO.
	Antes de adentrarmos a composição e competência dos órgãos do Poder Judiciária Eleitoral, importante especificarmos algumas legislações de suma importância para o nosso estudo.
1. O CÓDIGO ELEITORAL – Lei 4.737/65.
	Todos nós sabemos que a CF/88 é fonte principal de qualquer direito e o direito eleitoral não poderia deixar de ser diferente. Porém existem normas infraconstitucionais, ou seja, que estão hierarquicamente abaixo da CF, que são importantíssimas, pois iniciam as normas mais especificas sobre o nosso assunto.
	Dentre essas Leis está o Código Eleitoral (CE) e as demais leis que o modificaram, constituindo fonte básica para o estudo do direito eleitoral, onde esta Lei vai dispor sobre a organização do poder judiciário eleitoral, exercício do direito de voto e de ser votados, etc.
	Toda Essa legislação entrega ao órgão do poder judiciário eleitoral a importante função de garantir o exercício dos direito políticos, garantindo o resguardo da democracia e do Estado democrático.
	Juntamente com a Legislação Eleitoral, o TSE, também tem importante missão no exercício da democracia, senão vejamos o que diz o art. 1º, do CE, in verbis:
“Art. 1º - Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução.”
2. SUFRÁGIO E VOTO
Para o ilustre professor Joel José Candido sufrágio “ é o poder ou o direito de se escolher um candidato”. Já o voto, para o mesmo autor, significa “ o modo ou o instrumento através do qual se escolhe esse candidato.
Já no entender do professor Manfredi Cerqueira, sufrágio não há de confundir-se com o voto, onde o primeiro “ é um direito em sua expressão genérica, e o segundo , é o exercício desse direito.” 
Podemos assim dizer que o sufrágio é o direito e o exercício do voto é o meio assecuratório desse direito ao sufrágio.
I - ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ELEITORAL
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
A Justiça Eleitoral, através de seus órgãos, seja monocrático ou colegiado, tem como objetivo principal à garantia dos direitos de votar e de ser votado, assegurando o pleno exercício da cidadania, o Estado democrático de direito e suas diversas manifestações.
	
Cumpre, portanto, à Justiça Eleitoral a missão de resguardar a democracia e o Estado Democrático, nos moldes do disposto no art. 1º e incisos da Constituição Federal, efetivando, praticamente, a soberania popular, a cidadania e o pluralismo político como princípios fundamentais trilhados pelo legislador-constituinte.
"Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. (CF/88)
	Com a nova ordem constitucional, necessário se faz que a organização e competência dos órgãos do poder Judiciário Eleitoral, ou seja, os tribunais, juízes e juntas, sejam definidas por lei complementar (diferencia-se essa lei das demais, pela necessidade de um quorum de votação privilegiado), na forma determinada pelo art. 121, da CF/88. 
“ Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais”.
Porém, com a promulgação da Constituição Federal outubro de 1988, esta recepcionou a Lei 4.737/65, já em vigor, tornando-a uma Lei Complementar, onde qualquer modificação a esta feita terá que ser na forma do processo legislativo imposto a uma Lei Complementar. 
A CF/88 em seu art. 118, e o art. 12 do CE, estabelecem quais os órgão da Justiça Eleitoral:
Art. 118 - São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais. ( CF/88)
“Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:
* Ver art. 118 da CF/88.
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País;
II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território;
* Os arts. 33, § 3º, e 120, caput, da CF/88, dispõe sobre a instituição de órgãos nos territórios.
III - Juntas Eleitorais;
IV - Juízes Eleitorais. “( CE/65)
O art. 92 da CF/88 traz os órgãos do Poder Judiciário, onde entre eles encontramos os da Justiça Eleitoral, existindo dessa forma profunda distinção entre estes. "CF/88. 
“ Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios".”
Sendo assim, os órgão da Justiça Eleitoral são:
Tribunal Superior Eleitoral
Tribunais Regionais Eleitorais
Juízes Eleitorais
Juntas Eleitorais
Importante frisar-mos que na Justiça Eleitoral Brasileira existem órgãos, porém não há uma magistratura eleitoral exclusiva, própria, de carreira. A composição de todas as três espécies de órgãos colegiados com jurisdição eleitoral é híbrida, integrando-os juízes de outros tribunais, juristas da classe dos advogados e até pessoas sem formação jurídica, como no caso das Juntas eleitorais.
DAS DECISÕES
Dentre esses órgãos do Poder Judiciário encontramos composições diversas, existindo decisões de ordem monocrática e decisões de ordem colegiada, ou seja, existe órgão colegiado e singular.
As decisões nos órgãos da Justiça Eleitoral são tomadas tanto de forma colegiada como monocrática. 
ÓRGÃO SINGULAR
São órgãos em que suas decisões são tomadas de forma monocrática, ou seja, são aquelas decisões tomadas por um único julgador, como os juízes eleitorais, Estaduais ou Federais.
ÓRGÃO COLEGIADO
São órgãos em que suas decisões são tomadas de forma colegiada, ou seja, são aquelas decisões tomadas por mais de um julgador, no caso dos tribunais, por suas turmas, câmaras, e na justiça eleitoral temos como órgãos colegiados os tribunais e as juntas eleitorais.
DO NÚMERO DE JUÍZES NOS TRIBUNAIS E PRAZOS DE EXERCÍCIO DE FUNÇÃO.
O número de juízes nos tribunais eleitorais é de sete membros, podendo esse número subir por proposta dos tribunais superiores ao Poder Legislativo competente. 
”Art. 96. Compete privativamente:
		.......
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;”
O art. 13 do CE/65, diz que os TRE’s não pode ter o número de seus juízes reduzido, mas pode aumentar para até nove(09), na forma acima descrita:
 ”Art. 13. O número de Juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até 9 (nove), mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.”
Com relação ao prazo de permanência dos Juízes nos tribunais eleitorais, estes estão dispostos nos artigos 121, § 2º., da CF/88 e art. 14 do CE/65:
Assim dispõe o art. 121, § 2º, da CF/88:“ Art. 121 - § 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
Já o art. 14, e seus parágrafos, e art. 15, ambos do CE/65, disciplina de forma mais completa, especificando como o tempo deve contado, no caso de impedimentos, proibições, etc,:
Art. 14. Os Juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por 2 (dois) anos, e nunca por mais de 2 (dois) biênios consecutivos.
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º.
§ 2º Os Juízes afastados por motivo de licença, férias e licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando, com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento de alistamento.
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária, até a apuração final da eleição, não poderão servir como Juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como Juiz Eleitoral, o cônjuge, parente consangüíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
* Ver art. 227, § 6º, da CF/88.
* Ver art. 44, caput, da Res. TSE nº 23.398/2013.
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura.
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
Ver art. 121, § 2º, da CF/88.
Em resumo, os Juízes Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos. A forma de contagem dos biênios são de forma ininterrupta, não se descontando nenhuma forma de afastamento, salvo no caso de afastamento legal ou impedimento por parentesco ( art. 14, § 3º., CE/65). Sendo o integrante do tribunal reconduzido serão observadas as mesmas formalidades exigidas na primeira investidura.
Importante salientar que caso o magistrado afastado de suas funções na justiça comum estadual, por motivo de licença, férias e licença especial, ficarão, automaticamente afastado de suas funções na justiça especial eleitoral.
No que tange ao impedimento por parentesco, não poderão servir como Juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como Juiz Eleitoral, o cônjuge, parente consangüíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição, desde a homologação da respectiva convenção partidária, até a apuração final da eleição.
Nesse caso, não poderão ser juizes eleitorais em uma zona seu irmão é candidato a um cargo eletivo naquela jurisdição. Já com relação aos membros dos TRE’s, não poderá ser membro deste uma pessoa que tenha um filho ou pai disputando o cargo de deputado, senado, governador, prefeito ou vereador, pois a jurisdição dos Tribunais Regionais abrangem toda a área do Estado. E finalmente quanto ao ministro do TSE, este não atuar se tiver parente disputando mandato eletivo em qualquer município ou Estado.
Quanto aos demais impedimentos assim se comporta a nossa legislação eleitoral, no caso a Lei 9.504/97( Lei das Eleições): 
“ Art. 95. Ao Juiz Eleitoral que seja parte em ações judiciais que envolvam determinado candidato é defeso exercer suas funções em processo eleitoral no qual o mesmo candidato seja interessado.” 
Dando interpretação ao art. 95, da lei 9.504/97, o TSE expediu Resolução de no. 23.398/13, nos seguintes termos:
Ao Juiz Eleitoral que for parte em ações judiciais que envolvam determinado candidato é defeso exercer suas funções em processo eleitoral no qual o mesmo candidato seja interessado (Lei nº 9.504/97, art. 95). (Art. 46, Resolução de no. 23.398/13)
Se o candidato propuser ação contra Juiz que exerça função eleitoral, posteriormente ao pedido de registro de candidatura, o afastamento do magistrado somente decorrerá de declaração espontânea de suspeição ou da procedência da respectiva exceção. (Parágrafo único, Resolução de no. 23.398/13)
DAS GARANTIAS
As garantias de todos os magistrados no Brasil, são três: Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios, estando dispostas no art. 95, da CF/88. Como a justiça eleitoral não é composta somente de magistrados, existindo pessoas comuns, como é o caso das juntas eleitorais, a CF/88 em seu art. 121, parágrafo primeiro determina que os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – TSE
Composição
A composição do TSE será de no mínimo, sete membros e estar disposta tanto na CF/88, em seu art. 119, quanto no CE/65, art. 16, senão vejamos:
CF/88:
“O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.” (Art. 119 – CF/88)
Obs.: o art. 16 do CE está revogado tacitamente.
Verifica-se mais uma vez que a CF/88 deixou para a legislação infraconstitucional expedir normas mais específicas sobre a matéria, onde no CE/65, recepcionado pela Carta Magna de 1988, tratou dos impedimentos, onde diz que Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.
Quanto a nomeação dos ministros vindos da classe dos advogados( art. 119, inciso II, CF), estes não poderá ser escolhido dentre cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. ( art. 16, § 2º. do CE/65)
Como foi dito anteriormente o período de mandato será de 02 anos, permitida uma única recondução. O TSE tem decidido, pois pendente de julgamento, que o presidente não poderá ser reconduzido, mesmo que tenha passado somente um biênio, in verbis:
CONSULTA. PARLAMENTAR. RECONDUÇÃO DE PRESIDENTE DE TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL E DE PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL. LC Nº 35/79 E LC Nº 75/ 93. 1.São inelegíveis, a teor do art. 102 da LOMAN, os titulares de cargos de d ireç ão dos tribunais regionais eleitorais para um segundo mandato e os que tenham e xercid o por quatro anos esses mesmos cargos ou a Presidência, ainda que por um único mandato (ADI nº 841-2/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 24.3.1995; RP nº 24, Rel. Min . Eduardo Alckmin, DJ de 2.4.1998; RP nº 982, Rel. Min. César Asfor Rocha, DJ d e 8.8.2006). 2.Os Procuradores Regionais Eleitorais poderão ser reconduzidos uma vez, a teor do art. 76, § 1º, da LC nº 75/93. 3.Resposta negativa ao primeiro questionamento. Resposta positiva ao segundo questionamento.
A sua sede é na Capital Federal.
PRESIDÊNCIA, VICE-PRESIDÊNCIA E CORREGEDOR.
O presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral – TSE será escolhido dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. (CF/88 art. 119)
CORREGEDOR ELEITORAL
Como referido acima, o Corregedor-Geral Eleitoral será escolhido dentre um dos ministrosdo STJ, e suas atribuições serão fixadas pelo TSE. (Art. 17, § 1º, do CE)
No desempenho de suas atribuições o Corregedor-Geral se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos:
por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;
a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;
a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;
sempre que entender necessário.
Importante destacar que os provimentos emanados da Corregedoria-Geral vinculam os Corregedores Regionais que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento. ( art. 17, § 3º, do CE)
DO PROCURADOR GERAL DO TSE
O Procurador-Geral da República exercerá as funções de Procurador Geral Eleitoral junto ao TSE. Este designará, dentre os Subprocuradores Gerais da República, o Vice-Procurador Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.( art. 73, parágrafo único, LC/75)
O Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento. ( art. 74, parágrafo único, LC/75) 
A competência do Procurador Geral está disciplinada no art. 24 do Código Eleitoral.
Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral;
I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do Tribunal;
III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;
IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juizes, ou por iniciativa sua, se entender necessário;
V - defender a jurisdição do Tribunal;
VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições;
VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais;
IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligências a serem realizadas.
OBSERVAÇÃO: RITSE, art. 13, c: compete ao procurador-geral “oficiar, no prazo de cinco dias, em todos os recursos encaminhados ao Tribunal, e nos pedidos de mandado de segurança”.
Ac.-TSE, de 8.9.2011, nos ED-REspe n° 5410953: inaplicabilidade deste inciso aos recursos já em tramitação no TSE.
Ac.-TSE n° 15.031/1997: desnecessidade de pronunciamento da Procuradoria-Geral nos embargos de declaração.
QUORUM NO TSE
As decisões no Tribunal Superior Eleitoral são tomadas por maioria de votos, em sessão pública, com a metade mais um de seus membros, ou seja, maioria de seus membros. No caso do TSE, a maioria é de quatro membros.
Porém existem algumas decisões que somente podem ser votadas com todos os seus membros, que são os casos de: 
As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição. 
cassação de registro de partidos políticos, 
como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas. (CE, art. 19, p. único)
 Caso ocorra de um de seus membros esteja impedido de participar do julgamento, será convocado o substituto ou o respectivo suplente. (CE, art. 19, p. único)
No que tange a recorribilidade das decisões do TSE, estas em regra são irrecorríveis, exceto as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.(art. 121, § 3º, da CF/88 e art. 281, CE/65) 
COMPETÊNCIAS DO TSE
Essas competências podem ser jurisdicionais ou administrativas. As jurisdicionais dividem-se em originária e recursal.
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
O art. 22, do Código Eleitoral ( lei 4.737/65), traz a competência jurisdicional originária, ou seja, todas os processos se iniciam no próprio Tribunal Superior Eleitoral.
Importante frisar que alguns incisos podem ter sido modificados, ou declarados inconstitucionais, onde é necessário especial atenção, sempre verificando de forma sistemática, ora na constituição, ora no Código Eleitoral e seus dispositivos.
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
* Ver art. 121 da CF/88.
I - processar e julgar originariamente:
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República;
* Ver art. 28 da Lei nº 9.096/95 (LPP).
Ver arts. 20 a 27 da Res. TSE nº 19.406/95 (Instruções para fundação, organização, funcionamento e extinção dos partidos políticos).
Lei n° 9.096/1995, arts. 7° e 8°: aquisição da personalidade jurídica mediante registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas; art. 9°: registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral; art. 28: casos de cancelamento do registro civil e do estatuto dos partidos políticos. 
LC n° 64/1990, art. 2°, parágrafo único, I: arguição de inelegibilidade perante o Tribunal Superior Eleitoral.
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes;
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios Juízes e pelos Juízes dos Tribunais Regionais;
* Art. 96, inciso III, da CF/88. - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
* Art. 102, I, “c”, da CF/88: nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, .... os membros dos Tribunais Superiores.....
Art. 105, I, alínea “a”, da CF/88 - I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, .... os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais, .... , do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o Juiz competente possa prover sobre a impetração;
A Res. n° 132/1984, do Senado Federal, suspendeu a locução “ou mandado de segurança”. Entretanto, no Ac.-STF, de 7.4.1994, no RE n° 163.727, o STF deu-lhe interpretação para restringir o seu alcance à verdadeira dimensão da declaração de inconstitucionalidade no Ac.-STF, de 31.8.1983, no MS n° 20.409, que lhe deu causa, vale dizer, à hipótese de mandado de segurança contra ato, de natureza eleitoral, do presidente da República, mantida a competência do TSE para as demais impetrações previstas neste inciso. CF/88, art. 102, I, d: competência do STF para processar e julgar mandado de segurança contra ato do presidente da República. CF/88, art. 105, I, b: competência do STJ para processar e julgar mandado de segurança contra ato de ministro de Estado. CF/88, art. 105, I, h, in fine: competência da Justiça Eleitoral para o mandado de injunção.
LC n° 35/1979 (Loman), art. 21, VI: competência originária dos tribunais para julgar os mandados de segurança contra seus atos. Ac.-TSE nos 2.483/1999 e 3.175/2004: competência dos tribunais regionais eleitorais tão somente para julgar os pedidos de segurança contra atos inerentes à sua atividade-meio. V. Primeira nota ao art. 276, § 1°, deste código. 
 Ac.-TSE, de 7.6.2011, no HC n° 349682: incompetência do TSE para processar e para julgar habeas corpus impetrado contra sua decisão.
Ver arts. 102, I, “d” e “i”, e 105, I, “b” e “c”, in fine, da CF/88.
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração daorigem dos seus recursos;
* Art. 35 da Lei nº 9.096/95 (LPP). “Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais, à vista de denúncia fundamentada de filiado ou Delegado de partido, de representação do Procurador-Geral ou Regional ou de iniciativa do Corregedor, determinarão o exame da escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos, podendo, inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos partidos para o esclarecimento ou apuração de fatos vinculados à denúncia.
* Ver art. 25 da Res. TSE nº 21.841/2004. 
g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada;
i) as reclamações contra os seus próprios Juízes que, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.
 Dec. monocrática do Min. José Delgado na Rcl n° 475, de 10.10.2007: a competência para o julgamento das reclamações desta espécie passou ao Conselho Nacional de Justiça, nos termos do art. 103-B, § 4°, III, da Constituição Federal.
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado.
* O STF, através da ADI nº 1.459-5, de 17.3.1999, considerou inconstitucionais as expressões "possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado", contidas nessa alínea, pois implicariam suspensão, ao menos temporária, da eficácia da coisa julgada sobre inelegibilidade, em afronta ao inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal/88.
Acórdão – TSE 89, de 27.03.2001: Tribunal Regional Eleitoral não é competente para o julgamento de ação rescisória. A lei Complementar nº. 86/96, ao introduzir a ação rescisória no âmbito da justiça eleitoral, incumbiu somente ao Tribunal Superior Eleitoral seu processo e julgamento, originariamente, contra seus próprios julgados.
Ac.-TSE nos 106/2000 e 89/2001: TRE não é competente para o julgamento de ação rescisória. Ac.-TSE n° 124/2001: cabimento de ação rescisória contra decisão monocrática de juiz do TSE; Ac.-TSE nos 19.617/2002 e 19.618/2002: cabimento de ação rescisória de julgado de TRE em matéria não eleitoral, aplicando-se a legislação processual civil.
COMPETÊNCIA RECURSAL
Julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do art. 276, inclusive os que versarem matéria administrativa.
* Acórdão - TSE no. 11.405/96: Não cabe ao Tribunal Superior Eleitoral apreciar recurso especial contra decisão de natureza estritamente administrativa dos Tribunais Regionais. E ainda, Acórdão – TSE no. 10/96 e 12.644/97: Competência do TSE para apreciar recurso contra decisão judicial de tribunal Regional sobre matéria administrativa não eleitoral.
* art. 121, § 4º, da CF/88. § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
* alínea deve ser acrescentada no art. 276, do CE.
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.
 
Passaremos agora a competência administrativa do Tribunal Superior Eleitoral, disposta no art. 23, do Código Eleitoral.
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:
I - elaborar o seu regimento interno;
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria-Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;
* Ver art. 96, II, ”b”, da CF/88.
* Ver Lei nº 8.868/94 (Criação, extinção e transformação de cargos nas Secretarias dos TSE e TREs).
III - conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos Juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais;
* Res.-TSE n° 21.842/2004: “Dispõe sobre o afastamento de magistrados na Justiça Eleitoral do exercício dos cargos efetivos.
V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;
* Ver arts. 33, § 3º, 96, II, “c”, e 120, caput, da CF/88.
* Ver art. 12, II, in fine, deste Código.
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos Juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;
* Ver art. 96, II, “a”, da CF/88. Competência para alteração do número de membros dos Tribunais inferiores. Ver ainda art. 120, § 1º, CF/88, onde está não consta previsão de aumento do número dos membros dos TRE’s, pois não se refere a composição mínima.
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, Senadores e Deputados Federais, quando não o tiverem sido por lei;
Art. 77, caput e § 1º, da CF/88. - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. - § 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
CF/88, arts. 28, caput; 29, I e II; 32, § 2°; e 77, caput; e Lei n° 9.504/1997, arts. 1°, caput; e 2°, § 1°: fixação de data para as eleições presidenciais, federais, estaduais e municipais.
Lei n° 9.709/1998, art. 8°, I: competência da Justiça Eleitoral, nos limites de sua circunscrição, para fixar a data de plebiscito e referendo. Ac.-TSE n° 3.395/2005: legalidade de resolução do TSE que fixou data de referendo em dia diverso do previsto no DLG n° 780/2005, art. 2°.
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;
* Res.-TSE n° 19.994/1997: “Estabelece normas para a criação e desmembramento de zonas eleitorais e dá outras providências”. Dec.-TSE s/n°, de 7.10.2003, na Pet n° 1.386: competência do TSE para homologar divisão da circunscrição do estado em zonas eleitorais, bem como a criação de novas zonas, e competência do TRE para revisão de transferência de sede da zona.
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;
X - fixar a diária do Corregedor-Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;
* Ver art. 96, II, “b”, da CF/88.
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do art. 25;
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político;
Ac.-TSE n° 23.404/2004: a consulta não tem caráter vinculante, mas pode servir de suporte para as razões do julgador.
Res.-TSE n° 23.126/2009: consulta versando sobre matéria administrativa recebida como processo administrativo, ainda que formulada por parte ilegítima, dada a relevância do tema. Res.-TSE n° 22.314/2006: conhecimento de consulta sobre assuntos administrativos não eleitorais, dadas a relevância do tema e a economia processual. 
Hipóteses de descabimento de consulta: Res.-TSE nos 23.135/2009, 23.113/2009 e 23.035/2009 (formulação em termos genéricos, de forma a impossibilitar o enfrentamento preciso da questão e dando margema interpretações casuísticas); Res.-TSE n° 23.084/2009 (questionamento com base em redação de ato normativo não mais vigente); Res.-TSE n° 23.016/2009 (projeto de lei em tramitação, pois ainda inexistente a norma no ordenamento jurídico); Res.-TSE nos 23.079/2009, 23.035/2009 e 22.914/2008 (matéria interna corporis de partido político); Res.-TSE nos 22.877/2008, 22.853/2008 e 22.488/2006 (após iniciado o processo eleitoral, assim entendido como as convenções partidárias para escolha de candidatos, quando a resposta ao questionamento incidir sobre fato abarcado nesse período); Res.-TSE n° 22.391/2006 (matéria processual).
Legitimidade para formular consulta ao TSE: Res.-TSE n° 22.228/2006 (senador); Res.-TSE n° 22.247/2006 (deputado federal); Res.-TSE n° 22.229/2006 (secretário-geral de comissão executiva nacional de partido político, como representante de órgão de direção nacional); Res.-TSE n° 22.342/2006 (Defensoria Pública da União).
Res.-TSE nos 22.828/2008 e 22.515/2007: exigência de autorização especí+ca ou documento que comprove estar o consulente habilitado a formular consultas em nome do partido político a que pertence. 
! Ac.-TSE, de 20.9.2011, na Cta n° 182354: o partido não precisa de instrumento de mandato com poderes especí+cos (art. 38, CPC) para o ajuizamento de consulta.
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas Mesas Receptoras nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;
* Ver art. 188 deste Código.
XIV - requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração;
* Ver art. 30, XII, deste Código.
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;
XVI - requisitar funcionário da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;
* Ver Lei nº 6.999/82 (Requisição de servidores públicos).
* Ver art. 30, § 3º, da Lei nº 9.504/97.
* Ver art. 34, parágrafo único, da Lei nº 9.096/95 (LPP).
* Ver art. 21 da Res. TSE nº 21.841/2004.
XVII - publicar um boletim eleitoral;
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.
TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS – TRE’s
CRIAÇÃO
Primeiramente é importante dizer que a criação dos TRE’s foi determinada pela Carta Constitucional, em seu art. 120, caput, onde este determina que em cada Estado e no Distrito Federal, existirá um Tribunal Regional Federal.
COMPOSIÇÃO
A composição dos Tribunais Regionais Federais está explicitada no art. § 1º, do art. 120, da CF/88, bem como consta do Código Eleitoral, em seu art. 25: 
“ Art. 120, § 1º, CF/88 - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.”
“ Art. 25, Do CE - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
* Ver art. 120, § 1º, I, da CF/88.
a) de dois Juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; e
b) de dois Juízes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II - do Juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e
Ver art. 120, § 1º, II, da CF/88.
Texto em negrito substituído por Tribunal Regional Federal – TRF, da região do Estado onde se encontra o TRE. 
III - por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
* Ver art. 120, § 1º, III, da CF/88.
FORMA DE ESCOLHA DOS REPRESENTANTES DA CLASSE DOS ADVOGADOS.
Determina a Constituição Federal que será nomeado pelo Presidente da República, dois Juízes para compor o TRE”s, dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
Verifica-se assim que será composta uma lista sextupla, escolhida pelo Tribunal de Justiça do Estado, e enviada ao Tribunal Superior Eleitoral. Recebidas as indicações, o Tribunal Superior divulgará a lista através de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco dias, impugná-la com fundamento em incompatibilidade. Caso a impugnação seja julgada procedente quanto a qualquer dos indicados, a lista será devolvida ao Tribunal de origem para complementação. Sanada a irregularidade ou não havendo impugnação, ou desprezada aquela, o Tribunal Superior encaminhará a lista ao Poder Executivo, diga-se Presidente da República, para nomeação.
O Código Eleitoral também descreve alguns impedimentos na confecção desta lista, onde não poderá conter nome de Magistrado aposentado ou de membro do Ministério Público, bem como não podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 2º grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso a que tiver sido escolhida por último.
ESCOLHA DO JUIZ DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL.
No que se refere à indicação de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo (art. 120, inciso II, da CF/88), essa nomeação não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. ( artigo 16, § 2º, do CE/65)
 * O Decreto-Lei nº 441, de 29.1.69, revogou os §§ 6º e 7º do art. 25, passando os §§ 8º e 9º a constituir, respectivamente, os §§ 6º e 7º.
* A Lei nº 7.191, de 4.6.84, ao alterar o art. 25, não fez nenhuma referência aos parágrafos constantes do artigo modificado. Segundo decisões do TSE (Res. nºs 12.391, DJU de 23.7.86, e 18.318, DJU de 14.8.92, e Ac. nº 12.641, DJU de 29.3.96), os referidos parágrafos não foram revogados pela lei citada. 
PRESIDÊNCIA, VICE-PRESIDÊNCIA E CORREGEDOR.
No que se refere aos cargos de direção, a CF/88 determina que os mesmos sejam escolhidos dentre os desembargadores escolhido para compor o TRE: 
“Art. 120, § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. (Art. 120, §2º, da CF)
Já o art. 26 do Código Eleitoral encontra-se revogado, já que consta que deverão ser escolhido 03 Desembargadores, e no entanto somente compõe o TRE 02 Desembargadores. Percebe-se, portanto que estará sobrando um cargo, já que são três os cargos de direção a serem ocupados. 
Sendo assim, dependendo do Regimento Interno de cada Tribunal Regional Eleitoral, o cargo de Corregedor poderá ser ocupado cumulativamente pelo Vice-Presidente. Esse modelo é adotado pelo TRE-CE, onde Vice presidente acumula a função de corregedor. Poderá ainda acontecer que o Corregedor ser escolhido dentre os membros do próprio TRE, na forma determinada pela norma interna do Tribnal Regional Eleitoral. 
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional serão eleitos por este, dentre os 3 (três) desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da Justiça Eleitoral. (revogado)
* Ver art. 120, § 1º, I, “a”, e § 2º, da CF/88.
* Ver art. 25, I, “a”, deste Código.
CORREGEDOR ELEITORAL
As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitorale, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.
No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:
por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;
a pedido dos Juízes Eleitorais;
a requerimento de partido, deferido pelo Tribunal Regional;
sempre que entender necessário.
Ver art. 26, §§ 1º E 2º, do Código Eleitoral.
DO PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL DO TRE
Servirá como Procurador Regional Eleitoral, junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador Regional da República no respectivo Estado e, onde houver mais de um aquele que for designado pelo Procurador-Geral da República.
Importante dizer que o § 1º, do art. 27, do CE/65, encontra-se revogado pela LC/75 (LOMP), e a as funções de Procurador Regional Eleitoral serão exercida pelo Procurador Regional do Ministério Público Federal (Procurador da República lotado no DF) e nunca pelo Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal. Falaremos melhor desse assunto quando estivermos no capitulo do Ministério Público Eleitoral.
* Ver art. 128, I, “d”, da CF/88.
Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador-Geral. Em suas faltas ou impedimentos, Substituirá o Procurador Regional, o seu substituto legal.
Mediante prévia autorização do Procurador-Geral, podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, membros do Ministério Público Federal, lotados na Procuradoria Regional da República, não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal. Verifica-se que essa disposição consta do CE/65 em seu art. 27, § 4º, porém encontra-se revogado por força da LC/75 (LOMP), posto que somente funcionem nos TRE’s os representantes do Ministério Público Federal e não os Promotores de Justiça (MPE).
Art. 77. Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as atividades do setor.
  Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros membros do Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, perante os Tribunais Regionais Eleitorais. ( LC/75 – LOMP)
QUORUM NO TRE
Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. ( Art. 28, CE).
SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO
No caso de impedimento e não existindo quorum será o membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição.
Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá argüir a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou de funcionários da sua Secretaria, assim como dos Juízes e Escrivães Eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. Nesse caso também se aplica para a suspeição ilegítima (parágrafo único do artigo 20, CE/65 - Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do argüido.)
COMPETÊNCIA DO TRE 
Compete aos Tribunais Regionais:
* Ver art. 121 da CF/88, e art. 29, do CE/65.
Competência Originária
Processar e julgar originariamente:
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas;
* Ver arts. 12 a 19 da Res. TSE nº 19.406/95.
b) os conflitos de jurisdição entre Juízes Eleitorais do respectivo Estado;
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros, ao Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria, assim como aos Juízes e Escrivães Eleitorais;
d) os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais;
* Ver art. 96, III, da CF/88.
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos Juízes Eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o Juiz competente possa prover sobre a impetração;
* Ver art. 105, I, c, in fine, da CF/88.
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;
* Ver art. 35 da Lei nº 9.096/95 (LPP).
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos Juízes Eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo.
Competência Recursal
Julgar os recursos interpostos:
a) dos atos e das decisões proferidas pelos Juízes e Juntas Eleitorais;
b) das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. ( art. 29, inciso II, CE/65)
* Ver art. 35, III, deste Código.
Ver art. 121, § 4º, da CF/88.
Ver art. 276, CE/65 – Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior: I - especial: quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais II - ordinário: quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA DO TRE.
Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: (Art. 30, CE/65)
* Ver art. 121 da CF/88.
I - elaborar o seu regimento interno;
* Ver art. 96, I, “a”, da CF/88.
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional, provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos;
* Ver art. 96, I, “b”, da CF/88.
* Ver Lei nº 8.868/94 (Criação, extinção e transformação de cargos nas Secretarias dos TSE e TREs).
III - conceder aos seus membros e aos Juízes Eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos, submetendo, quanto àqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;
* Ver art. 96, I, “f”, da CF/88.
IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores e Juízes de Paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal;
* Ver arts. 28, caput, 29, II, 32, §§ 2º e 3º, e 98, caput e inciso II, da CF/88.
V - constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição;
* Ver art. 36, § 1º, deste Código.
VI - indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela Mesa Receptora;
* Ver art. 188 deste Código.
VII - apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas Eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador, de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo, dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos;
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
* Resolução TSE mº. 19994, de 09.10.1997: normas para a criação e desmembramento de Zonas Eleitorais.
X - aprovar a designação do Ofício de Justiçaque deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio;
* Ver art. 35, VI, deste Código.
XI - (Revogado expressamente pelo art. 14 da Lei nº 8.868/94.)
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;
* Ver art. 23, XIV, deste Código.
XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu Presidente e, no interior, aos Juízes Eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os Escrivães Eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
* Ver art. 30, § 3º, da Lei nº 9.504/97.
* Ver Lei nº 6.999/82 (Requisição de servidores públicos).
* Ver Res. TSE nº 20.753/2000 (Instruções para requisição de servidores públicos pela Justiça Eleitoral).
XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias;
* Ver notas ao inciso XIII, acima.
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos Juízes Eleitorais;
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior;
XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição;
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado;
XIX - suprimir os mapas parciais de apuração, mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas as seguintes normas:
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração;
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de 3 (três) dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em 5 (cinco) dias;
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até 6 (seis) meses antes da data da eleição;
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior;
e) o Tribunal Regional ouvirá os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às peculiaridades locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior.
E finalmente, faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal Regional que o Tribunal Superior designar.( art. 31, CE/65)
JUÍZES ELEITORAIS E ZONAS ELEITORAIS
Os Juízes Eleitorais são magistrados da Justiça Comum estadual, designados pelo Tribunal Regional Eleitoral para presidir as Zonas Eleitorais, menor fração territorial com jurisdição dentro de uma circunscrição judiciária eleitoral.
Cabe a jurisdição de cada uma das Zonas Eleitorais a um Juiz de Direito em efetivo exercício, em sua falta ao Juiz Substituto legal que goze das prerrogativas do art. 95 da CF/88. Onde houver mais de um Juiz ou Vara, O TRE’s designará a que incumbe o serviço eleitoral, normalmente há um rodízio entre os magistrados. (Resolução do TSE – 20.505/99 – Dispõe sobre o sistema de rodízio dos Juízes Eleitorais) 
As Zonas Eleitorais devem corresponder às Comarcas da Justiça Comum e, estas, aos Municípios. Por diversas razões, isso nem sempre ocorre, havendo zonas com jurisdição em mais de um município e municípios com mais de uma zona eleitoral.
O Juiz Eleitoral deve ser juiz de direito com todas as prerrogativas do art. 95, da Constituição Federal de 1998. Podem, no entanto, os Juízes em estágio probatório, sem vitaliciedade, portanto, exercer as funções de Juiz Eleitoral titular de Zona (LC N.º 35/79, art. 22, § 2.º).
Os Juízes Eleitorais exercem essa função, atualmente, de modo cumulativo com a jurisdição comum.
COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DO JUIZ ELEITORAL:
	Sobre a competência dos Juízes Eleitorais a Lei N.º 4.737, de 15/07/1965 (Código Eleitoral)
Art. 34. Os Juízes despacharão todos os dias na sede da sua Zona Eleitoral.
Art. 35. Compete aos Juízes:
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional; 
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;
III - decidir habeas corpus e mandado de segurança em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente à instância superior;
IV - fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e presteza do serviço eleitoral;
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir;
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de Justiça que deve ter o anexo da Escrivania Eleitoral;
VII - (Revogado pela Lei número 8.868, de 14/04/1994, publicada no DOU de 15/04/1994, com vigência e eficácia a partir de sua publicação);
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores;
IX - expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;
X - dividir a Zona em Seções Eleitorais;
XI - mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada Seção, para remessa à Mesa Receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;
XII - ordenar o registro de cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições, os locais das Seções;
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os Membros das Mesas Receptoras;
XV - instruir os membros das Mesas Receptoras sobre as suas funções;
XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verifiquem nas Mesas Receptoras;
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições;
XVIII - fornecer aos que não votarem por motivo justificado e aos não-alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte à realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das Seções da Zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da Zona.
	DOS ESCRIVÃES ELEITORAIS
	
	O art. 33, caput, foi revogado pela Lei 10.842/2004, onde foi extintas as gratificações de chefe pagas para os escrivães ou diretores de secretaria da justiça comum, e em contra partida foram criado cargos de analista e técnico judiciário, criando as mesmas gratificações para serem pagas esses servidores do próprio TRE. 
No caso de suas faltas e Impedimentos dos escrivães este será substituído na forma prevista pela lei de organização judiciária local.
Art. 33, do CE/65 - Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça, o Juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos.
* Ver arts. 3º, I, e 4º, caput, da Lei nº (Transfere as atribuições da escrivania eleitoral para o chefe de cartório).
Lei 10.842/2004 - Art. 3o Ficam extintas as gratificações mensais, devidas pela prestação de serviços à Justiça Eleitoral, de:
        I – Escrivão Eleitoral, instituída pelo parágrafo único do art. 2o da Lei no 8.350, de 28 de dezembro de 1991, e alterada pelo art. 9o da Lei no 8.868, de 14 de abril de 1994, calculada com base na remuneração da função comissionada FC-3; e
        II – Chefe de Cartório de Zona Eleitoral do interior dos Estados, instituída pelo art. 10 da Lei no 8.868, de 14 de abril de 1994, calculada com base na remuneração da função comissionada FC-1.Parágrafo único. Os atuais Chefes de Cartório de Zona Eleitoral ocupantes dos cargos em comissão transformados na forma do art. 2o, bem como os servidores retribuídos com a gratificação extinta nos termos do inciso II do art. 3o, poderão permanecer no exercício de suas atribuições até a data em que for designado servidor para ocupar a função comissionada correspondente.
        Art. 4o As atuais atribuições da escrivania eleitoral serão exercidas privativamente pelo Chefe de Cartório Eleitoral, sem prejuízo das atividades inerentes à chefia do cartório.
        § 1o Não poderá servir como Chefe de Cartório Eleitoral, sob pena de demissão, o membro de órgão de direção partidária, nem o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consangüíneo ou afim até o 2o (segundo) grau.
        § 2o O servidor que vier a exercer as atribuições de Chefe de Cartório Eleitoral de zona eleitoral criada após a vigência desta Lei perceberá gratificação equivalente à remuneração da função comissionada correspondente, até a criação e o provimento desta.
JUNTAS ELEITORAIS
As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de primeira instância da Justiça eleitoral, gozando os seus membros, no exercício de suas funções, de plenas garantias da magistratura de carreira, inclusive a inamovibilidade.
COMPOSIÇÃO DAS JUNTAS ELEITORAIS
	Compor-se-ão as Juntas Eleitorais de um Juiz de Direito, que será o Presidente, e 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade. 
* Ver art. 15 da Lei nº 8.868/94 (Direito a ausentar-se do serviço pelo dobro dos dias trabalhados por convocação da Justiça Eleitoral). 
* Ver art. 98 da Lei nº 9.504/97.
* Ver art. 82, caput, da Res. TSE nº 22.154/2006.
Os membros das Juntas Eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional, pelo Presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede. ( Ver Res. TSE nº 22.249/2006 (Calendário Eleitoral - 2 de agosto de 2006, item 4/ Ver art. 82, caput, da Res. TSE nº 22.154/2006)
Até 10 (dez) dias antes da nomeação, os nomes das pessoas indicadas para compor as Juntas serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer Partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações. (Ver Res. TSE nº 22.249/2006 - Calendário Eleitoral - 23 de julho de 2006, item 1, e 26 de julho de 2006, item 1).
Compete ao Presidente da Junta Eleitoral
Fiscalizar, coordenar e orientar os trabalhos dos escrutinadores.
nomear em Secretário Geral e, na medida em que ocorrer o desdobramento da Junta em Turmas Apuradoras, deverá nomear um Secretário para cada uma das Turmas, escolhidos dentre os escrutinadores.
Impedimentos à função de membros de Juntas, escrutinadores e auxiliares.
Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares:
* Ver art. 64 da Lei nº 9.504/97. Art. 64. É vedada a participação de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o 2º (segundo) grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Quantidades de Juntas, escrutinadores e auxiliares.
Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o número de Juízes de Direito que gozem das garantias do art. 95 da Constituição, mesmo que não sejam Juízes Eleitorais.
* Apesar de referir-se à CF/46, o número do artigo que trata dessas garantias mantém-se o mesmo na CF/88.
Nas zonas em que houver de ser organizada mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de Juiz Eleitoral ou estiver este impedido, o Presidente do Tribunal Regional, com a aprovação deste, designará Juízes de Direito da mesma ou de outras comarcas para presidirem as Juntas Eleitorais.
* Ver art. 83, caput e seu parágrafo único, da Res. TSE nº 22.154/2006.
Ao Presidente da Junta é facultado nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares em número capaz de atender à boa marcha dos trabalhos. Os escrutinadores eram muito utilizados quando a eleição eram em urnas comuns, hoje com as urnas eletrônicas eles ficaram sem muita função. Porém necessário se faz sua indicação pois poderá haver problemas nas urnas e passaria a votação manual, conforme determinação da Lei 9.504/97. 
É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de dez urnas a apurar. Na hipótese do desdobramento da Junta em Turmas, o respectivo Presidente nomeará um escrutinador para servir como Secretário em cada Turma.
Além dos Secretários a que se refere o parágrafo anterior, será designado pelo Presidente da Junta um escrutinador para Secretário-Geral competindo-lhe:
I - lavrar as atas;
II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando como Escrivão;
III - totalizar os votos apurados. 
* Ver art. 84, caput, § 2º, § 3º, da Res. TSE nº 22.154/2006.
Até 30 (trinta) dias antes da eleição o Presidente da Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as nomeações que houver feito e divulgará a composição do órgão por edital publicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer impugnação motivada no prazo de 3 (três) dias.
* Ver Res. TSE nº 22.249/2006 (Calendário Eleitoral - 1º de setembro de 2006, item 4).
* Ver art. 84, § 1º, da Res. TSE nº 22.154/2006.
COMPETÊNCIA DA JUNTA ELEITORAL
Compete à Junta Eleitoral:
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição;
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração;
III - expedir os boletins de apuração mencionados no artigo 179;
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Nos municípios onde houver mais de uma Junta Eleitoral a expedição dos diplomas será feita pela que for presidida pelo Juiz Eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição. 
Nas zonas eleitorais em que for autorizada a contagem prévia dos votos pelas Mesas Receptoras, compete à Junta Eleitoral tomar as providências mencionadas no artigo 195.
OBSERVAÇÃO:Não se deve confundir a competência dos Juízes Eleitorais, monocraticamente considerados, com a da Junta Eleitoral. A Junta Apuradora, Junta Especial ou Junta Eleitoral somente tem competência para a apuração e para a diplomação (terceira e quarta fases do procedimento administrativo). A competência do Juiz Eleitoral pode ser exercida em quaisquer das quatro fases do processo eleitoral. Só expressa e restritiva é a competência da Junta Eleitoral. Residual e ampla é a do Juiz Eleitoral. (Ver Código Eleitoral, arts. 35, 40, 195 e 196).
BIBLIOGRAFIA 
PINTO, Djalma, Direito Eleitoral – Atlas – 2008 
CANDIDO, Joel José. Direito Eleitoral Brasileiro. 11. ed. Bauru: Edipro, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Curso de Direito Eleitoral. Editora Impetus. 2008.
COSTA, Adriano Soares – Instituições de Direito Eleitoral - 6ª. Edição – Del Rey
Site Legislação: www.planalto.gov.br