Buscar

Evolução histórica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

IBGM 
Fundamentos Sociais, Políticos, Econômicos da Educação 
Enfermagem – 
Profª Claudia Gouveia 
 
Evolução histórica do conceito educação 
 
O processo educacional tem importância significativa no desenvolvimento humano 
desde sempre, pois garante um futuro melhor. 
 
O conceito foi influenciado pelo nativismo – desenvolvimento das potencialidades 
interiores do homem que devem ser exteriorizadas pelo educador – e pelo empirismo – 
conhecimento adquirido pela experiência. 
 
Para a Pedagogia moderna o processo educacional não é responsabilidade somente das 
escolas, tendo em vista que a educação tem uma dimensão maior do que ensinar e 
instruir, não se esgotando com as etapas previstas pelas leis. 
 
Em sentido amplo, é tudo que pode desenvolver o ser humano e no sentido restrito 
representa a instrução e o desenvolvimento de competências e habilidades. 
 
Os gregos, precursores da filosofia moderna, mostraram que o pensamento racional 
pode averiguar a razão de ser das coisas, usando para descobrir objetivos e solucionar 
problemas. 
 
Os sofistas ensinavam a arte da retórica, fala, do convencimento como instrumento de 
poder, visando prevalecer os interesses de classe; preconizavam que cada homem vê o 
mundo do seu jeito e por isso não seria possível uma ciência autêntica, objetiva e válida 
universalmente, ou seja, não havia uma verdade absoluta, divulgavam um sistema 
educacional que trouxesse felicidade e triunfo. Apesar de não ser um direito do cidadão 
grego, tinha-se consciência de que através da educação o homem poderia ser melhor e 
feliz. 
 
Para Sócrates, que concebeu uma nova visão do homem e do universo, a busca do 
conhecimento se dava através da razão e da educação, para ele o indivíduo tinha que ter 
consciência de sua ignorância, a verdade é uma busca e o verdadeiro conhecimento não 
pode ser relativo a cada indivíduo, pois a verdade é autônoma e deve ser válida para 
todos, assim a ciência é universal e válida para todos. 
 
Para Platão a preocupação era forma o home para uma sociedade ideal, a educação é 
liberdade, é o que tira o homem da ignorância, mas sem forçar, ninguém deve ser 
forçado a aprender. 
 
Para Aristóteles a educação leva ao home a se realizar plenamente, mas para isto deve-
se desenvolver as faculdades físicas, morais e intelectuais, foi considerado o pedagogo 
da família porque entendia que a ação educativa dos pais é insubstituível, para ele a 
virtude intelectual é adquirida através da instrução e da virtude moral, bem como com 
bons hábitos. 
 
Os educadores romanos se preocupavam mais com a prática do que com a teoria, mas 
visavam desenvolver a racionalidade para pensar corretamente e falar 
convincentemente, o objetivo era incutir coragem, prudência, honestidade, seriedade e a 
família seria primordial para tanto, com o objetivo de ter o bom cidadão, cumprindo os 
deveres de cidadão. 
 
Na Idade Moderna... 
Para Bacon, o homem só compreenderia bem a realidade se tivesse uma ideia clara dos 
fatos, sendo um dos primeiros a ver que o método cientifico daria ao homem poder 
sobre a natureza fazendo a ciência avançar. 
 
Para Locke, a educação é parte do direito à vida, só com ela o homem pode ser livre, 
consciente e senhor de si. 
 
Rousseau formulou os princípios educacionais que existem até hoje, disse que o 
verdadeiro objetivo da educação é ensinar a criança a viver e aprender a exercer 
liberdade, entendendo que a criança é educada para si, no sentido de agir por si e não 
devido a regras exteriores impostas e condenava a ideia de que a educação é para 
adquirir conhecimentos, atitudes e hábitos armazenados pela civilização. 
 
Para Kant, a moralidade resulta da educação, escreveu a Crítica da razão teorética pura 
1781, questionando limites e condições do conhecimento, potencialidades e valor; e 
escreveu a Crítica da razão pura 1788, mostrando que o homem deve agir com 
consciência do dever, segundo sua lei moral. Preconizava que a educação deve cultivar 
a moral fazendo o homem tomar consciência de que esta deve estar presente em todas as 
ações e todo desenvolvimento. 
 
Para Piaget, a educação deve possibilitar o desenvolvimento amplo e dinâmico, visando 
formar um indivíduo criativo, inventivo, descobridor e ativo na construção de sua 
autonomia. 
 
Para Freire, vive-se numa sociedade dividida em classes, na qual os privilégios de uns 
impedem a maioria de usufruir dos bens, havendo duas pedagogias a dos dominantes 
com a educação como prática de dominação e a pedagogia do oprimido com a educação 
como prática de liberdade, sendo que a libertação deve vir do oprimido que precisa ter 
consciência de sua opressão e vontade de transformar a realidade. Educar é construir, 
libertar do determinismo, para que se reconheça o papel da história e da identidade 
cultural para o indivíduo e a pedagogia. 
 
Na Constituição Federal... 
 a educação é um direito de todos, amparada por princípios que visam uma sociedade 
mais justa, é dever do estado, da família com o objetivo de desenvolver plenamente, 
preparar para ser cidadão e ser qualificado para o trabalho. 
 
Os objetivos constitucionais da educação têm relação com fundamentos do estado 
brasileiro, estabelecidos no artigo 1º da Constituição Federal: soberania, cidadania, 
dignidade da pessoa, valores sociais do trabalho, livre iniciativa e pluralismo político. 
 
Objetivos mestres: 
1 – pleno desenvolvimento da pessoa relacionada com a dignidade – condições 
existenciais mínimas, direitos e deveres fundamentais para não ter uma vida degradante 
e desumana e que possa ter participação ativa e corresponsável pela própria existência e 
da comunidade. 
2 – prepara para a cidadania que não é somente ter direitos políticos, mas ser qualificado 
para ser agente do estado e, além disto, trabalhar para que pessoas alcancem uma vida 
digna. 
3 – qualificação para o trabalho, pois é através desta que o homem garante sua 
subsistência e o crescimento do país, por isto a Constituição Federal dispõe sobre 
liberdade, respeito e dignidade do trabalhador. O trabalho é um valor que fundamente a 
ordem econômica e social, mas só dará resultado se o trabalhador for qualificado, 
especialmente através da educação. 
 
A educação é o alimento para o pleno desenvolvimento físico, mental e intelectual, 
assegurando liberdade e autonomia, sendo instrumento para alcançar os objetivos e se 
realizar. 
 
No campo jurídico a educação é direito social fundamental, cabendo aos operadores de 
Direito dar aplicabilidade ao que está previsto no ordenamento brasileiro. 
 
Para um caminho sólido e efetivo de transformação a família, o Estado e a sociedade 
devem se empenhar em promover a educação. 
 
Referência: 
 
Vianna, Carlos Eduardo Souza. Evolução histórica do conceito de educação e os 
objetivos constitucionais da educação brasileira. Janus, lorena, ano 3, nº 4, 2º 
semestre de 2006.

Outros materiais