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IBGM 
Fundamentos Sociais, Políticos, Econômicos da Educação 
Enfermagem – 
Profª Claudia Gouveia 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
Fim da Colônia e Império 
Primeiras experiências de ensino lideradas pelos jesuítas entre os séculos XVI e 
XVIII até serem expulsos de Portugal e da colônia em 1759. Então o Marquês de 
Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) começa a reforma de Educação para 
modernizar o reino de Dom José I (1714 – 1777), substitui padres, cria aulas régias, mas 
efeitos só são sentidos mais tarde. 
Em 1760 acontece o 1º concurso para professor público (régio) em Recife, mas 
nomeação demorou e aulas só começaram em 1774 no Rio; neste caso quem tinha 
condições recorria a professor particular. 
Quando ensino “pegou” se iniciou a era de “estudos menores” com aulas de ler, 
escrever, contar e humanidades (gramática latina, grego etc.). Era o início da Educação 
como responsabilidade do Estado e visava ser laica, mas catolicismo continuava 
presente, professor não precisava de formação específica, sendo selecionado quem tinha 
alguma instrução, muitas vezes os padres! 
Professor ganhava título de nobreza, que dava algum benefício como isenção de 
impostos, mas atividade era penosa e pouco compensadora, aulas eram na casa do 
professor - previamente liberada por inspetor – com frequência professores solicitavam 
melhores salários. As regras de Pombal foram até a morte de Dom José I, quando dona 
Maria I assumiu, aquele foi demitido, mas no início a única mudança foi o nome das 
aulas de Régia para pública. 
Em 1792 Dom João VI assumiu o poder; vinda da família real para o Brasil em 
1808 estimulou o desenvolvimento cultural, imprensa régia, jornais impressos e também 
ideias que levariam a independência. 
Em 1824 a Constituição estabeleceu que Educação deveria ser gratuita para 
todos, para cumprir deputados e senadores aprovaram lei em 15/10/1827 para o dia do 
professore, indicando que escolas de primeiras letras fossem criadas em cidades e vilas. 
Na prática o ensino continuou o mesmo até 1834 quando ato adicional altera 
Constituição e dá poderá para que cada província crie suas regras educacionais. 
Em 1837 é criado o colégio Pedro II no Rio, para ser modelo de ensino 
secundário. Nas escolas de primeiras letras as aulas eram de leitura, escrita e 
matemática, usando o método inglês lancasteriano de professor ter como monitor 
estudante mais experiente que ensinava os outros, mas aqui não deu muito certo porque 
turmas eram pequenas, deferente da Inglaterra que tinha maior população na escola. 
No império para ser professor tinha que atender várias exigências, pois o 
conteúdo cobrado era tanto que às vezes ninguém passava no concurso, daí o Estado era 
obrigado a aceitar docente sem habilitação, recebendo salário menor. 
Apesar da seleção rigorosa as escolas para formação de professores só surgiram 
em 1835 e só em 1860 é que começaram leis dando vantagens a quem fazia a formação, 
mesmo assim a formação não era requisito principal, o foco era o caráter porque o 
professor tinha que ser exemplo moral e religioso. 
 Após rigoroso processo de contratação o professor conquistava direito vitalício 
ao cargo, mas a remuneração era baixa e fonte de reclamação. 
A partir do século XIX tentaram dar um rumo melhor a Educação com várias 
reformas, tiveram métodos como o simultâneo – professor se dirige a grupo de alunos 
reunidos segundo tema – e intuitivo – uso dos 5 sentidos para o aprendizado. 
A reforma de 1854 estabeleceu que aos 5 anos as crianças poderiam entrar na 
escola, mas como não era seguido muitos adolescentes chegavam aos 15 anos a 1ª aula e 
o professor tinha que lidar com isto. Era comum também que pais tirassem a criança da 
escola depois que esta aprendia a ler e escrever devido ao contexto agrário e 
escravocrata do país. 
Claro que a ampliação do nível de instrução não foi bem sucedida, tanto que em 
1867 só 10% da população em idade escolar estava matriculada e em 1890 – já na 
República – a taxa de analfabetismo era de 67,2%. 
Nesta época Rui Barbosa concluiu através de pareceres que somos um povo de 
analfabetos e quando o número decresce é muito lentamente, tal avaliação negativa foi 
feita quando o país passava por muitas transformações, a abolição da escravatura, a 
proclamação ganhando força e discussões sobre modelo de escola mais parecido com o 
atual. 
Continua... mas agora só para a 3ª AVA!

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