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Logística – Materiais e Armazenagem 2

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
Logística – Materiais e Armazenamento 
Aula 2 
 
 
Professora Rosinda Angela da Silva 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Para a maioria das empresas, a atividade intralogística de 
Armazenagem (logística interna), é vista como complexa, geradora de altos 
custos e não agregadora de valor para o cliente. 
Tanto a complexidade do gerenciamento da armazenagem quanto os 
custos dependem dos volumes de estoques que a empresa decide manter. 
Então estima-se que, se a organização consegue gerenciar bem seus 
estoques, tecnicamente não terá dificuldade em gerir seu sistema de 
armazenagem e manter os custos controlados. 
Na realidade, se bem gerenciada, essa atividade é capaz de trazer 
competitividade para organização. Entretanto, para isso, os gestores precisam 
conhecer os conceitos e os fundamentos que regem essa função 
imprescindível para as corporações que desejam abastecer o mercado 
consumidor com seus produtos. 
As atividades de Armazenagem e Movimentação de materiais interagem 
com as demais atividades da organização em maior ou menor grau e, para 
entender melhor como cada atividade pode interagir, o conhecimento sobre sua 
operacionalização se faz necessário. 
Pense que, para garantir insumos para sua produção em tempos de 
crise ou sazonalidades e até mesmo de transição de fornecedor, uma indústria 
opta por trabalhar com determinado volume de estoque. Da mesma forma, um 
atacadista, distribuidor e varejista também opta em manter certo volume de 
estoque em seus depósitos para abastecer mais rapidamente as áreas de 
venda. 
É importante saber que, por mais que diversas estratégias já tenham 
sido desenvolvidas para reduzir as operações de armazenagem, tais como 
Reposição Automática, VMI (Vendor Managed Inventory – Estoque Gerenciado 
pelo Fornecedor), e ECR (Efficient Consumer Response – Resposta Eficiente 
ao Consumidor), muitas organizações ainda mantêm seus CDs (Centros de 
Distribuição) ou Armazéns (próprios ou locados) em pontos estratégicos para 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
garantir a reposição dos pontos de vendas. Certamente isso exige 
planejamento e controle de todas as atividades no processo de armazenagem 
e por isso é útil estudar as operações envolvidas em um Armazém. 
Tema 1 – Operação: Recebimento de materiais 
 
Em algumas corporações, na prática, a Armazenagem é um setor 
estruturado que possui rotinas diárias desenvolvidas por colaboradores 
capacitados. 
Segundo Moura, (1997) p. 9, as principais funções da Armazenagem 
são: 
 Recebimento (descarga); 
 Identificação e classificação; 
 Conferências (qualitativa e quantitativa); 
 Endereçamento para o estoque; 
 Estocagem; 
 Remoção do estoque (separação de pedidos); 
 Acumulação de itens; 
 Embalagem; 
 Expedição; 
 Registro das operações. 
 
A partir dessa classificação apresentada pelo autor, é possível mensurar 
a quantidade de atividades que ocorrem em um processo de armazenagem, as 
quais necessitam de procedimentos, acompanhamentos e controles para 
manter a eficiência da intralogística (termo utilizado para designar as atividades 
internas ligadas à logística) da empresa. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
Setor de Recebimento 
O Setor de Recebimento faz parte do Departamento de Almoxarifado, 
Armazém ou Depósito e é responsável pela conferência na entrada dos 
produtos adquiridos pela empresa. Segundo Paoleschi, (2013) p. 68, as 
principais conferências são: “quantidade, peso, classificação fiscal, 
empilhamento máximo, volume, validade, marca, cor, voltagem, vencimento da 
nota fiscal e embalagem retornável”. 
A atividade de recebimento pode ser dividida ainda em dois momentos: 
o fiscal e o físico. O recebimento fiscal é uma conferência que os 
colaboradores necessitam fazer quando a nota fiscal que acompanha os 
produtos chega até a empresa. Alguns autores preferem deixar claro que essa 
não é uma tarefa que deve ser realizada pelos Almoxarifes, e sim por pessoas 
do Departamento Fiscal. Mas na prática, no ato do recebimento, uma prévia 
conferência é realizada, até para que o colaborador identifique se é uma 
compra, uma devolução, um retorno, um complemento ou outra situação. 
Com o advento da Nota Fiscal Eletrônica (NFE) implantado no Brasil, 
atualmente as empresas recebem notificação de emissão do Documento 
Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE). Isso ocorre em tempo real, ou 
seja, assim que o material foi faturado pela empresa fornecedora. Com isso, 
realmente o setor fiscal recebe esse arquivo antecipadamente e pode conferi-lo 
previamente sem o envolvimento dos almoxarifes. Porém, boa parte das 
empresas continua conferindo apenas depois que o material chega a área de 
recebimento. 
A informatização das notas fiscais é benéfica para o setor de 
Recebimento porque tem informação da quantidade exata de itens que 
chegarão à empresa com antecedência. Com isso, os colaboradores podem se 
preparar melhor para receber os pedidos e consequentemente organizar 
espaço no armazém para acomodá-los. 
O recebimento físico consiste em avaliar qualitativamente os produtos 
que chegam: verificar a integridade da embalagem, aspecto visual do produto, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
prazo de validade e outros. Essa ação desenvolvida pelo Setor de 
Recebimento é apenas um filtro, pois parte do material será segregada para 
que o Controle de Qualidade possa analisar tecnicamente o material. 
Na conferência quantitativa é verificado se as quantidades físicas 
recebidas estão de acordo com os valores das notas fiscais. Nesse caso, o 
material segue o trâmite normal da operação; caso esteja diferente, o setor de 
Compras é acionado para comunicar o fornecedor e negociar a situação. 
Segundo Paoleschi, (2013), p. 70, essas conferências podem utilizar os 
seguintes métodos: 
Manual: pequenas quantidades. 
Por meio de cálculos: embalagens padronizadas com grandes 
quantidades. 
Por meio de balanças contadoras pesadoras: grande quantidade de 
pequenas peças, como parafusos, porcas ou arruelas. 
Pesagem: materiais de maior peso ou volume, pode ser feita com o 
veículo transportador em balanças rodoviárias ou ferroviárias, casos em que o 
peso líquido será obtido por meio da diferença entre o peso bruto e a tara do 
veículo. Materiais de menor peso podem ser conferidos por pesagem direta em 
balança. 
Medição: em geral efetuada por trenas, paquímetros, réguas, 
micrômetros ou balanças. 
Todos esses cuidados na fase de Recebimento farão com que os 
produtos que adentrem a empresa estejam de acordo com as negociações. 
Para garantir um procedimento padrão de conferência, normalmente um 
checklist é utilizado. 
A seguir, temos um exemplo genérico de checklist de Recebimento 
(Folha de Verificação): 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
Checklist de Recebimento 
Data: 
Fornecedor: 
Número da Nota Fiscal: 
Família de Produtos: 
 Itens a verificar Sim Não Ocorrência Cód. Operador 
Há pedido de compra? 
Está no prazo? 
Número do Pedido? 
Quantidade de 
volumes? 
 
Embalagem adequada? 
Peso confere? 
Código de barras? 
Condição de Frete? 
Condição de 
pagamento? 
 
........ 
........ 
Nota fiscal Ok? 
Em caso de inconsistências, contatar o Departamento de Suprimentos, Ramal: _______ 
 
***Família de produtos: MP (Matéria-prima)GGF (Gastos Gerais de Fabricação), EMB. 
(Embalagens), EPI (Equipamento de Proteção Individual) …*** 
 
O modelo de checklist apresentado pode e deve ser adaptado para a 
necessidade de cada empresa. Pense que a utilização de procedimentos já 
estabelecidos facilita o trabalho dos colaboradores envolvidos no recebimento, 
evita erros e traz agilidade para a aceitação ou recusa do material, respeitando 
o tempo dos transportadores, 0071ue normalmente têm pressa em descarregar 
a mercadoria para seguir viagem. 
 
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7 
Tema 2 – Avaliação da Qualidade 
Entre as atividades do Controle de Qualidade, aprovar a entrada de 
matérias primas e componentes dentro das especificações exigidas pela 
empresa é uma das mais importantes do setor e requer extrema 
responsabilidade. 
A avaliação e aprovação dos insumos pelo Setor de Qualidade garantirá 
que os produtos que irão para linha de produção ou para estoque atendem às 
necessidades da organização. Com produtos de qualidade assegurada, é 
possível afirmar que os setores Produção, Marketing, Vendas, Finanças, 
Compras e Armazenagem não correrão o risco de parar suas atividades 
decorrentes de um material de qualidade inadequada. 
Para analisar os materiais que chegam à empresa, a inspeção técnica 
realizada pelo Controle de Qualidade deve seguir um procedimento padrão, o 
qual contempla, no mínimo, os itens propostos por Paoleschi, (2013) p. 70: 
 Características dimensionais; 
 Características específicas; 
 Restrições de especificação; 
 Embalagem para transporte; 
 Embalagem final. 
Esses itens serão comparados com especificações técnicas do produto, 
as quais devem ter sido encaminhadas ao fornecedor com antecedência. 
Também serão conferidas com as descrições nas notas fiscais, ordens de 
compras ou contratos de fornecimento. Isso depende da criticidade do produto 
que a empresa adquire para suas atividades produtivas ou até mesmo para as 
revendas. 
Para tal, o Controle de Qualidade utiliza os instrumentos de medição 
(equipamentos metrológicos) para garantir que os padrões informados aos 
fornecedores estão sendo atendidos. Geralmente os principais instrumentos 
usados pelas indústrias são os paquímetros em suas diversas configurações, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
micrômetros, termômetros, relógios comparadores e apalpadores, réguas 
graduadas, trenas e afins. 
A utilização de cada equipamento depende do tipo de produto que a 
empresa utiliza em seu processo produtivo e tal prática tem como objetivos 
principais: 
 Manter padrões dos produtos; 
 Garantir a qualidade dos produtos finais; 
 Permitir reprodutibilidade e repetibilidade; 
 Auxiliar as empresas a manterem seus processos e produtos em 
conformidade com as normas; 
 Permitir a intercambiabilidade de peças. 
Isso se tornou fundamental devido às novas necessidades do mercado, 
uma vez que os clientes estão mais exigentes e os produtos cada vez mais 
sofisticados. 
Questões como a globalização dos mercados, os avanços na tecnologia 
e as exigências de indústrias e fabricantes têm feito com que as empresas 
busquem garantir a qualidade dos seus produtos. E esse processo se inicia no 
momento em que os Setores de Recebimento e Controle de Qualidade avaliam 
adequadamente os produtos que adentram na organização. 
Tema 3 – Liberação ou recusa dos materiais 
Após o Setor de Controle de Qualidade fazer todas as avaliações 
pertinentes ao produto, ele estará apto a ser encaminhado para a linha de 
produção, para a estocagem ou para área de vendas. Para garantir que apenas 
as matérias primas e componentes aprovados pelo Controle de Qualidade 
seguirão para a linha de produção ou para armazenagem, um POP 
(Procedimento Operacional Padrão) ou uma Instrução de Trabalho (I.T.) deve 
ser seguido. 
Caso o material tenha sido rejeitado pelo Controle de Qualidade, terá 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
que ser segregado e identificado para não correr o risco de ser utilizado 
erroneamente até ser devolvido ao fornecedor ou encaminhado para o 
descarte. Esses procedimentos de liberação ou rejeição geralmente 
apresentam o seguinte padrão: 
O colaborador do Controle de Qualidade faz os testes pertinentes para a 
certificação de que o produto está de acordo com as especificações técnicas 
exigidas pela empresa. Na maioria dos casos, essa avaliação da qualidade é 
realizada apenas em parte do lote entregue (amostragem). 
Caso o produto esteja dentro do esperado, dá-se sequência na 
aceitação do item e os trâmites de entrada são executados. Entretanto, caso o 
material não atenda às exigências acordadas entre empresa cliente e empresa 
fornecedora, será necessário devolver o item ao fabricante. 
Para isso, o Setor de Compras será formalmente notificado (via e-mail, 
telefone, documentação interna ou outro) sobre a necessidade de troca ou 
devolução da mercadoria, entrando em contato com o fornecedor e negociando 
a devolução. É preciso esclarecer que, mesmo que a responsabilidade da 
devolução seja do Departamento de Compras (é dessa forma na maioria das 
organizações, mas não é uma regra rígida), o Controle de Qualidade dará todo 
o suporte técnico para que essa devolução seja justificada e registrada como 
ocorrência de fornecimento. 
Diante disso, o Controle de Qualidade emite um Relatório de Não 
Conformidade (RNC), o qual é enviado ao fornecedor, explicando os motivos 
técnicos da devolução e solicitando uma ação de melhoria por parte do 
fornecedor. O Controle de Qualidade acompanhará a negociação do Setor de 
Compras com o fornecedor para se certificar que o produto com defeito será 
substituído e garantir que o problema será sanado de tal forma que não 
ocorrerá mais. 
A seguir, temos um modelo padrão de RNC para uma devolução de 
material em desacordo com o pedido de compras. 
 
 
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10 
 
Relatório para Ação: 
Corretiva X Nº 
XXX 
Preventiva Data: XX/XX/XXXX 
Controle da Qualidade 
 
Processo Fornecedor X Administrativo 
Reclamação de 
cliente 
 
 
 Descrição: XXXXXXXXXXXX Código interno: XXXXXX Produto: XXXXXXXXXXXXX 
Qtde do Lote: XXXXXXXXX 
N. Fiscal: XXXXXXXX 
Data de Emissão: XX/XX/XXXX 
Desenho ou Especificação: XXX 
Fornecedor / U.F: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Cliente: XXXXXXXXXXXXXX 
DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE (REAL OU POTENCIAL). 
QUANTIDADE NÃO 
CONFORME. 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXX 
Disposição do Material: Concessão N° => 
Aceito Condicional Sucatear Devolver ao Fornecedor 
Retrabalhar Rejeitado X Outros 
COLOCAR AQUI INFORMAÇÃO AO PRAZO QUE O FORNECEDOR TERÁ PARA RESPONDER A NÃO CONFORMIDADE, 
BEM COMO O PRAZO PARA CORRIGIR A FALHA DE FORMA QUE EVITE A REINCIDÊNCIA. 
1) Possíveis causas da Não Conformidade: 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
2) Abrangência da Não Conformidade: 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
3) Ação Corretiva / Preventiva (para os campos 1 e 2): 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
Resp: XXXXXXXXXXX Data: / / Prazo: / 
Verificação da Eficácia da Ação Corretiva / Preventiva: 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. Resp: XXXXXXXXXXX Data: / / 
XXXXXX XXXXXXXXX XXXXXXInspetor da Qualidade Coordenador de Qualidade Comprador ou Área de 
Recebimento 
RNC: Revisão: 02 
 
 
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11 
O modelo padrão apresentado pode e deve ser adaptado e otimizado 
para cada tipo de organização, mas é válido lembrar que o ideal é que a 
devolução do material rejeitado pelo Controle de Qualidade seja realizada o 
mais breve possível para que não ocorra desabastecimento nas linhas de 
produção ou nas áreas de vendas. 
Tema 4 – Movimentação de materiais 
Das pirâmides do Egito à Muralha da China, ou qualquer outra grande 
obra que encanta a humanidade até hoje, todas necessitaram de grande 
movimentação de materiais. Por mais que verdadeiros exércitos tenham 
trabalhado nessas obras, foram as técnicas de movimentação e os 
equipamentos que, por mais rudimentares que fossem, auxiliaram o homem 
nesses empreendimentos. Com esse fato, percebe-se a importância da 
mecanização da movimentação. Atualmente, com todos os avanços 
tecnológicos aplicados na fabricação dos equipamentos, cada vez mais o 
colaborador torna-se o operador, deixando de utilizar a força física. 
Então, para que o Setor de Armazenagem tenha agilidade na execução 
das tarefas, a empresa precisa investir em equipamentos de movimentação 
interna para que seja possível movimentar mais em menos tempo. Esse 
conceito, que é o mesmo da produtividade, significa que não é possível 
conceber que uma empresa aspire velocidade nas atividades do armazém com 
operações manuais. 
Mas Moura (2000) contesta e afirma que um fator frequentemente 
negligenciado, a movimentação manual, pode ser na verdade a mais fácil, a 
mais eficiente e o método menos dispendioso de movimentar o material. Logo, 
somente depois de provado que o manuseio humano é o mais caro, perigoso 
ou lento é que poderá o analista voltar sua atenção para os equipamentos, que 
serão apresentados posteriormente. 
Para subsidiar a tomada de decisão mais assertiva, serão apresentados 
os princípios que norteiam um bom projeto de movimentação e manuseio de 
 
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12 
materiais. Segundo Gaither, (2002) p.199, estes princípios são: 
 Os materiais devem movimentar-se entre as instalações em fluxos 
lineares, minimizando ziguezagues ou recuos; 
 Processos de produção relacionados devem ser organizados a fim de 
proporcionar fluxos lineares de materiais; 
 Dispositivos mecânicos de manuseio de materiais devem ser projetados 
e localizados, e localizações de armazenamento de materiais devem ser 
escolhidas a fim de que o esforço humano despendido em dobrar, 
alcançar, levantar e caminhar seja minimizado; 
 Materiais pesados ou volumosos devem ser movimentados na distância 
mais curta quando da localização dos processos que os usam próximo 
às áreas de recebimento e embarque; 
 O número de vezes que cada material é movimentado deve ser 
minimizado; 
 A flexibilidade do sistema deve prever situações inesperadas, como 
quebras de equipamentos de manuseio, mudanças na tecnologia do 
sistema de produção e expansão futura de capacidades de produção; 
 O equipamento móvel deve transportar cargas completas todas as 
vezes; cargas vazias ou parciais devem ser evitadas. 
Com essas informações percebe-se que, para determinar um Sistema 
de Movimentação interna e de manuseio de materiais adequados, um estudo 
do ambiente se faz necessário, pois o custo para alteração de um projeto que 
não atende à necessidade da organização é dispendioso. Ainda, percebe-se 
que os equipamentos de movimentação interna são ferramentas que prestam 
suporte para que a Armazenagem seja realmente estratégica para uma 
organização. 
Segundo Moura (2000), na escolha dos métodos de movimentação, o 
 
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13 
leitor deverá ter sempre em mente que a solução conveniente para a maioria 
dos problemas de movimentação envolve, dentro das condições físicas e de 
meio ambiente que existam ou que se pretendam, e no sentido de reduzir os 
custos de projeto, uma combinação apropriada de: 
 Características do material; 
 Exigências dos movimentos; 
 Capacidade do método (equipamento). 
A movimentação de materiais não necessita exatamente ser um setor 
dentro da organização, pois na maioria dos casos é uma tarefa atrelada ao 
Almoxarifado ou Depósito. Segundo Paoleschi, (2013) p. 131: 
 
“O setor de movimentação de materiais tem como atividade 
fundamental manter a fábrica operando sem interrupção nas suas 
atividades, com o contínuo e incessante trabalho de movimentação e 
abastecimento de insumos, embalagens, componentes, produtos 
gerados e equipamentos utilizados pela produção”. 
 
Como no depósito a movimentação de materiais é uma das ações que 
mais ocorrem, a adequação do espaço, a estrutura física e os equipamentos de 
movimentação devem se complementar e buscar atingir alguns objetivos, tais 
como os citados por Tadeu, 2010, p. 294 e 295: 
 Aumentar a capacidade de utilização do armazém; 
 Aumentar a produtividade; 
 Eliminar o manuseio onde for possível; 
 Melhorar a segurança com a redução dos riscos de acidentes e 
utilização de critérios de ergonomia para reduzir a fadiga dos 
trabalhadores; 
 Melhorar o fluxo de materiais no armazém, envolvendo o recebimento, a 
movimentação e a expedição; 
 
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14 
 Minimizar a distância e o estoque de produtos em processo; 
 Minimizar perdas com refugo, quebras, desperdício e desvios; 
 Proporcionar um fluxo uniforme, livre de gargalos; 
 Reduzir custos. 
 
Por mais que a movimentação seja uma das ações que mais ocorrem no 
depósito, muitas vezes não é vista como agregadora de valor para o produto, 
sendo considerada custo. Por isso, nessa função é incessante a busca pela 
redução dos custos de mão de obra, materiais, equipamentos, perdas e outros. 
O lado positivo é que, mesmo com essa visão de custo, muito se tem 
investido na movimentação de materiais para agilizar as tarefas dentro dos 
depósitos, o que trouxe um pouco mais de destaque à função. 
Os estudos do Instituto de Movimentação e Armazenagem (IMAM) 
conceituada instituição da área de logística, têm corroborado para isso. Através 
deles foi concluído que um sistema de movimentação interna precisa propiciar 
velocidade nas operações e o papel de maior destaque nesse aspecto fica por 
conta dos equipamentos de movimentação, os quais trazem vários benefícios 
para as empresas, tais como: 
 Redução do esforço físico do homem; 
 Movimentação mais segura, sem acidentes e danos aos materiais; 
 Redução do custo de movimentação de materiais; 
 Aumento de produção e capacidade de estocagem; 
 Redução de área utilizada para estocagem. 
 
 
 
 
 
 
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15 
Exemplo de movimentação manual de materiais: 
 
 
Exemplo de movimentação de materiais com equipamentos: 
 
 
 
 
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16 
 Comparação entre a movimentação manual e mecânica: 
 
Fonte: http://gcmeneghellologistica.blogspot.com.br/2012/03/movimentacao-de-material-os-
oito.html 
 
Observa-se então que, em boa parte das empresas que trabalham com 
estoques, a movimentação de materiais ocorre dentro dos Almoxarifados, entre 
as linhas de produção, nas áreas de armazenagem, nos pátios externos da 
empresa e nos Centros de Distribuição e outros locais. Os procedimentos 
podem ocorrer por processos manuais ou mecanizados, o que deve ser 
monitorado para garantir a segurança de todos os envolvidosnos processos. 
Tema 5 – Os custos no processo de armazenagem 
Em relação aos custos que ocorrem nas atividades de armazenagem, o 
correto gerenciamento dependerá da capacidade da empresa em identificar e 
entender quais impactos serão gerados nos custos totais. A partir disso, é 
possível traçar um plano de ação para melhoria e controle desses custos. 
Os custos mais visíveis em um sistema de armazenagem são: 
 Equipamentos e veículos de movimentação interna: compra ou 
substituição para suprir a necessidade do armazém. 
 Combustível: impacta diretamente no custo da operação, pois quanto 
maior a demanda por movimentação, mais combustível será necessário. 
 Mão de obra: o impacto pode ser medido pela quantidade de produtos 
armazenados ou pela qualificação exigida pelo sistema do armazém. 
 
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17 
 Manutenção dos equipamentos: os equipamentos não podem falhar em 
operações confiáveis, por isso a manutenção preventiva é 
imprescindível para manter todos os equipamentos em perfeitas 
condições de uso. 
 Perdas por manuseio: o custo atrelado às perdas pelo manuseio nem 
sempre são fáceis de identificar. Isso dependerá da quantidade de itens 
no estoque, bem como da complexidade da operação de manuseio. É 
importante destacar que, quanto mais qualificada a mão de obra, 
menores serão essas perdas. 
 Gastos com manutenção da infraestrutura e outros: o armazém deve ser 
mantido nas melhores condições possíveis, então manutenções prediais 
constantes trarão mais garantia na qualidade do material armazenado. 
 
Fato que merece atenção ao entender tudo isso é que os custos 
ocorrem em todos esses elos e afetam diretamente no preço final do produto 
ao consumidor. Diante disso, compete ao gestor da Logística da organização 
monitorar seus fornecedores e provedores de serviços logísticos, para que o 
esforço realizado internamente na organização atinja os objetivos almejados. 
Banzato, 2003, p. 263-264, sugere algumas dicas simples para reduzir 
os custos de armazenagem: 
 Treinar os colaboradores para assegurar a produtividade; 
 Reforçar o respeito aos funcionários pelos produtos; 
 Evitar perda de tempo com atrasos, principalmente no retorno às 
atividades após o almoço; 
 Implementar e gerenciar o housekeeping nos depósitos; 
 Considerar a utilização de mão de obra temporária; 
 
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18 
 Negociar bem as manutenções das instalações físicas; 
 Evitar todo e qualquer tipo de erro para minimizar retrabalhos; 
 Tentar negociar entregas maiores com os clientes; 
 Substituir o sistema de iluminação do ambiente com lâmpadas 
econômicas; 
 Pensar de forma criativa em recompensas para os colaboradores, não 
apenas com valores monetários. 
Os resultados positivos serão percebidos mais rapidamente se, além do 
envolvimento interno da organização, houver aderência também dos 
fornecedores e provedores. 
 
Leitura complementar 
Complemente seus estudos sobre custos na armazenagem consultando 
o artigo disponível no link a seguir: 
http://www.ilos.com.br/web/os-custos-de-armazenagem-na-logistica-
moderna/ 
 
Na Prática 
 
Leia parte da matéria jornalística a seguir: 
 
Correios: de medalhas a obstáculos, Olimpíada movimenta 30 
milhões de objetos 
Por Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil - Data: 26/06/2016 
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-06/correios-de-medalhas-obstaculos-
olimpiada-movimenta-30-milhoes-de-objetos 
 
 
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19 
“Quem assiste aos Jogos Olímpicos ao vivo ou pela televisão muitas 
vezes não se dá conta da estrutura que existe para que a competição 
aconteça. Cada arena, cada jogo e cada disputa exigem equipamentos e 
preparação específicos. Neste ano, a realização dos jogos no Rio de Janeiro 
envolve a movimentação de 30 milhões de itens, entre equipamentos 
esportivos, móveis, utensílios, bagagens, barreiras e alambrados. 
O armazenamento e transporte desses objetos estão sendo feitos pelos 
Correios. São 980 mil equipamentos esportivos, como 25 mil bolinhas de tênis, 
2,9 mil bolas de futebol, 840 bolas de basquete. Para a competição de tiro 
esportivo, por exemplo, serão usados 320 mil pratos que servem como alvo 
para os atletas. Já os atletas paraolímpicos que disputarão o goalball vão 
utilizar 2,3 mil vendas para os olhos. Entre as 5 milhões de peças de mobiliário 
que serão usadas na Vila dos Atletas e outras instalações estão 100 mil 
cadeiras, 72 mil mesas, 34 mil camas e colchões, 24 mil sofás e 19 mil 
aparelhos de televisão. 
Todos esses itens estão sendo armazenados em três centros logísticos 
no Rio de Janeiro, sendo dois em Duque de Caxias e um na Barra da Tijuca, 
em uma área total de 100 mil metros quadrados. Para o transporte dos objetos 
serão utilizados cerca de 170 caminhões e dois mil equipamentos de 
movimentação, como paleteiras, empilhadeiras, tratores e guindastes”. (...) 
 
A partir das informações da matéria e do seu conhecimento adquirido 
até o momento com o estudo do material, faça o que se pede: 
 
a. Escreva quais operações de recebimento de materiais ocorrem no 
Centro de Logística dos Correios. 
b. Cite e explique qual tipo de Documento responsável pelo recebimento 
dos itens esportivos pode ser utilizado para recebimento dentro de um 
padrão previamente estabelecido. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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c. Justifique a necessidade da utilização de equipamentos de 
movimentação interna de materiais no Centro de Logística dos Correios. 
d. Apresente quatro objetivos que o uso de equipamentos de 
movimentação de materiais pode trazer para os Correios. 
Síntese 
Nessa aula, foram apresentadas parte das atividades envolvidas com o 
processo de armazenagem e seus impactos na organização. Em essência, é 
possível sintetizar os estudos nos seguintes tópicos: 
a. A decisão de armazenar é determinada pela estratégia de nível de 
serviço que a empresa quer oferecer ao cliente (por exemplo, 
atendimento a pronta-entrega demanda estoque, o que exige mais 
espaço para armazenagem); 
b. As atividades de Recebimento e Controle de Qualidade são as principais 
envolvidas na garantia de que apenas produtos de boa qualidade 
adentrem na empresa; 
c. Caso os produtos não atendam às especificações acordadas e 
informadas anteriormente aos fornecedores, serão devolvidos ou 
descartados; 
d. A movimentação de materiais é imprescindível para trazer velocidade e 
agilidade aos processos de armazenagem, porque reduz o esforço físico 
do colaborador e melhora a produtividade; 
e. Conhecer os princípios de movimentação interna de materiais auxilia a 
escolher equipamentos mais adequados às necessidades da empresa; 
f. Para manter itens em estoque alguns custos ocorrerão, como mão de 
obra capacitada, investimentos em estrutura física, equipamentos de 
movimentação interna e tecnologia da informação. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Referências 
 
RUSSO, Clovis Pires. Armazenagem, Controle e Distribuição. Curitiba: 
InterSaberes, 2013. 
 
BANZATO, Eduardo. [et al.]. Atualidades na armazenagem. São Paulo: 
IMAM, 2003. CDD-658-785. 
 
GAITHER, Norman. Administração da produção e operações. São Paulo: 
Cengage Learning, 2002. 
 
MOURA, Reinaldo Aparecido. Manual de logística: armazenagem e 
distribuição física. Volume 2. São Paulo: IMAM, 1997, 4ª edição, 2006. 
 
PAOLESCHI, Bruno. Almoxarifado e gestão de estoques. São Paulo: Érica, 
2009, 1ª edição. ISBN: 978-85-365-0254-0.TADEU, Hugo Ferreira Braga (org.). Gestão de estoques: fundamentos, 
modelos matemáticos e melhores práticas. São Paulo: Cengage Learning, 
2010. ISBN: 978-85-221-0875-6.

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